Papers by Etienne Alfred Higuet
Estudos de Religião, 2009

Correlatio, Feb 4, 2020
A teologia de Tillich elaborou-se como um constante diálogo e confronto com os movimentos sociais... more A teologia de Tillich elaborou-se como um constante diálogo e confronto com os movimentos sociais, políticos, filosóficos, científicos e artísticos do século XX, no afinco de descobrir sua dimensão religiosa suprema, suas chances e seus desvios, suas exigências e seus apelos. Foi nessa intenção que Tillich construiu o "método de correlação" que o tornou famoso. É nesse sentido que toda a teologia dele pode ser qualificada de "teologia da cultura". O breve trabalho que aqui propomos explicitará numa primeira parte os principais conceitos que estruturam a teologia da cultura de Tillich : preocupação suprema, última ou incondicional; duplo conceito de religião; profanização e demonização; cultura e estilo; kairos e teonomia; princípio protestante. Apresentamos na segunda parte três aplicações, para ilustrar o projeto tillichiano de teologia da cultura: análise da cultura da sociedade industrial; análise religiosa do capitalismo e do socialismo; natureza, símbolo e sacramento. Palavras-chave: religião, cultura, Ultimate Concern, correlação, kairos, teonomia.

Correlatio, Aug 18, 2017
Este dossiê inscreve-se no prolongamento do 23º Seminário em diálogo com o pensamento de Paul Til... more Este dossiê inscreve-se no prolongamento do 23º Seminário em diálogo com o pensamento de Paul Tillich, realizado nos dias 17 e 18 de maio de 2017, na Faculdade Messiânica de São Paulo. Paul Tillich interessou-se pela dimensão religiosa das artes visuais, como a arquitetura, a escultura, a pintura, o teatro e a dança. Há pouquíssimas alusões ao cinema, que Tillich não chegou a apreciar como uma arte. Assim, em "A situação religiosa do tempo presente" (1926), ele dedica uma seção à arte, cuja primeira parte trata das artes plásticas: principalmente a pintura, mas também a escultura, a arquitetura e a dança. Conforme Jérôme Cottin, ele chegou a afirmar que a obra de arte, na sua dimensão visual, era um dos fundamentos do seu pensamento teológico (1994). As reflexões de Tillich sobre a arte estão presentes, sobretudo, nos comentários que ele fez, de modo oral e escrito, de obras pertencendo ao domínio das artes plásticas, especialmente a pintura. Esses comentários se inscrevem na perspectiva da teologia da cultura, que acompanhou a carreira inteira de Tillich, desde a conferência de 1919 Sobre a ideia de uma teologia da cultura, até a Teologia Sistemática (1951, 1957, 1963). Durante os anos do primeiro ensino (1919)(1920)(1921)(1922)(1923)(1924)(1925)(1926), a teologia da cultura pretende manifestar a substância ou conteúdo religioso da cultura, isto é, o que diz respeito à questão do absoluto e dos limites da existência humana, e que transparece nas funções teóricas (artes, ciências -como a sociologia ou a psicologia profunda -, filosofia) e práticas (direito, moral, educação, política, técnica) da cultura (ou do espírito). Esta se identifica com o mundo propriamente humano do espírito, o conjunto das atividades criadores do ser humano. Numa perspectiva teológica, há uma relação íntima entre o espírito humano e o Espírito divino. O Espírito, ancorado na psique humana,

Correlatio, Jan 30, 2019
Já que a maior parte dos textos publicados nesta edição de Correlatio foi incluída no Dossiê, apr... more Já que a maior parte dos textos publicados nesta edição de Correlatio foi incluída no Dossiê, apresentarei aqui apenas os dois artigos da seção livre, uma entrevista e uma comunicação. O primeiro artigo: "Mito" e "Poesia" a partir de Tillich e Heidegger, busca apresentar a interface "mito" e "Poesia" em sua relação fundamental com a situação humana, a partir do pensamento de Paul Tillich e Martin Heidegger. Para tanto, propõe-se um diálogo entre a teologia da cultura de Tillich (1886-1965) e a filosofia de Heidegger (1889de Heidegger ( -1976)). Nesse sentido, a autora, Danjone