Papers by Thuani Coutinho Gomes de Queiroz
Informação, diálogo e ações para enfrentamento à violência contra meninas e mulheres, 2022
Este artigo é parte do livro Informação, diálogo e ações para enfrentamento à violência contra me... more Este artigo é parte do livro Informação, diálogo e ações para enfrentamento à violência contra meninas e mulheres (que está na íntegra neste arquivo).
O artigo tem por objetivo realizar um mapeamento das principais medidas de Combate à Violência Sexual (em especial, a infanto-juvenil) adotadas nas últimas décadas pelo Governo Brasileiro. O estudo baseia-se em material bibliográfico e reportagens de mídia virtual, buscando expor, de forma cronológica, os acontecimentos mais significativos no combate a esse tipo de violência em nosso País. A captação dos dados incide sobre o período compreendido entre os anos de 1970 e 2018.
ISBN 978-85-60527-25-0
Anais da XIV Reunião de Antropologia do Mercosul 2023, 2023
No presente artigo proponho um olhar analítico introdutório sobre o movimento Men going their own... more No presente artigo proponho um olhar analítico introdutório sobre o movimento Men going their own way, em tradução livre, ‘Homens que seguem seu próprio caminho’, mais conhecido pela sigla MGTOW. O recorte apresentado busca compreender em que consiste o movimento e como este se situa na sociedade. Tal exercício se mostra pertinente para o estudo das masculinidades no que se refere a desenvolver conhecimento sobre esta subcultura que tem se tornado cada vez mais conhecida dentro e fora da machosfera.

A proposta do presente trabalho é refletir sobre as diferentes motivações incidentes na alteração... more A proposta do presente trabalho é refletir sobre as diferentes motivações incidentes na alteração, silenciamento ou até apagamento do discurso de pessoas que sofreram abuso sexual. Neste sentido, o trabalho proposto é desdobramento de uma pesquisa etnográfica que começou a ser desenvolvida no final do ano de 2016, onde entrevistei 7 mulheres entre 18 e 38 anos que sofreram abuso sexual e analisei seus relatos, onde muito se falava sobre o que ouviram dos parentes e pessoas próximas. Quando a fala é a única prova a ser levada aos familiares, a credibilização ou descredibilização dada ao discurso da pessoa que sofreu abuso por esses indivíduos componentes de seu grupo intrafamiliar se mostra extremamente influente na forma como a pessoa que sofreu abuso conta seu relato, onde conta, para quem conta e se conta. Assim, determinados discursos e posicionamentos se tornam gatilho de conflito e rispidez no âmbito familiar
Insecure e a visibilidade das masculinidades negras, 2021
Insecure e a visibilidade das masculinidades negras
Enquanto isso, no Equador , 2022
Artigo sobre o Paro Nacional que aconteceu no Equador entre os meses de junho e julho - para Jo... more Artigo sobre o Paro Nacional que aconteceu no Equador entre os meses de junho e julho - para Jornal Folha de São Paulo
Precisamos falar de violencia sexual masculina , 2022
Artigo para Jornal Folha de São Paulo
Revista Intratextos
O presente artigo desdobrou-se de uma pesquisa que culminou na transcrição e análise de sete rel... more O presente artigo desdobrou-se de uma pesquisa que culminou na transcrição e análise de sete relatos de mulheres que sofreram abuso, sendo a proposta deste não só expor um panorama geral sobre estes relatos, como também observar um dos casos de forma mais detalhada explicitando determinadas reações da família que refletem, ou parecem refletir, como tais pessoas lidaram com o relato. O objetivo central é refletir sobre a importância do acolhimento familiar (ou da falta dele) a pessoa que sofreu violência sexual, observando o quanto isso afeta não só a pessoa que sofre abuso, mas também o grupo de referência em questão.
