Papers by Luís Miguel Moreira

Revista Catalana de Geografia, 2016
do Minho teve a seu cargo a organização do XIV Colóquio Ibérico de Geografia, nas cidades de Guim... more do Minho teve a seu cargo a organização do XIV Colóquio Ibérico de Geografia, nas cidades de Guimarães e Braga, em 2014. No seu âmbito foi proposto à Biblioteca Pública de Braga (BPB), enquanto Unidade Cultural daquela Universidade, a coordenação de uma mostra de obras de Geografia, com base nos seus fundos e colecções e ilustrativa das principais etapas da evolução da História e do Ensino deste campo do conhecimento. A preparação da exposição intitulada O Mundo em 80 m 2 , no quadro do eixo temático "Pensamento Geográfico e Ensino da Geografia" do referido Colóquio, revelou a existência de inúmeros mapas insertos nas centenas de livros de Geografia, em corografias, em livros de viagens, em manuais de ensino e, naturalmente, em atlas, entretanto identificados, sobretudo nos núcleos de "Reservados" e de "História e Geografia" da BPB (Araújo et al., 2014). Partindo desta experiência, aquando da realização do VI Simpósio Luso-Brasileiro de Cartografia Histórica, ocorrido em Braga, em Novembro de 2015, coordenado pelos Departamentos de Geografia das Universidades do Minho e do Porto, foi proposta a organização de uma outra exposição, exclusivamente de Cartografia antiga. Com a preparação e realização desta nova exposição denominada A Universal Pintura. A Cartografia nas coleções da Biblioteca Pública e o Arquivo Distrital de Braga , foi possível ampliar o anterior trabalho de identificação de imagens, alargando-se o universo da pesquisa a outras áreas do saber, bem como a outros núcleos documentais da BPB, o que permitiu identificar um universo de várias centenas de exemplares cartográficos, abrangendo um período cronológico entre os finais do século XV e a primeira metade do século XX . De modo a contextualizarmos esta importante coleção, importa conhecermos a génese da Biblioteca que, presentemente, celebra os seus 175 anos.
A representação da organização do espaço faz-se através do "mapa" desde há muitas centenas de ano... more A representação da organização do espaço faz-se através do "mapa" desde há muitas centenas de anos. Os exemplos que nos chegaram da Mesopotâmia, do Egipto ou da América antes do contacto com os europeus são as provas do interesse em comunicar ao Outro a estrutura e as características de um território e mesmo a conceção do Mundo.
O Pelourinho: Boletin de Relaciones transfronterizas, 2021
Narrativas, Geografias e Cartografias: para viver, é preciso espaço e tempo, 2020

Resumen : La delimitacion de la frontera luso-gallega de la Provincia de Entre Duero y Mino es an... more Resumen : La delimitacion de la frontera luso-gallega de la Provincia de Entre Duero y Mino es anterior a la fundacion de Portugal, aunque su confirmacion y configuracion actuales solo se establecieran con la firma del Tratado de Limites de 1864. En un primero momento, esta frontera politica no coincidia ni con la frontera linguistica ni, tampoco, con la frontera cultural, por lo que la Corona y el Poder Central emprendieron el esfuerzo de demarcar militarmente la Raya para delimitar su soberania. En este texto se analizara la aportacion de diversas representaciones graficas de este sector de la frontera –mapas, vistas, planos y dibujos– a la fijacion de una linea de separacion politica entre los dos paises. Palabras clave : Cartografia, frontera, mapas, ingenieros militares. Abstract : The delimitation of the Portuguese-Galician border in the province of Entre Douro and Minho dates to before the foundation of Portugal, but its current configuration was only established by the Treat...
Cadernos de Geografia, 2019
Desde cedo, a prática de viajar vinculou-se ao uso de mapas e, se numa fase inicial, eram usados ... more Desde cedo, a prática de viajar vinculou-se ao uso de mapas e, se numa fase inicial, eram usados mapas gerais de ampla circulação comercial, à medida que o Turismo se generalizou, surgiu um novo tipo de mapa mais específico: os mapas turísticos. Mais do que a representação cartográfica/geográfica do espaço, estes mapas, pelas suas características iconográficas e pictóricas, constituem uma forma de construção e de promoção de identidades territoriais. Neste sentido, constituem objetos do discurso propagandístico veiculado pelas autoridades responsáveis, tal como se constata na análise ao mapa do Entre Douro e Minho editado pela Rotep.

REVISTA DE HISTORIOGRAFÍA (RevHisto), 2019
Resumen: La progresiva radicalización ideológica del régimen republicano, instaurado en Portugal ... more Resumen: La progresiva radicalización ideológica del régimen republicano, instaurado en Portugal en octubre de 1910, provocó una oposición conservadora y monárquica que se organizó en el exilio, sobre todo en el sur de Galicia. Entre octubre de 1911 y junio de 1912, estacionados en varios pueblos y villas gallegas en la raya con Portugal, los monárquicos hicieron dos incursiones en territorio portugués —el primero en Vinhais y el segundo en Chaves— con el fin de fomentar la rebelión contra régimen instaurado. Sin embargo, las tropas republicanas, más numerosas y mejor equipadas, vencieron todos los combates. En la época, este episodio de guerra civil mereció amplia cobertura periodística, particularmente por la prensa afecta al régimen republicano. Los mapas y las fotografías de la frontera fueron ampliamente utilizados para localizar e ilustrar los acontecimientos. En este texto, pretendemos reconstituir estos movimientos, proponiendo una lectura geográfico-histórica de la raya lus...
