Resumo: A obra de 1757, está dividida em quatro livros. O Contrato Social é considerado uma utopi... more Resumo: A obra de 1757, está dividida em quatro livros. O Contrato Social é considerado uma utopia política que propõe um Estado ideal que garanta os direitos de todos os cidadãos. Nesta obra, Rousseau procura um Estado social legítimo, próximo da vontade geral. Abstract: The Social Contract was written in 1757 and it is divided into four books. It is considered to be a political utopia that proposes an ideal state, which guarantees the rights of all citizens. In this book, Rousseau seeks a legitimate social state, close to the general will. 0. Introdução O segundo livro dá continuidade à discussão já iniciada no primeiro sobre a formação de uma sociedade. Rousseau, nos 12 capítulos que constituem o segundo livro, demonstra que apenas a vontade geral habilita o soberano a agir. O poder do governo é limitado à manutenção da igualdade entre todos, o que acaba por ser um paradoxo, uma vez que a existência de um governo sugere uma contenção de liberdades. A fim de preservar o delicado equilíbrio de um governo e consequentemente impedir qualquer abuso do poder, é estritamente necessário um Estado conciso e é precisamente essa a temática a ser abordada. 1. Desenvolvimento O primeiro capítulo, "A soberania é inalienável", inicia com uma afirmação que vem revelar o objetivo da instituição de um Estado: "A primeira e mais importante consequência dos princípios acima estabelecidos está em que somente a vontade geral tem possibilidade de dirigir as forças do Estado, …". 1 A Soberania é o exercício da vontade geral e esta nunca pode ser alienada. O soberano é visto como um ser coletivo, que pode ser representado apenas por si mesmo. É inverosímil que um acordo seja duradouro e constante; pois a vontade particular tende à parcialidade, enquanto a vontade geral tende à igualdade. Porém, Rousseau reconhece que "Se o povo, portanto, promete simplesmente obedecer, dissolve-se em consequência desse ato, …" 2. No segundo capítulo, apelidado de "A soberania é indivisível", apercebemo-nos que a soberania pela mesma razão que a torna inalienável, também é indivisível; "…porque a vontade é ou não é geral, é a vontade do corpo do povo ou apenas de uma parte dele" 3. Os teóricos políticos cometem o erro de dividir a soberania de acordo com o seu objeto, "em força e vontade; no poder legislativo e no poder executivo; em direitos de tributação, justiça e guerra; administração interna e poder do tratado estrangeiro" 4. Rousseau alega que é inapropriada a divisão da soberania e que este é um erro que decorre da falta de conhecimento das noções de autoridade do soberano.
Resumo: O Federalista é uma compilação de 85 artigos com o intuito de persuadir a população ameri... more Resumo: O Federalista é uma compilação de 85 artigos com o intuito de persuadir a população americana a ratificar a Constituição dos Estados Unidos da América em 1787-8. Redigido durante a revolução americana. Os artigos escritos por Hamilton, Madison e Jay são constantemente citados ainda nos dias atuais e acredita se que este livro seja um dos melhores comentários escritos sobre os princípios de governo. O Federalista constituí um dos principais trabalhos ao nível do pensamento político alguma vez criado na América. Abstract: The Federalist Papers is a compilation of 85 articles written in order to persuade the American population to ratify the Constitution of the United States of America in 1787-8. The articles were written during the American Revolution by Hamilton, Madison and Jay. Those authors are constantly bieng quoted and the book is believed to be one of the best written comments on government principles. The Federalist Papers is one of the main works of political thought ever created in America. O federalista está dividido num determinado número de secções, cada uma delas com um tema central a ser desenvolvido numa sucessão de pequenos capítulos. Os primeiros artigos da compilação debruçam se sobre a necessidade de existir uma união e argumentam que um governo nacional forte é muito mais desejável do que um vasto número de governos locais de carácter fraco sem qualquer tipo de liderança a nível nacional. 