
marcia denise pletsch
Márcia Denise Pletsch is a professor at the graduate program in Education, Contemporary Contexts and Popular Demands (PPGEduc), a researcher in the field of Contemporary Studies and Educational Practices, and a member of the Department of Education at Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro Janeiro. She is a researcher in the area of Special Education, specifically on teacher and new researchers’ education. She is the coordinator of the Research Group (CNPq) Observatory of Special Education and School Inclusion: curricular practices and teaching-learning processes. Through an inter-institutional agreement between UFRRJ and the Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), she is the coordinator of the research group Inclusion and learning of students with special educational needs: teaching practices, school culture, and psychosocial aspects. Currently, she coordinates the Observatory Program of Education CAPES with research network projects in the field of intellectual disability involving the Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC), Universidade do Vale do Itajaí (UNIVALI); and also coordinates a research funded by FAPERJ in the area of multiple disabilities. She is the author of the book "Rethinking school inclusion: policy guidelines, curriculum practices, and intellectual disability" and in collaboration with Rosana Glat, she is also the author of "School inclusion of students with special needs". In partnership with other researchers, she produced, among other literature production, the books: "Different educational strategies for students with special needs" and "Special Education and school inclusion: reflections on pedagogical practice". She has over twenty articles published in national and international scientific journals.
Phone: 21976218408
Address: Rua Manoel Coelho, 395, apart. 502
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Papers by marcia denise pletsch
Por fim, outro destaque é o foco para a questão da aprendizagem, mostrando possibilidades e um trabalho comprometido com os processos inclusivos, retirando essa responsabilidade exclusivamente do aluno, como, ainda, é bastante comum na cultura e nos discursos nas escolas e nas universidades quando se trata de pessoas com deficiências.
Diante desse conjunto de contribuições, dentre outras, o livro, que foca a Educação Superior, mas também se aplica à Educação Básica, com certeza será uma relevante ajuda a todos os profissionais preocupados e atuantes nessa temática.
Ainda que tecido com explícitas preocupações com as possibilidades de a escola acolher os sujeitos da educação especial, as reflexões produzidas provocam reflexões sobre as necessidades de compreender os sujeitos da educação especial como sujeitos da educação básica, e, portanto, também pensar que ao olhar estas singularidades, descortinam-se outras singularidades que são essenciais para uma escola de educação básica inclusiva para todos os sujeitos.
Mas, cabe destacar que ao longo dos capítulos vão se revelando um segundo tipo de encontros, aqueles encontros por onde se constroem as pesquisas no Brasil. Os núcleos de pesquisa de Santa Catarina e do Rio de Janeiro se apresentam como lócus de diálogo entre professores experientes, mestrandos e doutorandos que produzindo pesquisa também construíram sua formação. Pensar a experiência da inclusão é poder colocar em diálogo as diferentes formas de aprender e as pistas sobre o trabalho em grupos de pesquisa que os autores vão deixando ao longo dos capítulos, permite ao leitor pensar sobre esta dimensão de indissociabilidades entre a pesquisa e a formação. […]
O objetivo da publicação é oferecer orientações sobre o processo educacional (presencial e online) e a acessibilidade curricular e tecnológica para pessoas com deficiência intelectual, baixa visão, cegueira, deficiência auditiva, surdez, deficiência física, múltipla e surdocegueira. Igualmente, sistematizamos apoios e suportes que podem ser propostos e oferecidos a estes estudantes para garantir a sua participação nas atividades acadêmico-científicas e culturais da vida universitária.
Como as políticas educacionais voltadas para a inclusão de crianças e jovens com deficiência têm transformado os processos de ensino e aprendizagem vigentes nas escolas brasileiras? Márcia Pletsch nos apresenta um histórico dos princípios, políticas e práticas inclusivas e alimenta o debate a respeito das questões levantadas pelos principais teóricos da área. Paralelamente, apoia-se em experiências concretas vividas em salas de aula para realizar uma análise profunda da atual situação da educação inclusiva em nosso país. Sua abordagem crítica aponta as falhas e contradições do sistema, indicando os desafios que ainda precisam ser encarados para a construção de uma educação inclusiva de qualidade. Nesse sentido, esta obra é uma inestimável contribuição para a proposição de ações, incluindo políticas e práticas curriculares e pedagógicas, tendo como base a realidade dos contextos sociais e educacionais.
