Papers by Christhian Beschizza

This dissertation studies the process of transcription of Johann Sebastian Bach’s Suite I for cel... more This dissertation studies the process of transcription of Johann Sebastian Bach’s Suite I for cello (BWV 1007) for the modern guitar. Our premise is that the composer has reworked his music according to the polyphonic capacity of the desired instrument, and we map his own strategies observed in the recomposition of his solo strings works (BWV 1001-1012 for violin and cello) for the lute (BWV 995, 1000, 1006a). In our bibliographical revision, we direct our focus and analytical intent towards implied polyphony and structural equilibrium, starting from the comprehension of the fortspinnung form. In the existing transcriptions of this suite, our analytical method is the selection and comparison of three versions in a colored score which identifies the strategies used according to the mapping of Bach’s recompositions. We looked at the whole transcriptions of the suite of Göran Söllscher, Tilman Hoppstock e John Duarte. In the Prelude, we added versions of Andrés Segovia/Manuel Ponce, Ed...

Este artigo pretende ilustrar historicamente o percurso do genero musical funk carioca durante o ... more Este artigo pretende ilustrar historicamente o percurso do genero musical funk carioca durante o seculo XX, demonstrando como transpassou a barreira da marginalidade e vem se tornando desde entao uma polemica a parte da cultura brasileira. A narrativa e conduzida apresentando ao leitor a perspectiva de personagens estreitamente ligados a cena e que vieram a escrever sobre o tema, partindo da pesquisa precursora sobre o baile funk de Hermano Vianna, passando pela nacionalizacao do funk de DJ Marlboro e sua documentacao por Silvio Essinger e culminando no pensamento de diversos autores sobre a batalha pelo reconhecimento do genero como cultura. Neste trajeto, questoes como a criminalidade e a violencia que circundam o funk tambem sao evidenciadas. Alem desta tentativa de construcao de uma narrativa historiografica, um capitulo e dedicado a classificacao cronologica de teses academicas que tem o funk carioca como tematica, fornecendo um interessante panorama sobre o que se estuda dentr...

Este trabalho estuda o processo de transcrição para o violão da Suíte I para Violoncelo de Johann... more Este trabalho estuda o processo de transcrição para o violão da Suíte I para Violoncelo de Johann Sebastian Bach (BWV 1007). Partimos do princípio que o compositor reelaborou sua música de acordo com a capacidade polifônica do instrumento de destino, desta forma mapeamos os procedimentos compositor em sua própria reelaboração de obras do ciclo de cordas solo (violino e violoncelo, BWV 1001-1012) para o alaúde (BWV 995, 1000, 1006a). Direcionamos o enfoque da nossa revisão de literatura às estratégias de polifonia implícita e o equilíbrio estrutural, partindo da compreensão formal do estilo composicional fortspinnung. Nas transcrições existentes dessa suíte, nosso método analítico foi a seleção e comparação de três versões por meio de uma grade colorida que identifica os procedimentos empregados de acordo com o levantamento realizado das reelaborações do compositor. Averiguamos as transcrições da Suíte I de Göran Söllscher, Tilman Hoppstock e John Duarte. Além destes, no Prelúdio, incluímos Andrés Segovia/Manuel Ponce, Edson Lopes, Marcos Diaz, Jodacil Damasceno, John Mills e Ana Vidovic. Por fim, oferecemos uma transcrição própria da Suíte I BWV 1007 para o violão de seis cordas, incluindo sugestões para sete cordas, integrando as análises com a literatura revisada.
Ouvirouver, 2016
Este artigo propõe uma análise comparativa da transcrição de Andrés Segovia da Chaconne BWV 1 004... more Este artigo propõe uma análise comparativa da transcrição de Andrés Segovia da Chaconne BWV 1 004, circunscrita aos sessenta primeiros compassos. Nosso intuito é demonstrar como Segovia explora as possibilidades acordais do violão de modo a prover uma versão de sonoridade robusta, com ênfase em blocos harmônicos. Através das análises, conjecturamos como esta versão se insere em seu contexto histórico, buscando comprovar a capacidade do violão em um discurso musical de fôlego maior. Para entendermos as adições de notas de Segovia, confrontaremos sua versão com a que lhe serviu de base, de Feruccio Busoni (1 924), e também com a versão recente de Gustavo Costa (201 2), que apresenta uma proposta de pensamento contrapontístico, a exemplo de como procedem os transcritores no século XXI.
Ouvirouver, Jun 30, 2016
Este artigo propõe uma análise comparativa da transcrição de Andrés Segovia da Chaconne BWV 1 004... more Este artigo propõe uma análise comparativa da transcrição de Andrés Segovia da Chaconne BWV 1 004, circunscrita aos sessenta primeiros compassos. Nosso intuito é demonstrar como Segovia explora as possibilidades acordais do violão de modo a prover uma versão de sonoridade robusta, com ênfase em blocos harmônicos. Através das análises, conjecturamos como esta versão se insere em seu contexto histórico, buscando comprovar a capacidade do violão em um discurso musical de fôlego maior. Para entendermos as adições de notas de Segovia, confrontaremos sua versão com a que lhe serviu de base, de Feruccio Busoni (1 924), e também com a versão recente de Gustavo Costa (201 2), que apresenta uma proposta de pensamento contrapontístico, a exemplo de como procedem os transcritores no século XXI.
Este artigo propõe uma análise comparativa da transcrição de Abel Carlevaro da
Chaconne, BWV1004 ... more Este artigo propõe uma análise comparativa da transcrição de Abel Carlevaro da
Chaconne, BWV1004 ,de 1989, em seus primeiros sessenta compassos. Carlevaro é um autor bastante reconhecidono meio violonístico como um grande pensador da técnica do instrumento, mas pouco se fala arespeito de sua atuação como revisor de repertório. Para entendermos suas soluções violonísticaspara sua transcrição, a comparamos ao manuscrito original e às versões de dois outros violonistas: Andrés Segovia (1934) – um marco histórico na consagração do violão como instrumento deconcerto, com ênfase acordal – e Gustavo Costa (2012) – que apresenta uma proposta depensamento contrapontístico.

