Súmula: A primeira etapa desta disciplina objetiva dar subsídios de pesquisa etnográfica e acompa... more Súmula: A primeira etapa desta disciplina objetiva dar subsídios de pesquisa etnográfica e acompanhar a produção etnográfica do alunato em formação. Discute-se técnicas de pesquisa de campo, questões de interlocução e ética, além da elaboração e utilização de múltiplos suportes na pesquisa. Já a segunda etapa se propõe e estudar e discutir textos e autores que colocam os marcadores sociais da diferença como centrais em suas análises, valorizando multiculturalismos e plurietnias em que as tensões e relações de poder inerentes às relações sociais entre diferentes passam a insistir de maneira salutar. Objetivos: Os encontros terão como eixo condutor a construção de espaços de problemas da pesquisa etnográfica e a relevância dos marcadores sociais da diferença para o estudo dos fenômenos sociais. Conteúdo Programático: A disciplina transcorrerá com encontros semanais dividida em dois momentos: 1. As professoras e os alunos discutirão os textos propostos para o encontro, que subsidiarão a realização dos exercícios propostos. Neste momento, alunos também ficarão responsáveis pela apresentação e debate dos textos. 2. Cada aluno deverá apresentar produção escrita centrada nas situações problemas, propostas pelas professoras para cada encontro, seguida de seus comentários sobre as dificuldades enfrentadas na realização da tarefa. Durante as exposições dos alunos, as professoras responsabilizam-se pelo registro das questões centrais apresentadas por cada aluno e sua análise crítica, sugerindo modificações a serem entregues. • A segunda etapa da disciplina se constituirá em quatro encontros. Sendo duas aulas expositivas e dialogadas com @s alun@s a respeito da bibliografia proposta sobre marcadores sociais da diferença. Nas últimas aulas, @s aluno@s apresentarão uma monografia/artigo escolhida ou própria, em que a temática é discutida.
O trabalho doméstico, ou "dentro de casa", é majoritariamente desempenhado por mulheres . No cont... more O trabalho doméstico, ou "dentro de casa", é majoritariamente desempenhado por mulheres . No contexto brasileiro, esse "saber-fazer" voltou-se comumente às escravas negras e/ou mulheres pobres, que exerciam não apenas a cozimento de alimentos, a limpeza das casas e a lavagem e passagem de roupas, como também, se comportavam como "babás" das patroas e de suas filhas, as dando banho, as vestindo, penteando e as acompanhando em aparições públicas. Além disso, "sendo mulher, seja criança, jovem ou adulta, há uma espécie de naturalização de seu papel como prestadora de serviços (por vezes não só domésticos, mas até sexuais), desde a infância até a velhice" (Motta-Maués, 2006: 12). Contudo, com a chegada da "modernidade", oriunda da Revolução Francesa (final do século XVIII) envolta com os valores de cidadania, direitos e indivíduo, a abolição da escravidão no Brasil (1888), bem como, o desenvolvimento industrial e o crescimento das cidades. O trabalho e/ou serviço doméstico vem passando por várias transformações, ainda que continue remetido predominantemente à esfera feminina, atualmente há uma maior fiscalização em relação à proibição do trabalho infantil 3 e grande incentivo do Estado ao extermínio de modalidades de trabalho doméstico informal, ou seja, o exercício da atividade doméstica sem a assinatura da carteira de trabalho, e mesmo a especialização de suas profissionais, quais sejam: faxineiras, cozinheiras, passadeiras, babás e acompanhantes.
A maioria dos estudos clássicos antropológicos relaciona o parentesco à descendência ou à aliança... more A maioria dos estudos clássicos antropológicos relaciona o parentesco à descendência ou à aliança, correspondendo aos direitos e deveres direcionados a cada posição e status que as pessoas adquiriam com o nascimento e/ou o casamento.