Regina Meire, se volta, especialmente, para as obras "Teologia Sistemática" , "Dinâmica da Fé" (1957) e "Teologia da cultura" (1959) de Tillich. Assim como, para as obras "Ser e Tempo" (1927), "Hölderlin e a essência da poesia" (1936), "A coisa" (1950), "Poeticamente o homem habita" (1951) e "O que significa pensar? (1951)(1952) de Heidegger. A autora instaura aqui, uma análise do problema da existência humana e sua relação primordial com a questão da linguagem. Nessa perspectiva, se destacam a interface mito, religião e linguagem na ontologia de Tillich. Bem como, se enfatizam a relação mito, "Poesia" e existência no pensamento de Heidegger. Assim, as questões da existência e da linguagem são relevantes tanto para a ontologia de Tillich quanto para a ontologia de Heidegger. O artigo Saturnais: Culto, Religião e Simbolismo, inscreve-se no perfil da nossa revista pelas relações estabelecidas entre religião e cultura. Helena Raquel de França Costa e Altierez Sebastião dos Santos apresentam uma abordagem dos aspectos religiosos, simbólicos e cúlticos presentes no festival romano das Saturnais. Foi destacada a estru-

Correlatio, Feb 22, 2022
O 25º Seminário em diálogo com o pensamento de Paul Tillich foi realizado em modo online no mês d... more O 25º Seminário em diálogo com o pensamento de Paul Tillich foi realizado em modo online no mês de setembro de 2021. Por causa da coincidência com o GT Paul Tillich no VIII Congresso da Anptecre, resolvemos integrar os dois eventos. Assim, as comunicações livres ficaram para o GT na Anptecre. Vejam a seguir os dados do Seminário e do GT. 25o. SEMINÁRIO EM DIÁLOGO COM O PENSAMENTO DE PAUL TILLICH: Religião, Linguagem e Cultura: relevância e limites da teologia da cultura de Paul Tillich para o século XXI Em 1919, por ocasião de uma conferência na Sociedade Kantiana de Berlim, Paul Tillich delineou em um texto o que viria a ser o programa de sua obra: Sobre a ideia de uma teologia da cultura (Über die Idee einer Theologie der Kultur). Precursora de uma compreensão hermenêutica, secularizada e, a seu modo, "pública" da teologia, a proposta de Tillich alinhava-se ao pensamento crítico daquele contexto, a fim de tratar os conceitos de cultura e religião indissociáveis -não por seus conteúdos, mas por suas funções na dinâmica elementar da vida social humana. (Pouco mais que) um século depois, a Sociedade Paul Tillich do Brasil, propõe-se tematizar a teologia da cultura de Tillich com a tarefa básica a qualquer tratamento crítico: reconhecer a relevância no quadro de seus limites. Os objetivos se definem em torno da proposta do seminário desde a suas primeiras edições, que é fomentar o diálogo com o pensamento deste autor e qualificar sua recepção crítica e criativa no contexto do estudo da religião no Brasil e em língua portuguesa em geral. Em particular, nos perguntamos pelo poder e limites heurísticos não apenas do quadro conceitual que a teologia da cultura representa, mas também de seus pressupostos, determinados, por um lado, pelo
Correlatio, Feb 19, 2018
Escrito em vista de uma Aula Magna, quando se encerrava um ciclo de vida acadêmica, o texto é um ... more Escrito em vista de uma Aula Magna, quando se encerrava um ciclo de vida acadêmica, o texto é um ensaio de autobiografia intelectual, dedicado à convivência do autor com o pensamento de Paul Tillich durante mais de cinquenta anos. Privilegiou-se o pensamento político, em relação com a perspectiva histórica e escatológica, e a análise religiosa da cultura, colocando em segundo plano a reflexão epistemológica e a concepção de Deus. Todos os exemplos foram tirados de textos interpretativos do autor, instaurando quase sempre um diálogo com diversos aspectos da cultura contemporânea, principalmente brasileira. Nas considerações finais foram lembrados os cuidados a serem tomados na atualização de um autor de referência, num tempo e num ambiente diferentes dos seus. Palavras-chave: Paul Tillich, história de vida, teologia política, religião, cultura.
