Papers by Matheus De Lima Rui

PRINCIPIA, 2022
It is certainly well accepted that formal models play a key role in scientific job. Its use goes ... more It is certainly well accepted that formal models play a key role in scientific job. Its use goes from natural sciences like physics and even to social sciences like economics and politics. Using mathematics allows the researcher to consider more complicated scenarios involving several variables. Some models are developed to make predictions, others to describe a phenomena, or just to improve the explanation of events in the world. But what has all this to do with philosophy? The aim of the present paper is to investigate debates on the role of formal models in a specific philosophical subject, precisely, the epistemology of rationality. Are we able to explain why models are needed in epistemological work? This answer will be addressed on the assumptions that epistemological theorizing is committed with normative statements. More specifically, epistemologists are concerned with normative questions about what rationality requires from epistemic agents. The first goal is to discuss some assumptions about the role of mathematical models in formal epistemology undertaking. And secondly, I will argue for the following two claims: (i) formal models are useful tools for predicting consequences of normative assumption about what is intuitively required by rationality; and (ii) insofar rationality theory is normative in virtue of being instrumentalist and aiming at truth, formal models are means-end tools, therefore, for rationality, mathematical models are devices for maximizing truth in doxastic states.

O objetivo desse artigo será apresentar parte do debate atual sobre o papel da intenção na teoria... more O objetivo desse artigo será apresentar parte do debate atual sobre o papel da intenção na teoria da ação e na racionalidade prática. Para isso, iniciarei com a perspectiva do autor responsável pela retomada da filosofia da ação na contemporaneidade, Donald Davidson. Após oferecer uma breve exposição da concepção davidsoniana
da intenção e da ação, e sobre os modelos teóricos “crença-desejo” e “crença-desejo-intenção” na filosofia da ação, pretendo desenvolver algumas considerações sobre o aspecto normativo da racionalidade prática (no sentido em que envolve “razões para”) e o papel que a intenção tem nesse processo. Para isso, apresento o modo como Michael Bratman (1987) desenvolve uma linha de argumentação a favor de um tipo de função que a intenção pode
desempenhar como input no raciocínio prático, argumentando em prol de um papel genuíno para a intenção em uma concepção de racionalidade prática. Por fim, apresento alguns desdobramentos da discussão sobre o modelo crença-desejo versus o modelo crença-desejo-intenção como propostas conflitantes para a explicação da racionalidade prática.

RESUMO: Pretendo apresentar aqui a fundamentação de uma proposta metodológica para o ensino de Fi... more RESUMO: Pretendo apresentar aqui a fundamentação de uma proposta metodológica para o ensino de Filosofia, a partir de insights sobre a concepção de " virtudes " , elaborados, principalmente, pela autora contemporânea Linda Zagzebski, e marginalmente por Gilbert Ryle. Meu objetivo é sustentar que a mediação entre aluno e conhecimento não ocorre de forma mágica, ou numa relação passiva do aluno frente ao conteúdo exposto, mas envolve um contexto epistemológico relacionado a um conjunto de práticas e habilidades que estimulem as virtudes intelectuais necessárias para qualquer aprendizado. Para isso, inicialmente explico o que devemos entender por metodologia de ensino, dentro da concepção teórica desenvolvida. Em seguida, esclareço algumas noções sobre o que chamamos de " conhecimento " , e sua relação com o aprendizado. Por fim, desenvolvo a ideia chave do trabalho a partir das considerações sobre virtudes intelectuais.

Meu objetivo neste texto é apresentar o modo como Robert Brandom desenvolve uma visão distinta de... more Meu objetivo neste texto é apresentar o modo como Robert Brandom desenvolve uma visão distinta de razão prática, em contraste com a versão paradigmática tradicional. Tal desenvolvimento do autor aparece em sua obra Making It Explicit (1994). Para Brandom, devemos compreender de modo um tanto diferente o raciocínio prático para entender os desejos e atitudes-pró expressas pelo vocabulário normativo em função de sua relação com crenças e intensões. Em um segundo momento, chamo atenção para a argumentação de Brandom sobre a possibilidade de compreendermos a objetividade das normas fundamentais do raciocínio prático compreendidas em conjunto com as normas gerais do raciocínio. E por fim, pretendo mostrar que a argumentação de Brandom em defesa da objetividade das normas inferenciais não é suficiente, e que sua fundamentação social das normas implica em um problema de objetividade para o autor.