U Um m e es st tu ud do o s so ob br re e o o " "A Ap pa ad dr ri in nh ha am me en nt to o A Af ... more U Um m e es st tu ud do o s so ob br re e o o " "A Ap pa ad dr ri in nh ha am me en nt to o A Af fe et ti iv vo o" " e em m P Po or rt to o A Al le eg gr re e/ /R RS S L LU UÍ ÍS SA A M MA AR RI IA A S SI IL LV VA A D DA AN NT TA AS S P Po or rt to o A Al le eg gr re e/ /R RS S
Pequenos, meninas, filhos de criação, crias -são todas designações presentes na linguagem dos bel... more Pequenos, meninas, filhos de criação, crias -são todas designações presentes na linguagem dos belemenses para referir, dirigir-se às crianças, que transitaram/transitam entre o lar de sua mãe biológica e outro(s), onde podem chegar a passar os, muitas vezes, tão longos anos de suas vidas. Esse movimento é o que em Antropologia se estuda com o nome de "circulação de crianças". Se nele tem nos chamado mais a atenção essa movimentação nas camadas populares -com destaque, na Amazônia, para as "crias" de famíliatambém participam desse circuito, com outras formas e espaços, os pequenos de camadas médias e altas. De todo modo, o que a "circulação de crianças" tem em comum, em qualquer tradução, é ser um fenômeno que se atualiza na cidade. Se tal fenômeno tem sido pensado, na sua face mais explícita, dentro da discussão sobre infância e família, ele implica também numa outra expressão nunca visibilizada: a das diferenciações, hierarquias, estratégias que regem a movimentação das crianças no espaço da casa, entre os lares, entre o lar original ou receptor e outros espaços, o que implica, de um lado, em sua inscrição na "geografia" da casa (as diferentes casas de suas andanças) e, de outro, da própria cidade. O que estamos dizendo é que os atores dessa prática (e ela mesma) existem e constituem uma face relevante e desconsiderada da vida social urbana (moderna) na Amazônia, seja lá como for que tal prática se realize. É essa face que, exploratoriamente, o trabalho pretende abordar.
Súmula: A primeira etapa desta disciplina objetiva dar subsídios de pesquisa etnográfica e acompa... more Súmula: A primeira etapa desta disciplina objetiva dar subsídios de pesquisa etnográfica e acompanhar a produção etnográfica do alunato em formação. Discute-se técnicas de pesquisa de campo, questões de interlocução e ética, além da elaboração e utilização de múltiplos suportes na pesquisa. Já a segunda etapa se propõe e estudar e discutir textos e autores que colocam os marcadores sociais da diferença como centrais em suas análises, valorizando multiculturalismos e plurietnias em que as tensões e relações de poder inerentes às relações sociais entre diferentes passam a insistir de maneira salutar. Objetivos: Os encontros terão como eixo condutor a construção de espaços de problemas da pesquisa etnográfica e a relevância dos marcadores sociais da diferença para o estudo dos fenômenos sociais. Conteúdo Programático: A disciplina transcorrerá com encontros semanais dividida em dois momentos: 1. As professoras e os alunos discutirão os textos propostos para o encontro, que subsidiarão a realização dos exercícios propostos. Neste momento, alunos também ficarão responsáveis pela apresentação e debate dos textos. 2. Cada aluno deverá apresentar produção escrita centrada nas situações problemas, propostas pelas professoras para cada encontro, seguida de seus comentários sobre as dificuldades enfrentadas na realização da tarefa. Durante as exposições dos alunos, as professoras responsabilizam-se pelo registro das questões centrais apresentadas por cada aluno e sua análise crítica, sugerindo modificações a serem entregues. • A segunda etapa da disciplina se constituirá em quatro encontros. Sendo duas aulas expositivas e dialogadas com @s alun@s a respeito da bibliografia proposta sobre marcadores sociais da diferença. Nas últimas aulas, @s aluno@s apresentarão uma monografia/artigo escolhida ou própria, em que a temática é discutida.