Revue Theologique De Louvain, 1973
Higuet Etienne. Cari J. Armbruster, S.J., La Vision de Paul Tillich, 1971. In: Revue théologique ... more Higuet Etienne. Cari J. Armbruster, S.J., La Vision de Paul Tillich, 1971. In: Revue théologique de Louvain, 4ᵉ année, fasc. 1, 1973. pp. 121-122

Correlatio, Oct 31, 2005
que la théologie entre en dialogue avec la situation présente, afin de mettre au jour la teneur o... more que la théologie entre en dialogue avec la situation présente, afin de mettre au jour la teneur ou le sens religieux, qui s'exprime dans toutes les formes culturelles. Quel pouvait être le sens particulier de la culture en 1926 ? Pour Tillich, il s'agissait avant tout d'un moment d'apaisement au sein des tensions qui se développaient depuis le tournant du siècle, et cela dans tous les domaines de la culture : politique, économie, art, science, philosophie, religion. Hans Ulrich Gumbrecht, par contre, dans son livre intitulé En 1926, àla limite du temps, dit avoir choisi la même année parce qu'elle ne signifie rien de spécial pour nous. C'est que, dans notre modernité, le présent s'est transformé en espace de simultanéité à la surface, sans sujet ni profondeur. Les phénomènes ne renvoient pas à une profondeur ni à une éternité, mais « signifient » pratiquement ce qu'ils « sont ». Tout cela nous laisse quelques questions sans réponse : une lecture théologique du profane est-elle encore possible quand on renonce à la perspective « platonicienne » de la profondeur ? Dans une modernité qui n'est plus celle de 1926, le désir d'atteindre le sens inconditionné ne peut-il être reconnu à la surface de l'existence ? Mots-clés: culture, sens, profondeur, éternité, surface, 1926.
Correlatio, Jun 30, 2006
REsumo Serão tratadas as seguintes questões: estado atual do debate; caracterização das Ciências ... more REsumo Serão tratadas as seguintes questões: estado atual do debate; caracterização das Ciências da Religião e da Teologia como áreas de conhecimento; a noção de ciência aplicada aos estudos de religião, incluindo a Teologia; que tipo de Teologia para os programas de Ciências da Religião no Brasil e suas relações com as outras áreas, especialmente a Filosofia; a teologia como ciência da religião em Paul Tillich; proposta para um programa de Ciências da Religião, incluindo a teologia; considerações finais, ressaltando a arte do teólogo.

Correlatio, Dec 30, 2014
REsumo O presente texto divide-se em quatro partes e uma conclusão. Na primeira parte, consideram... more REsumo O presente texto divide-se em quatro partes e uma conclusão. Na primeira parte, consideramos a crítica de Tillich ao supranaturalismo e ao teísmo e a sua superação no "teísmo transcendido" e na "fé absoluta", que se expressa na metáfora do "Deus acima de Deus". A crítica do teísmo exige uma reinterpretação das chamadas "provas da existência de Deus", objeto da segunda parte. A terceira parte pretende mostrar que só se pode falar de Deus numa linguagem simbólica, mas que os símbolos do divino se fundamentam no conceito não simbólico de "ser-em-si" (being itself). Na quarta parte, discutimos a concepção ontológica de Deus em Tillich, as dificuldades que ela apresenta e as possibilidades que ela oferece em vista de uma superação da ontoteologia em que se apoiou a maior parte da teologia cristã. Enfim, na conclusão, procuramos mostrar a antecipação, no pensamento de Tillich, do projeto de uma espiritualidade leiga, sem crenças, sem religiões, sem deuses (Marià Corbí).
VIA TEOLÓGICA, Dec 1, 2001
Palabra y razón, 2019
Como citar este artículo: E. HIGUET. "A crítica dos argumentos filosóficos a favor da existência ... more Como citar este artículo: E. HIGUET. "A crítica dos argumentos filosóficos a favor da existência de Deus e sua superação na filosofia da religião de Paul Tillich" en Palabra y Razón.

