Papers by Stéphanie Sabatke

Stéphanie Sabatke, 2022
A presente pesquisa visa responder se há um evolucionismo na metafísica da natureza de Schopenhau... more A presente pesquisa visa responder se há um evolucionismo na metafísica da natureza de Schopenhauer, especialmente na obra Parerga e paralipomena (1851), onde o filósofo considera uma “completa história da natureza” a partir da cosmologia e da geologia, propondo uma descendência de espécies fixas em que cada uma surge do ovo ou útero de outra espécie fixa em linhagens paralelas e crescentes em complexidade. Busca-se examinar a hipótese de Arthur O. Lovejoy (1911) de que Schopenhauer teria convertido tardiamente o seu sistema em um evolucionismo; movimento que ficaria oculto caso o intérprete busque harmonizar os últimos textos à teoria platônica dos primeiros escritos. Para ser verificada, a hipótese de uma mudança na teoria cobra um método não convencional na pesquisa Schopenhauer, o filológico, que, a despeito de sua necessidade, parece ser em certos aspectos incompatível com a noção de pensamento único e de sistema orgânico. Considera-se que uma chave para a leitura desse possível e tardio “evolucionismo” seria compreender Schopenhauer em relação ao seu contexto histórico-científico, enquanto expressão de um período de transição no século XIX, que passa de uma compreensão de natureza fixa para uma natureza dinâmica, misturando elementos evolutivos e fixistas. A pesquisa se centra na noção de “espécie” e em sua relação com a
temporalidade do mundo como representação, analisando seus movimentos dentro da obra do filósofo ao longo do tempo. Ao final, debate a hipótese de que o fixismo das espécies não poderia ser abandonado pelo filósofo, pois causaria perturbações e abalos em diversos pontos do sistema orgânico e em suas mútuas relações.
Schopenhauer como um evolucionista, de Arthur O. Lovejoy, 2021
Tradução do texto "Schopenhauer as an evolutionist" de Arthur. O. Lovejoy, publicado em 1911 no T... more Tradução do texto "Schopenhauer as an evolutionist" de Arthur. O. Lovejoy, publicado em 1911 no The Monist.

Stephanie Sabatke, 2020
Resumo: O cérebro ocupa um lugar central na epistemologia de Schopenhauer. Ele remete à visão emp... more Resumo: O cérebro ocupa um lugar central na epistemologia de Schopenhauer. Ele remete à visão empírica das faculdades de conhecimento e é o responsável pela realização da representação intuitiva da realidade material e empírica do mundo através das formas puras de tempo e espaço e a aplicação da lei a priori de causalidade, esta que é o fundamento e a possibilidade da representação intuitiva. Se o cérebro é a visão empírica das faculdades de conhecimento, por sua vez, é somente através dele e para ele que existe esta realidade empírica. A realidade empírica é, para Schopenhauer, sempre ideal, pois dependente do cérebro que conhece; e por tal, possui uma existência real, porém relativa, sempre como uma representação que remete às formas a priori do sujeito que conhece. Este artigo expõe o lugar do cérebro na epistemologia de Schopenhauer e o seu papel enquanto uma concepção chave para compreender a idealidade transcendental da realidade empírica e o estatuto de realidade da representação intuitiva. Palavras-chave: Schopenhauer, cérebro, epistemologia, idealismo transcendental, realismo empírico.
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temporalidade do mundo como representação, analisando seus movimentos dentro da obra do filósofo ao longo do tempo. Ao final, debate a hipótese de que o fixismo das espécies não poderia ser abandonado pelo filósofo, pois causaria perturbações e abalos em diversos pontos do sistema orgânico e em suas mútuas relações.
temporalidade do mundo como representação, analisando seus movimentos dentro da obra do filósofo ao longo do tempo. Ao final, debate a hipótese de que o fixismo das espécies não poderia ser abandonado pelo filósofo, pois causaria perturbações e abalos em diversos pontos do sistema orgânico e em suas mútuas relações.