O objetivo deste trabalho é apresentar o problema do ceticismo acerca de juízos
normativos aplica... more O objetivo deste trabalho é apresentar o problema do ceticismo acerca de juízos
normativos aplicado à justificação das normas de um sistema epistêmico. Tal problema é
desenvolvido por Paul Boghossian na obra Fear of Knowledge: Against Relativism and
Constructivism (2006). Para o autor, dentre as mais problemáticas formas de relativismo, a que
apresenta um problema de maior consistência é o relativismo sobre normas epistêmicas. Tal
postura relativiza juízos sobre justificação epistêmica, isto é, princípios normativos que
governam nosso processo de aquisição de crença justificada. Segundo Boghossian, estamos
frente a um dilema: ou somo capazes de oferecer crença verdadeira justificada sobre tais juízos
normativos ou temos de aceitar que uma afirmação do tipo “uma evidência E justifica uma
crença C” é sempre uma afirmação relativa à aceitação de normas por determinada comunidade.
Afirmar a primeira opção é sempre uma dificuldade frente às posições céticas sobre juízos
normativos, logo, parece que a única opção é aceitar a proposta relativista. Essa forma de
relativismo implica o relativismo sobre racionalidade epistêmica, ou seja, o que é racional
acreditar é sempre parte das crenças compartilhadas por minha comunidade. Pretendo apresentar
aqui a resposta de Boghossian ao problema da incomensurabilidade entre sistemas epistêmicos
distintos, mostrando como é possível evitar um relativismo radical sobre racionalidade, mesmo
não sendo capaz de oferecer ao cético uma resposta satisfatória sobre a validade de princípios
normativos.
Meu objetivo aqui, é apresentar uma análise dos principais
pontos defendidos na obra Understand W... more Meu objetivo aqui, é apresentar uma análise dos principais
pontos defendidos na obra Understand Wittgenstein’s On Certainty, e verificar a
plausibilidade da teoria sustentada por Moyal-Sharrock; e também tratar, sobre a
possibilidade de se falar em um terceiro Wittgenstein, quais as consequências
que enfrentamos ao aceitar a interpretação da autora, e o que nos resta ainda
para pensar sobre os insights de Wittgenstein presentes na obra Da Certeza.
Drafts by Matheus De Lima Rui

Leitores da Cato Unbound poderiam, provavelmente, recitar de cor a posição filosófica libertária ... more Leitores da Cato Unbound poderiam, provavelmente, recitar de cor a posição filosófica libertária tradicional. Tal posição inicia-se com o axioma de que indivíduos possuem a si próprio e a seu trabalho. Disso se deduz o direito dos indivíduos de adquirir propriedades em recursos externos, como terras e minérios. Tais direitos à propriedade são quase absolutos em seu peso moral. De fato, para a tradição libertária, o respeito à propriedade privada é simplesmente tudo o que se há sobre justiça 2. Preocupações sobre liberdade de expressão, discriminação, ou meio ambiente, na medida em que são legítimas, são, em última instância, apenas questões sobre direito de propriedade. Outras supostas questões morais tais como sobre justiça social são meramente produtos de uma confusão conceitual 3. Justiça é sobre respeitar os direitos individuais à propriedade. Na medida em que o respeito à propriedade conduz alguns indivíduos a pobreza e desamparo, indivíduos devem ser tomados por um senso de caridade e benevolência em resposta a isso. Mas a justificação moral das instituições do livre mercado é logicamente independente de qualquer afirmação sobre os efeitos de tais instituições sobre a participação significativa dos mais pobres. Essa visão, ou algo parecido com ela, é atribuída geralmente aos grandes libertários do século XX, tais como Ludwig von Mises, Ayn Rand, e Murray Rothbard 4. É claro que existem outros libertários que não se adequam a esse modelo tão bem. Nem Friedrich Hayek ou Milton Friedman, por exemplo, trataram o direito a propriedade como uma moral absoluta, e ambos permitem algum papel significante para o Estado no fornecimento de uma rede de segurança social. Mas isso, para muitos, serve somente para mostrar que tais autores não são completamente libertários, embora tenham