… de estudos ibéricos, 2008, p. 103 …, 2008

Espaço & Cultura, 2024
THE FIRST WORLD WAR WAS, MOST LIKELY, THE FIRST GLOBALLY MEDIATED CONFLICT. IN FACT, TECHNICAL IN... more THE FIRST WORLD WAR WAS, MOST LIKELY, THE FIRST GLOBALLY MEDIATED CONFLICT. IN FACT, TECHNICAL INNOVATIONS IN TEXT AND IMAGE PRINTING, ADVANCES IN PHOTOGRAPHY, AND COMMUNICATION AND INFORMATION TECHNOLOGIES, MADE IT POSSIBLE TO FOLLOW THE MAIN POLITICAL AND MILITARY EVENTS. THUS, PROPAGANDA ACTIONS GAINED PROMINENCE, ESPECIALLY ON THE PART OF THE BELLIGERENT COUNTRIES, WHICH USED NEWSPAPERS TO CONVEY THEIR MESSAGES TO THE PUBLIC. IN THIS REGARD, PHOTOGRAPHS AND IMAGES SERVED AS VISUAL SUPPORT IN DISSEMINATING NEWS ABOUT THE EVER-CHANGING BATTLEFRONTS, PROVIDING READERS WITH MAPS THAT DEPICTED THE FRONTLINES, TROOP ADVANCES AND RETREATS, AND CHANGES IN THE POLITICAL GEOGRAPHY OF THIS GLOBAL CONFLICT. IN THE CASE OF PORTUGAL, WE CAN HIGHLIGHT THE CONTRIBUTION OF O COMÉRCIO DO PORTO, A DAILY NEWSPAPER PUBLISHED IN THE CITY OF PORTO. SINCE THE BEGINNING OF THE CONFLICT, IT PROVIDED EXTENSIVE JOURNALISTIC COVERAGE, RICHLY ILLUSTRATED WITH MAPS, AND, IN SPECIAL EDITIONS, PHOTOGRAPHIC REPORTS. IN ADDITION TO FULFILLING THEIR INFORMATIVE FUNCTION, THE MAPS IN THE PORTO NEWSPAPER – MOSTLY OF BRITISH ORIGIN – PLAYED A ROLE AS VEHICLES OF ALLIED PROPAGANDA, SPREADING A UNIQUE TYPE OF "SUGGESTIVE" AND "GEOPOLITICAL" CARTOGRAPHY AMONG THE PORTUGUESE PUBLIC. THIS KIND OF CARTOGRAPHY WOULD CONTINUE TO DEVELOP IN THE DECADES THAT FOLLOWED, UP TO THE END OF THE SECOND WORLD WAR. THEREFORE, IN THIS TEXT, WE WILL ANALYSE THE MAPS PUBLISHED IN THIS NEWSPAPER, PAYING ATTENTION TO THEIR TYPOLOGY AND RESPECTIVE PROPAGANDISTIC MESSAGES, SEEKING TO IDENTIFY SOME OF THE FOUNDATIONS OF PORTUGAL'S EMBRYONIC GEOPOLITICAL REFLECTION.
KEY-WORDS: GEOPOLITICAL CARTOGRAPHY; FIRST WORLD WAR; NEWSPAPER; PORTUGAL.
LES DÉBUTS DE LA CARTOGRAPHIE GÉOPOLITIQUE AU PORTUGAL : L'« ATLAS » DE LA PREMIÈRE GUERRE MONDIALE (1914-1918) DU JOURNAL O COMÉRCIO DO PORTO
RESUMÉ: LA PREMIÈRE GUERRE MONDIALE A PROBABLEMENT ÉTÉ LE PREMIER CONFLIT MÉDIATISÉ À L’ÉCHELLE MONDIALE. EN EFFET, LES INNOVATIONS TECHNIQUES DANS LE DOMAINE DE L'IMPRESSION DES TEXTES ET DES IMAGES, LES PROGRÈS DE LA PHOTOGRAPHIE ET DES TECHNOLOGIES DE LA COMMUNICATION ET DE L'INFORMATION, ONT PERMIS DE SUIVRE LES PRINCIPAUX ÉVÉNEMENTS POLITIQUES ET MILITAIRES. DE CETTE MANIÈRE, LES ACTIONS DE PROPAGANDE ONT GAGNÉ EN IMPORTANCE, NOTAMMENT DE LA PART DES PAYS BELLIGÉRANTS, QUI ONT PROFITÉ DES JOURNAUX POUR FAIRE PASSER LEUR MESSAGE AU PUBLIC. EN PARTICULIER, LES PHOTOGRAPHIES ET LES IMAGES ONT CONSTITUÉ UN SUPPORT VISUEL POUR DIFFUSER DES INFORMATIONS SUR LES FRONTS DE BATAILLE EN CONSTANTE ÉVOLUTION, MONTRANT AUX LECTEURS DES CARTES LES LIGNES DE FRONT, LES AVANCÉES ET LES RETRAITS DES TROUPES ET LES CHANGEMENTS DANS LA GÉOGRAPHIE POLITIQUE DE CE CONFLIT MONDIAL. DANS LE CAS PORTUGAIS, IL FAUT SOULIGNER LA CONTRIBUTION D'O COMÉRCIO DO PORTO, UN QUOTIDIEN PUBLIÉ DANS LA VILLE DE PORTO QUI, DEPUIS LE DÉBUTDU CONFLIT, A PROMU UNE LARGE COUVERTURE JOURNALISTIQUE, ABONDAMMENT ILLUSTRÉE DE CARTES ET, DANS DES ÉDITIONS SPÉCIALES, DES RAPPORTS PHOTOGRAPHIQUES. EN PLUS DE REMPLIR LEUR FONCTION INFORMATIVE, LES CARTES INCLUSES DANS CE JOURNAL – D'ORIGINE PRINCIPALEMENT BRITANNIQUE – ONT ASSUMÉ LE RÔLE DE VÉHICULES DE PROPAGANDE ALLIÉS, DIFFUSANT PARMI LE PUBLIC PORTUGAIS UN TYPE PARTICULIER DE CARTOGRAPHIE « SUGGESTIVE » ET « GÉOPOLITIQUE », QUI PERMETTRAIT DE CONNAÎT SON PLUS GRAND DÉVELOPPEMENT DANS LES DÉCENNIES SUIVANTES, JUSQU'À LA FIN DE LA SECONDE GUERRE MONDIALE. C'EST POURQUOI, DANS CE TEXTE, NOUS ANALYSERONS LES CARTES PUBLIÉES DANS CE JOURNAL, EN PRÊTANT ATTENTION À LEUR TYPOLOGIE ET AUX MESSAGES DE PROPAGANDE RESPECTIFS, EN CHERCHANT À TROUVER CERTAINES DES BASES DE LA RÉFLEXION GÉOPOLITIQUE PORTUGAISE EMBRYONNAIRE.