1. Desenvolvimento No 3º capítulo da obra, Jay enaltece logo nas primeiras linhas o povo americano, declarando que "Não é nova a observação de que o povo de qualquer país (desde que seja como o americano, inteligente e bem formado) raras vezes adota uma opinião errônea com relação a seus interesses e nela persevera firmemente por muitos anos." 1 Jay comenta que "um único governo federal" 2 é muito melhor na preservação da paz. A garantia da segurança é dita pelo autor como o primeiro ponto para o qual um povo dito sábio e livre desvia a sua atenção. A garantia de paz e tranquilidade estão de certo modo ligadas com a de segurança, e é esse o ponto ao qual Jay quer precisamente chegar, a segurança transmite paz e tranquilidade e protege contra "perigos das armas e da influência externas" (101). Um governo nacional forte e unificado é a melhor opção na manutenção da segurança e é menos provável que haja uma provocação vinda deste que leve outras nações a atacar, evitando assim hostilidades vindas exteriores. Para sustentar o seu ponto de vista, o autor reflete na seguinte questão: Será que uma América Unida tem probabilidade de se ver diante tantos confrontos quanto uma América desunida? Pergunta esta à qual a resposta é 1
Resumo: Leviatã é uma das obras do filósofo inglês Thomas Hobbes, publicada em 1651. O seu título... more Resumo: Leviatã é uma das obras do filósofo inglês Thomas Hobbes, publicada em 1651. O seu título deve se ao monstro bíblico Leviatã. O livro, cujo título por extenso é Leviatã ou matéria, forma e poder de um Estado eclesiástico e civil, aborda o tema da estrutura da sociedade organizada. O seguinte ensaio analisa o capítulo XVIII da obra. Abstract: Leviathan is a book written by the English philosopher Thomas Hobbes, published in 1651. The title of the book The Matter, Forme and Power of a CommonWealth Ecclesiastical and Civil. This paper analyses the eighteenth chapter of the book. Thomas Hobbes inicia este capítulo da sua obra por explicar o ato de instituir um Estado, bem como as consequências dessa instituição, o mesmo afirma que um Estado é efetivamente instituído quando "uma multidão de homens concordam e pactuam, cada um com cada um dos outros, que a qualquer homem ou assembleia de homens a quem seja atribuído pela maioria o direito de representar a pessoa de todos eles (ou seja, de ser seu representante), todos sem exceção, tanto os que votaram a favor dele como os que votaram contra ele, deverão autorizar todos os atos e decisões desse homem ou assembleia de homens, tal como se fossem seus próprios atos e decisões, a fim de viverem em paz uns com os outro e serem protegidos dos restantes homens." 1. Hobbes transmite ao leitor a ideia de que uma das funções principais de um Estado é a de promover a segurança. O representante desse Estado é apelidado de soberano, seja um indivíduo ou uma assembleia. Existem vários direitos que o soberano assume e é exatamente nisso que Hobbes se foca no capítulo XVIII, Dos diretos dos soberanos por instituição. 1. Os direitos dos soberanos De forma a conseguirem sentir verdadeiramente um sentimento de segurança, é necessário que os indivíduos depositem toda a sua confiança numa única entidade, o soberano. O Filósofo reconhece que aqueles que se submeteram a um monarca não podem, em circunstância alguma, sem licença deste, renunciar à monarquia. Isso implicaria, segundo o autor, retornar à confusão e sobretudo à desunião. Caso fosse sentida a desaprovação de alguém, isso teria repercussões ultrajantes. Hobbes sublinha ainda que, uma vez que cada homem conferiu a soberania àquele soberano em concreto, ao tentarem depô-lo estarão a tirar o que também é seu. É preciso notar que se alguém desobedecer ao seu soberano devido a um pacto que esteja a fazer com Deus, é cometida também uma injustiça, uma vez que, o único que pode mediar um pacto com Deus é o detentor da soberania abaixo de Deus, neste caso, o 1 Hobbes. (2003). Leviatã (pp. 148).
