Papers by Mariana Bracks

Oxford Research Encyclopedia of African History, 2022
Njinga Mbande was a sovereign of the Ndongo and Matamba kingdoms in the 17th century. She is reme... more Njinga Mbande was a sovereign of the Ndongo and Matamba kingdoms in the 17th century. She is remembered as a strong leader who challenged the Portuguese conquest of Angola. As heir to the Ndongo kingdom, she negotiated peace agreements with the Portuguese administration and was baptized. But diplomacy was not enough to guarantee the peace, security, and integrity of the Ndongo state. Military resistance was necessary to resist Portuguese advances and guarantee her political survival. Njinga Mbande defied the Portuguese armies and became the leader of a group of nomadic warriors called Jagas. Leading powerful battalions, she retreated inland and conquered the Matamba kingdom, which was ruled by women. The military superiority of Njinga’s army and her ability to build alliances made her the most feared figure in the Angolan wars in the 17th century. With great bravery and wisdom, she effectively defended her state and resisted Portuguese expansion in the region. For more than thirty y...
Muna Kalati, 2023
Telle fut la thématique de la conversation avec Mariana Bracks (Universitaire, Auteure de Pouvoir... more Telle fut la thématique de la conversation avec Mariana Bracks (Universitaire, Auteure de Pouvoir des Reines africaines) organisée le samedi 10 Décembre 2022, lors du Salon du Livre de Jeunesse et de la Bande Dessinée de Yaoundé (SALIJEY), organisé par Muna Kalati et Akoma Mba au Cameroun. Ladite interview a été modérée par Dr Narcisse Fomekong (Expert en développement social et culturel, Enseignant-Chercheur, Co-fondateur de Muna Kalati).
Caleidoscópio de Clio, 2022
O texto discute o conceito de história para os povos africanos e suas metodologias de ensino, que... more O texto discute o conceito de história para os povos africanos e suas metodologias de ensino, que envolvem cantos, danças, performances rituais. Reflete sobre o conceito de tempo histórico não linear e sobre epistemologias africanas no ensino de História.
Oxford Research Encyclopedia- African History, 2022
Njinga Mbande was a sovereign of the Ndongo and Matamba kingdoms in the 17th century.

Domingues, Petrônio; Barbosa, Francisco José (org.). África e Brasil: fluxos e refluxos / Organizadores: Petrônio Domingues e Francisco José Barbosa; Prefácio de José Rivair Macedo. -- 1. ed. – Aracaju, SE : Criação Editora, 2021, 2021
OS JINKISI TRAZEM MUITAS HISTÓRIAS, performam narrativas, ensinam lições morais através da dança,... more OS JINKISI TRAZEM MUITAS HISTÓRIAS, performam narrativas, ensinam lições morais através da dança, da música e dos cantos. Chamamos Nkisi as divindades que compõem o panteão do Candomblé Kongo Angola3. Neste artigo, nossa atenção recai sobre a Nkisi Matamba. Existe relação entre Njinga Mbande, rainha de Matamba, e a Nkisi guerreira
do Candomblé no Brasil?
Essa dúvida é recorrente e a busca por essa relação ilumina a compreensão de como o Candomblé Kongo Angola mantém vivas as histórias centro-africanas.
Relacionamos uma divindade do Candomblé no Brasil com uma mulher real que viveu em Angola no século XVII: duas guerreiras invencíveis, sedutoras, destemidas. Desvendar essa relação é refletir sobre como as histórias da África foram contadas, vividas, reatualizadas na diáspora, é refletir sobre sentidos da história e sobre como o conhecimento é transmitido nas sociedades centro-africanas, é acessar epistemologias africanas e discutir as estratégias empreendidas pelos sujeitos escravizados para manterem vivas suas memórias e seus valores.
Este texto é de autoria de Walmir Damasceno Taata Kwa Nkisi Katuvanjesi, Dirigente do Inzo Tumbanci em Itapecerica da Serra (SP). Coordenador Geral do ILABANTU (Instituto Latino Americano de Tradições Bantu) Representante para as Américas do CICIBA (Centro Internacional das Civilizações Bantu) e Mariana Bracks Fonseca, professora de História da África e História da Cultura Afro-brasileira na Universidade Federal de Sergipe.

