Papers by Eduardo Meditsch
Brazilian Journalism Research, 2005
Questões Transversais, 2015
Este artigo toma como referência o texto "O conflito das faculdades" do filósofo Immanuel Kant, c... more Este artigo toma como referência o texto "O conflito das faculdades" do filósofo Immanuel Kant, considerado fundador da concepção da moderna universidade de pesquisa, para discutir a polêmica gerada no campo acadêmico de Comunicação com a aprovação das novas Diretrizes Curriculares de Jornalismo, Cinema e Audiovisual e Relações Públicas. Identificando no debate as posições clássicas que se opõem historicamente no seio da universidade sobre suas funções ideais -a produção desinteressada de conhecimento, de um lado, e a formação profissional socialmente engajada, de outro -recupera, na história da área acadêmica, como estes pontos de vista se solidificaram no interior da área e propõe que o não enfrentamento da questão pode fragilizar e ameaçar o seu futuro.

A motivação para este texto surgiu durante a estadia do autor nos Estados Unidos (entre 2010 e 20... more A motivação para este texto surgiu durante a estadia do autor nos Estados Unidos (entre 2010 e 2011) que propiciou um acompanhamento diário, ainda que não metódico, do jornalismo norte-americano, na cobertura de acontecimentos marcantes como a execução de Osama Bin Laden no Paquistão, as guerras do Iraque e do Afeganistão, a intervenção militar no Líbano e o crescente protagonismo da CIA nas ações militares dos Estados Unidos, que culminou com a nomeação de seu diretor geral (na gestão Bush) para o comando do Pentágono (na gestão Obama). Apesar das diferenças ideológicas evidentes entre os dois governantes, que não devem ser menosprezadas, há uma extensa base de consenso entre suas percepções sobre o papel dos Estados Unidos no contexto internacional. Se o candidato da oposição republicana a Obama nas eleições de 2012, Mick Romney, proclama que “Deus criou os Estados Unidos para governarem o mundo”, o próprio Obama, em seu discurso ao Congresso sobre o Estado da Nação, em 2010, afirmou que seu país “é o farol que ilumina o mundo”. São variações sutis do que alguns críticos tem apontado como a exacerbação do nacionalismo nos Estados Unidos, que tem raízes históricas e culturais profundas.

Numa de suas frases mais citadas, Nelson Traquina (1993:168) propõe que "as notícias acontecem na... more Numa de suas frases mais citadas, Nelson Traquina (1993:168) propõe que "as notícias acontecem na conjunção de acontecimentos e textos: enquanto o acontecimento cria a notícia, a notícia cria o acontecimento". Se esta proposição já traz em si indicativos da complexidade do acontecimento noticioso, ao sugerir a combinação de dois elementos (acontecimentos e textos) numa relação dialética em que um cria o outro reciprocamente, os capítulos reunidos neste volume e nos três anteriores da série Jornalismo e Acontecimento, que expressam nossa busca coletiva pela compreensão desta relação, apontam para uma complexidade ainda maior a ser desvendada. Afinal, acontecimentos e textos não devem ser vistos como variáveis independentes na realidade do jornalismo. Nessa minha última intervenção no debate coletivo do Projeto Tecer, me proponho a ressaltar, após uma releitura dos três volumes anteriores, alguns pontos do que propus em minhas intervenções anteriores (MEDITSCH, 2010, 2012), apontar suas limitações a partir de aspectos levantados pelos textos dos parceiros de jornada que podem contribuir para superar estas limitações e, nesta perspectiva dialogal, sugerir a oportunidade de novos estudos que possam inspirar projetos futuros e contribuir para aumentar o conhecimento sobre "como acontece o acontecimento".

The difficulties of theoretical development in Journalism in the specific academic field (conside... more The difficulties of theoretical development in Journalism in the specific academic field (considered as Journalism discipline, as well as Communication discipline), and the problems that it causes both to the professional and the academic fields legitimizations, give the necessity of an investigation of its sources in the institutionalization of the field. Identifying that that the dichotomies based explanations are not enough to enlighten the issue, nor the former investigations made by myself, this paper points on the aim of to increase the knowledge about the history of Journalism in the academic field, from the perspective of the Sociology of Knowledge. This study must look for data about the social and cognitive institutionalization of the field, its relation to Journalism and University’s development, within the major contexts of society and culture. The hypothesis is that the identification and the description of the frames socially constructed in the institutionalization of the field can help to understand the epistemological difficulties observed in this development. This paper was first published in the journal Brazilian Journalism Research 6(1), 2010.
Key-Words:
1. Journalism; 2. Academic Field; 3. Institutionalization; 4. Frames; 5. Epistemology