Para Flávia Faissal de Souza, autora do prefácio este livro “não só aponta as contradições internas do próprio desenho político, tanto nas diretrizes internacionais quanto nas brasileiras, como também nos leva a pensar sobre o longo e complexo caminho a ser percorrido entre a implementação das políticas públicas e o redimensionamento das práticas pedagógicas no cotidiano escolar. São colocadas questões que vão desde a formação docente ao contexto social da vida dos alunos, dos educadores, e as condições para a realização do trabalho pedagógico, sem deixar de considerar a intensificação da função docente frente a todas as demandas das políticas educacionais atuais. “
Fruto de uma ampla pesquisa – premiada com a medalha de 30 anos da FAPERJ em 2010 – este livro é uma referência indispensável para se pensar e entender o campo da educação inclusiva em nosso país.
O foco dos estudos tem sido, justamente, analisar como os diferentes sistemas de ensino do Estado do Rio de Janeiro vêm se organizando e estruturando para atender às demandas das recentes definições e diretrizes educacionais federais em relação a este alunado, a saber: a) ingresso e permanência de alunos com deficiência em classe comum; a) financiamento e alocação de recursos; b) formação continuada de professores; c) oferecimento de serviços de atendimento educacional especializado; d) relação entre o professor do atendimento educacional especializado e o professor regente da classe regular.
Os dados obtidos mostraram as fragilidades e os problemas enfrentados pelas redes para atender às diretrizes federais, assim como as possibilidades criadas para superá-las. Contudo, revelaram também que o maior desafio enfrentado pelas instituições escolares não se refere propriamente à implementação das políticas federais de Educação Inclusiva, mas sim à garantia de condições que efetivem o processo de ensino e aprendizagem dos alunos beneficiados por essa proposta, sobretudo nos casos dos que apresentam maiores comprometimentos, deficiência intelectual e/ou múltipla.
Nesse sentido, em 2009, novas investigações foram iniciadas para analisar o emprego de metodologias diversificadas e tecnologias de suporte no desenvolvimento de práticas pedagógicas para atender a esse público. Uma das iniciativas, alvo desse livro, se refere à elaboração e aplicabilidade do Plano Educacional Individualizado (PEI), instrumento amplamente disseminado em países da Europa e Estados Unidos, mas, relativamente, ainda pouco investigado no Brasil. O objetivo da proposta é produzir, por meio do diálogo entre pesquisadores da Universidade e docentes da Educação Básica, conhecimentos sobre os recursos e estratégias pedagógicas a serem utilizados no processo de ensino e aprendizagem de alunos com especificidades educacionais como aqueles que apresentam, por exemplo, deficiência intelectual, múltipla e autismo, garantindo-lhes plena participação nas atividades escolares.
Dessa forma, os estudos promoveram formação continuada para os professores participantes, nos termos das dimensões que envolvem a efetivação da inclusão no cotidiano escolar. Ênfase foi dada, sobretudo, ao desenvolvimento de práticas pedagógicas planejadas com base no PEI ou envolvendo recursos de tecnologia assistida como os de comunicação alternativa.
Neste contexto, o presente livro nasceu numa parceria com mais dois grupos de pesquisa que se dedicam ao estudo de aspectos do objeto em voga: um no âmbito do próprio PROPEd, o “Laboratório de Tecnologia e Comunicação Alternativa” , coordenado pela Profª. Leila Regina D’Oliveira de Paula Nunes e o “Observatório de Educação Especial e Inclusão escolar: práticas curriculares e processos de ensino e aprendizagem”, vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Educação, Contextos Contemporâneos e Demandas Populares da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), coordenado pela Profª. Márcia Denise Pletsch.