Coluna Quadro negro, Jornal Folha de São Paulo, 2021
A comoção nacional pelo caso do menino Henry Borel não é, infelizmente, proporcional ao tamanho r... more A comoção nacional pelo caso do menino Henry Borel não é, infelizmente, proporcional ao tamanho real da questão do abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes no Brasil. O problema é ainda maior que dimensiona-se na imprensa, quando casos célebres acontecem. Na academia, trabalha-se com o assunto em sua inteireza. A antropóloga Thuani Queiroz, que pesquisa o tema e conversa com crianças e adolescentes em escolas do Rio de Janeiro, estreia como colaboradora do Quadro-negro, chamando atenção para o problema da subnotificação de casos. Por quais motivos não se denuncia abusos? E quando há denúncia, não se acredita, como diz o poeta, “na pureza da resposta das crianças”? Thuani escreve sobre isso, e muito mais.
![Research paper thumbnail of [RESENHA] "HOMEM NÃO FALA SOBRE VIDA SEXUAL!": INICIAÇÕES, VIOLÊNCIAS E OUTROS APONTAMENTOS MASCULINOS SOBRE SEXO E SEXUALIDADE](https://attachments.academia-assets.com/67886244/thumbnails/1.jpg)
Revista Brasileira de Sexualidade Humana V. 32 n°1, 2021
Resenha da Dissertação de Mestrado em Antropologia, de Thuani Coutinho Gomes de Queiroz, intitula... more Resenha da Dissertação de Mestrado em Antropologia, de Thuani Coutinho Gomes de Queiroz, intitulada "'Homem não fala sobre vida sexual!': Iniciações, violências e outros apontamentos masculinos sobre sexo e sexualidade". (Niterói, 2020). Neste trabalho, a autora apresenta o resultado de sua pesquisa, que envolveu a entrevista de 7 homens de idades, origens e orientações sexuais distintas, acerca da construção de masculinidades, perpassadas pela vida sexual de cada um deles e o papel de assédios e violência sexuais nessa construção. A pesquisa surgiu do interesse da autora em pesquisar sobre abuso sexual masculino, saindo da visão mais comum do homem como abusador e tentando enxergar os homens numa eventual posição de vítima. Aponta as dificuldades em fazer os homens falarem sobre suas experiências negativas e, também, sobre o Próprio entendimento do que seria ou não uma experiência negativa - o quanto isso está marcado por elementos relacionais e situacionais.
Dossiê do GT 20: Antropologia, justiça e Direitos Humanos da XII Reunião De antropologia do Mercosul , 2017
O objetivo deste artigo é refletir sobre a importância do acolhimento familiar (ou da falta dele)... more O objetivo deste artigo é refletir sobre a importância do acolhimento familiar (ou da falta dele) para a pessoa que sofreu abuso sexual, observando o quanto tal violência afeta também os outros significativos em questão. As análises das reações da família, baseadas em relatos de pessoas que sofreram violências sexuais, evidenciam processos de negação, silenciamento e apagamento. Os resultados apontam para um melhor conhecimento desses processos e o início de um estudo sobre tal questão na esfera privada, entendendo que antes de os casos chegarem (quando chegam) ao judiciário há um primeiro momento ao qual a esfera pública não tem acesso.
Dossiê do Grupo de Trabajo número 10 Estudios políticos, Sociojurídicos e Instituciones en el XXXII Congreso Internacional ALAS Perú 2019 - ISBN 978-612-5025-01-2, 2019
O presente trabalho propõe uma reflexão sobre a problemática do relato da pessoa que sofreu abuso... more O presente trabalho propõe uma reflexão sobre a problemática do relato da pessoa que sofreu abuso sexual como prova no processo penal Brasileiro a partir da observação do contexto judiciário e das leis n° 12.650/12, n° 12.845/13 e n°13.431/17, que são as principais leis sancionadas na última década no país, diretamente focado ao acolhimento e redução da revitimização das pessoas vitimizadas. O intuito deste exercício é propor uma discussão crítica sobre a complexidade que envolve um acolhimento efetivo às pessoas vítimas de violência sexual por parte do judiciário Brasileiro.

