Papers by Cicero Cunha Bezerra

Mística y mistagogía en Dionísio Pseudo Areopagita, 2023
El Corpus Dionysiacum es uno de los casos más importantes y desafiantes de pseudo-grafía de la hi... more El Corpus Dionysiacum es uno de los casos más importantes y desafiantes de pseudo-grafía de la historia del pensamiento occidental. Las referencias textuales, consagradas por un amplio e influyente listado de comentaristas a lo largo de los siglos, de Occi-dente a Oriente, que atribuía cuatro tratados y diez cartas a Dionisio, autodenominado discípulo de Paulo de Tarso y de un maestro llamado Hieroteo, no solamente sirvió de estructuración para una compleja visión cristiana del mundo que incluye desde aspectos mistagógicos, hasta ontológicos y cosmológicos, y que también fundamentó reflexiones radicales sobre el lenguaje que culminaron, en grande parte, en lo que hoy llamamos mística. En este sentido, hablar de Dionisio Pseudo Areopagita, Pseudo Dio-nisio Areopagita o Dionisio Areopagita, es referirse a un corpus textual que sigue, aún en la actualidad, estimulando investigaciones gracias a su naturaleza fronteriza que congrega aspectos filosóficos griegos –en particular neoplatónicos– y cristianos. En el presente trabajo pretendo exponer los vínculos entre mística y mistagogía en Dionisio Pseudo Areopagita, priorizando el carácter teológico-iniciático del lenguaje como el eje unificador entre la Teología mística y la Jerarquía eclesiástica. Para ello, nos parece fundamental partir del análisis de la obra procleana Teología platónica como fuente neoplatónica del texto pseudo-dionisiano en sus aspectos iniciáticos del lenguaje.
Livro digital, 2023
Coletânea de artigos produzidos pelo(a)s discentes (egresso(a)s) do Programa de Pós-Graduação em ... more Coletânea de artigos produzidos pelo(a)s discentes (egresso(a)s) do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Religião da Universidade Federal de Sergipe.
John Caputo: Mystique and sacred anarchy., 2023
This paper seeks to present the interpretation of the apophatic tradition made by John Caputo, as... more This paper seeks to present the interpretation of the apophatic tradition made by John Caputo, associating it with his conception of sacred anarchy.
40 anos de morte de poeta Myrian Coeli.

Este seu trabalho, composto como trilha sonora para a peça de teatro, Besouro Cordão de Ouro, é u... more Este seu trabalho, composto como trilha sonora para a peça de teatro, Besouro Cordão de Ouro, é um marco decisivo na discografia da capoeira. 14 faixas compostas a partir de 14 toques de berimbau, dão ritmos a um passeio pela história da capoeira desde a inesgotável questão da sua origem, em seus elementos afros/brasileiros e culmina na exaltação da figura protagonista: o mítico capoeirista Manoel Henrique Pereira, mais conhecido como Besouro Mangangá. Trata-se de um itinerário marcado por valores intrínsecos à capoeira em sua história de resistência e luta contra as injustiças das mais variadas ordens. Assim como Paulo César Pinheiro, que se define como "elo de ligação entre gerações" (de Pixinguinha aos jovens do presente), a capoeira se mantém, em seus devires contínuos, como uma atividade dinâmica que atualiza suas tradições sem perder o que a faz expressão de alegria e força, a saber: seu espírito revolucionário. É o próprio Paulo César que assim a define: "capoeira nasceu e morrerá revolucionária". Mesmo em tempos de repressão, que culminaram com a sua criminalização no Código Penal brasileiro de 1890, até os dias atuais, nas propostas esportivas em transformá-la em atividade olímpica, ou apelos religiosos, ao enquadrá-la em práticas conversoras de estilo Gospel, a capoeira sobrevive, em grande medida, pelos esforços dos velhos e jovens mestres que, assim como Paulo César, insistem na defesa do espírito libertário e, ao