O trabalho doméstico, ou "dentro de casa", é majoritariamente desempenhado por mulheres . No cont... more O trabalho doméstico, ou "dentro de casa", é majoritariamente desempenhado por mulheres . No contexto brasileiro, esse "saber-fazer" voltou-se comumente às escravas negras e/ou mulheres pobres, que exerciam não apenas a cozimento de alimentos, a limpeza das casas e a lavagem e passagem de roupas, como também, se comportavam como "babás" das patroas e de suas filhas, as dando banho, as vestindo, penteando e as acompanhando em aparições públicas. Além disso, "sendo mulher, seja criança, jovem ou adulta, há uma espécie de naturalização de seu papel como prestadora de serviços (por vezes não só domésticos, mas até sexuais), desde a infância até a velhice" (Motta-Maués, 2006: 12). Contudo, com a chegada da "modernidade", oriunda da Revolução Francesa (final do século XVIII) envolta com os valores de cidadania, direitos e indivíduo, a abolição da escravidão no Brasil (1888), bem como, o desenvolvimento industrial e o crescimento das cidades. O trabalho e/ou serviço doméstico vem passando por várias transformações, ainda que continue remetido predominantemente à esfera feminina, atualmente há uma maior fiscalização em relação à proibição do trabalho infantil 3 e grande incentivo do Estado ao extermínio de modalidades de trabalho doméstico informal, ou seja, o exercício da atividade doméstica sem a assinatura da carteira de trabalho, e mesmo a especialização de suas profissionais, quais sejam: faxineiras, cozinheiras, passadeiras, babás e acompanhantes.
A maioria dos estudos clássicos antropológicos relaciona o parentesco à descendência ou à aliança... more A maioria dos estudos clássicos antropológicos relaciona o parentesco à descendência ou à aliança, correspondendo aos direitos e deveres direcionados a cada posição e status que as pessoas adquiriam com o nascimento e/ou o casamento.
U Um m e es st tu ud do o s so ob br re e o o " "A Ap pa ad dr ri in nh ha am me en nt to o A Af ... more U Um m e es st tu ud do o s so ob br re e o o " "A Ap pa ad dr ri in nh ha am me en nt to o A Af fe et ti iv vo o" " e em m P Po or rt to o A Al le eg gr re e/ /R RS S L LU UÍ ÍS SA A M MA AR RI IA A S SI IL LV VA A D DA AN NT TA AS S P Po or rt to o A Al le eg gr re e/ /R RS S
Pequenos, meninas, filhos de criação, crias -são todas designações presentes na linguagem dos bel... more Pequenos, meninas, filhos de criação, crias -são todas designações presentes na linguagem dos belemenses para referir, dirigir-se às crianças, que transitaram/transitam entre o lar de sua mãe biológica e outro(s), onde podem chegar a passar os, muitas vezes, tão longos anos de suas vidas. Esse movimento é o que em Antropologia se estuda com o nome de "circulação de crianças". Se nele tem nos chamado mais a atenção essa movimentação nas camadas populares -com destaque, na Amazônia, para as "crias" de famíliatambém participam desse circuito, com outras formas e espaços, os pequenos de camadas médias e altas. De todo modo, o que a "circulação de crianças" tem em comum, em qualquer tradução, é ser um fenômeno que se atualiza na cidade. Se tal fenômeno tem sido pensado, na sua face mais explícita, dentro da discussão sobre infância e família, ele implica também numa outra expressão nunca visibilizada: a das diferenciações, hierarquias, estratégias que regem a movimentação das crianças no espaço da casa, entre os lares, entre o lar original ou receptor e outros espaços, o que implica, de um lado, em sua inscrição na "geografia" da casa (as diferentes casas de suas andanças) e, de outro, da própria cidade. O que estamos dizendo é que os atores dessa prática (e ela mesma) existem e constituem uma face relevante e desconsiderada da vida social urbana (moderna) na Amazônia, seja lá como for que tal prática se realize. É essa face que, exploratoriamente, o trabalho pretende abordar.
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