MOTS-CLÉS: CARTOGRAPHIE GÉOPOLITIQUE; PREMIÈRE GUERRE MONDIALE; JOURNAL; LE PORTUGAL
Revista digital de geografia, cartografia i ciències de la Terra Inici > Articles > La cartografí... more Revista digital de geografia, cartografia i ciències de la Terra Inici > Articles > La cartografía del S... Pàgina principal Imprimir Enviar per e-mail Descàrrega en PDF Comentaris (0)
Imago Mundi, 2009
Edited by Elizabeth Baigent Advanced doctoral students whose dissertations are substantially conc... more Edited by Elizabeth Baigent Advanced doctoral students whose dissertations are substantially concerned with the history of cartography are invited to contact the editor of this section

Terra Brasilis Revista da Rede Brasileira de História da Geografia e Geografia Histórica, 2022
Em 1948, a Junta das Missões Geográficas e de Investigações Coloniais editou em Lisboa, o Atlas d... more Em 1948, a Junta das Missões Geográficas e de Investigações Coloniais editou em Lisboa, o Atlas de Portugal Ultramarino e das Grandes Viagens Portuguesas de Descobrimento e Expansão. Para além de um nítido propósito propagandístico, o Atlas pretendia constituir-se como uma referência do esforço científico desenvolvido nas colónias portuguesas. Procurava-se, deste modo, legitimar a posse das colónias, num momento em que os vencedores da II Guerra Mundial definiam uma nova “ordem mundial”, que não comportava a existência dos Impérios coloniais europeus. In 1948, the Junta das Missões Geográficas e de Investigações Coloniais (Board of Geographical Missions and Colonial Investigations) published in Lisbon, the Atlas de Portugal Ultramarino e das Grandes Viagens Portuguesas de Descobrimento e Expansão (Atlas of Overseas Portugal and the Great Portuguese Voyages of Discovery and Expansion). In addition to a clear propagandistic purpose, the Atlas intended to constitute itself as a reference of the scientific effort developed in the Portuguese colonies. The aim was to legitimize the possession of colonies, at a time when the winners of the Second World War were defining a new “world order”, which did not include the existence of European colonial empires. En 1948, le Conseil des missions géographiques et des investigations coloniales publie à Lisbonne l’Atlas de Portugal Ultramarino e das Grandes Viagens Portuguesas de Descobrimento e Expansão (l'Atlas du Portugal d'outre-mer et les Grands voyages portugais de découverte et d'expansion). Outrant une vocation propagandiste manifeste, l'Atlas entendait se constituer comme une référence de l'effort scientifique développé dans les colonies portugaises. Il s'agissait ainsi de légitimer la possession des colonies, à une époque où les vainqueurs de la Seconde Guerre mondiale définissaient un nouvel « ordre mondial », qui n'incluait pas l'existence d'empires coloniaux européens.

O PELOURINHO Boletín de Relaciones Transfronterizas Núm. 25 (2ª época) Año 2021 DIPUTACIÓN DE BADAJOZ, 2021
A Guerra da Sucessão de Espanha foi a mais
longa campanha militar portuguesa no teatro de operaçõ... more A Guerra da Sucessão de Espanha foi a mais
longa campanha militar portuguesa no teatro de operações ibérico, durante
todo o século XVIII. Este conflito, ficou marcado, fundamentalmente, por
três etapas: a primeira, entre 1704 e 1705, correspondeu à invasão francoespanhola;
a segunda, entre 1706 e 1709, marcada pela invasão aliada a
partir de Portugal, incluindo as campanhas travadas em território
espanhol; a terceira etapa, sobre a Raia, decorreu entre 1709 e 1712, e
caracterizou-se por incursões, razias e cercos em território inimigo, num e
noutro lado da fronteira: Batalha do Caia (1709); Miranda do Douro
(1710-1711) e Campo Maior (1712).