mesmo tempo, plural de uma luta que fez da sua história exemplo de construção de valores inclusivos, sejam raciais, religiosos ou econômicos. Na capoeira, branco, negro, árabe, judeu, cristão, budista, ricos ou pobres, encontram, na roda, o espaço ideal em que a arte, mais do que as crenças e condições sociais, dita o movimento e faz dos corpos partes integrantes de uma dança que atualiza valores ancestrais, mas sempre presentes. Sobre isso e muito mais, conversei com Paulo César Pinheiro que, em tempos sombrios como o que estamos vivendo, aceitou falar sobre a presença da capoeira e, em particular, da figura de Besouro nas suas composições musicais e literárias. Desde a sua primeira experiência com a canção "Lapinha" (1968) até o seu último romance "Matinta, o Bruxo" (2011) percebemos o "zum,zum,zum" de Besouro alçando voo entre letras e sons. Mais do que um elemento, entre tantos outros, que invadiu as narrativas orais populares, a presença de Cordão de Ouro é imagem, para Paulo César Pinheiro, de uma filosofia nascida na observação, na experiência e desenvolvida no combate contra as injustiças. Finalmente, para quem conhece a sua trajetória musical é fácil perceber a sua mandinga poética que dá rasteira nos pesadelos, mordaças e que, diante da tirania, convoca o berimbau para tocar "cavalaria". Se a capoeira é, como diz Mestre Pastinha, "tudo o que a boca come", a música de Paulo César Pinheiro é alimento que mantém acesa a chama de uma arte/luta que, inegavelmente, é a imagem mais própria de uma experiência em que vida e sabedoria convergem em valores irrenunciáveis como a justiça e a liberdade. Como nasceu a sua admiração pela capoeira? Nasceu porque meu parceiro querido Baden Powell fez os seus "Afrosambas" com Vinícius. Eu era menino e ele já falava de capoeira e já tinha, no violão, uma puxada baiano-capoeirística. Isso me chamou muita atenção. Ele morou na Bahia e se envolveu muito com a capoeira e trouxe para mim a cantiga "quando eu morrer me enterre na lapinha", que é parte dos cantos do próprio Besouro. Eu tomei contato com Besouro pela obra de Jorge Amado Mar Morto no capítulo "Viscondes, condes, marqueses e Besouro". Há uma insinuação de que Jorge escreveria um romance sobre Besouro, mas não fez. Eu fiquei com essa ideia na cabeça e, depois de Baden, quando fizemos Lapinha, Besouro se agigantou dentro de mim. A partir de então eu comecei a fazer algumas coisas que remetiam a esse personagem. Personagem rico e pouco explorado até então na Bahia. Na verdade, a ideia não era um livro, mas um filme. No entanto, parti para o teatro e fiz um musical chamado "Besouro Cordão de Ouro" que ficou durante 10 anos em cartaz pelo Brasil. Para fazer essa peça eu tive que entrar nesse mundo e estudar profundamente a história desse personagem. Fui para Santo Amaro (BA) e fiquei 15 dias na casa de um parceiro meu, já falecido, chamado Jorge Portugal. Pesquisei muito sobre Besouro. Saí de lá com algumas fitas k7 com testemunhos de muitos idosos que conheceram Besouro em Santo Amaro. Besouro era um herói popular. Gravei tudo e fiz uma peça. Achava que as músicas que já havia feito seriam parte da peça, no entanto, quando o roteiro ficou pronto, as músicas não tinham muito a ver. Eu tive que criar um repertório novo. A partir dos toques de capoeira que aprendi e decorei fiz as melodias em cima desses toques. Cada música segue um toque diferente (São Bento Grande, Barravento…). Você trabalhou com Mestre Camisa, qual a participação dele na feitura do espetáculo "Besouro Cordão de Ouro"? Fundamental. Conhecedor dos toques e grande tocador de berimbau. No disco temos dois grandes amigos, Camisa e Lobisomem. Grandes mestres que participaram do disco e da peça. Camisa eu conhecia há mais de 30 anos do tempo do teatro opinião e se converteu em um grande amigo no ensinamento