Desta forma, os nove textos que compõem o presente livro são frutos de pesquisas desenvolvidas nos dois referidos programas de pós-graduação, com diversas fontes de financiamento de agências de fomento como CAPES, CNPq e FAPERJ, além das respectivas Universidades.
O texto que abre o livro, de nossa autoria, faz uma apresentação conceitual sobre o processo e os componentes que fundamentam a elaboração do Plano Educacional Individualizado (PEI) em diálogo com práticas curriculares e avaliação escolar.
O segundo capítulo de Joyce Magalhães, Nathalia da Cunha e Suzanli Estef, abordam os referenciais teóricos que fundamentam a construção do PEI com os docentes participantes de nossas investigações.
Em seguida, o artigo de Patricia Braun e Marcia Marin, mostram como o ensino colaborativo e o uso do PEI podem contribuir positivamente para o processo de escolarização de alunos em situação de inclusão escolar.
Dando continuidade, o capítulo de autoria de Leila Nunes, Claúdia de Araújo, Carolina Schirmer e Cátia Walter, trata da prática pedagógica de mediadoras de aprendizagem com alunos com deficiência física e dificuldades de comunicação em escolas da rede pública municipal do Rio de Janeiro.
Os benefícios do PEI como um recurso pedagógico importante no processo de inclusão social, educacional e laboral também foram discutidos por Márcia Marin, Cristina Angélica Mascaro e Carla Siqueira, ao apresentarem os resultados de um estudo realizado com alunos com deficiência intelectual matriculados em uma instituição especializada que integra a Fundação de Apoio à Escola Técnica (Rede FAETEC/RJ).
No capitulo seguinte, por Patricia Quitério e Leila Nunes, são apresentados resultados de um estudo sobre o desenvolvimento de habilidades sociais de futuros professores no que se refere ao processo de inclusão de alunos com deficiência.
O tema da formação de professores também foi o foco do texto de Adriana Menezes e Gilmar Cruz, que enfatizaram diferentes estratégias de formação continuada para atender a inclusão de alunos com autismo.
Dando continuidade ao debate sobre a escolarização de alunos com autismo, o capítulo de Cátia Walter, Marcia Mirian Netto e Leila Nunes apresenta estratégias e recursos diversificados como a comunicação alternativa e adaptações pedagógicas para garantir a aprendizagem desses sujeitos.
O último capítulo do livro, de autoria de Annie Redig, Cristina Angélica Mascaro e Amanda Carlou, traz o tema da inclusão laboral e a transição da escola para o trabalho de pessoas com deficiências. O foco da discussão é a preparação dos sujeitos e o suporte necessário para garantir sua inserção no mundo do trabalho e inclusão social, de modo geral.
A partir da leitura desse conjunto de textos esperamos que os leitores possam embasar suas reflexões e práticas sobre as especificidades contidas nos processos de ensino e aprendizagem de alunos com necessidades educacionais especiais e da diversidade presente na escola contemporânea. Nosso objetivo não é esgotar o debate, mas propor intervenções teórico-aplicadas a partir dos estudos desenvolvidos no âmbito das parcerias entre os diferentes grupos de pesquisa que produziram os capítulos que formam essa obra.
Finalizando, é importante mencionar que a concretização desse livro somente foi possível com apoio financeiro do projeto de pesquisa, “Formação inicial e continuada de professores comprometidos com a inclusão educacional do aluno com deficiência: do ensino fundamental à universidade”, agraciado pelo Programa de Apoio à Educação Especial da CAPES (PROESP/CAPES), sob coordenação geral da Profª. Drª Leila Regina d´Oliveira de Paula Nunes.
Nesse contexto, a área de Educação Especial — que historicamente foi responsabilizada pela educação deste alunado — em escolas e classes especiais — passou a ter maior visibilidade nos debates político-educacionais. Ao mesmo tempo, tomou uma nova dimensão, passando a figurar também como suporte educacional especializado ao ensino comum, no âmbito da política de Educação Inclusiva.
