Papers by Diego Coletti Oliva
The presente article, based on the research developed for the master’s degree in Sociology, has t... more The presente article, based on the research developed for the master’s degree in Sociology, has the objective of discussing the construction and exercise of the gaze by the operators of the urban videosurveillance system of the city of Curitiba-PR, questioning how the targets of surveillance are defined and the power of gaze is implemented by these individuals, with perverse effects in control and social segregation, and also bringing up issues relating to the alleged position of power of the operators and their relationship with a very specific and unique work environment.

O corpo das mulheres esta em pauta, nas revistas, nas midias, nos espacos privados (controle do p... more O corpo das mulheres esta em pauta, nas revistas, nas midias, nos espacos privados (controle do peso, da comida, dos exercicios fisicos) e nos espacos publicos (aborto, direitos sexuais e reprodutivos, sexualidade). As mulheres e seus corpos estao sendo controlados por diferentes dispositivos discursivos generificados. Tal controle e exercido por um olhar que muitas vezes nao conseguimos apontar, que realoca corpos e subjetividades de mulheres a um lugar do puro prazer de olhar. Sao os micropoderes e os micro-olhares que legitimam, dia apos dia, um corpo feminino em um lugar de violencias amplas e agencias reduzidas. Dentro destas microdinâmicas, abordaremos neste artigo como e observado e analisado o corpo feminino atraves das câmeras de videomonitoramento urbano numa cidade de grande porte do Brasil, contrapondo esses dados com experiencias levantadas por outros estudos em diferentes cidades e contextos urbanos. Assim questionamos: o que as câmeras urbanas estao olhando? Como elas...

This dissertation in Sociology is the result of the research conducted between the years 2011 and... more This dissertation in Sociology is the result of the research conducted between the years 2011 and 2012 with the operators of the Centro Integrado de Monitoramento Eletronico de Curitiba, responsible for the operation of the video surveillance system in downtown Curitiba, analyzing the way surveillance is carried out in the city. Rather than make an apology or critics to the deployment of electronic surveillance in public spaces, the goal of this research is to analyze qualitatively the conditions under which the power of the gaze is exercised and differentiate the potential and effectiveness of control of urban video surveillance with the reality of its daily exercise. For that different techniques data collect and analysis were used, supported on a theoretical framework that allowed the interpretation of discourses and power relations involved in this issue, thus allowing important links between surveillance and social segregation to be raised, technological determinism of electron...
Este artigo busca destacar, a partir de dados coletados durante a pesquisa para doutoramento em s... more Este artigo busca destacar, a partir de dados coletados durante a pesquisa para doutoramento em sociologia, uma faceta da instrumentalizacao politica da violencia por parte das forcas policiais durante e as jornadas de junho de 2013 no Brasil. Por meio de dados coletados em ampla pesquisa bibliografica, documental e de campo, foram analisadas as articulacoes entre repressao policial, violacoes de direitos e criminalizacao da tatica black no periodo de 2013 a 2015, problematizando a questao do monopolio legitimo da violencia por parte do Estado. As questoes aqui levantadas ressaltam como a criminalizacao de grupos especificos de manifestantes como os adeptos da tatica black bloc serve para justificar discursos autoritarios e praticas repressivas que violam expressamente os direitos humanos, contribuindo para o fortalecimento de uma logica punitivista.
Revista NEP - Núcleo de Estudos Paranaenses da UFPR
Neste artigo busco analisar a instrumentalização política da violência pelos adeptos da tática bl... more Neste artigo busco analisar a instrumentalização política da violência pelos adeptos da tática black bloc no período iniciado nas Jornadas de Junho de 2013 no Brasil. A partir dos dados levantados durante a pesquisa de campo realizada para a tese de doutorado, em paralelo à ampla pesquisa bibliográfica e mesmo da comparação com outros pesquisadores que se dedicaram ao tema procurei entender a metáfora da guerra por trás da ação direta empreendida pela tática como uma forma legítima de ação política, e assim compreender sua mensagem de forma mais clara a partir da categoria da violência performática e de suas ações como forma de resistência mas também de catarse.
Sociologias Plurais
Neste artigo, baseado na pesquisa realizada para obtenção do título de Mestre em Sociologia, busc... more Neste artigo, baseado na pesquisa realizada para obtenção do título de Mestre em Sociologia, busco trazer para a pauta a discussão sobre o atual contexto da segurança pública, apontando para a disseminação de uma cultura do medo e da busca incessante por uma sensação de segurança que se apoia sobre a percepçãode que securização urbana, por meio de novas técnicas e tecnologias voltadas para a segurança, pode oferecer a solução para as questões da violência e criminalidade urbanas. Busco aqui questionar esse determinismo tecnológico, ressaltando os limites dessa perspectiva, que apontam para uma discussão maior sobre os temas aqui apresentados.
Trabalho Completo apresentado no III Seminário do Programa de Pós-Graduação em Sociologia da UFSC... more Trabalho Completo apresentado no III Seminário do Programa de Pós-Graduação em Sociologia da UFSCar em 2012.
Resumo apresentado no III Seminário do Programa de Pós-Graduação em Sociologia da UFSCar em 2012.
Trabalho completo apresentado no III Seminário Nacional de Sociologia e Política em 2011.
Resumo apresentado no III Seminário Nacional de Sociologia e Política em 2011.