e preparação dos atores. Toques e jogos. O que lhe impressiona na figura de Besouro? Besouro era um herói popular. Negro, uma espécie de revolucionário. Saveirista, uma espécie de lenda. Onde Besouro estava as pessoas iam atrás. Muitas histórias de alguém que lutava pelo bem contra o mal. Ele virou lenda. Feiticeiro, corpo fechado no candomblé. Virou Exú Kérékeké. Besouro era o maior capoeirista, segundo Jorge Amado, que tinha paixão por ele. Tinha aura de guerreiro, herói para as crianças. Histórias curiosas e bonitas. Besouro é um personagem de romance mesmo. Você conheceu mestres na Bahia? Sim. Mestre Caiçara, personagem inclusive na peça. Edil Pacheco, parceiro baiano, me apresentou. Caiçara foi cangaceiro do bando de Lampião. Corpo cheio de bala, de tiro. Eu me sentava no pelourinho e conversávamos. Eu adorava ouvir suas histórias. Personagem riquíssimo da Bahia. Quando o conheci já estava bastante velho. Você chegou a frequentar rodas de capoeira? Sim. Eu gostava de ver, tanto no Pelourinho, como nas academias no centro histórico. Sempre gostei. Na verdade sempre tive grande fascínio pelo jogo e toques. Os toques são atraentes, sedutores. Como você enxerga o papel do berimbau na capoeira? É a alma da capoeira. O condutor. Sem berimbau a capoeira fica vazia. É o senhor da capoeira. Os toques são o que determinam o jogo, a dança, a peça fundamental para todo desenvolvimento. A capoeira pode até não ter começado com o berimbau, mas sem ele hoje não tem capoeira. É a força. Como uma corda só, uma vara com arame e uma pedra gera tudo isso? É muito curioso. Naná Vasconcelos, amigo e um dos maiores tocadores de berimbau, tinha um instrumento especial. Um ciúme danado. Fazia coisas que não conheço outro fazer. Para ele tocar berimbau virou algo maior. Você, no disco Capoeira de Besouro, parte da ideia de que a capoeira engravidou na África e pariu no Brasil? Uma metáfora interessante para pensarmos a origem da capoeira, é isso mesmo? Nasceu aqui. Não é africana, mas tem raízes na África. Por isso digo que pariu aqui no Brasil e, neste sentido, é brasileira. Compositores e escritores angolanos me afirmaram não existir capoeira na África. É uma grande invenção em solo brasileiro envolvendo dança, jogo de guerra, defesa e luta. E como você entende a distinção entre Angola e Regional? Sim, têm características específicas, mas não entro nesse terreno. Escuto de fora e não levanto bandeira. Transmito o que sinto. Você chegou a ouvir compositores de dentro da capoeira? Sim. Vários. Diversos discos. Toque que não conhecia como, por exemplo, Barravento eu escutei em um disco de Sérgio Acarajé. É interessante dizer que os capoeiristas que são amantes do jogo, inventam toques novos. Há um processo de criação contínuo. E como foi o processo de criação do Disco? Muito trabalhoso. Eu ouvi os toques, gravava, aprendia e compunha em cima deles. Foram 14 toques para 14 músicas diferentes. Trabalho insano, fui, literalmente, guiado pelos toques.
Resumo: Como pensarmos a experiência mística? Haveria uma ideia de uma "tradição negativa" que co... more Resumo: Como pensarmos a experiência mística? Haveria uma ideia de uma "tradição negativa" que constitui um corpus literário capaz de propiciar uma leitura se não específica, pelo menos, mais restrita, do que normalmente se nomeia de "mística"? Michel de Certeau mais que definir a mística, permite que adentremos, pela via literária, nas narrativas, especificamente femininas que povoam a literatura dos séculos XVI e XVII. Para essa nossa exposição sobre a literalidade da experiência mística nos pautaremos exclusivamente em duas obras de Michel de Certeau intituladas: La fable mystique e Mystique au XVIIe siècle. Le problème du langage mystique seguidas de uma análise interpretativa das Poesías líricas e as Exclamaciones de Teresa de Ávila.
