Papers by Antonio Layton
31º Encontro Nacional da ANPAP, 2022
Yasumasa Morimura é um artista visual e fotógrafo japonês conhecido por suas releituras de obras ... more Yasumasa Morimura é um artista visual e fotógrafo japonês conhecido por suas releituras de obras da tradição artística ocidental em que substitui as personagens principais desses quadros consagrados por sua própria imagem. Neste artigo, por meio de uma análise comparativa entre Olympia (1863), de Édouard Manet, e a versão de Morimura, intitulada Futago (1988)gêmeas, em japônes-, buscou-se descrever como ambos os artistas conjugam as noções de tradição e modernidade. Sustentando-se na análise da recepção crítica da Olympia (BATAILLE, 1955; WALLACE, 2006) e dos conceitos de imagem dialética (DIDI-HUBERMAN, 2010) e inter-referência (CHEN, 2010), percebeu-se o mecanismo crítico produzido por Morimura em sua versão, com ênfase na imagem da criada negra que se revela signo do deslocamento e da estrangeiridade que o artista provoca com sua obra.

Durante o segundo semestre de 2015, o grupo de pesquisa Sonoridades Multiplas, coordenado pela pr... more Durante o segundo semestre de 2015, o grupo de pesquisa Sonoridades Multiplas, coordenado pela profa. Consiglia Latorre, da Universidade Federal do Ceara, ofereceu uma serie de oficinas de improvisacao livre em musica para os alunos da licenciatura em Musica e demais interessados da comunidade academica ou externa a fim de propor-lhes outros modos de convivencia com a improvisacao e com a escuta. Esta cartografia busca, atraves de um texto-fluxo, revisitar este processo e marcar as mudancas geradas nos corpos dos alunos de Musica – alguns ja marcados pela disciplinarizacao da educacao formal de modelo conservatorial, outros nem tanto – a partir de suas imersoes na improvisacao livre. Munida da critica de Deleuze-Guattari ao capitalismo e a seu modo de producao; do pensamento de Jean-Luc Nancy, Murray Schafer e Conrado Silva acerca da escuta; da analise de Michel Foucault em relacao a disciplina e seus modos de dominacao dos corpos; assim como das elucubracoes de Chefa Alonso e Roger...
Leveza e escrita experimental, 2019
Recapitulação das memórias e primeiras impressões de um jovem professor de História da Arte acerc... more Recapitulação das memórias e primeiras impressões de um jovem professor de História da Arte acerca do seu ofício. Veredas sobre como pensar a História da Arte em funcionamento na sala de aula.
Corpos Insólitos, 2018
A partir do inventário de algumas imagens, este ensaio busca pensar o trabalho da composição musi... more A partir do inventário de algumas imagens, este ensaio busca pensar o trabalho da composição musical a partir das noções de imanência, acontecimento e ritornelo. A partir de uma relação com o plano de imanência proposto por Deleuze e Guattari, este texto investiga, ainda que introdutoriamente, o plano musical - plano de composição das obras musicais, sejam elas estruturadas ou improvisacionais - e os acontecimentos sonoros que o povoam.
Corpos arquígonos, 2016
Através do pensamento de Jean-Luc Nancy e seu conceito de corpo-teatro, este ensaio busca propor ... more Através do pensamento de Jean-Luc Nancy e seu conceito de corpo-teatro, este ensaio busca propor um teatro do corpo e da sensação que escape das intenções dos egos e se derrame sobre a cena, nos corpos. Um teatro para os corpos arquígonos, um teatro para a vida.
O artigo aborda rapidamente a questão da escuta do músico (a partir da discussão tramada pelo fil... more O artigo aborda rapidamente a questão da escuta do músico (a partir da discussão tramada pelo filósofo Jean-Luc Nancy e da distinção proposta por Pierre Schaeffer entre escuta musical e musicista) e a potência da improvisação livre em abri-la e retira-la apenas do domínio das notas e escalas musicais.
Dissertation by Antonio Layton

Durante o segundo semestre de 2015, o grupo de pesquisa Sonoridades Múltiplas, coordenado pela pr... more Durante o segundo semestre de 2015, o grupo de pesquisa Sonoridades Múltiplas, coordenado pela profa. Consiglia Latorre, da Universidade Federal do Ceará, ofereceu uma série de oficinas de improvisação livre em música para os alunos da licenciatura em Música e demais interessados da comunidade acadêmica ou externa a fim de propor-lhes outros modos de convivência com a improvisação e com a escuta. Esta cartografia busca, através de um texto-fluxo, revisitar este processo e marcar as mudanças geradas nos corpos dos alunos de Música – alguns já marcados pela disciplinarização da educação formal de modelo conservatorial, outros nem tanto – a partir de suas imersões na improvisação livre. Munida da crítica de Deleuze-Guattari ao capitalismo e a seu modo de produção; do pensamento de Jean-Luc Nancy, Murray Schafer e Conrado Silva acerca da escuta; da análise de Michel Foucault em relação à disciplina e seus modos de dominação dos corpos; assim como das elucubrações de Chefa Alonso e Rogério Costa acerca da improvisação livre, esta pesquisa objetiva marcar o ponto de virada em que os corpos dos estudantes de Música da UFC puderam, através da escuta e da prática de improvisação como motor de processos criativos, romper o corpo-instrumento capitalista e produtivo e tornarem-se corpos-instrumento musicais expressivos e atentos às paisagens (sonoras, sociais, políticas, conceituais) que lhes rodeiam.
Talks by Antonio Layton

Quebraquina - Encontro dos alunos do Programa de Artes Visuais da Universidade Federal do Rio de Janeiro, 2022
Nas séries de fotoperformances “History Portraits” e “Daughter of Art History”, Cindy Sherman e Y... more Nas séries de fotoperformances “History Portraits” e “Daughter of Art History”, Cindy Sherman e Yasumasa Morimura, respectivamente, fazem releituras de obras canônicas da História da Arte, utilizando o autorretrato como estratégia para desestabilizar e deslocar os estereótipos em funcionamento nessas imagens. A partir da perspectiva de uma arqueologia do saber (FOUCAULT, 2000), as séries desses artistas revelam-se como dispositivos para mapear as funções enunciativas que reforçam a instituição dessas imagens enquanto modelos e ideais. Percebidos como simulacros, os autorretratos de Morimura e Sherman estabelecem o campo da identidade como espaço de disputa e negociação, em que esta é definida não como atributo do indivíduo, mas efeito performativo de encenações e caracterizações. Desse modo, os dois artistas abrem espaço para repensar os usos que a História da Arte dá ao passado e permitem vislumbrar múltiplas temporalidades nas obras recriadas.
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