Vivemos em uma época onde a cultura do medo se espalha como uma onda pela sociedade, atingindo pr... more Vivemos em uma época onde a cultura do medo se espalha como uma onda pela sociedade, atingindo praticamente todos os âmbitos de nossas vidas, seja na esfera pública, seja na privada. O medo, hoje, não é mais simplesmente uma reação a um perigo específico, mas uma metáfora cultural para interpretar a vida. No passado, os líderes políticos e religiosos usavam um discurso de esperança para exercer o controle sobre a população. A esperança de ascensão econômica e social, de redenção divina, de melhoria na qualidade de vida; no entanto, as crises apresentadas pelo sistema e sua falha em suprir essas mudanças almejadas pela sociedade, fizeram com que este discurso da esperança perdesse seu poder. A partir daí, surgiu a necessidade de uma nova ferramenta de controle social, uma nova estratégia de dominação, baseada não mais na esperança, e sim, no medo. No geral, sempre que pensamos em uma cultura do medo nosso pensamento nos remete imediatamente à violência e à criminalidade. Entretanto, vale ressaltar que a cultura do medo à qual me refiro neste trabalho vai muito além dessas questões, perpassando, também, inúmeros outros âmbitos e se revelando presente em diversos outros medos: temos medo do crime, das drogas, das minorias sociais, de doenças recém-descobertas, vírus mutantes, acidentes de avião, fúria no trânsito, catástrofes naturais, do desemprego e da crise econômica, temos medo da violência dos jovens e da gravidez na adolescência, medos que não nos remetem apenas à ameaças físicas, mas também à transgressões sociais e morais. Há um sentimento de medo generalizado na sociedade contemporânea, um medo direcionado a inúmeros objetos de temor, dos mais amplos aos mais específicos e até inusitados, um medo que permeia uma gama enorme de relações sociais e políticas, influenciando tanto a esfera privada, quanto a pública. Partindo da premissa de que qualquer formação social, apoiada sobre suas instituições políticas, necessita de algumas idéias e sentimentos comuns disseminados entre os indivíduos para organizar e administrar a vida em grupo, observamos que a disseminação do medo e insegurança presente nas sociedades contemporâneas ocidentais não apenas responde à essas necessidades mas garante também à essas instituições um poder de controle social e político de grande amplitude, que causa uma paralisia política na sociedade civil, afetando inúmeros aspectos da vida em sociedade, desde o comportamento das pessoas e as relações sociais entre elas, onde o medo e a insegurança redefinem as interações entre os indivíduos, dificultando a capacidade de ação, associação e participação política através de um sentimento de desconfiança generalizada que reforça o individualismo; até influenciando políticas públicas voltadas para a segurança e a violência, gerando uma exploração política e econômica do medo e da vigilância, e também legitimando certos comportamentos e atitudes sociais que auxiliam na sustentação das instituições políticas, que usam o medo como uma ferramenta de controle e dominação.