Jornal de Angola, 2022
A Rainha Jinga é, sem dúvida, a mulher africana mais estudada no mundo. A sua longa vida foi marc... more A Rainha Jinga é, sem dúvida, a mulher africana mais estudada no mundo. A sua longa vida foi marcada por guerras e negociações, no contexto de articulação do comércio transatlântico de escravos. Ainda em vida, foi considerada uma lenda imortal pelos seus seguidores e a sua história vem sendo lembrada de diferentes formas. A Rainha Jinga tornou-se um mito, no sentido que tornou-se "um precedente, um modelo", uma "narrativa de uma criação" que remete a um tempo primordial, fundador, no caso de Angola, o tempo anterior ao domínio dos portugueses. (...) Desde o século XVII, as lutas da rainha angolana despertaram o interesse de agent e s e u r o p e u s , q u e n ã o pouparam adjectivos para descrever as suas façanhas. Em 1669, apenas seis anos após a morte da rainha, os relatos de Antonio Gaeta sobre a conversão "milagrosa" de Ginga ao cristianismo foram publicados em Nápoli. Em 1681, o militar português Antônio Cadornega publicou os relatos das guerras, apresentando detalhes das batalhas empreendidas contra a rainha da Matamba, sua "capital inimiga", e suas estratégias para permanecer livre durante décadas. O capuchinho italiano Giovanni Cavazzi observou os hábitos e costumes dos povos centro-africanos, descreveu rituais, mitos, crenças, festas, compilou tradições orais. Escreveu "Missione Evangelica" e "Istorica Descrizione". Este último teve edições e redacção final reduzida pelo padre Fortunato Alamandini da Bologna e foi publicado e traduzido em diversos idiomas, em diferentes países. No século XVIII, os literatos europeus buscaram inspiração na soberana negra, e 'construíram' a sua imagem de acordo com os ideais iluministas então em voga. Lab a t a i n s e r i u n a s u a enciclopédia a partir das descrições de Cavazzi. (...) Em Lisboa, circulou um livreto sobre a sua vida, "Notícias Memoráveis", em que os aspectos "bárbaros" aparecem ao lado das suas habilidades marciais, predominando na narrativa o tom de inimizade e rivalidade. O nome da rainha Ginga circulava pela diáspora ecoado nos poemas de Bocage. Na última década do século XVIII, as ofensas ao presidente da Academia Nova Arcádia de Lisboa, Domingos Caldas Barbosa, vulgo o "Lereno", deram origem a três poemas em que a soberana angolana é evocada para desqualificar o seu possível "neto": "Preside o neto da rainha Ginga / À corja vil, aduladora, insana. / Traz sujo moço amos
Revista Latino Americana de Geografia e Gênero,, 2020
FERRACINI, Rosemberg. Áfricas e suas Relações de
Gênero, de Mariana Bracks e Fernanda Chamarelli.... more FERRACINI, Rosemberg. Áfricas e suas Relações de
Gênero, de Mariana Bracks e Fernanda Chamarelli.
Revista Latino Americana de Geografia e Gênero,
v. 11, n. 1, p. 299 - 305, 2020. ISSN 2177-2886
Revista TransVersos, 2021
Texto de apresentação da 21ª edição.
África e Africanidades, 2021
As mulheres desempenham papéis centrais nas organizações sociais, econômicas, espirituais e polít... more As mulheres desempenham papéis centrais nas organizações sociais, econômicas, espirituais e políticas africanas. Neste texto discuto a importância de conhecer estas mulheres, protagonistas muitas vezes ignoradas na escrita da história.

ÁFRICA, AFRICANOS E SEUS DESCENDENTES EM PERSPECTIVA DECOLONIAL: saberes e práticas na educação, 2020
____________________________________ RESUMO O presente artigo discute a permanência da memória da... more ____________________________________ RESUMO O presente artigo discute a permanência da memória da célebre rainha angolana Njinga Mbandi, conhecida como Ginga, na diáspora africana no Brasil. São discutidos os processos inventivos dos povos angolanos para a reconstrução da história da soberana através da cultura, em que as músicas, danças, gestuais e movimentos corporais são entendidos como elementos da transmissão de saberes e formadores de uma epistemologia de matriz africana no Brasil. ___________________________________ ABSTRACT This article discusses the permanence of the memory of the famous Angolan queen Njinga Mbandi, known as Ginga, in the African diaspora in Brazil. The inventive processes of the Angolan peoples for the reconstruction of the history of this sovereign through culture are discussed, in which the songs, dances, gestures and body movements are understood as elements of the transmission of knowledge and shapers of an epistemology of African matrix in Brazil.

