Papers by daniela silva
Revista Brasileira de Estudos de População, 2017
1 De acordo com os últimos dados do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados, 51% da p... more 1 De acordo com os últimos dados do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados, 51% da população de refugiados no mundo é formada por crianças e adolescentes (UNHCR, 2016). O fenômeno dos refugiados no mundo e o atual cenário complexo das migrações forçadas Silva, D.F.
Geograficidade, 2021
Este ensaio, composto após as primeiras construções para a pesquisa do doutorado, reflete... more Este ensaio, composto após as primeiras construções para a pesquisa do doutorado, reflete sobre a flânerie do geógrafo(a) na contemporaneidade, inspirado pelas experiências de grandes autores de diferentes áreas de conhecimento, nas quais o caminhar e o flanar revelaram profundas contribuições teóricas desses atos de imersão entre o corpo-espaço-tempo; conceitos contínuos, como a proposição dessa estrutura indica. O seu traçado metodológico guiou-se pela revisão e levantamento bibliográfico e por vivências em “movimento”, ao longo dos anos, através do “caminhar”, em diferentes espaços urbanos repletos de significados e singularidades – tempos, formas, localizações e contextos –, com suas densas confluências espaciais. Palavras-chave: Olhar geográfico. Flânerie. Vivências urbanas.

RESUMO Este artigo aborda a experiência de viver " entre-lugares " no campo de refugiados de Dada... more RESUMO Este artigo aborda a experiência de viver " entre-lugares " no campo de refugiados de Dadaab no nordeste do Quênia. Seus vinte e seis anos de existência são modelados por uma suspensão jurídica e por uma " prática " política de formação de campos de refugiados do governo queniano, impondo muitos limites no seu acolhimento. Esses limites impostos tornam o campo de refugiados de Dadaab um espaço de fronteira, onde além de contornados, esses limites são transpassados, mostrando que os conflitos ou estranhamentos vivenciados nesse espaço então delimitado, dinamizam o desenvolvimento de distintas realidades, agora entrelaçadas através do encontro das diferentes nacionalidades dos refugiados, de suas culturas e formas de ver o mundo. Sua descontinuidade espacial e de sentidos, tece uma geografia complexa, com outros ritmos. Palavras-chave: Entre-lugares. Transterritorialidade. Campo de refugiados de Dadaab (Quênia) ABSTRACT This article discusses the experience of living in " in-between spaces " in the Dadaab refugee camp in the northeast of Kenya. Its twenty-six years of existence are shaped by a juridical suspension and political " practice " of encampment by the kenyan government, imposing many limits on their reception. These imposed limits make Dadaab refugee camp a boundary space, where in addition to being circumvented, these limits are transpassed, showing that the conflicts or estrangements experienced in this space delimited, dynamize the development of different realities, now intertwined through the encounter of different nationalities of refugees, their cultures and ways of seeing the world. Its spatial and sense discontinuity, weaves a complex geography, with other rhythms.
Este artigo tem o objetivo de chamar a atenção para a questão complexa e de extrema importância ... more Este artigo tem o objetivo de chamar a atenção para a questão complexa e de extrema importância dos refugiados no mundo. A sua relação com os direitos humanos e a proteção internacional foi mencionada com o intuito de esclarecer e listar todos os instrumentos criados para a sua proteção.
Palavras-chave: Refugiados. Direitos Humanos. Proteção Internacional.
Este artigo faz uma reflexão sobre os possíveis fatores determinantes do cenário de catástrofe hu... more Este artigo faz uma reflexão sobre os possíveis fatores determinantes do cenário de catástrofe humanitária no Sudão. A história deste país tem sido marcada por inúmeros conflitos em todo o seu território, onde os deslocados internos e refugiados refletem a exclusão e a desigualdade dominantes no mundo.
Abstract: This article makes a reflection about the possible factors responsible for the scenario of humanitarian catastrophe in Sudan. The history of this country has been marked for countless conflicts in all its territory, where the internally displaceds and refugees reflect the exclusion and the inequality dominants in the world.