Desde o início, o conflito foi acompanhado com atenção pelo
público europeu que procurava localizar as principais movimentações
militares nos diversos teatros de operações.
Neste seguimento, a imagem cartográfica de Portugal,
impressa e divulgada no estrangeiro, conheceu um renovado interesse,
tendo sido editados vários mapas do país compostos por autores de
diferentes nacionalidades.
Um dos mais ativos produtores de mapas de Portugal foi o
francês Nicolas de Fer. O autor correspondia ao protótipo do geógrafo de
gabinete característico da emergente cartografia comercial francesa que,
desde meados do século XVII, vinha substituindo a cartografia holandesa.
Nesta comunicação será analisada a representação da
fronteira fortificada (abaluartada) a partir dos exemplares impressos
editados por este geógrafo francês.

Atas do VIII Simpósio Luso-Brasileiro de Cartografia Histórica, 2020
Resumo: A cartografia urbana portuguesa conheceu um grande impulso a partir da Guerra da Restaura... more Resumo: A cartografia urbana portuguesa conheceu um grande impulso a partir da Guerra da Restauração (1640-1668). Para tal, muito e fortificação lecionadas nas Províncias. Na Província de Entre Douro e Minho, convertida num dos teatros de guerra com Espanha, deu-se início à construção de uma linha fortificada capaz de assegurar a defesa da fronteira, o que pressupôs a realização de vários levantamentos topográficos e corográficos, incluindo os espaços urbanos requalificados e adaptados às novas necessida-imagem do espaço urbano de algumas das mais importantes povoações litorais e fronteiriças desta Província. Foi neste contexto regional que foi composto o Mappa da Cidade de Braga Primaz, datado de ca. de 1756. Aquilo que torna esta planta especial é facto de não ter servido os interesses militares, mas antes, os eclesiásticos e civis, dado que Braga já não tinha, à época, relevância estratégica no plano defensivo militar. Neste trabalho, pretende-se apresentar a planta urbana de Braga de André Soares, simultaneamente no contexto regional da evolução da cartografia urbana e no contexto específico da representação da cidade arcebispal. Assim, para além da análise inter-na do documento, que inclui uma análise cartométrica, será desenvolvida uma comparação entre diferentes plantas urbanas da época, de forma a estabelecerem-se semelhanças e dissonâncias de perspetivas na figuração do espaço urbano, assim como, as técnicas utilizadas, a teoria e a prática dos autores e os objetivos que presidiram à elaboração de cada um dos documentos sele-cionados. Abstract: Portuguese urban cartography experienced a major boost from the Restoration War (1640-1668). To this end, much contributed to the institutionalization of the teaching of military engineering not only in the Military Academy of the Court, but als o in the Provinces. In the Entre Douro e Minho province, converted into one of the theatres of war with Spain, began the construction of a fortified line capable of ensuring the defense of the border, which required several topographic and chorographic surveys, including urban spaces, requalified and adapted to new defensive needs. Asa maximum expression of all this activity, there ar e some cartographic "albums" a that set the image of the urban space of some of the most important coastal and border villages of this Province. It was in this regional context hat was made the Mappa da Cidade de Braga Primaz, dated from ca. de 1756. What makes this plant special is that it did not serve the military interests, but rather the ecclesiastical and civil interests, since Braga no longer had strategic relevance in the military defensive plan at the time. This paper intends to present the urban plan of Braga by André Soa-res, simultaneously in the regional context of theevolution of urban cartography and in the specific context of the representation of the archbishop's city. Thus, in addition to the internal analysis of the document, which includes a cartometric analysis, a comparison will be developed between different urban plans of the time, in order to establish similarities and dissonance of perspectives in
Atas do VIII Colóquio Ibérico de Geografia, 1999

Cadernos de Geografia, nº 40, 2019
Resumo Desde cedo, a prática de viajar vinculou-se ao uso de mapas e, se numa fase inicial, eram ... more Resumo Desde cedo, a prática de viajar vinculou-se ao uso de mapas e, se numa fase inicial, eram usados mapas gerais de ampla circulação comercial, à medida que o Turismo se generalizou, surgiu um novo tipo de mapa mais específico: os mapas turísticos. Mais do que a representação cartográfica/geográfica do espaço, estes mapas, pelas suas características iconográficas e pictóricas, constituem uma forma de construção e de promoção de identidades territoriais. Neste sentido, constituem objetos do discurso propagandístico veiculado pelas autoridades responsáveis, tal como se constata na análise ao mapa do Entre Douro e Minho editado pela Rotep. Palavras-chave: cartografia, propaganda, turismo, mapas turísticos, Rotep. Abstract Traveling has been linked to the use of maps and, if at an early stage people used general maps since tourism became more popular, a new specific type of map emerged: tourist maps. More than the cartographic / geographical representation of space, these maps, due to their iconographic and pictorial characteristics, constitute a form of construction and promotion of territorial identities. In this sense, they are objects of the propagandistic discourse conveyed by the authorities as can be seen in the analysis of the map of Entre Douro e Minho edited by Rotep. 