Videos by Thiago Pinho
O convidado abordará sobre como Bruno Latour, com sua Teoria Ator-Rede (TAR), e Graham Harman, co... more O convidado abordará sobre como Bruno Latour, com sua Teoria Ator-Rede (TAR), e Graham Harman, com sua Ontologia Orientada ao Objeto (OOO), oferecem uma forma curiosa, muitos diriam até estranha, de compreender o universo das relações sociais, resgatando não apenas um projeto ontológico alternativo, envolvendo novos contornos do que é a própria realidade, mas também redefinindo toda uma linguagem de fundo, assim como práticas políticas e outras formas de engajamento. Essas são apenas algumas perguntas que brotam daquilo que chamamos aqui de uma Teoria Social Orientada ao Objeto. 2 views
Martin Savransky joined the department in 2015. He is Director of the Unit of Play. Prior to join... more Martin Savransky joined the department in 2015. He is Director of the Unit of Play. Prior to joining Goldsmiths, Martin worked at University College London, and held visiting positions at the University of Freiburg, the University of Barcelona, and 17, Institute for Critical Studies. 43 views
Teaching Documents by Thiago Pinho
Who's Afraid of Ontology?, 2023
The critique of representationalism in Social Theory, and the bet on experience as a foundation f... more The critique of representationalism in Social Theory, and the bet on experience as a foundation for meaning, would supposedly be a return to an ontological terrain. Similarly, betting on the concept of "body", or even on its pragmatic unfolding, could also be our passport to enter the world, avoiding distorted and abstract forms of contact. Phrases like "daily practice needs no theorist to reveal its 'underlying structure. '[...] Practice lacks nothing” (LATOUR, 1984, p. 179), reveal this phenomenological approach and present practice as a point of entry to the world. This essay’s argument, however, suggests the opposite, starting from Graham Harman's Object-OrientedOntology (OOO) as an alternative to understand the ontological debate in the social sciences from another perspective. Would practice be as much of a distortion of the ontological sphere as theory? If Harman's argument makes sense, what would our new passport to enter the world be? If the body and experience distort everything they touch, if they simplify and abstract like any concept or criterion, which path should we follow? Is there a choice that avoids all forms of reductionism?
Tim Ingold and Object-Oriented Anthropology, 2023
Tim Ingold, while extending the radical undertaking of vitalism, with its Nietzschean matrix, put... more Tim Ingold, while extending the radical undertaking of vitalism, with its Nietzschean matrix, puts the decentering undertaken by this philosophical tradition on a more solid foundation, opening up a new space of interobjective relations. Instead of an epistemic plunge into human categories, the goal is to move towards a broader ontological space, including other sites of meaning, such as chairs, spirits, animals, baskets, and many others. Unlike more classical anthropology, with its well-delimited Anthropos as an inevitable transcendental horizon, Ingold suggests a world where humans are not protagonists, but rather provisional negotiators within a large mesh of subjectless experiences. The model proposed in this essay distances itself from the plane of (neo)-Kantian speculation, converting its contours into something less orthodox by making room for a possible Object-Oriented Anthropology (O.O.A).
Rumo a uma Teoria Social Alternativa (T.S.A): As Implicações do Vitalismo nas Ciências Humanas e Sociais
A Teoria Social, enquanto um fluxo constante de palavras e práticas, sempre passou por transforma... more A Teoria Social, enquanto um fluxo constante de palavras e práticas, sempre passou por transformações, ganhando novos contornos ao longo do tempo, assim como um rio ajusta seu curso dependendo da geografia do espaço. Sua face contemporânea é mais radical, intensa, muitas vezes até ácida, indo muito além do que Jeffrey Alexander chamou de novo movimento teórico, ultrapassando o simples compromisso de síntese de categorias. As transformações, ao menos recentemente, seguem um padrão descentrado, rizomático, sem aquela rigidez e centralidade que costumavam conduzir o percurso sociológico. O propósito dessa tese, toda ela costurada no formato de um ensaio, é compreender um pouco esse instante vivido pela Teoria Social Contemporânea, essa espécie de retomada teórica, ao perceber seus limites e suas implicações, recorrendo, ao mesmo tempo, às principais obras do sociólogo francês Bruno Latour, como “Irreductions”, tendo como background os escritos de Graham Harman e tantos outros representantes da OOO (Ontologia Orientada ao Objeto). “Irreductions”, na verdade, é um anexo do livro “Pasteurização da França”, publicado em 1984. Com suas 86 páginas, acompanhadas de um tom aforismático, muito próximo ao nietzschiano, Latour deixa transparecer o seu vínculo com a Teoria Social Alternativa (T.S.A), retomando figuras como Espinosa, Nietzsche, Deleuze, Whitehead, Gabriel Tarde e muitos outros. Como consequência dessa abertura epistemológica, da superação daquilo que Latour chamou de ciências transcendentais, uma pluralidade de instâncias de sentido começa a reivindicar terreno no campo sociológico, esse não mais sufocado por uma única cadeia de significação. Teoria Social, agora, deixa de ser apenas o estudo das interações humanas, ao abrir espaço para outras potencialidades (ou seriam virtualidades?), incluindo até mesmo seres inanimados, como mesas, notebooks, carros, etc.