Poética da razão - Homenagem a Leonel Ribeiro dos Santos, 2013
Ágora Filosófica, 2005
To talk about philosophy, in Seneca, implies, necessarily, to approach what constitutes the ancho... more To talk about philosophy, in Seneca, implies, necessarily, to approach what constitutes the anchor of all stoicism, or either, the imperturbability of the soul. This question, present in all periods of stóa (primitive, average and imperial) in a basic stop that let us understand the originality and depth of Cordovan's thought. Our works aims to display, from the analysis and confrotation of some letters and of the workmanship "De tranquilitate animi" Seneca's notion of philosophy as a constant exercise that leads the man to the tranquility and, consequently, to the happiness.
ITER - Revista de Estudios Clásicos - UMCE/Chile, 2009
Diadoke - Revista de estudios de filsofía platónica y cristiana, 2006
El objetivo de este trabajo consiste en exponer la relación existente entre la concepción unamuni... more El objetivo de este trabajo consiste en exponer la relación existente entre la concepción unamuniana del cristianismo como una experiencia agónica y la propuesta de G. Vattimo de un cristianismo no religioso. Lo que busco es demostrar que las críticas al cristianismo, tanto en M. Unamuno cuanto en G. Vattimo, parten de una visión hermenéutica de la fe que la toma como "juego" poético que tiene como base la incertidumbre que funda, la experiencia cristiana de la fe, contra toda visión racionalista, como un "querer creer" que se traduce en amor, sacralidad y, principalmente, en duda.
O homem e o espaço, 2017
Albertus Magnus, Utrum calor sit instrumentum virtutis nutritivae, ed. August Borgnet, p. 123: Ca... more Albertus Magnus, Utrum calor sit instrumentum virtutis nutritivae, ed. August Borgnet, p. 123: Calor (brande der hitze) enim digestivus qui congruit homogenias partes sibi hoc est subtile, spirituale, dulce, humidum et disgregat (abescheidet, abespaltet) heterogenias (unglîches) sibi, hoc est grossum (daz gröbeste), terrestre, aquosum expellendo (ûzwerfet), ille est de natura ignis.

Resumo/ abstract Filosofia e poesia em Maria Zambrano Maria Zambrano é a intelectual espanhola ma... more Resumo/ abstract Filosofia e poesia em Maria Zambrano Maria Zambrano é a intelectual espanhola mais importante do século XX. Discí-pula de Ortega e Zubiri, Zambrano foi capaz de captar o que melhor possibilitaria a formulação de um pensamento, ao mesmo tempo, autônomo e profundo com relação aos seus mestres. Republicana, enfrentou os horrores da Guerra Civil Es-panhola e suas consequências sem, no entanto, deixar-se abater. Foi precisamente no exílio que nasceu a obra de que tratarei neste artigo: Filosofia e poesia. Meu objetivo maior é demonstrar, à luz do pensamento de Zambrano, em que medida é possível o postulado de uma razão poética capaz de superar a ruptura estabelecida, com o surgimento do pensamento filosófico entre irracionalidade (poesia) e razão (filosofia), contribuindo, assim, para o estabelecimento de um campo comum em que o pensamento filosófico, mais do que expressão das estruturas últimas da rea-lidade (o Ser), é criação e abertura para o inesperado (Devir). Palavras-chave: Zambrano; poesia; filosofia; literatura. Philosophy and poetry in Maria Zambrano Maria Zambrano is the most important Spanish intellectual of the 20th Century. As disciple of Ortega and Zubiri, Zambrano has been able to understand what would best turn possible the formulation of a thinking, at the same time autonomous and deep, in relation with her masters. As a Republican, she struggled against the horrors of Spanish Civil War and its consequences, without, naturally, resigning herself. Precisely, it was in exile that the work I will study ecloded: Philosophy and poetry. The main objective is to prove, based on Zambrano´s thinking, how is it possible to confirm the postulate of poetical reason able to overwhelm the established contradiction, with the appearance of the philosophical thinking between irrationality (poetry) and reason (philoso-phy), thus contributing, to the establishment of a common field in which philosophical thinking, more than the expression of the latest structures of reality (the Being), is creation and opening for the unexpected (the process of being).