Artigo publicado nos anais da XII JORNADA DE ALUNOS DO PPGA-UFF – 24 a 27 de setembro de 2018, na Universidade Federal Fluminense (UFF), Niterói , RJ.– Grupo de Trabalho 01 - Cultura Jurídica, Segurança Pública e Administração de conflitos, 2018
O presente trabalho visa refletir sobre as escolhas metodológicas utilizadas na pesquisa monográ... more O presente trabalho visa refletir sobre as escolhas metodológicas utilizadas na pesquisa monográfica Um abraço ao Silêncio, onde 7 mulheres entre 18 e 38 anos foram entrevistadas e, posteriormente, suas falas foram transcritas e analisadas com o objetivo de compreender, a partir de suas perspectivas, como os familiares lidaram com a notícia da violência sofrida e, por conseguinte, como a pessoa que sofreu abuso (PSA) se sentiu com a devolutiva dos seus. Palavras-chave: Métodos; Abuso sexual; entrevista; escuta empática; Metodologia.. 1. Introdução Eu não fazia ideia de onde chegaria ou se conseguiria chegar a algum lugar quando decidi pesquisar relatos de abuso sexual. Me atentar para narrativa de pessoas que eram ouvidas com pouca ou nenhuma frequência era estar em terreno sensível e inseguro, e por isso eu me auto criticava constantemente sobre estar ou não tomando atitudes válidas para a pesquisa. Atualmente, tendo acesso às leituras mais intensas e a debates com meus pares, compreendo que determinadas escolhas metodológicas que fiz, e a até pouco tempo pensei terem sido perda de tempo, foram importantes para a execução da pesquisa como um todo.
Revista INTRATEXTOS - UFRJ - ISSN: 2176-6789, 2019
O objetivo desta artigo é refletir sobre a importância do acolhimento familiar (ou da falta dele)... more O objetivo desta artigo é refletir sobre a importância do acolhimento familiar (ou da falta dele) para a pessoa que sofreu violência sexual, observando o quanto tal violência afeta não só apenas a pessoa que sofre abuso, mas também seu grupo de referência. A pesquisa se deu a partir da transcrição e análise de sete relatos de mulheres que sofreram violência, expondo um panorama geral sobre esses relatos e observando um dos casos de forma mais detalhada. Os resultados sugerem que a família pode ser um dos principais impeditivos para a correta notificação judicial de determinados casos de abuso sexual.

capítulo de livro - In: Etnografias Urbanas: Masculinidades. 1ed. Rio de Janeiro: Edições Malungo,, v. 1. ISBN: 978-85-94296-01-6, 2019
A partir da descrição etnográfica de duas conversas com três homens diferentes, este artigo propõ... more A partir da descrição etnográfica de duas conversas com três homens diferentes, este artigo propõe um primeiro exercício de análise de representações de violências nos relatos de experiências sexuais de homens. No que se refere as experiências sexuais dos homens, de um modo geral, fatores como masculinidade, emasculação e a visão que se tem sobre mulheres e outros homens são essenciais para a dicotomia honra e vergonha que parece, a priori, o caminho primário de classificação das experiências sexualmente positivas e negativas vividas por eles. Os estudos sobre honra e vergonha são de grande valia para a elaboração de reflexões sobre o que é
ou não interpretado pelos interlocutores como violência em interações sexuais passadas, visto que para algo ser considerado como tal deve haver o reconhecimento de determinadas experiências como insulto ou ofensa. Parte-se do pressuposto de que para que um ato se configure como um tipo de violência deve-se levar em conta que tal percepção varia cultural e historicamente, vê-se que a violência em si é uma representação que pode ser percebida, lida e classificada de formas diferentes de pessoa para pessoa, grupo a grupo, sociedade a sociedade, sendo consequentemente plural, pela diversidade de atos identificados como violentos. Por fim, para uma análise feita no contexto teórico exposto, acredito ser importante observar os diferentes tipos de masculinidades nos diferentes casos e procurar entender o(s) significado(s) dos elementos de cada caso em relação a estes tipos.