É nessa direção que o grupo de pesquisa “Inclusão Escolar de alunos com necessidades educacionais especiais no ensino regular: práticas pedagógicas e cultura escolar vêm desenvolvendo estudos com o objetivo de analisar os processos sócio educacionais no contexto da implementação das políticas de inclusão escolar em diferentes sistemas educacionais do Estado do Rio de Janeiro.
Este grupo de pesquisa está organicamente vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Educação (PROPEd) da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), e associado ao Programa de Pós-Graduação em Educação, Contextos Contemporâneos e Demandas Populares da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ).
Com base nas pesquisas realizadas ao longo dos últimos seis anos, este livro visa tecer reflexões sobre estratégias de ensino-aprendizagem e práticas pedagógicas para inclusão de alunos com necessidades educacionais especiais em turmas comuns. Ou seja, objetiva discutir como a política de Educação Inclusiva tem sido operacionalizada em diferentes redes públicas de ensino do Estado do Rio de Janeiro, bem como seu efeito no cotidiano e cultura escolar.
Assim, a partir dos dados obtidos em estudos envolvendo diferentes metodologias de pesquisa, a obra traz elementos para a análise das contradições, dificuldades e estratégias encontradas pelos professores e equipe de gestão das escolas, para atender às diretrizes oficiais e às demandas pedagógicas de alunos que apresentam necessidades educacionais especiais. O livro propõe também uma reflexão sobre o papel desempenhado pela Educação Especial, como área de conhecimento e modalidade de ensino e atendimento frente ao contexto da proposta de inclusão escolar.
A obra organiza-se com a seguinte estrutura. Na introdução é apresentado o referencial teórico e contextualizado o campo de pesquisa em Educação Inclusiva.
No livro são discutidas as políticas públicas voltadas para alunos com necessidades especiais no Brasil, traçando um breve histórico da trajetória da atuação da Educação Especial até a atual proposta de Educação Inclusiva, e como esta vem se concretizando em algumas redes públicas municipais do Estado do Rio de Janeiro. Com base em dados coletados junto a estas redes (planilhas, documentos e entrevistas com equipes e gestores de Educação Especial), são apresentadas e problematizadas as diferentes modalidades de atendimento educacional oferecidas a este alunado, incluindo processo de avaliação e encaminhamento para atendimento especializado de suporte.
Tomando como base dados obtidos em estudos etnográficos realizados em diferentes escolas públicas do Estado do Rio de Janeiro, será apresentada uma discussão sobre a implementação da política de Educação Inclusiva no cotidiano escolar. Neste sentido, os seguintes aspectos serão aprofundados: organização escolar e projeto político pedagógico; acessibilidade ao currículo (locomoção, comunicação e informação); cultura escolar e concepções sobre inclusão de alunos com necessidades educacionais especiais; organização curricular e processo ensino-aprendizagem; práticas pedagógicas e procedimentos de avaliação; formação inicial e continuada de professores; trabalho colaborativo entre professores regentes das turmas comuns e professores de suporte da Educação Especial.
Por se tratar de um livro cuja discussão teórico-conceitual é baseada em dados de pesquisas de campo, também serão apresentadas do decorrer dos capítulos, as diferentes abordagens metodológicas e procedimentos de coleta e analise de dados utilizados.
No Brasil a implementação de diretrizes envolvendo a política de educação inclusiva tem focado a escolarização de alunos com deficiência física, mental, sensorial, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação. Tais políticas foram ampliadas significativamente durante o governo Lula (2003-2010), sobretudo a partir do Programa Educação Inclusiva: direito à diversidade e as diretrizes contidas na Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (BRASIL, 2008) e nas Diretrizes Operacionais para o Atendimento Educacional Especializado na Educação Básica, modalidade Educação Especial (BRASIL, 2009).
