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Bruna Loureiro
Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC (Federal University of Santa Catarina)
Sigrid Leitao
Universidade Federal de Pernambuco
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Universidade do Vale do Itajaí
Silvio Dos Santos
Governo estado de São Paulo
Henrique Lavander
Universidade Federal Rural de Pernambuco
Luís Sampaio
FURG - Universidade Federal do Rio Grande
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Papers by Viviana Lisboa
alimento para uma grande variedade de organismos aquáticos cultivados em nível comercial e/ou
experimental. Laboratórios localizados longe de uma fonte de água salgada, seja ela proveniente
do mar, do estuário ou subsolo, estão limitados quanto ao desenvolvimento do cultivo de
microalgas marinhas. Além disso, a contaminação ambiental é outro ponto a ser levado em
conta. Na busca por uma alternativa a esta problemática, várias fórmulas utilizando sais
artificiais já foram elaboradas para substituírem o uso da água marinha natural (AMN) por água
marinha artificial (AMA). A microalga marinha Nannochloropsis occulata é amplamente
utilizada em maricultura e se caracteriza por possuir elevado teor de ácido eicosapentaenóico e
tolerância às mudanças ambientais. O objetivo deste trabalho foi avaliar o crescimento de
cultivos da microalga N. occulata em laboratório com AMN nas salinidades 20 (AMN20), e 30
(AMN30), assim como AMA nas salinidades 20 (AMA20) e 30 (AMA30). A AMN foi obtida da
água proveniente do sistema de captação do laboratório, previamente filtrada, enquanto a AMA
foi adaptada da fórmula de AMA do Manual de Análises em Oceanografia Química. Inoculos de
10 ml de cultivo foram adicionados a erlenmeyer contendo 200 ml de meio f∕2 confeccionado
com AMN e AMA nas salinidades 20 e 30. Estes foram mantidos durante nove dias em câmara
de germinação a 26°C, fotoperíodo de 12:12 h e 571 LUX. A cada três dias foram retiradas
amostras para determinação da densidade celular (cel ∕ ml.), taxa de crescimento e concentração
de clorofila (μg L-1). As contagens foram realizadas com hemocitômetro do tipo Neubauer
Improved, com auxílio de microscópio ótico de luz transmitida, com magnificação final de 200x.
Os dados (média SE) foram analisados por análise de variância (One-Way) (ANOVA) seguida
do teste de Tukey utilizando p<0.05 de nível de significância. A densidade celular dentro dos
quatro períodos de coleta não apresentou diferença estatística significativa (p>0,05) entre os
tratamentos. O mesmo foi observado para a taxa de crescimento (p>0,05), que foi de 0,39, 0,41,
0,35 e 0,42 para AMN20, AMN30, AMA20 e AMA30 respectivamente. Entretanto, a
concentração de clorofila-a no tratamento AMA30 (61,95 μg L-1) foi significativamente superior
(p<0,05) a observada nos tratamentos AMN20, AMN30, AMA20 (14,05, 13,38 e 14,02 μg L-1
respectivamente). Baseado nos resultados obtidos fica constatado que a espécie N. occulata pode
ser cultivada, nas condições acima descritas, em AMA, sobretudo em salinidade 30. Deve-se
ainda considerar o fato de que os compostos químicos utilizados neste experimento para
formulação da AMA30 possuem valor de mercado inferior ao de outras combinações de sais
para AMA comercialmente conhecidas.
for aquaculture, it is important to know the limiting factors for
its production. The knowledge about postprandial oxygen
consumption of fish is useful to estimate the time for returning
to appetite and allows to estimate the proper feeding frequency.
The objective of this research was to study the postprandial
oxygen consumption of juvenile pompano Trachinotus
marginatus. Oxygen consumption rate was determined at 24°C
and 33‰ and fish (9.64±0.2g) were fed daily with 12% total
of biomass NRD INVE diet (59% protein). Postprandial
increase in oxygen consumption was observed 30min after
feeding (1.06mgO2 g-1 h-1), and it returned to the routine
metabolic rate (0.79mgO2 g-1 h-1) within the next 120min.