1. Os antecedentes do Turismo em Portugal, até meados do século XX As origens do Turismo moderno em Portugal remontam ao início do século XX. No entanto, já anteriormente, entre a segunda metade do século XVIII e a primeira metade do século XIX, numa época que poderíamos designar de "proto turística", foram muitos os viajantes, muitos deles estrangeiros, que percorreram o País. Viviam-se já os capítulos finais da época do Grand Tour, quando as viagens ainda se empreendiam mais com um intuito instrutivo do que recreativo, próprio do tourist, e que fez recrudescer o género literário dos relatos de viagens e, em especial, os guias e itinerários de viagens (Branco, 2010). É de notar, no entanto, que viajar era, para os portugueses, uma atividade que só se empreendia por necessidade, obrigação ou devoção: a realização negócios ou o desenvolvimento de outras atividades económicas; uma migração; movimentações militares ou peregrinações e romagens. Raros eram aqueles que viajavam apenas com intuito instrutivo ou recrea-tivo. Neste sentido, havia uma fraca mobilidade interna, que se explicava pela insipiente rede de estradas, com itinerários de má qualidade, tal como as infraestruturas de apoio, nomeadamente, as estalagens. Esta é, pelo menos, a opinião geral registada nas descrições deixadas por viajantes estrangeiros, entre os séculos XV e XIX (Brandão, 2013; Chaves, 1987; Marques, 1997). A partir da segunda metade do século XIX, na sequência das alterações da Revolução Industrial na sociedade europeia-no caso português, do surto industrial nos centros urbanos de Lisboa e do Porto, nomeadamente, a definição do tempo de descanso, por contraste com a semana de trabalho, os viajantes https://dx.

Revista de Historiografía (RevHisto), 2019
Resumen La progresiva radicalización ideológica del régi-men republicano, instaurado en Portugal ... more Resumen La progresiva radicalización ideológica del régi-men republicano, instaurado en Portugal en octu-bre de 1910, provocó una oposición conservadora y monárquica que se organizó en el exilio, sobre todo en el sur de Galicia. Entre octubre de 1911 y junio de 1912, estacionados en varios pueblos y villas ga-legas en la raya con Portugal, los monárquicos hi-cieron dos incursiones en territorio portugués-el primero en Vinhais y el segundo en Chaves-con el fin de fomentar la rebelión contra régimen ins-taurado. Sin embargo, las tropas republicanas, más Abstract The ideological radicalisation of the republican regime, established in Portugal in October 1910, gave rise to the forming of a conservative and monarchical opposition in exile, in the south of the Spanish historic region of Galicia. Between October 1911 and June 1912, from several Gali-cian villages not far from the Portuguese border, the monarchists made two incursions into the north of the country-the first to Vinhais and the second to Chaves-with the aim of fuel-ling popular uprisings and a military rebellion
In the late 18th century, Portuguese society was confronted
with some of the most important polit... more In the late 18th century, Portuguese society was confronted
with some of the most important political
challenges that marked the final stage of the Old
Regime. If, on the external front, the geopolitical
context forced it to participate in various international
conflicts, internally, the 1790s began with an
important attempt for administrative reorganization,
marked by a centralist nature, enshrined in
the Reform of Counties Law, from 1790-92.
The military engineers were tasked to do maps and
statistics and write reports, memories and geographical
descriptions of the different provinces and
regions of the country, which attended as a support
to policy makers.
In this article we intend to conduct a historical geography
exercise of the territory of Lousada, especially
from the cartographic work and population
register of the military engineer Custódio José Gomes
de Villasboas.
After 60 years of Spanish rule, in December 1640 Portugal declared its independence and acclaimed... more After 60 years of Spanish rule, in December 1640 Portugal declared its independence and acclaimed a
“natural” king. The Portuguese restoration was held by war, in Iberian Peninsula and in overseas, and
by a diplomatic effort close to the main enemies of Spain. To support its diplomacy was implemented
throughout Europe a propaganda campaign to achieve the recognition of the legitimacy of both king
and country, and maps played a key role in this process.
Thus, in the context of the Portuguese Restoration War, the cartographic image of Portugal was
renewed, especially by the issue of the first map of the country in Portuguese language by Nicolas
Sanson, one of the most celebrated geographers of the time.
Uploads
Papers by Luís Miguel Moreira
KEY-WORDS: GEOPOLITICAL CARTOGRAPHY; FIRST WORLD WAR; NEWSPAPER; PORTUGAL.