Papers by Thiago Pinho
Seguindo um rumo interdisciplinar, o objetivo desse ensaio é compreender alguns desdobramentos do... more Seguindo um rumo interdisciplinar, o objetivo desse ensaio é compreender alguns desdobramentos do pós-estruturalismo no campo antropológico, observando seus efeitos e contradições. Quais as vantagens e, principalmente, os riscos dessa linha filosófica nas mãos do antropólogo contemporâneo? Existe, talvez, algum tipo de vício ocidentalizante sendo reproduzido nas entrelinhas do seu campo de atuação? Se a resposta é positiva, como é possível contornar o problema, acolhendo uma postura realmente decolonial? Através de análises de textos etnográficos, desde a Virada Ontológica até Antropologias Vitalistas e Fenomenológicas, essa e outras perguntas devem ser respondidas, pelo menos como um aperitivo ou, talvez, um convite a futuras investigações.
O humanismo não é apenas uma coceira sutil nas costas da modernidade, um simples detalhe filosófi... more O humanismo não é apenas uma coceira sutil nas costas da modernidade, um simples detalhe filosófico nas mãos de um indivíduo ou grupo. Talvez essa matriz humanista permanece dissolvida no meu cotidiano, nos seus mínimos detalhes insuspeitos, como uma espécie de cola impossível de remover. E se ela for, antes de qualquer viagem especulativa ou deslize de caráter de figuras bizarras, uma instituição, ou melhor, várias instituições dissolvidas na própria materialidade do cotidiano? E se o preço do seu abandono for enorme, ainda assim valeria a pena? Caso a resposta seja positiva, como eu defendo nesse ensaio, o que deve ser feito? Vamos explorar um pouco algumas das implicações do pós-humanismo, em especial os custos quando é levado até as últimas consequências. Na busca de uma resposta razoável, três características revelam esse suposto deslize, descritas aqui em três seções: o humanismo ético, político e epistêmico.
Fìlosofìâ osvìti, Feb 26, 2024
Posthumanist education: the limits of the freirean approach and the rise of object-oriented pedag... more Posthumanist education: the limits of the freirean approach and the rise of object-oriented pedagogy This essay aims to explore the impact of Object-Oriented Ontology (O.O.O) within the realm of pedagogy, critically examining its departure from humanistic and traditional paradigms. Simultaneously, it presents an alternative perspective on education that decenters the human as an inevitable ground. In a contrasting move, attention is directed towards Bruno Latour and Graham Harman, elucidating key facets of their ideas. This shift also signifies a departure from the conventional realm of "critical pedagogy", as championed by Brazilian pedagogue Paulo Freire. However, it is crucial to acknowledge and appreciate the contributions and significance of Freire's work. This essay adopts a left-wing stance, with no intention of launching moral attacks on Paulo Freire, as is sometimes witnessed when reactionaries and conservatives enter the academic arena. Criticisms within these pages focus on the content of Freire's writings, tracing the trajectory from his seminal work, "Pedagogy of the Oppressed", published in 1968, to his final piece, "Pedagogy of Autonomy" written in 1996. The aim is not to exhaust all arguments put forth by Freire but to engage with select ideas, since his oeuvre is extremely complex and full of different layers. It is essential to clarify that the critique presented here does not target the character of Paulo Freire but rather delves into some of the theoretical references behind the scenes, particularly the anthropocentrism associated with his ideas. Consequently, this essay emerges as an interdisciplinary endeavor, a conjunction between philosophy and social theory. What doors will this discussion open? What new field of possibilities awaits us? I invite you to dive into this debate, exploring the potential for an Object-Oriented Pedagogy (O.O.P) on the horizon.