Resumo: O seguinte ensaio analisa a obra "Para além do bem e do mal", obra esta escrita à luz de ... more Resumo: O seguinte ensaio analisa a obra "Para além do bem e do mal", obra esta escrita à luz de um tom mais crítico e denso. As reflexões de Nietzsche caracterizam-se por ser uma violenta crítica aos valores da cultura ocidental. Este ensaio inclui uma introdução sobre a obra, e incide sobre uma análise de três filósofos do sec. XVIII à luz das críticas de Nietzsche, bem como a importância das suas ideias para a vida. Abstract: This paper analyses the book: "Beyond good and evil", this book was written in a more critical and solid procedure. Nietzsche's reflections are seen as a critic to the values of the occidental culture. This paper includes an introduction to the book itself,and focuses on the analysis of three great philosophers of the eighteenth century upon Nietzsche's point of view, as well as the importance of his ideas in life. Nietzsche logo nas primeiras páginas da sua obra intitulada "Para além do bem e do mal", demonstra que não pretende estipular uma filosofia/doutrina pré-estabelecida. Inclusive, o próprio autor comenta que a maioria dos filósofos possuem uma doutrina ideal, às quais ele tece duras críticas construtivas. Nietzsche acredita que, quando um filósofo tenta transmitir a sua doutrina ao mundo ele está a errar, uma vez que não é suposto um filósofo vender um ideal, mas sim apresentar a verdade tal como ela é. No primeiro capítulo da mesma obra, "Dos preconceitos dos filósofos", Nietzsche censura todos os filósofos anteriores a ele que não conseguiram ser imparciais na procura pela verdade e se orientaram segundo as suas próprias vivencias e ideais. O problema com que o leitor se debate durante a leitura do capítulo prende-se com o seguinte: será que certos filósofos seriam capazes de se defender das advertências de Nietzsche? Ou será que, de facto, não encontramos grande importância nas suas ideias para a vida? 1. As considerações de Nietzsche aos olhos de 3 filósofos "Supondo-se que a verdade seja feminina-e não é fundada a suspeita de que todos os filósofos, enquanto dogmáticos, entendem pouco de mulheres?" 1 , é a frase que inaugura o prefácio do livro e serve de ponto de partida para os juízos de valor que serão expostos. Com a interrogação anterior Nietzsche intenciona expor desde cedo ao leitor que, se a verdade for uma mulher, os filósofos com falta de tato não conseguem conquistar a verdade. O autor revela a sua primeira vítima, Kant, logo nas primeiras páginas do primeiro capítulo: "A hipocrisia rígida e virtuosa com que o velho Kant nos leva por todas as veredas de sua dialética para nos induzir a aceitar seu imperativo categórico, é um espetáculo que nos faz sentir o imenso prazer de descobrir as pequenas e maliciosas sutilezas dos velhos moralistas e 1 Nietzsche. (1999). Para Além do Bem e do Mal (pp. 7).
Resumo: A obra de 1757, está dividida em quatro livros. O Contrato Social é considerado uma utopi... more Resumo: A obra de 1757, está dividida em quatro livros. O Contrato Social é considerado uma utopia política que propõe um Estado ideal que garanta os direitos de todos os cidadãos. Nesta obra, Rousseau procura um Estado social legítimo, próximo da vontade geral. Abstract: The Social Contract was written in 1757 and it is divided into four books. It is considered to be a political utopia that proposes an ideal state, which guarantees the rights of all citizens. In this book, Rousseau seeks a legitimate social state, close to the general will. 0. Introdução O segundo livro dá continuidade à discussão já iniciada no primeiro sobre a formação de uma sociedade. Rousseau, nos 12 capítulos que constituem o segundo livro, demonstra que apenas a vontade geral habilita o soberano a agir. O poder do governo é limitado à manutenção da igualdade entre todos, o que acaba por ser um paradoxo, uma vez que a existência de um governo sugere uma contenção de liberdades. A fim de preservar o delicado equilíbrio de um governo e consequentemente impedir qualquer abuso do poder, é estritamente necessário um Estado conciso e é precisamente essa a temática a ser abordada. 1. Desenvolvimento O primeiro capítulo, "A soberania é inalienável", inicia com uma afirmação que vem revelar o objetivo da instituição de um Estado: "A primeira e mais importante consequência dos princípios acima estabelecidos está em que somente a vontade geral tem possibilidade de dirigir as forças do Estado, …". 1 A Soberania é o exercício da vontade geral e esta nunca pode ser alienada. O soberano é visto como um ser coletivo, que pode ser representado apenas por si mesmo. É inverosímil que um acordo seja duradouro e constante; pois a vontade particular tende à parcialidade, enquanto a vontade geral tende à igualdade. Porém, Rousseau reconhece que "Se o povo, portanto, promete simplesmente obedecer, dissolve-se em consequência desse ato, …" 2. No segundo capítulo, apelidado de "A soberania é indivisível", apercebemo-nos que a soberania pela mesma razão que a torna inalienável, também é indivisível; "…porque a vontade é ou não é geral, é a vontade do corpo do povo ou apenas de uma parte dele" 3. Os teóricos políticos cometem o erro de dividir a soberania de acordo com o seu objeto, "em força e vontade; no poder legislativo e no poder executivo; em direitos de tributação, justiça e guerra; administração interna e poder do tratado estrangeiro" 4. Rousseau alega que é inapropriada a divisão da soberania e que este é um erro que decorre da falta de conhecimento das noções de autoridade do soberano.
