Papers by Bruni Emanuele Fernandes
Da fibra ao papel: o papel artesanal e o pioneirismo feminino, 2023
No presente artigo, propomo-nos a abordar o pioneirismo da presença feminina, no Brasil, em relaç... more No presente artigo, propomo-nos a abordar o pioneirismo da presença feminina, no Brasil, em relação ao desenvolvimento da materialidade do papel como suporte e como linguagem plástica no campo artístico. Para isso, começamos por retomar a história do papel, culminando na pesquisa sobre o papel artesanal, cuja inserção nas artes visuais promoveu uma ampliação da investigação artística, em especial no Brasil. Nesse ínterim, analisaremos essa produção principalmente a partir das obras e pesquisas de Marlene Trindade e de Joice Saturnino de Oliveira, em Minas Gerais — responsáveis pela criação e manutenção da disciplina de Artes da Fibra na Escola de Belas Artes da Universidade Federal de Minas Gerais (EBA-UFMG), em um diálogo entre saber acadêmico e saberes populares.
PÓS: Revista do Programa de Pós-graduação em Artes da EBA/UFMG
O presente artigo propõe discutir o acontecimento na fotografia analógica contemporânea, a partir... more O presente artigo propõe discutir o acontecimento na fotografia analógica contemporânea, a partir da noção de abstração em Vilém Flusser e de uma análise das memórias vinculadas ao modo de funcionamento dos aparatos fotográficos. Os conceitos nos servem para olharmos como as obras dos fotógrafos brasileiros Claudia Andujar, Eustáquio Neves e Alice Miceli atuam como arquivos instáveis, latentes, construídos como um gesto de abstração e fabulação do real.
PÓS:Revista do Programa de Pós-graduação em Artes da EBA/UFMG, 2023
O presente artigo propõe discutir o acontecimento na fotografia analógicacontemp... more O presente artigo propõe discutir o acontecimento na fotografia analógicacontemporânea, a partir da noção de abstração em Vilém Flusser e de uma análise dasmemórias vinculadas ao modo de funcionamento dos aparatos fotográficos. Os conceitosnos servem para olharmos como as obras dos fotógrafos brasileiros Claudia Andujar,Eustáquio Neves e Alice Miceli atuam como arquivos instáveis, latentes, construídos comoum gesto de abstração e fabulação do real.

Maripousar: linhas e rotas de investigação de uma poética mestiça biomitográfica, 2022
Esta dissertação é um corpo-texto apresentado como um desfecho primeiro, um primeiro ato da elabo... more Esta dissertação é um corpo-texto apresentado como um desfecho primeiro, um primeiro ato da elaboração que tenho denominado Maripousar, uma poética mestiça biomitográfica. Ao longo do trabalho, traço algumas linhas, costuro algumas rotas percorridas conceitual e poeticamente ao longo desta minha pesquisa-criação. A partir da congregação e esquematização de referências plásticas e epistemológicas – sobretudo, embora não só, as confabulações estéticas e os escritos de Gloria Anzaldúa, Audre Lorde, bell hooks, Lélia Gonzalez, Jota Mombaça, Ana Raylander, Angélica Dass –, foi tecida uma trama crítica e conceitual sobre o que é compreendido como confabulações estéticas antirracistas emergentes no contexto de uma consciência mestiça amefricana nas artes contemporâneas. Apresento a persona que tenho incorporado, La Mariposa, em múltiplas gestas performáticas, que vêm sendo mandingadas há quase três anos. Por fim, como fruto desta poética-mestiça biomitográfica, meu primeiro ensaio para um livro-performance Casulo-segredo, gestado e construído a partir de minha pesquisa criação, é apresentado como produção plástica autoral.
This dissertation is a body-text presented as a first outcome, a first act of elaboration that I have called Maripousar, a mestizo biomythographic poetics. Throughout the work, I trace some lines, sew together some routes covered conceptually and poetically throughout my research-creation. From the congregation and schematization of plastic and epistemological references – above all, although not only, the aesthetic confabulations and writings of Gloria Anzaldúa, Audre Lorde, bell hooks, Lélia Gonzalez, Jota Mombaça, Ana Raylander, Angélica Dass –, a critical and conceptual plot about what is understood as emerging anti-racist aesthetic confabulations in the context of an Amefrican mestizo consciousness in contemporary arts. I present the persona that I have incorporated, La Mariposa, in multiple performative gestures, which have been being manipulated for almost three years. Finally, as a result of this biomythographic mixed-poetics, my first essay for a book-performance Casulo-segredo, conceived and constructed from my creative research, is presented as an authorial plastic production.