International Journal of Anthropology and Ethnology
Tim Ingold, while extending the radical undertaking of vitalism, with its Nietzschean matrix, put... more Tim Ingold, while extending the radical undertaking of vitalism, with its Nietzschean matrix, puts the decentering undertaken by this philosophical tradition on a more solid foundation, opening up a new space of interobjective relations. Instead of an epistemic plunge into human categories, the goal is to move towards a broader ontological space, including other sites of meaning, such as chairs, spirits, animals, baskets, and many others. Unlike more classical anthropology, with its well-delimited Anthropos as an inevitable transcendental horizon, Ingold suggests a world where humans are not protagonists, but rather provisional negotiators within a large mesh of subjectless experiences. The model proposed in this essay distances itself from the plane of (neo)-Kantian speculation, converting its contours into something less orthodox by making room for a possible Object-Oriented Anthropology (O.O.A).
Trans-form-acao, Dec 31, 2023
Resumo: Muitos pensam que a capacidade crítica e reflexiva, assim como a postura de acolher a con... more Resumo: Muitos pensam que a capacidade crítica e reflexiva, assim como a postura de acolher a contingência, o outro e o debate, é alguma energia interna e bem intencionada de pessoas com mente aberta, como defendem os liberais, quer de direita, quer de esquerda. O que não percebem é o quanto a capacidade de reflexão e diálogo é um fenômeno externo, presente no próprio mundo, produzido apenas graças a um espaço de resistências, encontros e até frustrações, a exemplo da esfera acadêmica e científica. Ele impede que meu cogito e meus convenientes esquemas epistêmicos saiam do controle, em um delírio transcendentalista perigoso, e se apoderem do mundo e das próprias circunstâncias. O objetivo deste ensaio é justamente compreender essa dimensão estética da ciência, essa característica ontológica que atravessa seus contornos, tomando como ponto de partida os conceitos de "importância", em Whitehead, e matters of concern, em Bruno Latour.
Conatus
In the approach that sustains this entire essay, besides my own trajectory as a researcher, the p... more In the approach that sustains this entire essay, besides my own trajectory as a researcher, the path moves away from the orthodox tradition, the more Kantian one, incorporating in Social Theory a philosophical line for a long time forgotten, by including figures such as Baruch Spinoza (1632-1677), the founding father, Friedrich Nietzsche (1844-1900), Alfred North Whitehead (1861-1947), Henri Bergson (1859-1941), Gilbert Simondon (1924-1989), Gilles Deleuze (1925-1995) and many others. They would be the famous authors of vitalism, also known as philosophers of life (Lebensphilosophie), philosophers of process, or philosophers of affect. What are the implications when these figures invade the field of Social Theory, which characteristics can be found and, mainly, which advantages when compared with their more orthodox side and their insistent commitment to Kantian philosophy and its transcendental by-products (power, culture, ideology, discourse, etc)? Following this and other questio...
Vol. 29 No. 2 (2023) , 2024
Post-humanist education: the limits of the freirean approach and the rise of object-oriented peda... more Post-humanist education: the limits of the freirean approach and the rise of object-oriented pedagogy This essay aims to explore the impact of Object-Oriented Ontology (O.O.O) within the realm of pedagogy, critically examining its departure from humanistic and traditional paradigms. Simultaneously, it presents an alternative perspective on education that decenters the human as an inevitable ground. In a contrasting move, attention is directed towards Bruno Latour and Graham Harman, elucidating key facets of their ideas. This shift also signifies a departure from the conventional realm of "critical pedagogy", as championed by Brazilian pedagogue Paulo Freire. However, it is crucial to acknowledge and appreciate the contributions and significance of Freire's work. This essay adopts a left-wing stance, with no intention of launching moral attacks on Paulo Freire, as is sometimes witnessed when reactionaries and conservatives enter the academic arena. Criticisms within these pages focus on the content of Freire's writings, tracing the trajectory from his seminal work, "Pedagogy of the Oppressed", published in 1968, to his final piece, "Pedagogy of Autonomy" written in 1996. The aim is not to exhaust all arguments put forth by Freire but to engage with select ideas, since his oeuvre is extremely complex and full of different layers. It is essential to clarify that the critique presented here does not target the character of Paulo Freire but rather delves into some of the theoretical references behind the scenes, particularly the anthropocentrism associated with his ideas. Consequently, this essay emerges as an interdisciplinary endeavor, a conjunction between philosophy and social theory. What doors will this discussion open? What new field of possibilities awaits us? I invite you to dive into this debate, exploring the potential for an Object-Oriented Pedagogy (O.O.P) on the horizon.
