Este artigo apresenta o processo de construção do Diltopias (2020) criada pelo autor a partir de ... more Este artigo apresenta o processo de construção do Diltopias (2020) criada pelo autor a partir de uma provocação realizada pelo artista visual Bruno Novadvorski aos membros do grupo de pesquisa Objeto e Multimídia (OM-LAB/UFRGS) para realizarem releituras de obras do acervo da Pinacoteca Aldo Locatelli, em Porto Alegre/RS. A obra escolhida pelo autor foi Sem Título (1995) do artista gaúcho Britto Velho. Para a construção da releitura, o artista utilizou-se de termos apresentados pelo filósofo espanhol Paul Preciado como: “pós-corpos”, “contraassexualidade” e “dildotectônica” no livro Manifesto Contrassexual (2014). As releituras foram apresentadas na exposição virtual SEM (2020). O autor conclui o artigo apresentando alguns desdobramentos que Diltopias (2020) teve posteriormente em outras criações, como o filtro Instagram Diltopias (2020) e a instalação fotoperformática Contranome: Chris (2020).
Quando criança, chamaram-me de bichinha. Calado, fiquei. Pensei: na adolescência, mudará. Quando... more Quando criança, chamaram-me de bichinha. Calado, fiquei. Pensei: na adolescência, mudará. Quando jovem, chamaram-me de traveca. Calada, continuei. Matutei: na fase adulta, acabará. Quando adulto, abusada fui. Questionei: o que sou? Nada sou. Não tenho fala. Não tenho identidade e o isolamento imposto, eu já o vivo há anos. Está em cada lágrima, cada chute e olhar. Está nas marcas que carrego, inclusive, as que não podes ver. Este distanciamento que, agora salva; a mim, sempre me machucou. Como no tapa maternal que me proferistes e na mão do pai a apontar a porta da casa que nunca fora um lar. E agora, quando idosa, nada pronunciaram, já não se importam.
A redação e revisão dos textos são de responsabilidade dos autores. Reservados todos os direitos ... more A redação e revisão dos textos são de responsabilidade dos autores. Reservados todos os direitos Publicação financiada por fundos nacionais, através da Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I.P., no âmbito do projeto UIDB/04188/2020.
O artigo apresenta os caminhos que levaram o autor a criar a série fotográfica Corpos em Quarente... more O artigo apresenta os caminhos que levaram o autor a criar a série fotográfica Corpos em Quarentena (2020/2021) durante a pandemia aliado às tecnologias sociais disponíveis para chamadas de vídeo numa busca por se manter um artista ativo e em conexão com outras pessoas estando no ambiente de sua casa, transformando o próprio ato de fotografar e a ideia do espaço.
The article presents the paths that led the author to create the photographic series Corpos em Quarantena (2020/2021) during the pandemic allied with the social technologies available for video calls in a quest to remain an active artist and in connection with other people being in the environment of your home, transforming the very act of photographing and the idea of space.
Este artigo apresenta o processo de construção do Diltopias (2020) criada pelo autor a partir de ... more Este artigo apresenta o processo de construção do Diltopias (2020) criada pelo autor a partir de uma provocação realizada pelo artista visual Bruno Novadvorski aos membros do grupo de pesquisa Objeto e Multimídia (OM-LAB/UFRGS) para realizarem releituras de obras do acervo da Pinacoteca Aldo Locatelli, em Porto Alegre/RS. A obra escolhida pelo autor foi Sem Título (1995) do artista gaúcho Britto Velho. Para a construção da releitura, o artista utilizou-se de termos apresentados pelo filósofo espanhol Paul Preciado como: “pós-corpos”, “contraassexualidade” e “dildotectônica” no livro Manifesto Contrassexual (2014). As releituras foram apresentadas na exposição virtual SEM (2020). O autor conclui o artigo apresentando alguns desdobramentos que Diltopias (2020) teve posteriormente em outras criações, como o filtro Instagram Diltopias (2020) e a instalação fotoperformática Contranome: Chris (2020).
Quando criança, chamaram-me de bichinha. Calado, fiquei. Pensei: na adolescência, mudará. Quando... more Quando criança, chamaram-me de bichinha. Calado, fiquei. Pensei: na adolescência, mudará. Quando jovem, chamaram-me de traveca. Calada, continuei. Matutei: na fase adulta, acabará. Quando adulto, abusada fui. Questionei: o que sou? Nada sou. Não tenho fala. Não tenho identidade e o isolamento imposto, eu já o vivo há anos. Está em cada lágrima, cada chute e olhar. Está nas marcas que carrego, inclusive, as que não podes ver. Este distanciamento que, agora salva; a mim, sempre me machucou. Como no tapa maternal que me proferistes e na mão do pai a apontar a porta da casa que nunca fora um lar. E agora, quando idosa, nada pronunciaram, já não se importam.
A redação e revisão dos textos são de responsabilidade dos autores. Reservados todos os direitos ... more A redação e revisão dos textos são de responsabilidade dos autores. Reservados todos os direitos Publicação financiada por fundos nacionais, através da Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I.P., no âmbito do projeto UIDB/04188/2020.
O artigo apresenta os caminhos que levaram o autor a criar a série fotográfica Corpos em Quarente... more O artigo apresenta os caminhos que levaram o autor a criar a série fotográfica Corpos em Quarentena (2020/2021) durante a pandemia aliado às tecnologias sociais disponíveis para chamadas de vídeo numa busca por se manter um artista ativo e em conexão com outras pessoas estando no ambiente de sua casa, transformando o próprio ato de fotografar e a ideia do espaço.
The article presents the paths that led the author to create the photographic series Corpos em Quarantena (2020/2021) during the pandemic allied with the social technologies available for video calls in a quest to remain an active artist and in connection with other people being in the environment of your home, transforming the very act of photographing and the idea of space.
Uploads
Papers by Chris, The Red
Velho. Para a construção da releitura, o artista utilizou-se de termos apresentados pelo filósofo espanhol Paul Preciado como: “pós-corpos”, “contraassexualidade” e “dildotectônica” no livro Manifesto Contrassexual (2014). As releituras foram apresentadas na exposição virtual SEM (2020). O autor conclui o artigo apresentando alguns desdobramentos que Diltopias (2020) teve posteriormente em outras criações, como o filtro Instagram Diltopias (2020) e a instalação fotoperformática Contranome: Chris (2020).
The article presents the paths that led the author to create the photographic series Corpos em Quarantena (2020/2021) during the pandemic allied with the social technologies available for video calls in a quest to remain an active artist and in connection with other people being in the environment of your home, transforming the very act of photographing and the idea of space.
Velho. Para a construção da releitura, o artista utilizou-se de termos apresentados pelo filósofo espanhol Paul Preciado como: “pós-corpos”, “contraassexualidade” e “dildotectônica” no livro Manifesto Contrassexual (2014). As releituras foram apresentadas na exposição virtual SEM (2020). O autor conclui o artigo apresentando alguns desdobramentos que Diltopias (2020) teve posteriormente em outras criações, como o filtro Instagram Diltopias (2020) e a instalação fotoperformática Contranome: Chris (2020).
The article presents the paths that led the author to create the photographic series Corpos em Quarantena (2020/2021) during the pandemic allied with the social technologies available for video calls in a quest to remain an active artist and in connection with other people being in the environment of your home, transforming the very act of photographing and the idea of space.