Journal Papers by Magnus Kenji H H Hiraiwa

SÉCULO XXI: Revista de Relações Internacionais - ESPM/Sul, 2018
Este artigo tem por objetivo avaliar o papel da ASEAN no contexto de crescente polarização políti... more Este artigo tem por objetivo avaliar o papel da ASEAN no contexto de crescente polarização política e securitária no Sudeste Asiático. Para tanto, propõe-se inicialmente examinar o histórico da Associação; depois, trabalhar com a transformação do contexto securitário do Sudeste Asiático, com destaque para os desdobramentos no Mar do Sul da China; e, por último, analisar os documentos produzidos pela Associação a partir de 2015 e as principais iniciativas de política externa e de defesa no âmbito regional, confrontando seu conteúdo coma realidade geopolítica exposta na seção anterior. Conclui-se que, apesar dos desafios da conjuntura, institucionalmente, um novo patamar foi atingido com a criação da Comunidade Político-Securitária da ASEAN em 2015. Dado que, se por um lado a política de defesa dos países da região demonstrou cooperação limitada frente a polarização causada pela política externa de China e Estados Unidos por outro, ainda é possível identificar esforços em direção a formação de um bloco diplomático na região.

Revista Perspectiva v.12 n.23, 2019
O presente artigo tem como objetivo analisar a relação entre política externa e política de defes... more O presente artigo tem como objetivo analisar a relação entre política externa e política de defesa no Brasil considerando os impactos da gradual consolidação do Ministério da Defesa (MD) durante o governo Luís Inácio Lula da Silva (2003–2010). A despeito dos desafios impostos pela penosa construção do recém criado Ministério, indica-se que houve avanços na articulação entre política externa e política de defesa no Brasil. A própria construção do MD, apesar das adversidades que precipitou, foi fundamental para a consecução desses avanços, à medida que a articulação entre ambas as políticas era visivelmente mais frágil enquanto a nova agência ainda não possuía suficiente solidez e em seus momentos de maior crise ou estagnação - o que se traduzia em sua incapacidade de elaborar políticas públicas de forma efetiva e na desarticulação com sua contraparte, o Ministério das Relações Exteriores.
Boletim de Conjuntura NERINT / Research Bulletin NERINT, 2018
• Over the years Catalonia has shifted between autonomy and submission to the central government ... more • Over the years Catalonia has shifted between autonomy and submission to the central government based in Madrid. Their relationship is marked by advancements and setbacks in the degree of centralization.
• The referendum on October 1 and the subsequent declaration of independence of Catalonia led to Spain’s worst political crisis in the last forty years.
• Faced with the referendum for Catalonian independence, the European Union responded in support of the central government in Madrid, to discourage other secession movements in the bloc.
Boletim de Conjuntura NERINT, 2018
• Xi Jinping’s foreign policy for Asia has been marked by a more assertive national security post... more • Xi Jinping’s foreign policy for Asia has been marked by a more assertive national security posture and increased regional economic leadership.
• Amid a turbulent strategic scenario, China has used diplomatic, economic and military means to increase its influence and bargaining power over disputed regions.
• Despite tensions, China is trying to advance new concepts of collective security and has managed to attract neighboring countries to its economic cooperation projects.
Conference Papers by Magnus Kenji H H Hiraiwa