According to these results, it seems appropriated to feed juvenile
pompano 8 times per day, because every 2.5h the oxygen
consumption rate declines to the unfed level, suggesting that
the process of digestion and assimilation have already finished.
(Trachinotus marginatus). Two experiments were carried out in a completely randomized design, with three
replicates each. In experiment I, 25 fish (4.8±0.6 g and 6.48±0.01 cm) were stocked in 15 tanks (50 L) during
21 days and fed 4, 8, 12, 16, and 20% body weight per day. In experiment II, 20 fish (4.1±0.1 g and 6.6±0.1 cm)
were stocked in 15 tanks (40 L) during 28 days and fed 2, 6, 8, and 10 times a day. The tested feeding rates and
frequencies did not influence survival. Final weight and length in experiment I were significantly lower in fish
fed 4% body weight per day, whereas in experiment II only weight was significantly lower in fish fed 2 and 6
times a day. At the end of both experiments, apparent feed conversion showed significant difference, with the
worst value observed for fish fed 20% body weight per day in experiment I and 2 times a day in experiment
II. Juvenile pompano show better growth performance when fed 8% body weight per day and 8 times a day.
liza (isosmotic point: 12‰) were evaluated after 40 days in different salinities (0, 6, 12 and 24‰). Tests were performed
in quadruplicate (30 fish/tank; 0.48 ± 0.1 g body weight; 3.27 ± 0.1 cm total length) under controlled water temperature
(28.2 ± 0.1°C) and oxygen content (>90% saturation). Fish were fed on artificial diet (50% crude protein) four times a day
until apparent satiation. Results showed that salinity influenced juvenile mullet growth. Fish reared at salinity 24‰ grew
better than those maintained in freshwater (salinity 0‰). Gill Na+
,K+-ATPase activity and whole body oxygen consumption
showed an U-shape-type response over the range of salinities tested, with the lower values being observed at the intermediate
salinities. Although no significant difference was observed in liver glycogen content at different salinities, it tended to
augment with increasing salinity. These findings indicate that energy demand for osmorregulation in juvenile M. liza can be
minimized under isosmotic condition. However, the amount of energy spared is not enough to improve fish growth. Results
also suggest that M. liza is able to alternate between different energy-rich substrates during acclimation to environmental
salinity.
O crescimento de peixes teleósteos pode ser melhorado em condição isosmótica. O crescimento e o desempenho metabólico
de juvenis da tainha Mugil liza (ponto isosmótico: salinidade de 12‰) foram avaliados após 40 dias de cultivo em diferentes
salinidades (0, 6, 12 e 24‰). Os testes foram realizados em 4 réplicas (30 peixes/tanque; 0,48 ± 0,1 g de peso corporal; 3,27
± 0,1 cm de comprimento total) em condições controladas de temperatura (28,2 ± 0,1°C) e conteúdo de oxigênio (>90%
saturação). Os peixes foram alimentados quatro vezes ao dia com dieta artificial (50% de proteína bruta) até a saciedade
aparente. Os resultados mostraram que a salinidade influenciou o crescimento dos juvenis da tainha. Os peixes cultivados
na salinidade 24‰ cresceram melhor que aqueles mantidos na água doce (salinidade 0‰). A atividade da Na+
,K+-ATPase
branquial e o consumo corporal de oxigênio mostraram uma resposta do tipo em forma de U, na faixa de salinidade testada,
com os menores valores sendo observados nas salinidades intermediárias. Apesar de não ter sido observada diferença
significativa no conteúdo de glicogênio entre os peixes mantidos nas diferentes salinidades, este parâmetro tendeu a aumentar
com o incremento da salinidade. Estes achados indicam que a demanda energética para osmorregulação em juvenis de M.