Books by Thuani Coutinho Gomes de Queiroz

Um abraço ao silêncio : a influência do núcleo familiar nos encaminhamentos de casos de abuso sexual, 2017
A presente monografia e fruto de uma pesquisa que trata dos
encaminhamentos dados aos casos de ab... more A presente monografia e fruto de uma pesquisa que trata dos
encaminhamentos dados aos casos de abuso sexual em ambiente familiar. O objetivo é refletir sobre a importância do acolhimento (ou da falta dele) para a pessoa que sofreu abuso sexual, observando o quanto tal violência afeta também os "outros significativos" direta ou indiretamente envolvidas, em particular os parentes mais próximos. As análises das reações da família, baseadas em relatos de pessoas que sofreram violências sexuais, evidenciam processos de negação, silenciamento e apagamento. Os resultados apontam para os obstáculos encontrados pelas pessoas que sofrem abuso sexual para
encaminhar seu caso em ambiente familiar e extrafamiliar mostrando como esta dinâmica se revela como um dos impeditivos.
Palavras Chave: Abuso sexual, Violência, Outros significativos, Família.
_______________________________
This monograph is the result of a research that deals with the referrals given to cases of sexual abuse in a family environment. The goal is to reflect on the importance of supporting reception (or the lacking of it) to the person who has been sexually abused, noting how much such violence also affects the
"significant others" directly or indirectly involved, particularly close relatives.
Analyzes of family reactions, based on reports of people who have suffered sexual violence, evidence denial, silencing, and erasure processes. The results point to the obstacles encountered by people who suffer sexual abuse to refer their case in a family and extrafamilial environment showing how this dynamic is revealed as one of the impediments.
Keywords: Sexual Abuse, Violence, Significative other, Family
Um abraço ao silêncio : a influência do núcleo familiar nos encaminhamentos de casos de abuso sexual / Thuani Coutinho Gomes.-2017. 96 f. : il.
"Homem não fala sobre vida sexual!" : Iniciações, violências e outros apontamentos masculinos sobre sexo e sexualidade., 2020
Nesta dissertação, me proponho a realizar uma análise das representações sobre masculinidade, sex... more Nesta dissertação, me proponho a realizar uma análise das representações sobre masculinidade, sexo e sexualidade produzidas e reproduzidas por um conjunto de homens a que tive acesso no âmbito de uma pesquisa etnográfica.[...](Resumo completo no pdf)
Conference Presentations by Thuani Coutinho Gomes de Queiroz

Anais da XII Jornada de Alunos do Programa de Pós Graduação em Antropologia - Diálogos Étnico Raciais: Embates e Construções.