-, 2022
O texto foi redigido para a mostra de fotografias de Lucas Pietro intitulada “Caus nos Trópicos”,... more O texto foi redigido para a mostra de fotografias de Lucas Pietro intitulada “Caus nos Trópicos”, em exposição no Centro de Referências das Juventudes (CRJ) de Belo Horizonte de 8 de setembro de 2022 a 8 de outubro do mesmo ano.
-, 2022
O texto foi redigido para a mostra de telas do Projeto Caus 2021, em exposição no Centro de Refer... more O texto foi redigido para a mostra de telas do Projeto Caus 2021, em exposição no Centro de Referências das Juventudes (CRJ) de Belo Horizonte de 8 de setembro de 2022 a 8 de outubro do mesmo ano.
-, 2022
O texto foi redigido para a mostra de obras-instalações intitulada “Arte urbana e memória”, em ex... more O texto foi redigido para a mostra de obras-instalações intitulada “Arte urbana e memória”, em exposição no Centro de Referências das Juventudes (CRJ) de Belo Horizonte de 8 de setembro de 2022 a 8 de outubro do mesmo ano. As obras expostas na mostra foram feitas pelos artistas residentes do Projeto Caus em 2022.
O ano de 2022. Este ano é, segundo uma narrativa hegemônicae, como tal, colonial, capitalista e c... more O ano de 2022. Este ano é, segundo uma narrativa hegemônicae, como tal, colonial, capitalista e cisheteropatriarcal-um marco histórico para a história do Brasil: neste ano, os crentes na mentira colonial da proclamação da independência deste território
Revista Compor, 2022
Bruni Emanuele (1996-) é escritora, editora, artista transdisciplinar. Além disso, atua como cura... more Bruni Emanuele (1996-) é escritora, editora, artista transdisciplinar. Além disso, atua como curadora textual e se interessa por curadoria em artes múltiplas. Bacharel em
Signo, 2020
Este artigo propõe uma leitura e uma análise crítica dos conteúdos dos números de 0 a 12 do bolet... more Este artigo propõe uma leitura e uma análise crítica dos conteúdos dos números de 0 a 12 do boletim ChanacomChana, que foi uma publicação da imprensa alternativa lésbica brasileira realizada pelo GALF (Grupo de Ação Lésbica Feminista, 1981-1990) que circulou entre 1981 e 1987. Nossa análise terá como referencial a teoria queer e autoras feministas decoloniais e interseccionais, a partir das quais avaliaremos e traçaremos um panorama da atualidade de várias das discussões presentes nos números do boletim, além de estabelecermos paralelos entre essas discussões e alguns acontecimentos do atual cenário político do Brasil, essencialmente no que diz respeito às discussões sobre gênero e sexualidade.
Urdimento - Revista de Estudos em Artes Cênicas, 2021
O presente artigo tem por propósito apresentar o contexto cênico e histórico que
antecede e acomp... more O presente artigo tem por propósito apresentar o contexto cênico e histórico que
antecede e acompanha o início da carreira do diretor japonês Tadashi Suzuki, bem
como expor sinteticamente princípios técnicos e teóricos que definem sua noção
sobre encenação. Partindo de sua biografia, desde a infância no contexto pós-
Segunda Guerra Mundial até seus primeiros anos como diretor profissional,
buscamos expor a combinação de aspectos dos teatros oriental e ocidental que
levaram ao desenvolvimento do método Suzuki. Por fim, a partir de escritos do
próprio diretor, intentamos um resumo sobre sua visão técnica e teórica sobre a
atuação.
Zines Journal #3: Queer Zines in Transglobal World , 2021
The present article aims at an analysis of representations of the feminine in art history and in ... more The present article aims at an analysis of representations of the feminine in art history and in the press, made mostly by patriarchal and heteronormative values of society and the art produced by cisgender male artists, who place the female body as an object of desire for hegemonic masculinity. In dialogue, and also in opposition, we will present the lesbian erotic content contained in the images of the ChanacomChana newsletters, having as main theoretical reference the text « Uses of the erotic: the erotic as power », by Audre Lorde, to build a critical reflection about the character subversive and powerful of these women's erotic self-representations, made for the lesbian audience.
Como apresentar o tempo e o [co]existir na atualidade?, 2020, 2020
Este ensaio visual teve sua germinação engatilhada por algumas
das várias sementes coletadas por ... more Este ensaio visual teve sua germinação engatilhada por algumas
das várias sementes coletadas por caminhos que se abriram em páginas
que percorri em busca de respostas costuradas de palavra e imagem,
mas sobretudo pelas lançadas ao vento sobre os campos férteis de minha cabeça
e coração por Audre Lorde, Monique Wittig e Silvia Federici.