Fonseca, Mariana Bracks, 2015
RESUMO: O presente estudo pretende analisar como a sociedade colonial mineira via e interpretava ... more RESUMO: O presente estudo pretende analisar como a sociedade colonial mineira via e interpretava os africanos e seus des-cendentes no que tange à identidade étnica. Como os designadores étnicos foram formulados e operados na documentação do século XVIII, qual eram os signifi cados atribuídos aos nomes de Nações africanas no contexto da escravidão brasileira, qual era a distinção feita entre "pretos", "pardos" e "brancos" e o que tais denominações simbolizavam no universo cultural em questão. Foram pesquisados os documentos da Câmara Municipal de Ouro Preto, entre os anos 1716 e 1732, encontrados no Arquivo Público Mineiro, principalmente as listas nominativas para o pagamento do Real Donativo, que revelam o nome, cor, profi ssão e número de escravos de cada habitante livre da Comarca de Ouro Preto, consideradas assim como uma radiografi a dessa sociedade, em que se percebem as relações raciais tecidas. Somam-se ainda a discussão científi ca do conceito de etnicidade e sua construção histórica e ideológica e o consequente refl exo de tais teorias nas atitudes dos atores sociais da colônia brasileira, bem como a adequação desse conceito atualmente. ABSTRACT: The manner Minas Gerais colonial society perceived and interpreted African slaves and their progeny with regard to ethnic identity is provided. The issues deal with the manner ethnicity was theorized and worked out in 18 th century documents, the meaning given to names of African 'nations' within the context of slavery in Brazil, the distinction between 'blacks,' 'mixed-blood' and 'white people,' and what these denominations symbolized within the cultural reality of that period. Documents of the 1716-1732 period of the Ouro Preto Town Hall, found in the Minas Gerais Public Archives, especially the lists of names for payment from the Royal Domain, were researched. Since these documents reveal the name, skin color, profession and number of slaves who were the property of all free people in the Ouro Preto municipality, they are actually a diagnosis of society and of racial relationships therein. The scientifi c discussion on the concept of ethnicity and its historical construction and ideology and an investigation on the attitudes of the social actors within the Brazilian colony and their present adaptation are also provided.
Trata a presença da rainha Ginga de Angola na cultura afro-brasileira

Doutoranda-USP O reino de Matamba O reino de Matamba localizava-se entre o Ndongo e o Congo, a le... more Doutoranda-USP O reino de Matamba O reino de Matamba localizava-se entre o Ndongo e o Congo, a leste do rio Kwango, na margem direita do rio Lucala, corresponde a atual Baixa de Cassange na região de Malanje. Matamba foi nominalmente tributária ao Congo até meados do século XVI, quando o rei do Congo Afonso I o incluía em suas possessões. 1 As tradições orais falam de um rei de Matamba que se rebelou contra o Congo e ampliou seu domínio sobre outras terras e vassalos, a partir de sua capital em Mocaria Camatamba, por volta de 1560. 2 Matamba foi gradativamente se libertando das obrigações ao rei do Congo e o poder foi centralizado em torno de um soberano independente. Nos mitos de origem, o rei ferreiro Samba Ngola Mussuri utilizou o conhecimento da metalurgia para vencer os exércitos do Congo e se impor sobre os vizinhos. O povo Samba consta como os pioneiros do domínio das técnicas de fundição do ferro, úteis para forjar armas e instrumentos agrícolas, e Matamba configura-se como berço desta arte 3 .
Books by Mariana Bracks
Fonseca, Mariana, 2019
Este livro reúne artigos que discutem o papel das mulheres e das representações de gênero em dive... more Este livro reúne artigos que discutem o papel das mulheres e das representações de gênero em diversas sociedades africanas, desde a antiguidade a contemporaneidade.
Fonseca, Mariana, 2019
Este livro traz artigos que discutem as relações políticas no continente africano. Priorizando o ... more Este livro traz artigos que discutem as relações políticas no continente africano. Priorizando o olhar endôgeno e a perspectiva dos africanos. Busca desconstruir eurocentrismo e abrir novas reflexões sobre as representações feita dos e pelos africanos.
Drafts by Mariana Bracks