Introdução: A arte de Portinari Cândido Portinari (1903-1962), pintor brasileiro de ascendência i... more Introdução: A arte de Portinari Cândido Portinari (1903-1962), pintor brasileiro de ascendência italiana, nasceu na cidade de Brodowski, Estado de São Paulo, em 29 de dezembro de 1903. Sua pintura é, inicialmente, acadêmica, influenciada pelo espanhol Zuloaga e pelos italianos do século 15, sobretudo Piero della Francesca. Lentamente, afirma seu estilo próprio, libertando-se dos cânones convencionais. Como Lasar Segall, pintor russo radicado no Brasil, Portinari sofre a influência do expressionismo germânico. E, como os muralistas mexicanos, ele faz de sua pintura um instrumento de denúncia social. Inspirado pelas secas nordestinas, Portinari pinta obras de grande força dramática, acentuada pela distorção das figuras. A partir de 1948, a arte de Portinari torna-se cada vez mais expressionista, começando a evidenciar cores violentas. Pinta especialmente figuras populares, como retirantes, meninos, sorveteiros, lavradores e favelados. Contudo, Portinari não pode ser considerado apenas como um pintor expressionista, sofreu também influências do cubismo, do surrealismo e, particularmente, de Picasso, recriando as influências recebidas numa perspectiva latino-americana e brasileira. A escalada do nazi-fascismo e os horrores da guerra reforçam o caráter social e trágico de sua obra, levando-o à produção das séries Retirantes (1944) e Meninos de Brodósqui (1946), assim como à militância política, filiando-se ao Partido Comunista Brasileiro, sendo candidato a deputado em 1945 e a senador em 1947 sem, contudo, conseguir se eleger. Em 1944, a convite do arquiteto Oscar Niemeyer, inicia as obras de decoração do conjunto arquitetônico da Pampulha em Belo Horizonte, Minas Gerais, destacando-se na Igreja de São Francisco de Assis, o mural São Francisco se despojando das vestes e a Via Sacra, em óleo sobre madeira têmpera, além dos diversos painéis de azulejo sobre a vida de São Francisco.

Revista Brasileira de Filosofia da Religião, Sep 16, 2016
No sentido religioso, especialmente cristao, a espiritualidade pouco se distingue de termos como ... more No sentido religioso, especialmente cristao, a espiritualidade pouco se distingue de termos como mistica, religiosidade, vida religiosa, senso religioso e ate fe. A espiritualidade seria a dimensao de experiencia e vivencia da religiao. Mas ha tambem espiritualidades nao religiosas, como as chamadas pos-religionais. Falaremos, entao, em consciencia espiritual, experiencia do sentido radical, vivencia no sentido. Jean-Luc Nancy inscreve-se nessa linha, praticando uma desconstrucao ou esvaziamento da dimensao religiosa (crista) da espiritualidade, uma releitura a-teia da relacao com Deus e de todo o vocabulario religioso. Relendo a obra do autor Desconstrucao do cristianismo, tentaremos reconstruir uma espiritualidade nao religiosa para o tempo presente. A nossa analise sera centrada no conceito de ad-oracao, nas suas diversas conotacoes e conexoes. Em seguida, iniciaremos uma comparacao entre a concepcao de Nancy e a visao tradicional da teologia catolica. Nas consideracoes finais, elencamos as principais caracteristicas da espiritualidade para Jean-Luc Nancy. Palavras-chave: Espiritualidade. Jean-Luc Nancy. Adoracao. Desconstrucao. Teologia Catolica. Abstract In the religious meaning, especially in Christianity, spirituality is distinguished from terms like Mystics, religiosity, religious life, religious sense and even faith. Spirituality would be the dimension of experience and life of religion. But there are also non-religious spiritualities, like the so called post-religious ones. We're going to talk, then, about spiritual consciousness, radical sense experience and the experience of the meaning itself. Jean-Luc Nancy follows that line, practicing a deconstruction or emptying of the (Christian) religious dimension of spirituality, an atheist re-interpretation of the relationship with God, and with the whole religious vocabulary. By reinterpreting the works of the author of Deconstruction of Christianity, we will try to rebuild a nonreligious spirituality for the present time. Our analysis will be focused on the concept of ad-oration, in its various connotations and connections. Then, we will begin a comparison between the concept of Nancy and the traditional perspective of Catholic theology. In the final considerations, we highlight the main characteristics of spirituality according to the thoughts of Jean-Luc Nancy. Keywords: Spirituality. Jean-Luc Nancy. Adoration. Deconstruction. Catholic theology.
Revue Theologique De Louvain, 1973
Higuet Etienne. Herwig Arts, Moltmann et Tillich. Les fondements de l'espérance chrétienne, p... more Higuet Etienne. Herwig Arts, Moltmann et Tillich. Les fondements de l'espérance chrétienne, préf. de R. Mehl (coll. Recherches et Synthèses — Œcuménisme, 2). 1973. In: Revue théologique de Louvain, 4ᵉ année, fasc. 4, 1973. pp. 509-512
Professor do PPGCR UEPA RESUMO O presente estudo pretende apresentar brevemente o movimento expre... more Professor do PPGCR UEPA RESUMO O presente estudo pretende apresentar brevemente o movimento expressionista alemão do início do século XX, especialmente na pintura. Em seguida, a partir de alguns exemplos, introduziremos ao modo expressionista de representar a figura de Cristo. Daremos destaque ao quadro Crucifixão de Emil Nolde, que será objeto de uma análise mais detalhada. Enfim, retomaremos algumas reflexões de Paul Tillich, que podem constituir o esboço de uma interpretação filosófico-teológica.