LES DÉBUTS DE LA CARTOGRAPHIE GÉOPOLITIQUE AU PORTUGAL : L'« ATLAS » DE LA PREMIÈRE GUERRE MONDIALE (1914-1918) DU JOURNAL O COMÉRCIO DO PORTO
RESUMÉ: LA PREMIÈRE GUERRE MONDIALE A PROBABLEMENT ÉTÉ LE PREMIER CONFLIT MÉDIATISÉ À L’ÉCHELLE MONDIALE. EN EFFET, LES INNOVATIONS TECHNIQUES DANS LE DOMAINE DE L'IMPRESSION DES TEXTES ET DES IMAGES, LES PROGRÈS DE LA PHOTOGRAPHIE ET DES TECHNOLOGIES DE LA COMMUNICATION ET DE L'INFORMATION, ONT PERMIS DE SUIVRE LES PRINCIPAUX ÉVÉNEMENTS POLITIQUES ET MILITAIRES. DE CETTE MANIÈRE, LES ACTIONS DE PROPAGANDE ONT GAGNÉ EN IMPORTANCE, NOTAMMENT DE LA PART DES PAYS BELLIGÉRANTS, QUI ONT PROFITÉ DES JOURNAUX POUR FAIRE PASSER LEUR MESSAGE AU PUBLIC. EN PARTICULIER, LES PHOTOGRAPHIES ET LES IMAGES ONT CONSTITUÉ UN SUPPORT VISUEL POUR DIFFUSER DES INFORMATIONS SUR LES FRONTS DE BATAILLE EN CONSTANTE ÉVOLUTION, MONTRANT AUX LECTEURS DES CARTES LES LIGNES DE FRONT, LES AVANCÉES ET LES RETRAITS DES TROUPES ET LES CHANGEMENTS DANS LA GÉOGRAPHIE POLITIQUE DE CE CONFLIT MONDIAL. DANS LE CAS PORTUGAIS, IL FAUT SOULIGNER LA CONTRIBUTION D'O COMÉRCIO DO PORTO, UN QUOTIDIEN PUBLIÉ DANS LA VILLE DE PORTO QUI, DEPUIS LE DÉBUTDU CONFLIT, A PROMU UNE LARGE COUVERTURE JOURNALISTIQUE, ABONDAMMENT ILLUSTRÉE DE CARTES ET, DANS DES ÉDITIONS SPÉCIALES, DES RAPPORTS PHOTOGRAPHIQUES. EN PLUS DE REMPLIR LEUR FONCTION INFORMATIVE, LES CARTES INCLUSES DANS CE JOURNAL – D'ORIGINE PRINCIPALEMENT BRITANNIQUE – ONT ASSUMÉ LE RÔLE DE VÉHICULES DE PROPAGANDE ALLIÉS, DIFFUSANT PARMI LE PUBLIC PORTUGAIS UN TYPE PARTICULIER DE CARTOGRAPHIE « SUGGESTIVE » ET « GÉOPOLITIQUE », QUI PERMETTRAIT DE CONNAÎT SON PLUS GRAND DÉVELOPPEMENT DANS LES DÉCENNIES SUIVANTES, JUSQU'À LA FIN DE LA SECONDE GUERRE MONDIALE. C'EST POURQUOI, DANS CE TEXTE, NOUS ANALYSERONS LES CARTES PUBLIÉES DANS CE JOURNAL, EN PRÊTANT ATTENTION À LEUR TYPOLOGIE ET AUX MESSAGES DE PROPAGANDE RESPECTIFS, EN CHERCHANT À TROUVER CERTAINES DES BASES DE LA RÉFLEXION GÉOPOLITIQUE PORTUGAISE EMBRYONNAIRE.
MOTS-CLÉS: CARTOGRAPHIE GÉOPOLITIQUE; PREMIÈRE GUERRE MONDIALE; JOURNAL; LE PORTUGAL
longa campanha militar portuguesa no teatro de operações ibérico, durante
todo o século XVIII. Este conflito, ficou marcado, fundamentalmente, por
três etapas: a primeira, entre 1704 e 1705, correspondeu à invasão francoespanhola;
a segunda, entre 1706 e 1709, marcada pela invasão aliada a
partir de Portugal, incluindo as campanhas travadas em território
espanhol; a terceira etapa, sobre a Raia, decorreu entre 1709 e 1712, e
caracterizou-se por incursões, razias e cercos em território inimigo, num e
noutro lado da fronteira: Batalha do Caia (1709); Miranda do Douro
(1710-1711) e Campo Maior (1712).
Desde o início, o conflito foi acompanhado com atenção pelo
público europeu que procurava localizar as principais movimentações
militares nos diversos teatros de operações.
Neste seguimento, a imagem cartográfica de Portugal,
impressa e divulgada no estrangeiro, conheceu um renovado interesse,
tendo sido editados vários mapas do país compostos por autores de
diferentes nacionalidades.
Um dos mais ativos produtores de mapas de Portugal foi o
francês Nicolas de Fer. O autor correspondia ao protótipo do geógrafo de
gabinete característico da emergente cartografia comercial francesa que,
desde meados do século XVII, vinha substituindo a cartografia holandesa.
Nesta comunicação será analisada a representação da
fronteira fortificada (abaluartada) a partir dos exemplares impressos
editados por este geógrafo francês.
with some of the most important political
challenges that marked the final stage of the Old
Regime. If, on the external front, the geopolitical
context forced it to participate in various international
conflicts, internally, the 1790s began with an
important attempt for administrative reorganization,
marked by a centralist nature, enshrined in
the Reform of Counties Law, from 1790-92.
The military engineers were tasked to do maps and
statistics and write reports, memories and geographical
descriptions of the different provinces and
regions of the country, which attended as a support
to policy makers.
In this article we intend to conduct a historical geography
exercise of the territory of Lousada, especially
from the cartographic work and population
register of the military engineer Custódio José Gomes
de Villasboas.
“natural” king. The Portuguese restoration was held by war, in Iberian Peninsula and in overseas, and
by a diplomatic effort close to the main enemies of Spain. To support its diplomacy was implemented
throughout Europe a propaganda campaign to achieve the recognition of the legitimacy of both king
and country, and maps played a key role in this process.