Para analisar e compreender os impactos e a operacionalização dessas políticas no dia a dia das redes de ensino, bem como as práticas curriculares desenvolvidas no contexto escolar para alunos com necessidades educacionais especiais em decorrência de deficiência física, mental/intelectual, sensorial, especialmente surdos, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação, temos realizado uma série de atividades no âmbito do Observatório de Educação Especial e inclusão educacional: políticas públicas e práticas curriculares, vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Educação, Contextos Contemporâneos e Demandas Populares (PPGEduc) da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), no período de 2009 e 2010. Assim como, das parcerias estabelecidas com pesquisadores da área de Educação Especial de diferentes Universidades nacionais e internacionais. É com base nessas parcerias e atividades de pesquisa e extensão que organizamos o presente livro focando a discussão na escolarização de alunos com necessidades educacionais especiais desde na Educação Infantil até o Ensino Superior a partir das referências contidas na Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (BRASIL, 2008) e nas Diretrizes Operacionais do Atendimento Educacional Especializado na Educação Básica, modalidade Educação Especial (BRASIL, 2009).
A parte inicial do livro trata de temas abordados no Curso de Extensão em Educação Especial na perspectiva da Educação Inclusiva: estratégias pedagógicas para favorecer a inclusão escolar que integrou as atividades propostas pelo Programa de Formação inicial e continuada de professores da Baixada Fluminense para a inclusão de pessoas com necessidades educacionais especiais na educação básica e no ensino superior, financiado pelo Programa de Extensão Universitária (edital nº 6, PROEXT 2009). Participaram desse Curso aproximadamente 200 professores das Redes de Ensino da Baixada Fluminense.
Os capítulos iniciais ― de Anna Augusta Sampaio de oliveira (UNESP), Patrícia Braun & Marcia Marin (UERJ), Patrícia Cardoso Macedo, Letícia Teixeira de Carvalho e Márcia Denise Pletsch (UFRRJ), Mara Lúcia R. Monteiro da Cruz (UERJ) & Valéria Marques de Oliveira (UFRRJ), Hilce Aguiar Melo (UFMA), Annie Gomes Redig (UERJ) Geovana ―, focam aspectos teóricos discutidos no curso sobre o desenvolvimento e o processo de ensino-aprendizagem, bem como a avaliação e as políticas de atendimento educacional atendimento educacional especializado dirigido para pessoas com deficiência intelectual. Ênfase é dada ao debate sobre o papel da sala de recursos e sala de recursos multifuncionais e a elaboração do plano individualizado de ensino.
Ainda nessa direção, o capítulo de Ana Carla Ziner (UFRRJ), aborda as discussões realizadas durante o curso de extensão no que se refere à escolarização e o processo de aprendizagem de alunos surdos, especialmente no que se refere à segunda língua, no caso, a língua portuguesa.
O texto de Carla Abreu Ellis e Jason Brent Ellis ― parceiros do projeto “Consórcio Educação e Diversidade ”, contemplado com recursos financeiros pelo programa de Consórcio em Educação Superior Brasil-Estados Unidos da CAPES (edital nº 8 de 2010) ―, apresenta uma importante discussão sobre a transição de pessoas com deficiência para o mercado de trabalho.
O livro apresenta também textos elaborados a partir das ações desenvolvidas no Projeto “A inclusão de pessoas com necessidades educacionais especiais na Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro: uma prática em construção”, financiado pelo PROGRAMA INCLUIR do Ministério da Educação (edital nº 5 de 2009).
No conjunto das atividades desenvolvidas com apoio do Programa Incluir, destacamos, primeiramente, o texto das professoras Solange Hassan Ahmad Ali Fernandes, Lulu Healy, Elen Graciele Martins, Maisa Aparecida Siqueira Rodrigues. Franklin Rodrigues de Souza (UNIBAN/SP) que integrou o Seminário “O uso da calculadora colorida e sonora para o trabalho pedagógico com alunos cegos e surdos”, realizado em parceria com o PRODOCÊNCIA da UFRRJ e as disciplinas de Pesquisa e Prática Educativa (PPE I, II, III, IV e V) do Departamento Educação e Sociedade para os alunos do Curso de Matemática do Instituto Multidisciplinar.