Estudos de Religião, Nov 16, 2021
O presente artigo pretende mostrar como a teoria semiótica da interpretação de textos nos permite... more O presente artigo pretende mostrar como a teoria semiótica da interpretação de textos nos permite acessar à leitura de textos religiosos visuais e ao conhecimento que eles contêm e pretendem transmitir. A semiologia das imagens estuda as imagens como textos ou discursos e, no caso das imagens religiosas, como textos que remetem a outro texto, isto é, à religião como sistema de comunicação e elaboração de mensagens. Em consequência, as teorias da enunciação elaboradas em função dos textos linguísticos devem poder ser transpostas para a semiótica visual. Podemos encontrar nas imagens um correspondente analógico da enunciação linguística: a enunciação visual. Serão analisadas as modalidades pessoal, temporal e espacial da enunciação enunciada, com exemplos tirados da pintura religiosa ocidental.
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Papers by Etienne Alfred Higuet
Falamos de "teologia", e é obviamente teologia «cristã». Dizemos "teologia latino-americana", em um sentido materialmente geográfico, mas também espiritual. Essa teologia é especificamente latino-americana, não só porque reunimos teólogos e teólogas do nosso Continente; mas, também, essa teologia é espiritualmente latino-americana, porque está localizada e enraizada nessa "geografia espiritual" das Grandes Causas e das grandes opções tradicionalmente reconhecidas como «latino-americanas», nomeadamente: a opção pelos pobres, a encarnação na história, a construção apaixonada da "Utopia de Deus" (¡o Reino! na fala de Jesus), e de uma Igreja humilde e servidora. Uma teologia, em última análise, de libertação (de genitivo e de ablativo), isto é, total e genuinamente latino-americana.
E dizemos a teologia da libertação "pluralista", em um sentido preciso e técnico, como uma negação (superação consciente) da velha teologia "exclusivista" ou da atual teologia oficial "inclusivista". Reconhecemos que a teologia clássica da libertação sempre foi inclusiva - não poderia ter sido de outra forma. A que este livro deseja construir supera o paradigma do inclusivismo para afundar-se no pluralismo, assumindo por tanto o paradigma novo do pluralismo..
Mesmo se o dissermos com toda a modéstia, acreditamos sinceramente que este livro da teologia da libertação pode ser afirmado como «o primeiro livro da história escrito com um desejo consciente de superar o inclusivismo e de se colocar numa perspectiva de "pluralismo". Nossos críticos e interlocutores dirão se conseguimos dar uma contribuição significativa nesse empreendimento. De qualquer forma, pretendemos apenas ajudá-lo a dar o primeiro passo.
Leonardo Boff teve a gentileza de prefaciar este livro, com sua palavra autorizada de bandeirante e de desbravador dos sempre novos caminhos da teologia da libertação.
Diego Irarrázaval nos oferece como epílogo um balanço teológico deste livro, dirigido por sua Comissão Teológica pro Continente latino-americano, geográfico e espiritual.
Parliamo di "teologia", ed è ovviamente la teologia cristiana.
Diciamo "teologia latinoamericana", in un senso sia materialmente geografico che spirituale. Questa teologia è specificamente latinoamericana, perché abbiamo chiamato insieme teologi e teologi del nostro Continente. Ma anche questa teologia è spiritualmente latinoamericana, perché è localizzata e radicata in quella "geografia spirituale" delle grandi opzioni tradizionalmente riconosciute come "latinoamericane": l'opzione per i poveri, l'incarnazione nella storia, la costruzione appassionata dell'Utopia. di Dio e da una Chiesa umile e al servizio ... Una teologia, in definitiva, di liberazione, cioè sinceramente latinoamericana.
E diciamo teologia "pluralista" della liberazione, in un senso preciso e tecnico, in contraddizione con "esclusivista" o "inclusivista". La teologia della liberazione classica era sempre "inclusivista" - non avrebbe potuto essere diversamente. Quello che questo libro vuole costruire supera il paradigma dell'inclusivismo per approfondire quello del "pluralismo" – anche in senso tecnico, non in senso del linguaggio comune.