Vivemos cercados por grades de seguranças e câmeras que vigiam nossos passos a todo instante. Tem... more Vivemos cercados por grades de seguranças e câmeras que vigiam nossos passos a todo instante. Temos medo de assaltos, medo das drogas, medo do terrorismo, medo da natureza e de doenças. Temos medo da crise. Para sobreviver temos que fugir de nós mesmos. Afastamos todos os dias o pânico de nos sabermos mortais, nossa própria consciência de que em algum ponto, num futuro breve, vai dar errado. Mas será que temos mais medo hoje do que tínhamos no passado? Ou será que o homem sempre foi este animal atormentado? O presente trabalho busca fazer uma reflexão comparativa entre a crise do século XVIII, que desencadeou a Revolução Francesa em 1789 e o contexto atual de crise econômica, social e principalmente política, dando especial ênfase às relações de medo social presentes em ambos os períodos tratados. Abordaremos como o medo se manifestou na crise do século XVIII através da análise bibliográfica do pensamento da época, buscando entender como o medo influenciou os acontecimentos; da mesma forma, observaremos como se dão as relações de medo social atualmente, como elas são usadas como forma de dominação e controle, e como se inserem no atual contexto de crise política. Buscamos levantar os principais aspectos destes dois momentos históricos e, através de análises comparativas das relações sociais e políticas dessas duas épocas, bem como das inter-relações do medo social nesses contextos específicos, encontrar os pontos comuns que se põem em pauta tanto no contexto de crise do Estado Absolutista na segunda metade do século XVIII quanto no contexto atual. Tanto antes como agora, o sistema enquanto tal não mudou drasticamente nos períodos anteriores à crise, contudo, mudaram as circunstâncias de uma maneira que acentuou ainda mais as dificuldades básicas do mesmo, mas, no que diz respeito às condições políticas, procuraremos aqui demonstrar que a estrutura do próprio sistema não foi alterada. Demonstraremos também que é da natureza da crise que uma decisão esteja pendente, mas ainda não tenha sido tomada e assim permaneça em aberto, gerando uma insegurança geral, atravessada pela certeza de que, sem que se saiba ao certo quando e como, o fim do estado crítico se aproxima. Tal insegurança e ansiedade pela solução incerta, pela transformação das circunstâncias vigentes, solução essa ao mesmo tempo temida e desejada é matéria prima de uma universalização do medo, daí resulta um mundo vivido como incerto, incontrolável e ameaçador. Sob a sombra do medo, e a ameaça constante das incertezas do futuro trazidas pela crise tentaremos desvendar como o homem reage e se comporta nesse ambiente crítico, numa busca quase insana e paradoxal por segurança e liberdade, o que outrora foi a gênese da Revolução Francesa e que hoje ainda permanece com a solução incerta e em aberto.
Vivemos cercados por grades de seguranças e câmeras que vigiam nossos passos a todo instante. Tem... more Vivemos cercados por grades de seguranças e câmeras que vigiam nossos passos a todo instante. Temos medo de assaltos, medo das drogas, medo do terrorismo, medo da natureza e de doenças. Temos medo da crise. Para sobreviver temos que fugir de nós mesmos. Afastamos todos os dias o pânico de nos sabermos mortais, nossa própria consciência de que em algum ponto, num futuro breve, vai dar errado. Mas será que temos mais medo hoje do que tínhamos no passado? Ou será que o homem sempre foi este animal atormentado? O presente trabalho busca fazer uma reflexão comparativa entre a crise do século XVIII, que desencadeou a Revolução Francesa em 1789 e o contexto atual de crise econômica, social e principalmente política, dando especial ênfase às relações de medo social presentes em ambos os períodos tratados.

Vivemos cercados por grades de seguranças e câmeras que vigiam nossos passos a todo instante. Tem... more Vivemos cercados por grades de seguranças e câmeras que vigiam nossos passos a todo instante. Temos medo de assaltos, medo das drogas, medo do terrorismo, medo da natureza e de doenças. Temos medo da crise. Mas será que temos mais medo hoje do que tínhamos no passado? Ou será que o homem sempre foi este animal atormentado? O presente trabalho busca fazer uma reflexão comparativa entre a crise do século XVIII, que desencadeou a Revolução Francesa em 1789 e o contexto atual de crise econômica, social e principalmente política, dando especial ênfase às relações de medo social presentes em ambos os períodos tratados. Abordaremos como o medo se manifestou na crise do século XVIII, buscando entender como o medo influenciou os acontecimentos; da mesma forma, observaremos como se dão as relações de medo social atualmente, como elas são usadas como forma de dominação e controle, e como se inserem no atual contexto de crise política. Tanto antes como agora, o sistema enquanto tal não mudou drasticamente nos períodos anteriores à crise, contudo, mudaram as circunstâncias de uma maneira que acentuou ainda mais as dificuldades básicas do mesmo gerando uma insegurança geral, atravessada pela certeza de que, sem que se saiba ao certo quando e como, o fim do estado crítico se aproxima. Tal insegurança e ansiedade pela solução incerta, pela transformação das circunstâncias vigentes é matéria prima de uma universalização do medo, daí resulta um mundo vivido como incerto, incontrolável e ameaçador. Sob a sombra do medo, e a ameaça constante das incertezas do futuro trazidas pela crise tentaremos desvendar como o homem se comporta nesse ambiente crítico, numa busca quase insana e paradoxal por segurança e liberdade, o que outrora foi a gênese da Revolução Francesa e que hoje ainda permanece com a solução incerta.
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