O objetivo desse trabalho será apresentar como uma nova forma de compreender o pensamento libertá... more O objetivo desse trabalho será apresentar como uma nova forma de compreender o pensamento libertário vem surgindo no âmbito acadêmico. Essa nova concepção de filosofia política e econômica visa compatibilizar alguns dos ideais do Liberalismo Clássico, os quais acabaram se distanciando com o passar do tempo, gerando duas formas de pensamento quase que incompatíveis: os “liberais” defensores de um estado de bem-estar social, e os “libertários” defensores de um estado mínimo. Atualmente, essa nova corrente é conhecida popularmente como “Libertarianismo Bleeding Heart”. Em um primeiro momento, pretendo apresentar aqui, de um modo mais descritivo e expositivo, quem são os defensores do “Libertarianismo Bleeding Heart”, como surgiu, e o que eles defendem. Em um segundo momento, meu objetivo será adentrar na justificação teórica dos autores, no que diz respeito à argumentação em prol da legitimidade conceitual e moral de uma defesa libertária da justiça social, e sua compatibilidade com uma defesa do livre mercado.
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da intenção e da ação, e sobre os modelos teóricos “crença-desejo” e “crença-desejo-intenção” na filosofia da ação, pretendo desenvolver algumas considerações sobre o aspecto normativo da racionalidade prática (no sentido em que envolve “razões para”) e o papel que a intenção tem nesse processo. Para isso, apresento o modo como Michael Bratman (1987) desenvolve uma linha de argumentação a favor de um tipo de função que a intenção pode
desempenhar como input no raciocínio prático, argumentando em prol de um papel genuíno para a intenção em uma concepção de racionalidade prática. Por fim, apresento alguns desdobramentos da discussão sobre o modelo crença-desejo versus o modelo crença-desejo-intenção como propostas conflitantes para a explicação da racionalidade prática.
normativos aplicado à justificação das normas de um sistema epistêmico. Tal problema é
desenvolvido por Paul Boghossian na obra Fear of Knowledge: Against Relativism and
Constructivism (2006). Para o autor, dentre as mais problemáticas formas de relativismo, a que
apresenta um problema de maior consistência é o relativismo sobre normas epistêmicas. Tal
postura relativiza juízos sobre justificação epistêmica, isto é, princípios normativos que
governam nosso processo de aquisição de crença justificada. Segundo Boghossian, estamos
frente a um dilema: ou somo capazes de oferecer crença verdadeira justificada sobre tais juízos
normativos ou temos de aceitar que uma afirmação do tipo “uma evidência E justifica uma
crença C” é sempre uma afirmação relativa à aceitação de normas por determinada comunidade.
Afirmar a primeira opção é sempre uma dificuldade frente às posições céticas sobre juízos
normativos, logo, parece que a única opção é aceitar a proposta relativista. Essa forma de
relativismo implica o relativismo sobre racionalidade epistêmica, ou seja, o que é racional
acreditar é sempre parte das crenças compartilhadas por minha comunidade. Pretendo apresentar
aqui a resposta de Boghossian ao problema da incomensurabilidade entre sistemas epistêmicos
distintos, mostrando como é possível evitar um relativismo radical sobre racionalidade, mesmo
não sendo capaz de oferecer ao cético uma resposta satisfatória sobre a validade de princípios
normativos.
pontos defendidos na obra Understand Wittgenstein’s On Certainty, e verificar a
plausibilidade da teoria sustentada por Moyal-Sharrock; e também tratar, sobre a
possibilidade de se falar em um terceiro Wittgenstein, quais as consequências
que enfrentamos ao aceitar a interpretação da autora, e o que nos resta ainda
para pensar sobre os insights de Wittgenstein presentes na obra Da Certeza.
Drafts by Matheus De Lima Rui
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da intenção e da ação, e sobre os modelos teóricos “crença-desejo” e “crença-desejo-intenção” na filosofia da ação, pretendo desenvolver algumas considerações sobre o aspecto normativo da racionalidade prática (no sentido em que envolve “razões para”) e o papel que a intenção tem nesse processo. Para isso, apresento o modo como Michael Bratman (1987) desenvolve uma linha de argumentação a favor de um tipo de função que a intenção pode
desempenhar como input no raciocínio prático, argumentando em prol de um papel genuíno para a intenção em uma concepção de racionalidade prática. Por fim, apresento alguns desdobramentos da discussão sobre o modelo crença-desejo versus o modelo crença-desejo-intenção como propostas conflitantes para a explicação da racionalidade prática.
normativos aplicado à justificação das normas de um sistema epistêmico. Tal problema é
desenvolvido por Paul Boghossian na obra Fear of Knowledge: Against Relativism and
Constructivism (2006). Para o autor, dentre as mais problemáticas formas de relativismo, a que
apresenta um problema de maior consistência é o relativismo sobre normas epistêmicas. Tal
postura relativiza juízos sobre justificação epistêmica, isto é, princípios normativos que
governam nosso processo de aquisição de crença justificada. Segundo Boghossian, estamos
frente a um dilema: ou somo capazes de oferecer crença verdadeira justificada sobre tais juízos
normativos ou temos de aceitar que uma afirmação do tipo “uma evidência E justifica uma
crença C” é sempre uma afirmação relativa à aceitação de normas por determinada comunidade.
Afirmar a primeira opção é sempre uma dificuldade frente às posições céticas sobre juízos
normativos, logo, parece que a única opção é aceitar a proposta relativista. Essa forma de
relativismo implica o relativismo sobre racionalidade epistêmica, ou seja, o que é racional
acreditar é sempre parte das crenças compartilhadas por minha comunidade. Pretendo apresentar
aqui a resposta de Boghossian ao problema da incomensurabilidade entre sistemas epistêmicos
distintos, mostrando como é possível evitar um relativismo radical sobre racionalidade, mesmo
não sendo capaz de oferecer ao cético uma resposta satisfatória sobre a validade de princípios
normativos.
pontos defendidos na obra Understand Wittgenstein’s On Certainty, e verificar a
plausibilidade da teoria sustentada por Moyal-Sharrock; e também tratar, sobre a
possibilidade de se falar em um terceiro Wittgenstein, quais as consequências
que enfrentamos ao aceitar a interpretação da autora, e o que nos resta ainda
para pensar sobre os insights de Wittgenstein presentes na obra Da Certeza.