Anche se lo diciamo con tutta modestia, crediamo sinceramente che possiamo dire che questo libro di teologia della liberazione possa essere considerato il primo libro della storia scritto con il desiderio consapevole di superare l'inclusivismo e di mettersi in una prospettiva di "paradigma pluralista". I nostri critici e interlocutori diranno se siamo riusciti a dare un contributo significativo in questo sforzo. In ogni caso, intendiamo solo aiutare a fare il primo passo.
Leonardo BOFF è stato così gentile da fare un prologo per questo libro, con la sua autorevole parola di avanzamento e di chiarire le sempre nuove strade della teologia della liberazione.
Diego IRARRÁZAVAL ci offre come epilogo un bilancio teologico di questo libro diretto dalla Commissione Teologica Latinoamericana dell'EATWOT (AASETT).
«Possa contribuire a suo modo al dialogo tra le varie comunità teologiche e comunque di credenti del nord come del sud (in questo senso la prefazione a firma di Maurilio GUASCO aiuta a contestualizzare la recezione del lavoro fatto dai teologi/e latinoamericani/e). La voce che ci giunge dalla frontiera aiuti tutti noi a costruire quell’ermeneutica dell’alterità di cui abbiamo bisogno perché il mondo non imbarbarisca». (Marco DAL CORSO, direttore della collana).
Hablamos de «teología», y obviamente se trata de teología cristiana. Decimos «teología latinoamericana», en un sentido tanto materialmente geográfico como espiritual. Esta teología es concretamente latinoamericana, porque hemos convocado a los teólogos y teólogas de nuestro Continente; pero, también, esta teología es latinoamericana espiritualmente, porque está ubicada y enraizada en esa «geografía espiritual» de las grandes opciones reconocidas tradicionalmente como «latinoamericanas»: la opción por los pobres, la encarnación en la historia, la construcción apasionada de la Utopía de Dios desde una Iglesia humilde y servidora... Una teología, en definitiva, de la liberación, o sea, genuinamente latinoamericana.
Y decimos teología de la liberación «pluralista», en un sentido preciso y técnico, como contradistinto de «exclusivista» o «inclusivista». La teología clásica de la liberación fue siempre inclusivista –no podría haber sido de otra manera-. La que este libro quiere construir supera el paradigma del inclusivismo para adentrarse en el del pluralismo.
Aun diciéndolo con toda modestia, creemos sinceramente que se puede afirmar que este libro de teología de la liberación es el primer libro en la historia escrito con voluntad consciente de superar el inclusivismo y de situarse en una perspectiva de «pluralismo». Nuestros críticos e interlocutores dirán si hemos logrado hacer una aportación significativa en este intento. En todo caso, sólo pretendemos ayudar a dar un primer paso.
Leonardo Boff ha tenido la gentileza de prologar este libro, con su palabra autorizada de adelantado y de desbrozador de los caminos siempre nuevos de la teología de la liberación.
Diego Irrarázaval nos ofrece como epílogo un balance teológico de este libro dirigido por su Comisión Teológica para el Continente Latinoamericano.
Introdução [H. Renders [Umesp] e K. Mendonça [UFPA]
1. Campi das culturas materiais e visuais das religiões no Brasil e seus desafios
1.1 Culturas materiais e visuais das religiões em livros sagrados [Silas Klein / UMESP]
1.2 Culturas materiais e visuais protestantes e pentecostais [H. Renders / UMESP]
1.3 Culturas materiais e visuais das religiões pós-modernas [Júlio César Adam / EST]
2. A importância do estudo das culturas materiais e visuais das religiões em outros contextos
2.1 Cultura material e visual das religiões na Ásia: contextualização pelas artes [Volker Kuester, Universität Mainz]
2.2 A cultura visual do protestantismo americano no século XIX [David Morgan / Duke University]
3. Métodos para o estudo das culturas materiais e visuais das religiões nos Brasil e sua diversidade
3.1 Métodos da antropologia social para o estudo das culturas materiais e visuais [Luis Américo Bonfim / UFS]
3.2 Por uma tradução intersemiótica em Marc Chagall: a pintura convoca à literatura bíblica[Douglas Conceição / UEPA]
3.3 Métodos semióticos na cultura visual: a semiótica visual [Etienne A. Higuet / UFJF]
3.4 Janela para o infinito: o poder da imagem a partir de Florensky e Tarkovski [Katia Mendonça / UEPA]
Considerações finais [K. Mendonça / UFPA e H. Renders / UMESP]
Bibliografia