Falar sobre mística não é tarefa fácil. Sobre poesia, menos ainda. Não porque não se possa falar ... more Falar sobre mística não é tarefa fácil. Sobre poesia, menos ainda. Não porque não se possa falar sobre mística, ou poesia, mas exatamente porque se fala muito sobre ambas. De modo que esta minha intervenção já começa marcada por um desconforto, a saber, evitar cair no falatório vazio onde tudo cabe, assim como, no radicalismo filológico que inviabiliza determinadas formas comuns de "experiências" mediante a distinção terminológica ou conceitual empregada por aqueles que as descrevem. Um caminho que me parece viável diante destes dois riscos consiste em demarcar nosso objeto de análise o que, para mim, significa manter-se em uma "tradição", isto é, restringir-se a um modo específico de pensar, tanto na forma quanto no conteúdo, em uma vivência classificada como "experiencial", em que a filosofia e a literatura, compartilham de uma mesma tarefa, a saber: revelar, mediante metáforas e alegorias, a existência de uma ordem do mundo que não se deixa abarcar, precisamente, por nenhuma inteligibilidade. Neste sentido, teríamos que repensar inclusive a idéia mesma de "ordem". Tarefa que, ao contrário de conduzir a uma distinção dicotômica entre os âmbitos da natureza (imanência) e da sua totalidade (transcendência), permite uma compreensão em que o místico, mais que mistério, é a constatação de que os fatos do mundo não são tudo.
Proclo: fontes e posteridade, 2018
Religião: Linguagens, 2020
Bertrand Russell é, sem sombra de dúvida, um dos grandes referenciais no que diz respeito a uma c... more Bertrand Russell é, sem sombra de dúvida, um dos grandes referenciais no que diz respeito a uma crítica ao idealismo e à metafísica. Sua clássica posição “anti-cristã” o torna, também, um fervoroso crítico dos argumentos religiosos. Não entrarei, aqui, em pormenores do pensamento de Russell, mas somente me interessa refletir sobre seus argumentos presentes na obra Mysticism & Logic and other essays (1959) texto que aparece, por primeira vez, em 1914 no Hibbert Journal e On Scientific Method in Philosophy (1914) publicado por Clarendon Press.

Revista de Filosofia Basilíade, 2020
RESUMO: É ponto pacífico, quando buscamos compreender as bases da filosofia de Agostinho de Hipon... more RESUMO: É ponto pacífico, quando buscamos compreender as bases da filosofia de Agostinho de Hipona, sua dívida para com o neoplatonismo. Decisivo para sua compreensão da relação entre unidade e multiplicidade, bem como para o problema do mal em sua conexão com a existência de um primeiro Princípio (o Bem), o neoplatonismo perfaz grande parte das obras centrais do hiponense tais como Confessionum libri tredecim, De ordine e De uera religione. O objetivo deste trabalho consiste, assim, em expor alguns elementos que filiam, embora mantendo o que há de específico, o pensamento agostiniano à henologia neoplatônica, em particular, de Plotino, tomando como ponto central a noção de liberdade absoluta que define o Uno plotiniano em seu processo de desdobramento (próodos) em níveis hipostáticos como princípio fundante de todo real (múltiplo) sem, no entanto, reduzir-se a nenhuma realidade específica. Parto da convicção de que este aspecto é imprescindível para a compreensão da metafísica agostiniana.