Thus, in the context of the Portuguese Restoration War, the cartographic image of Portugal was
renewed, especially by the issue of the first map of the country in Portuguese language by Nicolas
Sanson, one of the most celebrated geographers of the time.
KEY-WORDS: GEOPOLITICAL CARTOGRAPHY; FIRST WORLD WAR; NEWSPAPER; PORTUGAL.
LES DÉBUTS DE LA CARTOGRAPHIE GÉOPOLITIQUE AU PORTUGAL : L'« ATLAS » DE LA PREMIÈRE GUERRE MONDIALE (1914-1918) DU JOURNAL O COMÉRCIO DO PORTO
RESUMÉ: LA PREMIÈRE GUERRE MONDIALE A PROBABLEMENT ÉTÉ LE PREMIER CONFLIT MÉDIATISÉ À L’ÉCHELLE MONDIALE. EN EFFET, LES INNOVATIONS TECHNIQUES DANS LE DOMAINE DE L'IMPRESSION DES TEXTES ET DES IMAGES, LES PROGRÈS DE LA PHOTOGRAPHIE ET DES TECHNOLOGIES DE LA COMMUNICATION ET DE L'INFORMATION, ONT PERMIS DE SUIVRE LES PRINCIPAUX ÉVÉNEMENTS POLITIQUES ET MILITAIRES. DE CETTE MANIÈRE, LES ACTIONS DE PROPAGANDE ONT GAGNÉ EN IMPORTANCE, NOTAMMENT DE LA PART DES PAYS BELLIGÉRANTS, QUI ONT PROFITÉ DES JOURNAUX POUR FAIRE PASSER LEUR MESSAGE AU PUBLIC. EN PARTICULIER, LES PHOTOGRAPHIES ET LES IMAGES ONT CONSTITUÉ UN SUPPORT VISUEL POUR DIFFUSER DES INFORMATIONS SUR LES FRONTS DE BATAILLE EN CONSTANTE ÉVOLUTION, MONTRANT AUX LECTEURS DES CARTES LES LIGNES DE FRONT, LES AVANCÉES ET LES RETRAITS DES TROUPES ET LES CHANGEMENTS DANS LA GÉOGRAPHIE POLITIQUE DE CE CONFLIT MONDIAL. DANS LE CAS PORTUGAIS, IL FAUT SOULIGNER LA CONTRIBUTION D'O COMÉRCIO DO PORTO, UN QUOTIDIEN PUBLIÉ DANS LA VILLE DE PORTO QUI, DEPUIS LE DÉBUTDU CONFLIT, A PROMU UNE LARGE COUVERTURE JOURNALISTIQUE, ABONDAMMENT ILLUSTRÉE DE CARTES ET, DANS DES ÉDITIONS SPÉCIALES, DES RAPPORTS PHOTOGRAPHIQUES. EN PLUS DE REMPLIR LEUR FONCTION INFORMATIVE, LES CARTES INCLUSES DANS CE JOURNAL – D'ORIGINE PRINCIPALEMENT BRITANNIQUE – ONT ASSUMÉ LE RÔLE DE VÉHICULES DE PROPAGANDE ALLIÉS, DIFFUSANT PARMI LE PUBLIC PORTUGAIS UN TYPE PARTICULIER DE CARTOGRAPHIE « SUGGESTIVE » ET « GÉOPOLITIQUE », QUI PERMETTRAIT DE CONNAÎT SON PLUS GRAND DÉVELOPPEMENT DANS LES DÉCENNIES SUIVANTES, JUSQU'À LA FIN DE LA SECONDE GUERRE MONDIALE. C'EST POURQUOI, DANS CE TEXTE, NOUS ANALYSERONS LES CARTES PUBLIÉES DANS CE JOURNAL, EN PRÊTANT ATTENTION À LEUR TYPOLOGIE ET AUX MESSAGES DE PROPAGANDE RESPECTIFS, EN CHERCHANT À TROUVER CERTAINES DES BASES DE LA RÉFLEXION GÉOPOLITIQUE PORTUGAISE EMBRYONNAIRE.
MOTS-CLÉS: CARTOGRAPHIE GÉOPOLITIQUE; PREMIÈRE GUERRE MONDIALE; JOURNAL; LE PORTUGAL
longa campanha militar portuguesa no teatro de operações ibérico, durante
todo o século XVIII. Este conflito, ficou marcado, fundamentalmente, por
três etapas: a primeira, entre 1704 e 1705, correspondeu à invasão francoespanhola;
a segunda, entre 1706 e 1709, marcada pela invasão aliada a
partir de Portugal, incluindo as campanhas travadas em território
espanhol; a terceira etapa, sobre a Raia, decorreu entre 1709 e 1712, e
caracterizou-se por incursões, razias e cercos em território inimigo, num e
noutro lado da fronteira: Batalha do Caia (1709); Miranda do Douro
(1710-1711) e Campo Maior (1712).
Desde o início, o conflito foi acompanhado com atenção pelo
público europeu que procurava localizar as principais movimentações
militares nos diversos teatros de operações.
Neste seguimento, a imagem cartográfica de Portugal,
impressa e divulgada no estrangeiro, conheceu um renovado interesse,
tendo sido editados vários mapas do país compostos por autores de
diferentes nacionalidades.