Resumo: Muitos pensam que a capacidade crítica e reflexiva, assim como a postura de acolher a con... more Resumo: Muitos pensam que a capacidade crítica e reflexiva, assim como a postura de acolher a contingência, o outro e o debate, é alguma energia interna e bem intencionada de pessoas com mente aberta, como defendem os liberais, quer de direita, quer de esquerda. O que não percebem é o quanto a capacidade de reflexão e diálogo é um fenômeno externo, presente no próprio mundo, produzido apenas graças a um espaço de resistências, encontros e até frustrações, a exemplo da esfera acadêmica e científica. Ele impede que meu cogito e meus convenientes esquemas epistêmicos saiam do controle, em um delírio transcendentalista perigoso, e se apoderem do mundo e das próprias circunstâncias. O objetivo deste ensaio é justamente compreender essa dimensão estética da ciência, essa característica ontológica que atravessa seus contornos, tomando como ponto de partida os conceitos de "importância", em Whitehead, e matters of concern, em Bruno Latour.
In the approach that sustains this entire essay, besides my own trajectory as a researcher, the p... more In the approach that sustains this entire essay, besides my own trajectory as a researcher, the path moves away from the orthodox tradition, the more Kantian one, incorporating in Social Theory a philosophical line for a long time forgotten, by including figures such
Revista De Filosofia Aurora, Apr 20, 2022
Philosophy Now, Jun 8, 2021
Veritas (Porto Alegre)
A Ontologia Orientada ao Objeto (OOO) é uma linha filosófica contemporânea muito difundida no uni... more A Ontologia Orientada ao Objeto (OOO) é uma linha filosófica contemporânea muito difundida no universo acadêmico, com vários debates acalorados ao longo do globo, mas ainda bastante tímida quando o assunto é o campo da Teoria Social. O objetivo desse ensaio é compreender esse ponto de cruzamento, muitas vezes até de tensão, tomando como ponto de partida as ideias de Graham Harman e suas implicações epistêmico-ontológicas. Como resultado, existe nesse nosso horizonte investigativo uma nova atmosfera teórica, uma nova forma de mergulhar no campo das ciências humanas e sociais, o que vai ser chamado aqui de Teoria Social Orientada ao Objeto (T. S. O. O). Quais os desdobramentos de uma T. S. O. O? Quais são suas vantagens diante de outras tradições já existentes? Essa e outras perguntas vão ser respondidas ao longo destas páginas, pelo menos, enquanto um breve aperitivo.
Humanities Bulletin , 2022
If someone asks a classical Social Theorist "how do you define your field of research?", he will ... more If someone asks a classical Social Theorist "how do you define your field of research?", he will probably get a flood of answers, with various shades, colors and even smells, but there is always something on the horizon, an insistent and unavoidable trace. Like any member of the humanities, he is supposed to study the behavior of humans and anything associated with them, right? So we are supposed to study things like language, culture, ideology, power, class, gender, and so on. It does not matter if you are a structuralist, pragmatist, or postmodernist, it does not even matter your background methodological choices, since there is always a humanism lurking in the epistemic shadows. The "human" in Social Theory, therefore, is not just a moving piece of matter, a simple primate walking around with its complex signs, but a transcendental structure, a kind of persistent and dangerous matrix, at least when used without caution. The aim of this essay is to map this displacement, its ups and downs, as well as to suggest all its unexplored contours, while bringing in the Object-Oriented Ontology (OOO) of the American philosopher Graham Harman as a possible way out of what we call here "epistemic paranoia".
Timothy Morton is a professor at Rice University in Houston. They have written more than fifteen ... more Timothy Morton is a professor at Rice University in Houston. They have written more than fifteen books, such as Hyperobjects: Philosophy and Ecology after the End of the World; Dark Ecology; Being Ecological, and Ecology without Nature. Thiago Pinho interviews them about experience and reality.
Depois do Progresso: notas de uma ecologia do talvez (Tradução), 2022
Talvez! Mas quem está disposto a se preocupar com esses talvezes
tão perigosos! Para isso nós t... more Talvez! Mas quem está disposto a se preocupar com esses talvezes
tão perigosos! Para isso nós temos que esperar a chegada de uma nova espécie de filósofo, um que possua gostos e inclinações opostas e diferentes daquelas de seus predecessores – filósofos que encarnam o “talvez” perigoso em todos os sentidos. E para ser sincero: eu vejo tais filósofos surgindo (Nietzsche)
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tão perigosos! Para isso nós temos que esperar a chegada de uma nova espécie de filósofo, um que possua gostos e inclinações opostas e diferentes daquelas de seus predecessores – filósofos que encarnam o “talvez” perigoso em todos os sentidos. E para ser sincero: eu vejo tais filósofos surgindo (Nietzsche)
tão perigosos! Para isso nós temos que esperar a chegada de uma nova espécie de filósofo, um que possua gostos e inclinações opostas e diferentes daquelas de seus predecessores – filósofos que encarnam o “talvez” perigoso em todos os sentidos. E para ser sincero: eu vejo tais filósofos surgindo (Nietzsche)