Anais 10º ENABED, 2018
Este artigo tem por objetivo fazer uma avaliação do papel da ASEAN no contexto de crescente polar... more Este artigo tem por objetivo fazer uma avaliação do papel da ASEAN no contexto de crescente polarização política e securitária no Sudeste Asiático. Parte-se da hipótese de que, institucionalmente, um novo patamar foi atingido com a criação da Comunidade Política e a de Segurança em 2015. No entanto, os principais avanços foram em relação a ameaças securitárias não-tradicionais (e.g. crime transnacional). A política de defesa dos países, apesar dos esforços institucionais, demonstrou cooperação limitada frente a polarização causada pela política externa de China e Estados Unidos. Apesar disso, é possível identificar esforços em direção a formação de um bloco diplomático na região, mesmo que isso não aconteça dentro do aparato da ASEAN. Para tanto, propõe-se inicialmente analisar o histórico da Associação, com enfoque na trajetória de agrupamento com alcance limitado durante a Guerra Fria até sua renovação como organização de integração regional ao final da década de 1990. Num segundo momento, trabalha-se com a transformação do contexto securitário no Leste Asiático com enfoque temporal a partir de 2010, com destaque para os desdobramentos no Mar do Sul da China, assim como a participação de países de fora do Sudeste Asiático (China, Japão, Estados Unidos e Índia). É neste quadro que o Sudeste Asiático se torna uma arena das dinâmicas securitárias da Ásia. Por último, busca-se analisar os documentos produzidos pela Associação a partir de 2015 e as principais iniciativas de política externa e de defesa no âmbito regional, confrontando seu conteúdo com a realidade geopolítica exposta na seção anterior. Espera-se assim, a partir deste estudo de caso, contribuir para a literatura sobre o nível regional da segurança e defesa, assim como os limites da integração e cooperação institucional frente desafios geopolíticos. / This paper aims to assess the role of ASEAN in the context of increasing political and security polarization in Southeast Asia. It starts from the hypothesis that a new level has been institutionally achieved with the creation of the Political Community and Security Community in 2015. However, the main advances have been in relation to non-traditional security threats (e. g. transnational crime). The defense policy of the countries, in spite of the institutional efforts, demonstrated a limited cooperation when faced by the polarization caused by the foreign policy of China and the United States. Nevertheless it is possible to identify efforts towards the formation of a diplomatic bloc in the region, even if this does not happen within the ASEAN apparatus. To do so, it is initially proposed to analyze the history of the Association, focusing on the grouping with limited reach during the Cold War until its renewal as a regional integration organization at the end of the 1990s. Secondly, we discuss the transformation of the security environment in East Asia with a temporal focus starting in 2010, emphasising the developments in the South China Sea, as well as the participation of countries outside Southeast Asia (China, Japan, the United States and India). It is within this framework that Southeast Asia becomes an arena of the security dynamics of Asia. Finally, we sought to analyze the documents produced by the Association from 2015 onwards and the main foreign and defense policy initiatives at the regional level, confronting their content with the geopolitical reality exposed in the previous section. From this case study we hope to contribute to the literature on the regional level of security and defense, as well as well as the limits of institutional integration and cooperation in the face of geopolitical challenges.
UFRGSMUNDI by Magnus Kenji H H Hiraiwa

Guia de Estudos UFRGSMUNDI v.9, 2021
A desigualdade brasileira é estrutural, oriunda de processos históricos, em especial a escravidão... more A desigualdade brasileira é estrutural, oriunda de processos históricos, em especial a escravidão. Esta relação de desigualdade se retroalimenta: Na ausência de políticas públicas de distribuição de renda, indivíduos em situação de pobreza tendem a permanecer nesta condição ou irem para uma situação mais precária, ao passo que os indivíduos mais ricos tendem a perpetuar e expandir sua riqueza, aumentando a desigualdade do país (ARRETCHE, 2018).
Este fator contribui para que o Brasil seja o nono país mais desigual do mundo de acordo com os dados mais recentes do Banco Mundial (THE WORLD BANK, 2021). Apesar do Brasil ser o 4º país com maior IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) da América Latina, esta medida de análise não considera a desigualdade social (UNITED NATIONS DEVELOPMENT PROGRAM, 2019), uma vez que, segundo o índice de Gini, o Brasil fi caria atrás apenas de oito países: África do Sul, Namíbia, Suriname, Zâmbia, São Tomé e Príncipe, República Centro-Africana, Suazilândia e Moçambique (THE WORLD BANK, 2021).
Na classificação a respeito da concentração de renda, contudo, o Brasil ocupa o segundo lugar, ficando atrás apenas do Catar. Segundo um relatório apresentado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), “a parcela dos 10% mais ricos do Brasil concentram 42% da renda total do país” (RELATÓRIO…, 2019, Online) no ano de 2019, tendo um aumento de concentração em 2020, como posto pelo relatório do IBGE: 10% dos ricos detêm 43% da renda nacional em 2020 (FORTE, 2020; PAMPLONA, 2020; UNDP, 2019). É urgente no país, então, o debate sobre taxação de grandes fortunas. Este instrumento de política tributária pode, além de ampliar a arrecadação de recursos públicos, pavimentar o caminho para
uma maior distribuição de renda e redução das desigualdades do país.