Este artigo propõe uma análise comparativa da transcrição de Andrés Segovia da Chaconne BWV 1004,... more Este artigo propõe uma análise comparativa da transcrição de Andrés Segovia da Chaconne BWV 1004, circunscrita aos sessenta primeiros compassos. Nosso intuito é demonstrar como Segovia explora as possibilidades acordais do violão de modo a prover uma versão de sonoridade robusta, com ênfase em blocos harmônicos. Tal versão, porém, é erroneamente apontada como tão somente provedora de uma sonoridade romântica para a obra, impressão esta que se completa quando nos deparamos com a gravação da mesma pelo violonista. Através das análises, conjecturamos como esta versão se insere em seu contexto histórico, buscando comprovar a capacidade do violão em um discurso musical de fôlego maior. Para entendermos as adições de notas de Segovia, confrontaremos sua versão com a que lhe serviu de base, de Feruccio Busoni (1924), e também com a versão recente de Gustavo Costa (2012), que apresenta uma proposta de pensamento contrapontístico, a exemplo de como procedem os transcritores no século XXI.

Este artigo pretende ilustrar historicamente o percurso do gênero musical funk carioca durante o ... more Este artigo pretende ilustrar historicamente o percurso do gênero musical funk carioca durante o século XX, demonstrando como originou-se na marginalidade e construiu-se como uma polêmica à parte da cultura brasileira. Conduzimos a leitura segundo a perspectiva de personagens estreitamente ligados à cena e que vieram a escrever sobre o tema, partindo da pesquisa precursora de Hermano Vianna sobre o baile funk, passando pelo movimento de nacionalização do funk de DJ Marlboro - e sua documentação por Silvio Essinger. Neste trajeto, questões como a criminalidade e a violência que circundam o funk também são evidenciadas. Além desta tentativa de construção de uma narrativa historiográfica, um capítulo é dedicado à classificação cronológica de teses acadêmicas que têm o funk carioca como temática, fornecendo um sintético panorama sobre o que se estuda dentro desse novo campo e servindo como um guia bibliográfico para pesquisadores de várias áreas do conhecimento que pretendem estudar o tema
Thesis Chapters by Christhian Beschizza