Conference Presentations by daniela silva
O seguinte trabalho aborda o expressivo cenário de deslocamentos humanos forçados na África Orien... more O seguinte trabalho aborda o expressivo cenário de deslocamentos humanos forçados na África Oriental e seus distintos fatores de formação, marcados, nos últimos anos, por uma formação complexa de estratégias de múltiplos poderes, em que diferentes conflitos, perseguições e a retirada de terras para construções de grandes obras de infraestrutura e para a instalação de projetos agrícolas desenvolvem uma paisagem de “emergências” humanitárias através dos campos de
refugiados. A longa permanência dessas “emergências”, muitas vezes durante décadas, as distintas geopolíticas desenvolvidas e o grande aparato estrutural da comunidade internacional para o gerenciamento dessas situações, revelam a face permanente e não emergencial, dessa paisagem de intervenções.
PALAVRAS CHAVE: Geopolíticas, Paisagem de “Emergências”, Campos de refugiados na África Oriental.

Actas do colóquio "As mobilidades no espaço e no tempo", 2017
A migração forçada vem acompanhando ao longo da história o desenvolvimento de adversidades cada v... more A migração forçada vem acompanhando ao longo da história o desenvolvimento de adversidades cada vez maiores para as pessoas que mais do que migrar, se (des)locam em uma constante busca por
um refúgio ou por uma humanidade que ficou perdida. Busca que se prolonga por toda sua jornada, ao ultrapassar fronteiras políticas ou não. O início dessa jornada é marcado por uma suspensão de suas vidas e por um processo de desterritorialização. Uma jornada que dura dias, meses ou anos, onde diversas fronteiras são vivenciadas; as visíveis, como as cercas e os muros, e as humanas, através do preconceito e da segregação. São experiências migratórias que expressam mais do que rotas, setas de sentidos ou lugares percorridos, trazendo a complexidade desses deslocamentos através da perspectiva dos refugiados e de suas experiências, transformando-as, assim, em legenda, como uma cartografa de sentidos. Para os que vivem em campos de refugiados, o ciclo da experiência migratória ou dinâmica territorial, se mantém em aberto ou em suspensão. Essa experiência estabelece-se para além das estatísticas e dos fluxos, ao evidenciar a forma desumana presente nesses deslocamentos e a complexidade de fatores envolvidos em sua formação. Uma “subjetividade em trânsito” (BLANCO, 2011), que apesar das extremas dificuldades encontradas no percurso por esses migrantes, eles resistem e vão em busca de novas territorialidades. A complexidade do fenômeno dos refugiados e de outros migrantes forçados no mundo é justificada por diversos fatores em diferentes escalas, que influenciam no seu desenvolvimento, e pelas suas diferentes perspectivas constituintes.
Palavras-chave: Migração Forçada. Novas Territorialidades. Subjetividade em Trânsito. Outras Perspectivas.
Resumo O objetivo deste trabalho é fazer uma reflexão sobre os direcionamentos e desafios que a g... more Resumo O objetivo deste trabalho é fazer uma reflexão sobre os direcionamentos e desafios que a globalização, impulsionada pelo modelo de acumulação flexível, vem desenvolvendo no mundo. Através de uma perspectiva dialética, observa-se que a contradição inerente a este processo se expressa pela formação da desigualdade social e de processos excludentes. Como resultado desta atual realidade configura-se no mundo espaços de extrema precarização social e contenção de pessoas. O campo de refugiados de Dadaab, no Quênia, é um exemplo claro destas implicações humanas.
Capítulo de livro by daniela silva
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Dissertação by daniela silva

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em
Geografia da Universidade Federal de Pern... more Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em
Geografia da Universidade Federal de Pernambuco por Daniela Florêncio da Silva, que faz referências a obra de Marie Ange Bordas.