Sabemos que el nombre de Parménides divide la filosofía presocrática en dos mitades 1. Con eso qu... more Sabemos que el nombre de Parménides divide la filosofía presocrática en dos mitades 1. Con eso queremos decir que el pensamiento parmenídeo redimensionó las especulaciones en torno al origen y constitución del universo. Con Parménides, por primera vez en la historia de la filosofía, tenemos expuesta de forma explícita la cuestión del Ser 2. Cornford, en su clásico libro Plato´s Parmenides 3 , afirma que Parménides no sólo propició el surgimiento de la dialéctica, sino que también estableció, de forma más abstracta, la primera suposición común a todos sus predecesores milesios o pitagóricos: en el último lugar, existe el Ser Uno. Además de esto, Parménides es el pensador que ha traído a la luz el significado de la ciencia en cuanto descubrimiento y presencia de la razón del Ser de las cosas. Al parecer, ni el pensamiento mítico ni tampoco los filósofos jonios habían adquirido esta luminosa intuición de que el Ser es razón, la realidad convertida en ley (qémiV), en necesidad (a1 nágkh) y en justicia (díkh). La postura de Parménides se distanciaba de sus predecesores en el sentido de que, para él, no bastaba presuponer la existencia de un principio o principios (a1 rcaì) originarios y luego inferir la generación infinita de los seres. De hecho, lo que le importaba era entender cómo es posible que de un Ser Uno surjan el dos, el tres, la pluralidad. De manera diferente de Heráclito, quien optó en pensar la realidad a partir de un lógos que tiene en la pluralidad o en la lucha constante de los

Plura, 2017
Resumo Martinho Lutero é, inegavelmente, um marco histórico no que se refere às relações modernas... more Resumo Martinho Lutero é, inegavelmente, um marco histórico no que se refere às relações modernas entre o homem e Deus. Crítico, reformador, mas também integrado a uma tradição textual, seu pensamento estabeleceu rupturas profundas frente à tradição católica sem, no entanto, diluir todas as margens possíveis de diálogo e aproximações. Para este nosso artigo, partimos do pressuposto de que entre Lutero e a mística renana, em particular o pensamento de J. Tauler, encontram-se afinidades teórico-existenciais que permitem pensarmos na possibilidade de uma concepção de fé estruturada na ideia de esvaziamento ou desprendimento que permite, sem negar o mundo, a construção de um espaço de experiência divino-humana que se dá, eminentemente, como um habitar de Deus que, enquanto tal, é liberdade absoluta. Para tanto, nos deteremos, de modo mais específico, nas obras de Lutero Da liberdade do Cristão e Comentário à Carta de Paulo aos Romanos, contrastando-as com os Sermões de Tauler. Palavras-Chaves: Fé. Lutero. Mística. Reforma. Tauler. Abstract Martin Luther is undeniably a historic landmark in the modern relations between man and God. Critic, reformer, but also integrated into a textual tradition, his thinking established deep ruptures in the Catholic tradition, without, however, diluting all possible margins of dialogue and approximations. For this article, we start with the pressuposition that there are theoretical-existential affinities that allow us to think about the possibility of a conception of faith structured in the idea of emptying or detachment, without denying the world, in the construction of a space of divine-human experience that is eminently given as a dwelling of God that, as such, is absolute freedom, between Luther and the Rhenish mystic, particularly J. Tauler's thought. For this, we look more specifically into Luther's On the freedom of the Christian and Commentary on the Letter of Paul to the Romans, contrasting them with the Sermons by Tauler.

KALAGATOS , 2006
RESUMO Schopenhauer afirma, em uma das suas 50 regras copiladas sob o título de Die Kunst Glückli... more RESUMO Schopenhauer afirma, em uma das suas 50 regras copiladas sob o título de Die Kunst Glücklich zu Sein (A arte de ser feliz) que, por ser a vida, precisamente, um vale de lágrimas, o homem necessita de ferramentas ou regras capazes de evitar as penas e os golpes do destino. Este artigo tem como finalidade, estabelecer um paralelo entre a obra senequiana de De Vita Beata e o pensamento schopenhaueriano. Busco demonstrar a com-pleta afinidade entre ambos pensadores no que concerne à compreensão da Filosofia como terapêutica ou como consolação. Neste sentido, defendo que, apesar do seu tom pessimista, a Filosofia, para ambos pensadores, é uma necessidade, não somente teórica, mas prática que se define a partir de uma forma de vida, ou melhor dito, como uma sabedoria para a vida. ABSTRACT Schopenhauer stated in one of his fifty principles organized under the title of Die Kunst Glücklich zu Sein (The Art of Being Happy) that by the fact that life is precisely a valley of cries, man needs some instruments or principles able to prevent from the sufferings and the surprises or challenges of destiny. This article has the objective of establishing a parallelism between the Senequian work De Uita Beata and the schopenhauerian thought. I seek to prove a complete affinity between the two thinkers in the aspect of a comprehension of Philosophy as therapeutics or as consolation. In this sense, I defend that although their pessimist attitude, Philosophy, for all of them, is a not only a theoretical necessity, but also a practical one that is defined from a way of life, or simply as a knowledge for life.
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