Papers by Maria Carolina M Resende

Kant e-prints, 2021
Duas hipóteses guiaram o desenvolvimento deste trabalho. A primeira afirma o status necessariamen... more Duas hipóteses guiaram o desenvolvimento deste trabalho. A primeira afirma o status necessariamente epistêmico e, portanto, não ontológico, do espaço e do tempo na filosofia transcendental. A segunda é a de que o espaço e o tempo como formas a priori da intuição sensível apresentam uma dimensão essencialmente não conceitual da experiência perceptiva. Em vista disso, neste artigo, nossa intenção é trilhar o caminho argumentativo da constituição da idealidade transcendental do espaço e do tempo a fim de compreender esse estatuto epistêmico e não conceitual da intuição. O objetivo é o de analisar as consequências dessas duas hipóteses para a filosofia neo kantiana contemporânea que tenta compatibilizar os argumentos kantianos com os de uma posição não conceitualista. Para tanto, vamos analisar o desenvolvimento das noções de espaço e tempo, no chamado período de transição da filosofia kantiana, da fase pré-crítica à fase crítica, bem como no próprio período crítico, que culmina na doutrina da idealidade transcendental do espaço e do tempo. Palavras-chave: Kant; não conceitualismo; espaço egocêntrico; intuição; percepção.
Thesis Chapters by Maria Carolina M Resende

Dissertação de mestrado, Departamento de Filosofia, UFMG, 2019
O debate em torno do não conceitualismo kantiano ganhou notoriedade nas pesquisas em filosofia ka... more O debate em torno do não conceitualismo kantiano ganhou notoriedade nas pesquisas em filosofia kantiana contemporânea desde a publicação do artigo de Robert Hanna, em 2005, Kant and nonconceptual content (“Kant e o conteúdo não conceitual”). Desde então, muito tem sido
discutido sobre essa nova leitura da doutrina do idealismo transcendental que busca compatibilizá-la com os argumentos não conceitualistas da filosofia analítica. Procuramos mostrar de que forma a intuição pura do espaço, enquanto forma a priori da sensibilidade,
introduz uma estrutura espacial-egocêntrica na experiência perceptiva, que não requere a função da síntese governada por conceitos, própria da faculdade do entendimento, e que permite estruturar um tipo de conteúdo cuja natureza é não conceitual. Para atingir tal objetivo, esta
dissertação foi dividida em três capítulos. No primeiro, abordamos o desenvolvimento da doutrina da idealidade transcendental do espaço e do tempo que culmina na tese das formas puras não conceituais da sensibilidade. No segundo capítulo, fazemos um apanhado do debate entre conceitualistas e não conceitualistas na contemporaneidade. Mais especificamente, abordamos os problemas que regem a posição conceitualista padrão, pautada principalmente por John McDowell, e as respostas não conceitualistas que se desenvolveram a partir da posição de Gareth Evans, com foco especial na teoria do espaço egocêntrico. No terceiro capítulo, por fim, abordamos os principais problemas que a posição não conceitualista kantiana precisa enfrentar quando propõe que a doutrina da idealidade transcendental do espaço e do tempo seja compatível com a tese do conteúdo não conceitual da experiência.
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discutido sobre essa nova leitura da doutrina do idealismo transcendental que busca compatibilizá-la com os argumentos não conceitualistas da filosofia analítica. Procuramos mostrar de que forma a intuição pura do espaço, enquanto forma a priori da sensibilidade,
introduz uma estrutura espacial-egocêntrica na experiência perceptiva, que não requere a função da síntese governada por conceitos, própria da faculdade do entendimento, e que permite estruturar um tipo de conteúdo cuja natureza é não conceitual. Para atingir tal objetivo, esta
dissertação foi dividida em três capítulos. No primeiro, abordamos o desenvolvimento da doutrina da idealidade transcendental do espaço e do tempo que culmina na tese das formas puras não conceituais da sensibilidade. No segundo capítulo, fazemos um apanhado do debate entre conceitualistas e não conceitualistas na contemporaneidade. Mais especificamente, abordamos os problemas que regem a posição conceitualista padrão, pautada principalmente por John McDowell, e as respostas não conceitualistas que se desenvolveram a partir da posição de Gareth Evans, com foco especial na teoria do espaço egocêntrico. No terceiro capítulo, por fim, abordamos os principais problemas que a posição não conceitualista kantiana precisa enfrentar quando propõe que a doutrina da idealidade transcendental do espaço e do tempo seja compatível com a tese do conteúdo não conceitual da experiência.
discutido sobre essa nova leitura da doutrina do idealismo transcendental que busca compatibilizá-la com os argumentos não conceitualistas da filosofia analítica. Procuramos mostrar de que forma a intuição pura do espaço, enquanto forma a priori da sensibilidade,
introduz uma estrutura espacial-egocêntrica na experiência perceptiva, que não requere a função da síntese governada por conceitos, própria da faculdade do entendimento, e que permite estruturar um tipo de conteúdo cuja natureza é não conceitual. Para atingir tal objetivo, esta
dissertação foi dividida em três capítulos. No primeiro, abordamos o desenvolvimento da doutrina da idealidade transcendental do espaço e do tempo que culmina na tese das formas puras não conceituais da sensibilidade. No segundo capítulo, fazemos um apanhado do debate entre conceitualistas e não conceitualistas na contemporaneidade. Mais especificamente, abordamos os problemas que regem a posição conceitualista padrão, pautada principalmente por John McDowell, e as respostas não conceitualistas que se desenvolveram a partir da posição de Gareth Evans, com foco especial na teoria do espaço egocêntrico. No terceiro capítulo, por fim, abordamos os principais problemas que a posição não conceitualista kantiana precisa enfrentar quando propõe que a doutrina da idealidade transcendental do espaço e do tempo seja compatível com a tese do conteúdo não conceitual da experiência.