The following research aims to understand the structural factors of territorial dynamics of the Dadaab refugee camp in Kenya. Formed in 1991 by the forced migration of the Somali people, because of the outbreak of civil war in their country, this refugee camp, today, houses 348,000
people of different nationalities and forced displacement contexts. The scale of this phenomenon is not only perceived to be the largest refugee camp in the world, but by complexity of factors involved in their formation. Its origin is related here, from the forced migration process. The suspension of their lives, that to overcome the political borders of their
countries, they become refugees, refers not only to the loss of political rights, or their citizenship, but a suspension of "senses" and continuity occasioned by their territorial containment in this refugee camp. Your journey or movement, seeking temporary refuge, is
paralyzed and transformed in waiting and containment. The Dadaab refugee camp, formed in a context of "emergency", turned into a territory of exception, through an informal practice of territorial containment adopted by the Kenyan government. The persistence of their lives in this
camp, among many bans, developed a process of precarious reterritorialization, but confronted by resistance, contours and permeated by transterritorialities and encounters.
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Papers by daniela silva
Palavras-chave: Refugiados. Direitos Humanos. Proteção Internacional.
Abstract: This article makes a reflection about the possible factors responsible for the scenario of humanitarian catastrophe in Sudan. The history of this country has been marked for countless conflicts in all its territory, where the internally displaceds and refugees reflect the exclusion and the inequality dominants in the world.
Conference Presentations by daniela silva
refugiados. A longa permanência dessas “emergências”, muitas vezes durante décadas, as distintas geopolíticas desenvolvidas e o grande aparato estrutural da comunidade internacional para o gerenciamento dessas situações, revelam a face permanente e não emergencial, dessa paisagem de intervenções.
PALAVRAS CHAVE: Geopolíticas, Paisagem de “Emergências”, Campos de refugiados na África Oriental.
um refúgio ou por uma humanidade que ficou perdida. Busca que se prolonga por toda sua jornada, ao ultrapassar fronteiras políticas ou não. O início dessa jornada é marcado por uma suspensão de suas vidas e por um processo de desterritorialização. Uma jornada que dura dias, meses ou anos, onde diversas fronteiras são vivenciadas; as visíveis, como as cercas e os muros, e as humanas, através do preconceito e da segregação. São experiências migratórias que expressam mais do que rotas, setas de sentidos ou lugares percorridos, trazendo a complexidade desses deslocamentos através da perspectiva dos refugiados e de suas experiências, transformando-as, assim, em legenda, como uma cartografa de sentidos. Para os que vivem em campos de refugiados, o ciclo da experiência migratória ou dinâmica territorial, se mantém em aberto ou em suspensão. Essa experiência estabelece-se para além das estatísticas e dos fluxos, ao evidenciar a forma desumana presente nesses deslocamentos e a complexidade de fatores envolvidos em sua formação. Uma “subjetividade em trânsito” (BLANCO, 2011), que apesar das extremas dificuldades encontradas no percurso por esses migrantes, eles resistem e vão em busca de novas territorialidades. A complexidade do fenômeno dos refugiados e de outros migrantes forçados no mundo é justificada por diversos fatores em diferentes escalas, que influenciam no seu desenvolvimento, e pelas suas diferentes perspectivas constituintes.
Palavras-chave: Migração Forçada. Novas Territorialidades. Subjetividade em Trânsito. Outras Perspectivas.
Capítulo de livro by daniela silva
Dissertação by daniela silva
Geografia da Universidade Federal de Pernambuco por Daniela Florêncio da Silva, que faz referências a obra de Marie Ange Bordas.