Revista Signo, Florianópolis, v. 45, n. 84, p. 73-89, set./dez. 2020., 2020
Este artigo propõe uma leitura e uma análise crítica dos conteúdos dos números de 0 a 12 do bolet... more Este artigo propõe uma leitura e uma análise crítica dos conteúdos dos números de 0 a 12 do boletim ChanacomChana, que foi uma publicação da imprensa alternativa lésbica brasileira realizada pelo GALF (Grupo de Ação Lésbica Feminista, 1981-1990) que circulou entre 1981 e 1987. Nossa análise terá como referencial a teoria queer e autoras feministas decoloniais e interseccionais, a partir das quais avaliaremos e traçaremos um panorama da atualidade de várias das discussões presentes nos números do boletim, além de estabelecermos paralelos entre essas discussões e alguns acontecimentos do atual cenário político do Brasil, essencialmente no que diz respeito às discussões sobre gênero e sexualidade.
Books by Bruni Emanuele Fernandes
Catálogo II Bienal Black Brasil Art | Versão dês artistas, 2022
Esta é a versão para artistas participantes da Residência Artística Virtual Compartilhada (RAVC) ... more Esta é a versão para artistas participantes da Residência Artística Virtual Compartilhada (RAVC) da Black Brazil Art que tiveram suas obras expostas e para ês demais artistas expositories da Segunda Bienal Black Brasil Art, uns mostra coletiva virtual.
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Papers by Bruni Emanuele Fernandes
This dissertation is a body-text presented as a first outcome, a first act of elaboration that I have called Maripousar, a mestizo biomythographic poetics. Throughout the work, I trace some lines, sew together some routes covered conceptually and poetically throughout my research-creation. From the congregation and schematization of plastic and epistemological references – above all, although not only, the aesthetic confabulations and writings of Gloria Anzaldúa, Audre Lorde, bell hooks, Lélia Gonzalez, Jota Mombaça, Ana Raylander, Angélica Dass –, a critical and conceptual plot about what is understood as emerging anti-racist aesthetic confabulations in the context of an Amefrican mestizo consciousness in contemporary arts. I present the persona that I have incorporated, La Mariposa, in multiple performative gestures, which have been being manipulated for almost three years. Finally, as a result of this biomythographic mixed-poetics, my first essay for a book-performance Casulo-segredo, conceived and constructed from my creative research, is presented as an authorial plastic production.
antecede e acompanha o início da carreira do diretor japonês Tadashi Suzuki, bem
como expor sinteticamente princípios técnicos e teóricos que definem sua noção
sobre encenação. Partindo de sua biografia, desde a infância no contexto pós-
Segunda Guerra Mundial até seus primeiros anos como diretor profissional,
buscamos expor a combinação de aspectos dos teatros oriental e ocidental que
levaram ao desenvolvimento do método Suzuki. Por fim, a partir de escritos do
próprio diretor, intentamos um resumo sobre sua visão técnica e teórica sobre a
atuação.
das várias sementes coletadas por caminhos que se abriram em páginas
que percorri em busca de respostas costuradas de palavra e imagem,
mas sobretudo pelas lançadas ao vento sobre os campos férteis de minha cabeça
e coração por Audre Lorde, Monique Wittig e Silvia Federici.
Books by Bruni Emanuele Fernandes
This dissertation is a body-text presented as a first outcome, a first act of elaboration that I have called Maripousar, a mestizo biomythographic poetics. Throughout the work, I trace some lines, sew together some routes covered conceptually and poetically throughout my research-creation. From the congregation and schematization of plastic and epistemological references – above all, although not only, the aesthetic confabulations and writings of Gloria Anzaldúa, Audre Lorde, bell hooks, Lélia Gonzalez, Jota Mombaça, Ana Raylander, Angélica Dass –, a critical and conceptual plot about what is understood as emerging anti-racist aesthetic confabulations in the context of an Amefrican mestizo consciousness in contemporary arts. I present the persona that I have incorporated, La Mariposa, in multiple performative gestures, which have been being manipulated for almost three years. Finally, as a result of this biomythographic mixed-poetics, my first essay for a book-performance Casulo-segredo, conceived and constructed from my creative research, is presented as an authorial plastic production.
antecede e acompanha o início da carreira do diretor japonês Tadashi Suzuki, bem
como expor sinteticamente princípios técnicos e teóricos que definem sua noção
sobre encenação. Partindo de sua biografia, desde a infância no contexto pós-
Segunda Guerra Mundial até seus primeiros anos como diretor profissional,
buscamos expor a combinação de aspectos dos teatros oriental e ocidental que
levaram ao desenvolvimento do método Suzuki. Por fim, a partir de escritos do
próprio diretor, intentamos um resumo sobre sua visão técnica e teórica sobre a
atuação.
das várias sementes coletadas por caminhos que se abriram em páginas
que percorri em busca de respostas costuradas de palavra e imagem,
mas sobretudo pelas lançadas ao vento sobre os campos férteis de minha cabeça
e coração por Audre Lorde, Monique Wittig e Silvia Federici.