No primeiro capítulo, conduzimos o leitor pela história da transcrição para violão e contextualiz... more No primeiro capítulo, conduzimos o leitor pela história da transcrição para violão e contextualizamos a participação de Andrés Segovia na consolidação do violão concertista.
Evidenciamos como sua transcrição da Ciaccona BWV 1004 fora crucial para este objetivo e pontuamos que as obras do período pré-clássico passaram por metamorfoses estéticas a partir da difusão de estudos musicológicos posteriores, introduzindo nossa investigação da
transcrição da obra por outra figura emblemática do violão do século XX, Abel Carlevaro.
No capítulo dois, apresentamos o conceito de idiomatismo violonístico, demonstrando brevemente como as próprias possibilidades mecânicas básicas da técnica do instrumento tornam-se matéria prima do pensamento composicional, como no caso de Villa-Lobos e
Carlevaro. Na obra Cádiz de Isaac Albéniz (Figs. 7 e 8), vimos a abordagem inventiva de Julian Bream que, a partir do estilo flamenco inerente à peça, propõe soluções idiomáticas conflitantes com uma proposta de fidelidade à ideia original de Albéniz, mas que potencializam a resolução da cadência Frígia, típica do gênero. Com as análises e procedimentos mostrados aqui, pudemos demonstrar como o processo de transcrição junto do pensamento idiomático se transforma em um novo processo, onde o intérprete atua com maior
liberdade, situação que Ribeiro denomina idiomatização (2014, p. 58).
Com os exemplos do capítulo três, apontamos uma possível compreensão sobre a preocupação de Segovia em sua transcrição: conquistar um público ainda descrente, fazendo o violão soar no máximo de suas possibilidades, independentemente do estilo e das implicações contrapontísticas da Ciaccona (particularmente evidente nas análise comparativa dos exemplos 2, 3 e 5). Essa constatação ganha forças sobretudo com o confronto com a idiomatização de Gustavo Costa, que por sua vez, serve como fonte elucidativa de um
pensamento contrapontístico (Figs. 20, 25, 30 e 35).