The following research aims to understand the structural factors of territorial dynamics of the Dadaab refugee camp in Kenya. Formed in 1991 by the forced migration of the Somali people, because of the outbreak of civil war in their country, this refugee camp, today, houses 348,000
people of different nationalities and forced displacement contexts. The scale of this phenomenon is not only perceived to be the largest refugee camp in the world, but by complexity of factors involved in their formation. Its origin is related here, from the forced migration process. The suspension of their lives, that to overcome the political borders of their
countries, they become refugees, refers not only to the loss of political rights, or their citizenship, but a suspension of "senses" and continuity occasioned by their territorial containment in this refugee camp. Your journey or movement, seeking temporary refuge, is
paralyzed and transformed in waiting and containment. The Dadaab refugee camp, formed in a context of "emergency", turned into a territory of exception, through an informal practice of territorial containment adopted by the Kenyan government. The persistence of their lives in this
camp, among many bans, developed a process of precarious reterritorialization, but confronted by resistance, contours and permeated by transterritorialities and encounters.
Palavras-chave: Refugiados. Direitos Humanos. Proteção Internacional.
Abstract: This article makes a reflection about the possible factors responsible for the scenario of humanitarian catastrophe in Sudan. The history of this country has been marked for countless conflicts in all its territory, where the internally displaceds and refugees reflect the exclusion and the inequality dominants in the world.
refugiados. A longa permanência dessas “emergências”, muitas vezes durante décadas, as distintas geopolíticas desenvolvidas e o grande aparato estrutural da comunidade internacional para o gerenciamento dessas situações, revelam a face permanente e não emergencial, dessa paisagem de intervenções.
PALAVRAS CHAVE: Geopolíticas, Paisagem de “Emergências”, Campos de refugiados na África Oriental.
um refúgio ou por uma humanidade que ficou perdida. Busca que se prolonga por toda sua jornada, ao ultrapassar fronteiras políticas ou não. O início dessa jornada é marcado por uma suspensão de suas vidas e por um processo de desterritorialização. Uma jornada que dura dias, meses ou anos, onde diversas fronteiras são vivenciadas; as visíveis, como as cercas e os muros, e as humanas, através do preconceito e da segregação. São experiências migratórias que expressam mais do que rotas, setas de sentidos ou lugares percorridos, trazendo a complexidade desses deslocamentos através da perspectiva dos refugiados e de suas experiências, transformando-as, assim, em legenda, como uma cartografa de sentidos. Para os que vivem em campos de refugiados, o ciclo da experiência migratória ou dinâmica territorial, se mantém em aberto ou em suspensão. Essa experiência estabelece-se para além das estatísticas e dos fluxos, ao evidenciar a forma desumana presente nesses deslocamentos e a complexidade de fatores envolvidos em sua formação. Uma “subjetividade em trânsito” (BLANCO, 2011), que apesar das extremas dificuldades encontradas no percurso por esses migrantes, eles resistem e vão em busca de novas territorialidades. A complexidade do fenômeno dos refugiados e de outros migrantes forçados no mundo é justificada por diversos fatores em diferentes escalas, que influenciam no seu desenvolvimento, e pelas suas diferentes perspectivas constituintes.
Palavras-chave: Migração Forçada. Novas Territorialidades. Subjetividade em Trânsito. Outras Perspectivas.
Geografia da Universidade Federal de Pernambuco por Daniela Florêncio da Silva, que faz referências a obra de Marie Ange Bordas.
The following research aims to understand the structural factors of territorial dynamics of the Dadaab refugee camp in Kenya. Formed in 1991 by the forced migration of the Somali people, because of the outbreak of civil war in their country, this refugee camp, today, houses 348,000
people of different nationalities and forced displacement contexts. The scale of this phenomenon is not only perceived to be the largest refugee camp in the world, but by complexity of factors involved in their formation. Its origin is related here, from the forced migration process. The suspension of their lives, that to overcome the political borders of their
countries, they become refugees, refers not only to the loss of political rights, or their citizenship, but a suspension of "senses" and continuity occasioned by their territorial containment in this refugee camp. Your journey or movement, seeking temporary refuge, is
paralyzed and transformed in waiting and containment. The Dadaab refugee camp, formed in a context of "emergency", turned into a territory of exception, through an informal practice of territorial containment adopted by the Kenyan government. The persistence of their lives in this
camp, among many bans, developed a process of precarious reterritorialization, but confronted by resistance, contours and permeated by transterritorialities and encounters.