Um dos mais ativos produtores de mapas de Portugal foi o
francês Nicolas de Fer. O autor correspondia ao protótipo do geógrafo de
gabinete característico da emergente cartografia comercial francesa que,
desde meados do século XVII, vinha substituindo a cartografia holandesa.
Nesta comunicação será analisada a representação da
fronteira fortificada (abaluartada) a partir dos exemplares impressos
editados por este geógrafo francês.
with some of the most important political
challenges that marked the final stage of the Old
Regime. If, on the external front, the geopolitical
context forced it to participate in various international
conflicts, internally, the 1790s began with an
important attempt for administrative reorganization,
marked by a centralist nature, enshrined in
the Reform of Counties Law, from 1790-92.
The military engineers were tasked to do maps and
statistics and write reports, memories and geographical
descriptions of the different provinces and
regions of the country, which attended as a support
to policy makers.
In this article we intend to conduct a historical geography
exercise of the territory of Lousada, especially
from the cartographic work and population
register of the military engineer Custódio José Gomes
de Villasboas.
“natural” king. The Portuguese restoration was held by war, in Iberian Peninsula and in overseas, and
by a diplomatic effort close to the main enemies of Spain. To support its diplomacy was implemented
throughout Europe a propaganda campaign to achieve the recognition of the legitimacy of both king
and country, and maps played a key role in this process.
Thus, in the context of the Portuguese Restoration War, the cartographic image of Portugal was
renewed, especially by the issue of the first map of the country in Portuguese language by Nicolas
Sanson, one of the most celebrated geographers of the time.
O Exército Português esteve, desde o início, sobretudo através de oficiais do Corpo do Estado-Maior, vinculado a estas tarefas, na medida em que o Tratado previa a constituição de uma “Comissão Internacional de Limites” (criada em 1904), dotada de competências para garantir a adequada aplicação dos processos de reconhecimento e de manutenção da linha, ou seja, dos marcos de fronteira, cujo controlo mantém até ao presente. Embora coordenadas pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros, as equipas responsáveis pelas operações no campo são constituídas por membros do Centro de Informação Geoespacial do Exército.
Todavia, a obra que se apresenta – exposição cartográfica e respetivo catálogo -, não se reporta, em exclusivo, a este momento marcante da História de Portugal. Propõe-se, antes, uma leitura evolutiva da imagem do conjunto do território nacional peninsular, assim como dos seus limites políticos. Nos mapas elaborados até aos finais do século XIX, a fronteira foi figurada por múltiplas e variadas linhas – contínuas, tracejadas, ponteadas ou coloridas -, nunca coincidentes entre si, pelo que se tornava impossível fixar um mapa final.
“Província” e “região” são conceitos polissémicos e, ainda que a delimitação ou divisão regional/provincial seja um tema que sempre interessou à Geografia, ele não é exclusivo dos geógrafos.
Muito embora o conceito de “região geográfica” tenha sido central em várias escolas de pensamento geográfico, especialmente na escola francesa, constituindo-se, até, no objeto de estudo da Geografia e, assim, permitindo a sua institucionalização académica a partir dos finais do século XIX, ele não é unívoco. Com o passar do tempo, estas divisões regionais podem sofrer alterações nos seus limites, (re)
ajustes mais ou menos profundos nas suas configurações, mantendo ou não as mesmas designações. Naturalmente, tudo isto poderá contribuir para tornar a administração do território um pouco mais confusa, imprecisa e ineficaz.
Aquilo que se propõe dar a conhecer neste trabalho, são as perspetivas regionais/provinciais do nosso País, a partir de uma seleção de mapas, manuscritos e impressos, que, ao longo do tempo, serviram de ilustração às descrições coro-geográficas, ou de suporte às decisões político-jurídico-administrativas e militares.
Muitos dos documentos cartográficos aqui reunidos foram elaborados por militares e destinados a fins militares, quase sempre relacionados com necessidades de defesa ou de reformas territoriais e administrativas.
Contudo, como frequentemente sucede, os mapas, prestam-se a vários usos, muitos dos quais, substancialmente diferentes daqueles para os quais foram, originalmente, concebidos.
Optou-se por organizar esta mostra nas seis tradicionais (ou históricas) províncias portuguesas, a saber: Entre Douro e Minho, Trás-os-Montes, Beira, Estremadura, Alentejo e Algarve, as quais se complementam
com os territórios dos arquipélagos dos Açores e da Madeira, justamente porque, entre os séculos XVII e XIX, esta divisão regional era, simultaneamente, a divisão coro-geográfica e militar.
Quanto à organização do texto que serve de catálogo da exposição, optou-se, genericamente, por apresentar os mapas numa sequência cronológica, o que permitiu esboçar uma espécie de História da Cartografia regional portuguesa - contextualizada pelos principais acontecimentos políticos, sociais, diplomáticos, militares e científicos - e aferir a evolução das técnicas cartográficas, bem como o contributo dado pelas várias instituições portuguesas, em especial o Exército, para o (re)conhecimento cartográfico de Portugal, até porque “mal se governa o país que se não conhece”
É neste friso conceptual e teórico que se fará a leitura de um mapa turístico, enquanto objeto simbólico de um território, ao serviço da propaganda de Estado.
Catalog of a cartographic exhibition dedicated to the Azores Archipelago, organized in collaboration with the Army Geospatial Information Center.