Papers by José C . Baracat Jr.

A Escrita grega no Império Romano: recepção e transmissão
A língua grega não perdeu sua importância com a ascensão de Roma. Não apenas continuou a ser o pr... more A língua grega não perdeu sua importância com a ascensão de Roma. Não apenas continuou a ser o principal idioma de expressão intelectual nas regiões conquistadas por Alexandre, o Grande, como também se inseriu no coração do mundo romano, onde não poucos a falavam e nela preferiram escrever suas obras. Atentos à importância da língua grega durante toda a Antiguidade, bem como à escassez no Brasil de estudos sobre autores que escreveram em grego durante o Império Romano, o primeiro objetivo desta coletânea é, assim, oferecer uma amostra da riqueza intelectual desse período através de estudos que não apenas escreveram em grego, mas também deram continuidade à tradição literária, filosófica e historiográfica grega. O arco temporal coberto pelos autores presentes neste livro vai do primeiro ao terceiro século da era cristã. São estudos que abordam Paulo de Tarso, Plutarco, Epiteto, Élio Aristides, Luciano de Samósata, Filóstrato, Bábrio, Apolodoro, Máximo de Tiro, Diógenes Láercio e Plot...
The International Journal of the Platonic Tradition 15/1, 2021
Cadernos de Tradução, 44, 2019
Ψαλμὸς καὶ λαλιὴ καὶ κωτίλον ὄμμα καὶ ᾠδὴ Ξανθίππης καὶ πῦρ ἄρτι καταρχόμενον, ὦ ψυχή, φλέξει σε·... more Ψαλμὸς καὶ λαλιὴ καὶ κωτίλον ὄμμα καὶ ᾠδὴ Ξανθίππης καὶ πῦρ ἄρτι καταρχόμενον, ὦ ψυχή, φλέξει σε· τὸ δ' ἐκ τίνος ἢ πότε καὶ πῶς οὐκ οἶδα· γνώσῃ, δύσμορε, τυφομένη.

Cadernos de Tradução - UFRGS, 2019
Sobre esta edição É uma alegria muito grande ver reunidas neste volume as traduções de nossos alu... more Sobre esta edição É uma alegria muito grande ver reunidas neste volume as traduções de nossos alunos do curso de Grego da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Contribuem com o volume alunos que concluíram (ou estão concluindo) a formação em Língua e Literatura Grega, bem como egressos de outros cursos, que chegaram ao Grego por amor pelos clássicos. Nossa ideia ao planejar este volume dos Cadernos de Tradução foi a de fazer uma pequena antologia da Antologia Grega 1 , selecionando preferencialmente poemas menos conhecidos do corpus. O segundo critério utilizado para a seleção foi puramente subjetivo: participantes puderam escolher aqueles poemas que lhes pareciam mais interessantes. Do ponto de vista metodológico, também preferimos deixar que cada tradutor trabalhasse da maneira que se sentisse mais à vontade, sem impor um método único para a tradução nem para a anotação dos poemas. Por conta disso, o leitor perceberá que varia bastante a quantidade de notas e a abordagem adotada para a tradução dos poemas. Antes de vermos essa falta de padronização como um problema, acreditamos que ela seja a virtude principal deste trabalho: ao mesmo tempo em que apresentamos uma seleção de poemas menos conhecidos da antiguidade, nós o fazemos com uma variedade de estilos e de soluções. Alguns participantes tentaram se ater ao conteúdo semântico dos textos, enquanto outros buscaram reproduzir elementos formais ou até mesmo ousaram soluções ainda mais inusitadas. Essa variedade se torna um duplo, no plano metodológico e estético, da variedade de autores e de temáticas aqui encontradas. Com isso, cria-se, portanto, uma dupla poikilia nestas nossas grinaldas de poemas. 1 Para este volume, adotamos e traduzimos o texto grego editado por Cougny em seu Epigrammatum anthologia Palatina cum Planudeis et appendice nova (Paris: Didot, 1890). 6 Cadernos de Tradução, Porto Alegre, n. 44, jan/jul, 2019.
In Claudia D'Amico, John F. Finamore & Natalia Strok (ed.), Platonic Inquiries: Selected Papers from the 13th Annual Conference of the International Society for Neoplatonic Studies. Prometheus Trust, 2017, 2017

A música é capaz de moldar nosso caráter? Pode ela influenciar nossas ações e decisões? Nos torna... more A música é capaz de moldar nosso caráter? Pode ela influenciar nossas ações e decisões? Nos tornaríamos pessoas melhores ou piores de acordo com a música que ouvimos? Pensando apenas na minha experiência própria, responderia que não – pelo menos nunca me apercebi agindo por influência da música. Mas sabemos que a discussão é bem mais complexa e bem menos ingênua do que a minha experiência particular. Desde Homero, é com o canto (aoidé) que as sereias enfeitiçam os navegantes para atraí-los e causarem sua perdição (Odisseia 12, 44). Da responsabilidade em suicídios (e.g. Ozzy Osbourne e “Suicide Solution”) e assassinatos (e.g. Charles Manson e “Helter Skelter” dos Beatles) ao estímulo do desenvolvimento cognitivo de bebês (e.g. “Mozart for Babies”), muita gente defende que a música (seja ela apenas instrumental, seja também vocal) tem, sim, a capacidade de nos afetar de modo intenso e – o mais importante – não racional, inconsciente.
The International Journal of the Platonic Tradition, 2016