TRANSCRIÇÕES PARA VIOLÃO DA SUÍTE BWV 1007, 2017
Este trabalho estuda o processo de transcrição para o violão da Suíte I para Violoncelo de Johann... more Este trabalho estuda o processo de transcrição para o violão da Suíte I para Violoncelo de Johann Sebastian Bach (BWV 1007). Partimos do princípio que o compositor reelaborou sua música de acordo com a capacidade polifônica do instrumento de destino, desta forma mapeamos os procedimentos compositor em sua própria reelaboração de obras do ciclo de cordas solo (violino e violoncelo, BWV 1001-1012) para o alaúde (BWV 995, 1000, 1006a).
Direcionamos o enfoque da nossa revisão de literatura às estratégias de polifonia implícita e o equilíbrio estrutural, partindo da compreensão formal do estilo composicional fortspinnung.
Nas transcrições existentes dessa suíte, nosso método analítico foi a seleção e comparação de três versões por meio de uma grade colorida que identifica os procedimentos empregados de acordo com o levantamento realizado das reelaborações do compositor. Averiguamos as transcrições da Suíte I de Göran Söllscher, Tilman Hoppstock e John Duarte. Além destes, no Prelúdio, incluímos Andrés Segovia/Manuel Ponce, Edson Lopes, Marcos Diaz, Jodacil Damasceno, John Mills e Ana Vidovic. Por fim, oferecemos uma transcrição própria da Suíte I BWV 1007 para o violão de seis cordas, incluindo sugestões para sete cordas, integrando as análises com a literatura revisada.
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Papers by Christhian Beschizza
Chaconne, BWV1004 ,de 1989, em seus primeiros sessenta compassos. Carlevaro é um autor bastante reconhecidono meio violonístico como um grande pensador da técnica do instrumento, mas pouco se fala arespeito de sua atuação como revisor de repertório. Para entendermos suas soluções violonísticaspara sua transcrição, a comparamos ao manuscrito original e às versões de dois outros violonistas: Andrés Segovia (1934) – um marco histórico na consagração do violão como instrumento deconcerto, com ênfase acordal – e Gustavo Costa (2012) – que apresenta uma proposta depensamento contrapontístico.
Thesis Chapters by Christhian Beschizza
Evidenciamos como sua transcrição da Ciaccona BWV 1004 fora crucial para este objetivo e pontuamos que as obras do período pré-clássico passaram por metamorfoses estéticas a partir da difusão de estudos musicológicos posteriores, introduzindo nossa investigação da
transcrição da obra por outra figura emblemática do violão do século XX, Abel Carlevaro.
No capítulo dois, apresentamos o conceito de idiomatismo violonístico, demonstrando brevemente como as próprias possibilidades mecânicas básicas da técnica do instrumento tornam-se matéria prima do pensamento composicional, como no caso de Villa-Lobos e
Carlevaro. Na obra Cádiz de Isaac Albéniz (Figs. 7 e 8), vimos a abordagem inventiva de Julian Bream que, a partir do estilo flamenco inerente à peça, propõe soluções idiomáticas conflitantes com uma proposta de fidelidade à ideia original de Albéniz, mas que potencializam a resolução da cadência Frígia, típica do gênero. Com as análises e procedimentos mostrados aqui, pudemos demonstrar como o processo de transcrição junto do pensamento idiomático se transforma em um novo processo, onde o intérprete atua com maior
liberdade, situação que Ribeiro denomina idiomatização (2014, p. 58).
Com os exemplos do capítulo três, apontamos uma possível compreensão sobre a preocupação de Segovia em sua transcrição: conquistar um público ainda descrente, fazendo o violão soar no máximo de suas possibilidades, independentemente do estilo e das implicações contrapontísticas da Ciaccona (particularmente evidente nas análise comparativa dos exemplos 2, 3 e 5). Essa constatação ganha forças sobretudo com o confronto com a idiomatização de Gustavo Costa, que por sua vez, serve como fonte elucidativa de um
pensamento contrapontístico (Figs. 20, 25, 30 e 35).
Direcionamos o enfoque da nossa revisão de literatura às estratégias de polifonia implícita e o equilíbrio estrutural, partindo da compreensão formal do estilo composicional fortspinnung.
Nas transcrições existentes dessa suíte, nosso método analítico foi a seleção e comparação de três versões por meio de uma grade colorida que identifica os procedimentos empregados de acordo com o levantamento realizado das reelaborações do compositor. Averiguamos as transcrições da Suíte I de Göran Söllscher, Tilman Hoppstock e John Duarte. Além destes, no Prelúdio, incluímos Andrés Segovia/Manuel Ponce, Edson Lopes, Marcos Diaz, Jodacil Damasceno, John Mills e Ana Vidovic. Por fim, oferecemos uma transcrição própria da Suíte I BWV 1007 para o violão de seis cordas, incluindo sugestões para sete cordas, integrando as análises com a literatura revisada.
Chaconne, BWV1004 ,de 1989, em seus primeiros sessenta compassos. Carlevaro é um autor bastante reconhecidono meio violonístico como um grande pensador da técnica do instrumento, mas pouco se fala arespeito de sua atuação como revisor de repertório. Para entendermos suas soluções violonísticaspara sua transcrição, a comparamos ao manuscrito original e às versões de dois outros violonistas: Andrés Segovia (1934) – um marco histórico na consagração do violão como instrumento deconcerto, com ênfase acordal – e Gustavo Costa (2012) – que apresenta uma proposta depensamento contrapontístico.
Evidenciamos como sua transcrição da Ciaccona BWV 1004 fora crucial para este objetivo e pontuamos que as obras do período pré-clássico passaram por metamorfoses estéticas a partir da difusão de estudos musicológicos posteriores, introduzindo nossa investigação da
transcrição da obra por outra figura emblemática do violão do século XX, Abel Carlevaro.
No capítulo dois, apresentamos o conceito de idiomatismo violonístico, demonstrando brevemente como as próprias possibilidades mecânicas básicas da técnica do instrumento tornam-se matéria prima do pensamento composicional, como no caso de Villa-Lobos e
Carlevaro. Na obra Cádiz de Isaac Albéniz (Figs. 7 e 8), vimos a abordagem inventiva de Julian Bream que, a partir do estilo flamenco inerente à peça, propõe soluções idiomáticas conflitantes com uma proposta de fidelidade à ideia original de Albéniz, mas que potencializam a resolução da cadência Frígia, típica do gênero. Com as análises e procedimentos mostrados aqui, pudemos demonstrar como o processo de transcrição junto do pensamento idiomático se transforma em um novo processo, onde o intérprete atua com maior
liberdade, situação que Ribeiro denomina idiomatização (2014, p. 58).
Com os exemplos do capítulo três, apontamos uma possível compreensão sobre a preocupação de Segovia em sua transcrição: conquistar um público ainda descrente, fazendo o violão soar no máximo de suas possibilidades, independentemente do estilo e das implicações contrapontísticas da Ciaccona (particularmente evidente nas análise comparativa dos exemplos 2, 3 e 5). Essa constatação ganha forças sobretudo com o confronto com a idiomatização de Gustavo Costa, que por sua vez, serve como fonte elucidativa de um
pensamento contrapontístico (Figs. 20, 25, 30 e 35).
Direcionamos o enfoque da nossa revisão de literatura às estratégias de polifonia implícita e o equilíbrio estrutural, partindo da compreensão formal do estilo composicional fortspinnung.
Nas transcrições existentes dessa suíte, nosso método analítico foi a seleção e comparação de três versões por meio de uma grade colorida que identifica os procedimentos empregados de acordo com o levantamento realizado das reelaborações do compositor. Averiguamos as transcrições da Suíte I de Göran Söllscher, Tilman Hoppstock e John Duarte. Além destes, no Prelúdio, incluímos Andrés Segovia/Manuel Ponce, Edson Lopes, Marcos Diaz, Jodacil Damasceno, John Mills e Ana Vidovic. Por fim, oferecemos uma transcrição própria da Suíte I BWV 1007 para o violão de seis cordas, incluindo sugestões para sete cordas, integrando as análises com a literatura revisada.