Em seguida, os textos retratam os debates travados no evento Formação de Professores em Debate: articulando nossos programas, realizado durante a semana Prodocência, que destinou um dos dias para as atividades do Programa Incluir. A escolarização de alunos com altas habilidades é discutida pelos professores Arlei Peripolli e Silvio Carlos dos Santos (UFSM). O uso da comunicação alternativa na prática docente, também abordada no Curso de Extensão anteriormente apresentado, foi abordada pelas professoras Carolina Rizotto Schirmer, Cátia Criveleti de Figueiredo Walter e Leila Regina d’ Oliveira de Paula Nunes (UERJ). Já o debate sobre currículo e o atendimento educacional de alunos com deficiência múltipla, bem como das práticas curriculares nos cadernos escolares, foi o foco dos capítulos das professoras Anelice Ribetto (UERJ/São Gonçalo) e Geovana Mendonça Lunardi Mendes (UDESC) , respectivamente. Já, os textos seguintes de autoria de Andressa Mafezoni Caetano, Katiuscia C. Vargas Antunes (UNIFESO) e Rosana Glat (UERJ), trazem discussões atuais sobre a formação de professores nos Cursos de Pedagógica.
Os dois capítulos finais trazem discussões e experiências importantes sobre a inclusão no ensino superior. Sabrina Fernandes de Castro e Maria Amélia Almeida (UFScar) apresentam dados de uma pesquisa realizada em treze Universidades Brasileiras sobre o ingresso e a permanência de alunos com deficiências. O capítulo escrito por Débora Felício Faria (UNIFAL), Nivânia Maria de Melo Reis (PUC/MG) e Allan Damasceno (UFRRJ) apresenta a experiências das políticas de inclusão nas Universidades Mineiras.
Para finalizar gostaria de agradecer aos autores que contribuíram na escrita dos capítulos que compõem esse livro, bem como às professoras Gabriela Rizo, Coordenadora Geral do Prodocência/UFRRJ (2009/2010), que financiou essa publicação e a Profª. Lígia Cristina Ferreira Machado, Chefe do Departamento Educação e Sociedade pelo apoio dado nas atividades realizadas. Também não posso deixar de agradecer às minhas queridas alunas ― Getsemane de Freitas Batista, Letícia Teixeira Carvalho, Patrícia Cardoso, Mariana Pitanga, Risoneide Alves da Silva, Tamires Silva de Castro, Bianca Mensor de Almeida e Zenite Santos (já formada) ― que tanto apoiaram e contribuíram para que as atividades do Curso de Extensão acontecessem.
Por último, agradeço aos professores das redes de ensino que participaram das atividades e contribuíram ricamente com as discussões realizadas a partir de seus fazeres pedagógicos cotidianos. O encontro de experiências do qual esse livro é resultado tem como objetivo maior apoiar e ampliar o diálogo e a parceria entre a Universidade e a Educação Básica.
Ao refletir sobre a tecnologia como possibilidade de inovação pedagógica e estratégia para a acessibilidade curricular, consideramos as singularidades dos sujeitos e a pluralidade presente em sala de aula. Neste artigo, apresentamos resultados de uma pesquisa que analisou os processos de interação/colaboração entre crianças com e sem deficiência e delas com a linguagem de computação em uma perspectiva inclusiva. Trata-se de uma pesquisa qualitativa ancorada na abordagem histórico-cultural. Para a construção das cenas/dos episódios analíticos, utilizamos como procedimento de registro de dados a observação participante, relatórios de acompanhamento das atividades e suas filmagens. Os resultados evidenciam, entre outros aspectos, a potência da linguagem de computação na constituição de signos por meio das possibilidades de interação com os sujeitos e deles com seus pares e que as vivências, construídas no processo de colaboração entre os participantes da pesquisa, atuaram como fonte de aprendizagem e desenvolvimento para todos.