Na ‘pulga atrás da orelha’ deste mês, que chamamos também de Interrogatório, continuamos persegui... more Na ‘pulga atrás da orelha’ deste mês, que chamamos também de Interrogatório, continuamos perseguindo um tema caro dentro da R.Nott Magazine: o Clássico. Neste caso, a Antiguidade Clássica. Numa contemporaneidade que vê a Antiguidade Clássica greco-romana como um conjunto finito e divertido de mitos mais ou menos bem conhecidos – muitas vezes lembrados por suas roupagens hollywoodianas, dada a popularidade desses personagens – vemos que a leitura, de fato, de textos de períodos antigos está relegada a pequenos guetos, acadêmicos em sua maioria. Mas ao entrar de fato nesses textos, vemos que essa leitura não é apenas mais desafiadora do que imaginamos, mas também bastante proveitosa, pelo fato de descobrirmos incrivelmente que não há nada de novo sob o sol, e que os homens antigos podem oferecer diálogos enriquecedores dentro do nosso tempo. Pois bem, retomando a máxima de Calvino, “por que ler os Clássicos?”, para esse papo convidamos o professor José C. Baracat Jr.¹, pesquisador dos textos de Plotino e fã do Frank Zappa.
Junior Baracat, colunista convidado pra iniciar o Ruído em 2016, utiliza as palavras de Heráclito... more Junior Baracat, colunista convidado pra iniciar o Ruído em 2016, utiliza as palavras de Heráclito para nos falar sobre a singularidade das nossas experiências auditivas. Assim, como num rio, é possível mergulhar duas vezes na mesma música?
Tradução com notas dos "Fenômenos" de Arato [Translation with notes of Aratus' "Phaenomena"].
Translatio, n. 8, 2014, p. 66-68.
Este artigo propõe uma recriação poética do epigrama 2 (Pfeiffer) de Calímaco, precedendo-o de br... more Este artigo propõe uma recriação poética do epigrama 2 (Pfeiffer) de Calímaco, precedendo-o de breve introdução.
This paper puts forward a poetic translation for Callimachus’ epigram 2 (Pfeiffer) preceded by a brief introduction.

Dois Pontos, v. 10, n. 2, ISSN: 2179-7412, 2013
The aim of this article is to collect passages from the Enneads that contain relevant information... more The aim of this article is to collect passages from the Enneads that contain relevant information for the investigation of the concepts of space/place in Plotinus. I hope I can indicate, after collating such passages, that at least three notions of space/place coexist in Plotinus’ philosophy: i) Plotinus distinguishes space and matter, but from this distinction it does not become clear a) whether space subsists apart from bodies, or b) whether it is nothing but a relative, or c) whether it is one of the properties of bodies and, in this case, whether it has an intelligible model; ii) on the other hand, we find elements to think that Plotinus identified space with matter; iii) and, in numerous passages, Plotinus formulates an immaterial, Platonic version of the Stoic concept of space, asserting that immaterial beings are not in place, so that body is not the soul’s place, but rather soul is the place of body.

in J. F. Finamore, J. Phillps (eds.), Literary, Philosophical, and Religious Studies in the Platonic Tradition, Sankt Augustin, Academia Verlag, 2013
The aim of this article is to search for a ground for our understanding of time which is intrinsi... more The aim of this article is to search for a ground for our understanding of time which is intrinsic to the Plotinian conception of soul. To that end, I shall propose, by means of a relatively free exegesis of Plotinus’ texts, a possible connection between soul’s desire and the origin of time (or temporality) in the philosophy of Plotinus. I will try to demonstrate that an act of desire lies at the very bottom of Plotinus’ definition of time as the life of soul; and that it is the specific modus of desiring and attaining proper to soul, by its ontological structure, that brings forth the experience of temporality for soul. Differently from intellect, which is always desiring and always attaining, soul experiences a rupture or lapse in the desiring-attaining process. Such a lapse, which is not temporal itself, is the most internal intuition of a certain temporality – in the sense that it is not eternity –, and is itself prior to the succession of activities that are the life of soul.
This paper is a reflection on an example given by Plotinus – Phidias’ statue of the Olympian Zeus... more This paper is a reflection on an example given by Plotinus – Phidias’ statue of the Olympian Zeus in V. 8 [31]. 38-40 – in order to illustrate a tékhne which is not mimesis of nature. My aim is to verify whether Phidias’ Zeus actually exemplifies such tékhne, inquiring the consistency of this example and its coherence with Plotinus’ accounts of beauty and the arts. Although it suggests a few interpretations of the example, this article is inconclusive, since it only casts doubts on the example.
Cadernos de Tradução, UFRGS, ISSN 1807-8893, 2010
Organon, v. 24, n. 49, ISSN 2238-8915, 2010
Este é o primeiro volume da Organon, já próxima do seu qüinquagésimo número, dedicado exclusivame... more Este é o primeiro volume da Organon, já próxima do seu qüinquagésimo número, dedicado exclusivamente à literatura grega. Pode ser um fato banal para outros estados e outras universidades do Brasil, mas, para nós, é um feito digno de celebração, ante as adversidades de uma região e de uma universidade tão inóspitas para as letras clássicas como o são o Rio Grande do Sul e a UFRGS.
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This paper puts forward a poetic translation for Callimachus’ epigram 2 (Pfeiffer) preceded by a brief introduction.
This paper puts forward a poetic translation for Callimachus’ epigram 2 (Pfeiffer) preceded by a brief introduction.