Resumo: O Federalista é uma compilação de 85 artigos com o intuito de persuadir a população ameri... more Resumo: O Federalista é uma compilação de 85 artigos com o intuito de persuadir a população americana a ratificar a Constituição dos Estados Unidos da América em 1787-8. Redigido durante a revolução americana. Os artigos escritos por Hamilton, Madison e Jay são constantemente citados ainda nos dias atuais e acredita se que este livro seja um dos melhores comentários escritos sobre os princípios de governo. O Federalista constituí um dos principais trabalhos ao nível do pensamento político alguma vez criado na América. Abstract: The Federalist Papers is a compilation of 85 articles written in order to persuade the American population to ratify the Constitution of the United States of America in 1787-8. The articles were written during the American Revolution by Hamilton, Madison and Jay. Those authors are constantly bieng quoted and the book is believed to be one of the best written comments on government principles. The Federalist Papers is one of the main works of political thought ever created in America. O federalista está dividido num determinado número de secções, cada uma delas com um tema central a ser desenvolvido numa sucessão de pequenos capítulos. Os primeiros artigos da compilação debruçam se sobre a necessidade de existir uma união e argumentam que um governo nacional forte é muito mais desejável do que um vasto número de governos locais de carácter fraco sem qualquer tipo de liderança a nível nacional. 1. Desenvolvimento No 3º capítulo da obra, Jay enaltece logo nas primeiras linhas o povo americano, declarando que "Não é nova a observação de que o povo de qualquer país (desde que seja como o americano, inteligente e bem formado) raras vezes adota uma opinião errônea com relação a seus interesses e nela persevera firmemente por muitos anos." 1 Jay comenta que "um único governo federal" 2 é muito melhor na preservação da paz. A garantia da segurança é dita pelo autor como o primeiro ponto para o qual um povo dito sábio e livre desvia a sua atenção. A garantia de paz e tranquilidade estão de certo modo ligadas com a de segurança, e é esse o ponto ao qual Jay quer precisamente chegar, a segurança transmite paz e tranquilidade e protege contra "perigos das armas e da influência externas" (101). Um governo nacional forte e unificado é a melhor opção na manutenção da segurança e é menos provável que haja uma provocação vinda deste que leve outras nações a atacar, evitando assim hostilidades vindas exteriores. Para sustentar o seu ponto de vista, o autor reflete na seguinte questão: Será que uma América Unida tem probabilidade de se ver diante tantos confrontos quanto uma América desunida? Pergunta esta à qual a resposta é 1
Resumo: Leviatã é uma das obras do filósofo inglês Thomas Hobbes, publicada em 1651. O seu título... more Resumo: Leviatã é uma das obras do filósofo inglês Thomas Hobbes, publicada em 1651. O seu título deve se ao monstro bíblico Leviatã. O livro, cujo título por extenso é Leviatã ou matéria, forma e poder de um Estado eclesiástico e civil, aborda o tema da estrutura da sociedade organizada. O seguinte ensaio analisa o capítulo XVIII da obra. Abstract: Leviathan is a book written by the English philosopher Thomas Hobbes, published in 1651. The title of the book The Matter, Forme and Power of a CommonWealth Ecclesiastical and Civil. This paper analyses the eighteenth chapter of the book. Thomas Hobbes inicia este capítulo da sua obra por explicar o ato de instituir um Estado, bem como as consequências dessa instituição, o mesmo afirma que um Estado é efetivamente instituído quando "uma multidão de homens concordam e pactuam, cada um com cada um dos outros, que a qualquer homem ou assembleia de homens a quem seja atribuído pela maioria o direito de representar a pessoa de todos eles (ou seja, de ser seu representante), todos sem exceção, tanto os que votaram a favor dele como os que votaram contra ele, deverão autorizar todos os atos e decisões desse homem ou assembleia de homens, tal como se fossem seus próprios atos e decisões, a fim de viverem em paz uns com os outro e serem protegidos dos restantes homens." 