liza podem ser minimizados em condição isosmótica. Entretanto, a quantidade de energia poupada não é suficiente para
melhorar o crescimento. Os resultados também sugerem que M. liza é capaz de alternar entre diferentes substratos ricos em
energia durante a aclimatação à salinidade da água.
alimento para uma grande variedade de organismos aquáticos cultivados em nível comercial e/ou
experimental. Laboratórios localizados longe de uma fonte de água salgada, seja ela proveniente
do mar, do estuário ou subsolo, estão limitados quanto ao desenvolvimento do cultivo de
microalgas marinhas. Além disso, a contaminação ambiental é outro ponto a ser levado em
conta. Na busca por uma alternativa a esta problemática, várias fórmulas utilizando sais
artificiais já foram elaboradas para substituírem o uso da água marinha natural (AMN) por água
marinha artificial (AMA). A microalga marinha Nannochloropsis occulata é amplamente
utilizada em maricultura e se caracteriza por possuir elevado teor de ácido eicosapentaenóico e
tolerância às mudanças ambientais. O objetivo deste trabalho foi avaliar o crescimento de
cultivos da microalga N. occulata em laboratório com AMN nas salinidades 20 (AMN20), e 30
(AMN30), assim como AMA nas salinidades 20 (AMA20) e 30 (AMA30). A AMN foi obtida da
água proveniente do sistema de captação do laboratório, previamente filtrada, enquanto a AMA
foi adaptada da fórmula de AMA do Manual de Análises em Oceanografia Química. Inoculos de
10 ml de cultivo foram adicionados a erlenmeyer contendo 200 ml de meio f∕2 confeccionado
com AMN e AMA nas salinidades 20 e 30. Estes foram mantidos durante nove dias em câmara
de germinação a 26°C, fotoperíodo de 12:12 h e 571 LUX. A cada três dias foram retiradas
amostras para determinação da densidade celular (cel ∕ ml.), taxa de crescimento e concentração
de clorofila (μg L-1). As contagens foram realizadas com hemocitômetro do tipo Neubauer
Improved, com auxílio de microscópio ótico de luz transmitida, com magnificação final de 200x.
Os dados (média SE) foram analisados por análise de variância (One-Way) (ANOVA) seguida
do teste de Tukey utilizando p<0.05 de nível de significância. A densidade celular dentro dos
quatro períodos de coleta não apresentou diferença estatística significativa (p>0,05) entre os
tratamentos. O mesmo foi observado para a taxa de crescimento (p>0,05), que foi de 0,39, 0,41,
0,35 e 0,42 para AMN20, AMN30, AMA20 e AMA30 respectivamente. Entretanto, a
concentração de clorofila-a no tratamento AMA30 (61,95 μg L-1) foi significativamente superior
(p<0,05) a observada nos tratamentos AMN20, AMN30, AMA20 (14,05, 13,38 e 14,02 μg L-1
respectivamente). Baseado nos resultados obtidos fica constatado que a espécie N. occulata pode
ser cultivada, nas condições acima descritas, em AMA, sobretudo em salinidade 30. Deve-se
ainda considerar o fato de que os compostos químicos utilizados neste experimento para
formulação da AMA30 possuem valor de mercado inferior ao de outras combinações de sais
para AMA comercialmente conhecidas.
for aquaculture, it is important to know the limiting factors for
its production. The knowledge about postprandial oxygen
consumption of fish is useful to estimate the time for returning
to appetite and allows to estimate the proper feeding frequency.
The objective of this research was to study the postprandial
oxygen consumption of juvenile pompano Trachinotus
marginatus. Oxygen consumption rate was determined at 24°C
and 33‰ and fish (9.64±0.2g) were fed daily with 12% total
of biomass NRD INVE diet (59% protein). Postprandial
increase in oxygen consumption was observed 30min after
feeding (1.06mgO2 g-1 h-1), and it returned to the routine
metabolic rate (0.79mgO2 g-1 h-1) within the next 120min.