Guia de Estudos UFRGSMUNDI v.8, 2020
Com a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 6/2019 entregue pelo Governo ao Congresso Nacional,... more Com a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 6/2019 entregue pelo Governo ao Congresso Nacional, um tema polêmico para os brasileiros, que divide opiniões até mesmo entre os especialistas, precisa necessariamente ser enfrentado pelo Senado Federal: a Reforma da Previdência. A Previdência Social funciona como um seguro para os cidadãos, de forma que eles tenham direito a receber uma aposentadoria quando pararem de trabalhar e de usufruir de benefícios em casos envolvendo doença, invalidez, desemprego, morte, maternidade e prisão. Para poder usufruí-lo, é necessário contribuir para a previdência, de modo que o valor destinado a esse fim é descontado mensalmente do salário dos trabalhadores contratados ou pago voluntariamente pelos profissionais autônomos (REGRAS, 2019).
O contexto do debate é um país que lida com os reflexos do crescimento da expectativa de vida da sua população e a consequente transformação da forma da sua pirâmide demográfica, ao mesmo tempo que surge a necessidade de adaptação às constantes mudanças do mercado de trabalho. O desafio lançado é refletir sobre como formular um sistema de aposentadoria que possa garantir os direitos dos cidadãos, gerenciar o orçamento da União e equilibrar as desigualdades do país.

Guia de Estudos UFRGSMUNDI v.5, Aug 2017
As manifestações populares estão intrinsecamente relacionadas à garantia e à promoção dos direito... more As manifestações populares estão intrinsecamente relacionadas à garantia e à promoção dos direitos humanos. As grandes mobilizações lutaram por aqueles que hoje consideramos direitos fundamentais estabelecidos na Carta da ONU e inseridos nos sistemas legais nacionais. A partir delas, desenvolveu-se a forma de governo que hoje entendemos como democrática. Diante disso, debater a importância dessa mobilização, os direitos dos manifestantes, os limites da força policial e questionar os novos problemas surgidos com os novos modelos de manifestação popular, como as ocupações, torna-se essencial. Em um primeiro momento estudaremos a relação entre os direitos humanos, a democracia e a participação popular, analisando os seus principais fundamentos e pontos comuns. Depois abordaremos o surgimento do Estado democrático de direito e as formas de Estado que o antecederam (Estado liberal e Estado social) e como suas estruturas lidam com as manifestações, bem como o dever de cada tipo de Estado para com a sociedade civil. Após, analisaremos mais a fundo as manifestações populares na contemporaneidade e, por fim, veremos as ações prévias da ONU diante de cenários de desobediência civil e manifestações populares.
Guia de Estudos UFRGSMUNDI v.6, Aug 2018
Guia de Estudos UFRGSMUNDI v.7, Aug 2019, 2019
Guia de Estudos elaborado para o comitê Senado Federal do UFRGSMUNDI 2019 sobre o tópico A Reform... more Guia de Estudos elaborado para o comitê Senado Federal do UFRGSMUNDI 2019 sobre o tópico A Reforma do Ensino Médio.
Conference Presentations by Magnus Kenji H H Hiraiwa
Salão de Iniciação Científica (30. : 2018 out. 15-19 : UFRGS, Porto Alegre, RS)., 2018
Trabalho Exposto no XXX Salão de Iniciação Científica da UFRGS; Porto Alegre, 15 a 19 de Outubro ... more Trabalho Exposto no XXX Salão de Iniciação Científica da UFRGS; Porto Alegre, 15 a 19 de Outubro de 2018.
Books by Magnus Kenji H H Hiraiwa