Este texto pretende problematizar a noção de construção social da realidade pelo jornalismo, conf... more Este texto pretende problematizar a noção de construção social da realidade pelo jornalismo, conforme tem sido apresentada nas teorias da área da Comunicação. Parte da constatação das abordagens correntes na literatura acadêmica sobre jornalismo e mídia, observando suas discrepâncias em relação à noção original desenvolvida no clássico tratado de Sociologia de Conhecimento de Berger & Luckman (1966). Com base na releitura daqueles autores, propõe uma atenção mais cuidadosa ao processo sócio-cognitivo em que se produz o acontecimento social, articulado à construção intersubjetiva do senso comum, e a participação do jornalismo nesta construção. A partir dessa perspectiva, rediscute as formas como o jornalismo participa da construção da realidade, numa perspectiva processual dialética que vê (a) a sociedade como produto coletivo humano - em que o jornalismo participa desta produção, mas não a monopoliza; (b) a sociedade como realidade objetiva – em que o jornalismo representa uma das formas de objetivação, em meio a outras tão ou mais importantes; e (c) o homem como produto social, num processo em que o jornalismo também participa como uma forma de “socialização terciária”. Além de relativizar desta forma a importância do jornalismo na construção social da realidade, o texto aponta para a necessidade de aprofundar os estudos sobre a especificidade de sua participação neste processo para compreender a gênese dos acontecimentos sociais.
Resumo: Esta comunicação parte da constatação da dificuldade de definir o que seria uma fisiologi... more Resumo: Esta comunicação parte da constatação da dificuldade de definir o que seria uma fisiologia normal da atividade jornalística a partir dos trabalhos acadêmicos que enfatizam as patologias do jornalismo. Critica as abordagens do objeto propostas pelos paradigmas ideológico e positivista, por não darem conta desta definição. Propõe, como alternativa, a perspectiva da intersubjetividade, sustentada pelas teorias do discurso, da argumentação e do conhecimento, lançando algumas pistas para a caracterização do jornalismo enquanto um gênero específico de relação social mediada pela linguagem.

, então com 23 anos, foi sem dúvida o personagem principal da história que se passou por trás dos... more , então com 23 anos, foi sem dúvida o personagem principal da história que se passou por trás dos microfones e, no dia seguinte, também diante das câmaras e nas manchetes dos jornais. Mas, como todo produto da mídia eletrônica, A Guerra dos Mundos foi uma produção coletiva e pelo menos outros dois autores de peso contibuiram com ele para o sucesso da obra: o escritor inglês Herbert George Wells , autor do romance em que se baseou o programa, e o roteirista Howard Koch (1901Koch ( -1995, responsável pelo trabalho mais pesado na hora da adaptação. Quarenta anos antes de Welles, H.G. Wells já conquistara a fama com o lançamento do romance: A Guerra dos Mundos foi publicada pela primeira vez em folhetim, na revista inglesa Pearson's Magazine, entre abril e novembro de 1897. No ano seguinte, saiu em livro, ampliada na forma de romance, e começou a ser traduzida por todo o planeta. Cem anos depois de seu lançamento, o livro de H.G.Wells é unanimemente reconhecido como uma das obras primas que serviram de matriz para todo o desenvolvimento posterior da literatura de ficção científica. Contemporâneo do francês Júlio Verne, Wells foi o primeiro a imaginar uma invasão extraterrestre e a descrever um ser alienígena. No final do Século XIX, quando do lançamento do livro, a possibilidade de existência de vida inteligente em Marte era seriamente considerada pela ciência, mas não havia ainda sido tratada pela literatura. Wells não somente estava a par do conhecimento científico de sua época, como também antecipou no livro algumas tecnologias que ainda povoam o imaginário sobre os E.Ts. um século depois: raios laser, máquinas voadoras, máquinas de guerra em forma de aranhas, robots e armas químicas. E, o mais fantástico de tudo, criou tudo isso a partir de uma Londres que ainda se movia principalmente a cavalo e era iluminada à noite com lampiões a gás. Howard Koch, o roteirista novato e ainda desconhecido do Mercury Theatre on the Air da CBS, recebeu a tarefa de adaptar o texto literário para o rádio. Assim como ocorreu com Welles, o sucesso de A Guerra dos Mundos também catapultou Koch para a milionária indústria do cinema, e em 1942 ele ganharia um Oscar pelo roteiro de Casablanca (cuja estatueta leiloou, um ano antes de morrer, para pagar a universidade da neta).
... mídia comercial, esta parcela será mais suscetível a seguir uma via revolucionária como saída... more ... mídia comercial, esta parcela será mais suscetível a seguir uma via revolucionária como saída para suas repetidas frustrações." O divórcio das escolas com a realidade profissional, como se vê, foi introduzido como estratégia política na Guerra Fria. ... GENRO FILHO, Adelmo. ...
... [email protected] Mariana Segala Acadêmica de Jornalismo na UFSC Bolseira de Iniciação Cie... more ... [email protected] Mariana Segala Acadêmica de Jornalismo na UFSC Bolseira de Iniciação Científica do CNPq [email protected] ... trabalho dos jornalistas, pode-se dizer que um determinado grupo de ... Para Manuel Pinto, do ponto de vista do público ...
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Key-Words:
1. Journalism; 2. Academic Field; 3. Institutionalization; 4. Frames; 5. Epistemology
Key-Words:
1. Journalism; 2. Academic Field; 3. Institutionalization; 4. Frames; 5. Epistemology