According to these results, it seems appropriated to feed juvenile
pompano 8 times per day, because every 2.5h the oxygen
consumption rate declines to the unfed level, suggesting that
the process of digestion and assimilation have already finished.
(Trachinotus marginatus). Two experiments were carried out in a completely randomized design, with three
replicates each. In experiment I, 25 fish (4.8±0.6 g and 6.48±0.01 cm) were stocked in 15 tanks (50 L) during
21 days and fed 4, 8, 12, 16, and 20% body weight per day. In experiment II, 20 fish (4.1±0.1 g and 6.6±0.1 cm)
were stocked in 15 tanks (40 L) during 28 days and fed 2, 6, 8, and 10 times a day. The tested feeding rates and
frequencies did not influence survival. Final weight and length in experiment I were significantly lower in fish
fed 4% body weight per day, whereas in experiment II only weight was significantly lower in fish fed 2 and 6
times a day. At the end of both experiments, apparent feed conversion showed significant difference, with the
worst value observed for fish fed 20% body weight per day in experiment I and 2 times a day in experiment
II. Juvenile pompano show better growth performance when fed 8% body weight per day and 8 times a day.
liza (isosmotic point: 12‰) were evaluated after 40 days in different salinities (0, 6, 12 and 24‰). Tests were performed
in quadruplicate (30 fish/tank; 0.48 ± 0.1 g body weight; 3.27 ± 0.1 cm total length) under controlled water temperature
(28.2 ± 0.1°C) and oxygen content (>90% saturation). Fish were fed on artificial diet (50% crude protein) four times a day
until apparent satiation. Results showed that salinity influenced juvenile mullet growth. Fish reared at salinity 24‰ grew
better than those maintained in freshwater (salinity 0‰). Gill Na+
,K+-ATPase activity and whole body oxygen consumption
showed an U-shape-type response over the range of salinities tested, with the lower values being observed at the intermediate
salinities. Although no significant difference was observed in liver glycogen content at different salinities, it tended to
augment with increasing salinity. These findings indicate that energy demand for osmorregulation in juvenile M. liza can be
minimized under isosmotic condition. However, the amount of energy spared is not enough to improve fish growth. Results
also suggest that M. liza is able to alternate between different energy-rich substrates during acclimation to environmental
salinity.
O crescimento de peixes teleósteos pode ser melhorado em condição isosmótica. O crescimento e o desempenho metabólico
de juvenis da tainha Mugil liza (ponto isosmótico: salinidade de 12‰) foram avaliados após 40 dias de cultivo em diferentes
salinidades (0, 6, 12 e 24‰). Os testes foram realizados em 4 réplicas (30 peixes/tanque; 0,48 ± 0,1 g de peso corporal; 3,27
± 0,1 cm de comprimento total) em condições controladas de temperatura (28,2 ± 0,1°C) e conteúdo de oxigênio (>90%
saturação). Os peixes foram alimentados quatro vezes ao dia com dieta artificial (50% de proteína bruta) até a saciedade
aparente. Os resultados mostraram que a salinidade influenciou o crescimento dos juvenis da tainha. Os peixes cultivados
na salinidade 24‰ cresceram melhor que aqueles mantidos na água doce (salinidade 0‰). A atividade da Na+
,K+-ATPase
branquial e o consumo corporal de oxigênio mostraram uma resposta do tipo em forma de U, na faixa de salinidade testada,
com os menores valores sendo observados nas salinidades intermediárias. Apesar de não ter sido observada diferença
significativa no conteúdo de glicogênio entre os peixes mantidos nas diferentes salinidades, este parâmetro tendeu a aumentar
com o incremento da salinidade. Estes achados indicam que a demanda energética para osmorregulação em juvenis de M.
liza podem ser minimizados em condição isosmótica. Entretanto, a quantidade de energia poupada não é suficiente para
melhorar o crescimento. Os resultados também sugerem que M. liza é capaz de alternar entre diferentes substratos ricos em
energia durante a aclimatação à salinidade da água.