O objetivo principal deste trabalho é compreender as causas da ruptura sino-soviética, seus impac... more O objetivo principal deste trabalho é compreender as causas da ruptura sino-soviética, seus impactos sobre as relações entre os países socialistas e seus efeitos sobre os países indochineses até o fim da Guerra Fria. Para tanto, o estudo divide-se em três partes. Primeiramente, analisa-se as causas e o desenvolvimento da ruptura sino-soviética. O estudo explora as contradições inerentes ao bloco socialista e relaciona as distintas condições em que ocorrem os dois processos revolucionários, associando-as à emergência de contraditórios projetos revolucionários, modelos de desenvolvimento e necessidades estratégicas e de segurança no fim dos anos 1950. Em seguida, aborda-se os impactos da ruptura sino-soviética sobre o campo socialista, assim como os impactos na região da Indochina até meados dos anos 1970. O ponto central desta análise é mostrar a transição da ruptura sino-soviética para o que se pode qualificar como um conflito securitário, assim como suas consequências para estratégia da China tanto em relação ao campo socialista, quanto em relação à Indochina. Por último, analisa-se a tentativa vietnamita de assumir uma posição de equilíbrio entre a China e a União Soviética e o fracasso dessa estratégia à medida que a competição sino-soviética se tornou mais acirrada. No fim, discutiremos como essa dinâmica entre China, União Soviética e Vietnã foi, em última instância, a principal responsável pela deflagração da Terceira Guerra da Indochina em 1979.
Papers by Magnus Kenji H H Hiraiwa

O objetivo principal deste trabalho é compreender as causas da ruptura sino-soviética, seus impac... more O objetivo principal deste trabalho é compreender as causas da ruptura sino-soviética, seus impactos sobre as relações entre os países socialistas e seus efeitos sobre os países indochineses até o fim da Guerra Fria. Para tanto, o estudo divide-se em três partes. Primeiramente, analisa-se as causas e o desenvolvimento da ruptura sino-soviética. O estudo explora as contradições inerentes ao bloco socialista e relaciona as distintas condições em que ocorrem os dois processos revolucionários, associando-as à emergência de contraditórios projetos revolucionários, modelos de desenvolvimento e necessidades estratégicas e de segurança no fim dos anos 1950. Em seguida, aborda-se os impactos da ruptura sino-soviética sobre o campo socialista, assim como os impactos na região da Indochina até meados dos anos 1970. O ponto central desta análise é mostrar a transição da ruptura sino-soviética para o que se pode qualificar como um conflito securitário, assim como suas consequências para estratég...