Fonseca, Mariana Bracks, 2015
Paulo (USP) Apoio: FAPESP Tradições orais como fontes para a história dos africanos e de seus des... more Paulo (USP) Apoio: FAPESP Tradições orais como fontes para a história dos africanos e de seus descendentes na diáspora. Na África, a oralidade, e não a escrita, leva ao conhecimento. Por todo o continente, as palavras têm poder e criam realidades ao serem proferidas. 1 A tradição oral é fonte privilegiada para as histórias africanas, pois revela o conjunto de usos e valores que anima um povo a seguir os arquétipos do passado 2. Os mitos de criação, os grandes feitos dos antepassados, as genealogias são registradas por músicas, provérbios e narrativas que guardam a sabedoria dos povos africanos. Milhares de africanos vieram ao Brasil, para onde trouxeram suas histórias, visões de mundo e crenças. Mas estes conhecimentos não foram registrados em livros, suas memórias foram perpetuadas através de cantos, ritmos, rituais que hoje constituem a cultura afro-brasileira. Os povos da região de Angola foram uma das principais vítimas do tráfico de escravos 3 e muito contribuíram para a formação cultural brasileira. Várias de nossas manifestações culturais foram criadas seguindo as concepções centro-africanas e carregam ainda hoje esta identidade com "Angola mãe", ainda que recebessem contribuições de outras etnias africanas e indígenas. Apesar da notória importância das fontes orais para a história da África, os estudos sobre os africanos e seus descendentes na diáspora ainda não se debruçaram sobre o uso destas e baseiam, sobretudo, em fontes escritas, produzidas pelo colonizador branco. Este estudo vem, portanto, fortalecer o uso das tradições orais para a construção da história dos afro-brasileiros, valorizando o repertório da cultura popular cristalizado nas músicas e canções cantadas há gerações. Considero que as tradições orais revelam 1 Hampaté Ba, Hamadou. A tradição viva.
Book Reviews by Mariana Bracks
Os passos decisivos da rainha Njinga, 2022
Njinga é fonte inesgotável de inspiração. A Rainha Ginga, como é chamada na diáspora, aparece de ... more Njinga é fonte inesgotável de inspiração. A Rainha Ginga, como é chamada na diáspora, aparece de múltiplas formas nas manifestações culturais produzidas pelos povos de Angola que atravessaram o Atlântico: na capoeira, nos congados, no candomblé, no samba...Em Angola, sua história continua motivando o povo a lutar por sua real libertação, a vencer as demandar e manter-se erguido frente às dificuldades.
Uploads
Papers by Mariana Bracks
do Candomblé no Brasil?
Essa dúvida é recorrente e a busca por essa relação ilumina a compreensão de como o Candomblé Kongo Angola mantém vivas as histórias centro-africanas.
Relacionamos uma divindade do Candomblé no Brasil com uma mulher real que viveu em Angola no século XVII: duas guerreiras invencíveis, sedutoras, destemidas. Desvendar essa relação é refletir sobre como as histórias da África foram contadas, vividas, reatualizadas na diáspora, é refletir sobre sentidos da história e sobre como o conhecimento é transmitido nas sociedades centro-africanas, é acessar epistemologias africanas e discutir as estratégias empreendidas pelos sujeitos escravizados para manterem vivas suas memórias e seus valores.
Este texto é de autoria de Walmir Damasceno Taata Kwa Nkisi Katuvanjesi, Dirigente do Inzo Tumbanci em Itapecerica da Serra (SP). Coordenador Geral do ILABANTU (Instituto Latino Americano de Tradições Bantu) Representante para as Américas do CICIBA (Centro Internacional das Civilizações Bantu) e Mariana Bracks Fonseca, professora de História da África e História da Cultura Afro-brasileira na Universidade Federal de Sergipe.
Gênero, de Mariana Bracks e Fernanda Chamarelli.
Revista Latino Americana de Geografia e Gênero,
v. 11, n. 1, p. 299 - 305, 2020. ISSN 2177-2886
Books by Mariana Bracks
Drafts by Mariana Bracks
Book Reviews by Mariana Bracks
do Candomblé no Brasil?
Essa dúvida é recorrente e a busca por essa relação ilumina a compreensão de como o Candomblé Kongo Angola mantém vivas as histórias centro-africanas.
Relacionamos uma divindade do Candomblé no Brasil com uma mulher real que viveu em Angola no século XVII: duas guerreiras invencíveis, sedutoras, destemidas. Desvendar essa relação é refletir sobre como as histórias da África foram contadas, vividas, reatualizadas na diáspora, é refletir sobre sentidos da história e sobre como o conhecimento é transmitido nas sociedades centro-africanas, é acessar epistemologias africanas e discutir as estratégias empreendidas pelos sujeitos escravizados para manterem vivas suas memórias e seus valores.
Este texto é de autoria de Walmir Damasceno Taata Kwa Nkisi Katuvanjesi, Dirigente do Inzo Tumbanci em Itapecerica da Serra (SP). Coordenador Geral do ILABANTU (Instituto Latino Americano de Tradições Bantu) Representante para as Américas do CICIBA (Centro Internacional das Civilizações Bantu) e Mariana Bracks Fonseca, professora de História da África e História da Cultura Afro-brasileira na Universidade Federal de Sergipe.
Gênero, de Mariana Bracks e Fernanda Chamarelli.
Revista Latino Americana de Geografia e Gênero,
v. 11, n. 1, p. 299 - 305, 2020. ISSN 2177-2886