1. Hobbes transmite ao leitor a ideia de que uma das funções principais de um Estado é a de promover a segurança. O representante desse Estado é apelidado de soberano, seja um indivíduo ou uma assembleia. Existem vários direitos que o soberano assume e é exatamente nisso que Hobbes se foca no capítulo XVIII, Dos diretos dos soberanos por instituição. 1. Os direitos dos soberanos De forma a conseguirem sentir verdadeiramente um sentimento de segurança, é necessário que os indivíduos depositem toda a sua confiança numa única entidade, o soberano. O Filósofo reconhece que aqueles que se submeteram a um monarca não podem, em circunstância alguma, sem licença deste, renunciar à monarquia. Isso implicaria, segundo o autor, retornar à confusão e sobretudo à desunião. Caso fosse sentida a desaprovação de alguém, isso teria repercussões ultrajantes. Hobbes sublinha ainda que, uma vez que cada homem conferiu a soberania àquele soberano em concreto, ao tentarem depô-lo estarão a tirar o que também é seu. É preciso notar que se alguém desobedecer ao seu soberano devido a um pacto que esteja a fazer com Deus, é cometida também uma injustiça, uma vez que, o único que pode mediar um pacto com Deus é o detentor da soberania abaixo de Deus, neste caso, o 1 Hobbes. (2003). Leviatã (pp. 148).
Resumo: O seguinte ensaio analisa a obra "Para além do bem e do mal", obra esta escrita à luz de ... more Resumo: O seguinte ensaio analisa a obra "Para além do bem e do mal", obra esta escrita à luz de um tom mais crítico e denso. As reflexões de Nietzsche caracterizam-se por ser uma violenta crítica aos valores da cultura ocidental. Este ensaio inclui uma introdução sobre a obra, e incide sobre uma análise de três filósofos do sec. XVIII à luz das críticas de Nietzsche, bem como a importância das suas ideias para a vida. Abstract: This paper analyses the book: "Beyond good and evil", this book was written in a more critical and solid procedure. Nietzsche's reflections are seen as a critic to the values of the occidental culture. This paper includes an introduction to the book itself,and focuses on the analysis of three great philosophers of the eighteenth century upon Nietzsche's point of view, as well as the importance of his ideas in life. Nietzsche logo nas primeiras páginas da sua obra intitulada "Para além do bem e do mal", demonstra que não pretende estipular uma filosofia/doutrina pré-estabelecida. Inclusive, o próprio autor comenta que a maioria dos filósofos possuem uma doutrina ideal, às quais ele tece duras críticas construtivas. Nietzsche acredita que, quando um filósofo tenta transmitir a sua doutrina ao mundo ele está a errar, uma vez que não é suposto um filósofo vender um ideal, mas sim apresentar a verdade tal como ela é. No primeiro capítulo da mesma obra, "Dos preconceitos dos filósofos", Nietzsche censura todos os filósofos anteriores a ele que não conseguiram ser imparciais na procura pela verdade e se orientaram segundo as suas próprias vivencias e ideais. O problema com que o leitor se debate durante a leitura do capítulo prende-se com o seguinte: será que certos filósofos seriam capazes de se defender das advertências de Nietzsche? Ou será que, de facto, não encontramos grande importância nas suas ideias para a vida? 1. As considerações de Nietzsche aos olhos de 3 filósofos "Supondo-se que a verdade seja feminina-e não é fundada a suspeita de que todos os filósofos, enquanto dogmáticos, entendem pouco de mulheres?" 1 , é a frase que inaugura o prefácio do livro e serve de ponto de partida para os juízos de valor que serão expostos. Com a interrogação anterior Nietzsche intenciona expor desde cedo ao leitor que, se a verdade for uma mulher, os filósofos com falta de tato não conseguem conquistar a verdade. O autor revela a sua primeira vítima, Kant, logo nas primeiras páginas do primeiro capítulo: "A hipocrisia rígida e virtuosa com que o velho Kant nos leva por todas as veredas de sua dialética para nos induzir a aceitar seu imperativo categórico, é um espetáculo que nos faz sentir o imenso prazer de descobrir as pequenas e maliciosas sutilezas dos velhos moralistas e 1 Nietzsche. (1999). Para Além do Bem e do Mal (pp. 7).
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