SÉCULO XXI: Revista de Relações Internacionais - ESPM-SUL, 2018
Este artigo tem por objetivo avaliar o papel da ASEAN no contexto de crescente polarização políti... more Este artigo tem por objetivo avaliar o papel da ASEAN no contexto de crescente polarização política e securitária no Sudeste Asiático. Para tanto, propõe-se inicialmente examinar o histórico da Associação; depois, trabalhar com a transformação do contexto securitário do Sudeste Asiático, com destaque para os desdobramentos no Mar do Sul da China; e, por último, analisar os documentos produzidos pela Associação a partir de 2015 e as principais iniciativas de política externa e de defesa no âmbito regional, confrontando seu conteúdo coma realidade geopolítica exposta na seção anterior. Conclui-se que, apesar dos desafios da conjuntura, institucionalmente, um novo patamar foi atingido com a criação da Comunidade Político-Securitária da ASEAN em 2015. Dado que, se por um lado a política de defesa dos países da região demonstrou cooperação limitada frente a polarização causada pela política externa de China e Estados Unidos por outro, ainda é possível identificar esforços em direção a formação de um bloco diplomático na região.
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Journal Papers by Magnus Kenji H H Hiraiwa
• The referendum on October 1 and the subsequent declaration of independence of Catalonia led to Spain’s worst political crisis in the last forty years.
• Faced with the referendum for Catalonian independence, the European Union responded in support of the central government in Madrid, to discourage other secession movements in the bloc.
• Amid a turbulent strategic scenario, China has used diplomatic, economic and military means to increase its influence and bargaining power over disputed regions.
• Despite tensions, China is trying to advance new concepts of collective security and has managed to attract neighboring countries to its economic cooperation projects.
Conference Papers by Magnus Kenji H H Hiraiwa
UFRGSMUNDI by Magnus Kenji H H Hiraiwa
Este fator contribui para que o Brasil seja o nono país mais desigual do mundo de acordo com os dados mais recentes do Banco Mundial (THE WORLD BANK, 2021). Apesar do Brasil ser o 4º país com maior IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) da América Latina, esta medida de análise não considera a desigualdade social (UNITED NATIONS DEVELOPMENT PROGRAM, 2019), uma vez que, segundo o índice de Gini, o Brasil fi caria atrás apenas de oito países: África do Sul, Namíbia, Suriname, Zâmbia, São Tomé e Príncipe, República Centro-Africana, Suazilândia e Moçambique (THE WORLD BANK, 2021).
Na classificação a respeito da concentração de renda, contudo, o Brasil ocupa o segundo lugar, ficando atrás apenas do Catar. Segundo um relatório apresentado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), “a parcela dos 10% mais ricos do Brasil concentram 42% da renda total do país” (RELATÓRIO…, 2019, Online) no ano de 2019, tendo um aumento de concentração em 2020, como posto pelo relatório do IBGE: 10% dos ricos detêm 43% da renda nacional em 2020 (FORTE, 2020; PAMPLONA, 2020; UNDP, 2019). É urgente no país, então, o debate sobre taxação de grandes fortunas. Este instrumento de política tributária pode, além de ampliar a arrecadação de recursos públicos, pavimentar o caminho para
uma maior distribuição de renda e redução das desigualdades do país.
O contexto do debate é um país que lida com os reflexos do crescimento da expectativa de vida da sua população e a consequente transformação da forma da sua pirâmide demográfica, ao mesmo tempo que surge a necessidade de adaptação às constantes mudanças do mercado de trabalho. O desafio lançado é refletir sobre como formular um sistema de aposentadoria que possa garantir os direitos dos cidadãos, gerenciar o orçamento da União e equilibrar as desigualdades do país.
Conference Presentations by Magnus Kenji H H Hiraiwa
Books by Magnus Kenji H H Hiraiwa
Papers by Magnus Kenji H H Hiraiwa
• The referendum on October 1 and the subsequent declaration of independence of Catalonia led to Spain’s worst political crisis in the last forty years.
• Faced with the referendum for Catalonian independence, the European Union responded in support of the central government in Madrid, to discourage other secession movements in the bloc.
• Amid a turbulent strategic scenario, China has used diplomatic, economic and military means to increase its influence and bargaining power over disputed regions.
• Despite tensions, China is trying to advance new concepts of collective security and has managed to attract neighboring countries to its economic cooperation projects.
Este fator contribui para que o Brasil seja o nono país mais desigual do mundo de acordo com os dados mais recentes do Banco Mundial (THE WORLD BANK, 2021). Apesar do Brasil ser o 4º país com maior IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) da América Latina, esta medida de análise não considera a desigualdade social (UNITED NATIONS DEVELOPMENT PROGRAM, 2019), uma vez que, segundo o índice de Gini, o Brasil fi caria atrás apenas de oito países: África do Sul, Namíbia, Suriname, Zâmbia, São Tomé e Príncipe, República Centro-Africana, Suazilândia e Moçambique (THE WORLD BANK, 2021).
Na classificação a respeito da concentração de renda, contudo, o Brasil ocupa o segundo lugar, ficando atrás apenas do Catar. Segundo um relatório apresentado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), “a parcela dos 10% mais ricos do Brasil concentram 42% da renda total do país” (RELATÓRIO…, 2019, Online) no ano de 2019, tendo um aumento de concentração em 2020, como posto pelo relatório do IBGE: 10% dos ricos detêm 43% da renda nacional em 2020 (FORTE, 2020; PAMPLONA, 2020; UNDP, 2019). É urgente no país, então, o debate sobre taxação de grandes fortunas. Este instrumento de política tributária pode, além de ampliar a arrecadação de recursos públicos, pavimentar o caminho para
uma maior distribuição de renda e redução das desigualdades do país.
O contexto do debate é um país que lida com os reflexos do crescimento da expectativa de vida da sua população e a consequente transformação da forma da sua pirâmide demográfica, ao mesmo tempo que surge a necessidade de adaptação às constantes mudanças do mercado de trabalho. O desafio lançado é refletir sobre como formular um sistema de aposentadoria que possa garantir os direitos dos cidadãos, gerenciar o orçamento da União e equilibrar as desigualdades do país.