Sumário
Apresentação................................................................................ more Sumário
Apresentação.............................................................................................................................9
GT 1: Cultura jurídica, segurança pública e administração de conflitos..................................10
Juizado Especial Criminal (JECRIM), “a construção da verdade”.................................11
Alberto Gomes dos Santos
Uma etnografia da Guarda Civil Municipal de Niterói: formação, paradigmas e senso
comum militarizado.......................................................................................................25
Carlos Eduardo Pereira Viana
A Ética e o “fazer etnográfico”: reflexões iniciais sobre a inserção no campo em um
curso preparatório para a carreira policial......................................................................34
Eduardo de Oliveira Rodrigues
Os diferentes olhares do policial militar durante a abordagem.......................................46
Lenon Diniz Sanna
Perla Alves Bento de Oliveira Costa
“Tem que fazer por onde pra não ser esculachado”: uma análise da percepção da
violência dos adolescentes em internação provisória no CENSE Dom Bosco – RJ........54
Luana Martins
“Mortos e desaparecidos políticos”: a construção da “vítima” nas comissões da verdade
vinculadas ao período ditatorial no Brasil......................................................................72
Maria Julieta Ramallo Garcia
Testemunho policial militar em audiências de instrução e julgamento nos casos
envolvendo tráfico de drogas.........................................................................................92
Marilha Gabriela Reverendo Garau
A “raça” da mulher negra na Polícia Militar no estado do Rio de Janeiro.....................120
Marta Maria de Andrade Gomes
"Caminhos da desinstitucionalização": Uma etnografia da construção de projetos
terapêuticos singulares dos internos em Hospitais de Custódia e Tratamento
Psiquiátrico..................................................................................................................133
Monique Torres Ferreira
Forças do Estado: Ascensão das milícias cariocas e o grande medo da população —
breve análise sobre as prisões por tráfico de drogas e disputa de controle das favelas no
Estado do Rio de Janeiro..............................................................................................146
Nilmara Palaio
Melissa Barbosa
4
As mediações e aproximações dos policiais do Programa Papo de Responsa com
juventudes em escolas do Rio de Janeiro......................................................................158
Rachel Paula de Souza Machado
Um olhar antropológico sobre a “Operação Hashtag”: reflexões sobre o discurso da
excepcionalidade no combate ao “terrorismo” e seus riscos à Democracia..................175
Thiago Pereira Rabelo
Mais perguntas do que respostas: uma reflexão sobre as escolhas metodológicas e suas
consequências em uma pesquisa sobre abuso sexual....................................................189
Thuani Coutinho Gomes de Queiroz
GT 2: Ritual e simbolismo.....................................................................................................203
A festa de lá e a festa de cá: celebração e devoção à Virgem de Urkupiña na fronteira
Corumbá (BR) – Puerto Quijarro (BO)........................................................................204
Alyson Matheus de Souza
Álvaro Banducci Júnior
Reputações do Véu: escolhas, julgamentos e a experiência vivida de ser muçulmana no
Brasil...........................................................................................................................219
Ana Clara Alves de Oliveira
Formas de subjetivação entre os discípulos da confraria sufi marroquina Hamdouchiya,
Marrocos......................................................................................................................231
Bruno Ferraz Bartel
Onda Dura: entre a rigidez da tradição e a flexibilidade do moderno...........................245
Carlos Henrique Moraes dos Santos
Peregrinação, devoção e turismo no Caminho Português de Santiago.........................257
Daniel Martinez de Oliveira
De terror nos campos a patrimônio imaterial. O símbolo da taranta do tarantismo ao folk
revival..........................................................................................................................269
Daniela Calvo
Uma crítica pós-colonial à teoria Interpretativa de Geertz...........................................285
João Rodolfo Lopes Pereira
O simbolismo da desconstrução da pessoa nas invasões dos terreiros no Rio de
Janeiro.........................................................................................................................299
Luziara Miranda Novaes
O racismo religioso que habita as escolas em que a liberdade religiosa não consegue
chegar..........................................................................................................................310
Mishelle Ninho de Almeida
O funk gospel como outra possibilidade de expressar a fé...........................................323
....
Uploads
Papers by Thuani Coutinho Gomes de Queiroz
O artigo tem por objetivo realizar um mapeamento das principais medidas de Combate à Violência Sexual (em especial, a infanto-juvenil) adotadas nas últimas décadas pelo Governo Brasileiro. O estudo baseia-se em material bibliográfico e reportagens de mídia virtual, buscando expor, de forma cronológica, os acontecimentos mais significativos no combate a esse tipo de violência em nosso País. A captação dos dados incide sobre o período compreendido entre os anos de 1970 e 2018.
ISBN 978-85-60527-25-0
ou não interpretado pelos interlocutores como violência em interações sexuais passadas, visto que para algo ser considerado como tal deve haver o reconhecimento de determinadas experiências como insulto ou ofensa. Parte-se do pressuposto de que para que um ato se configure como um tipo de violência deve-se levar em conta que tal percepção varia cultural e historicamente, vê-se que a violência em si é uma representação que pode ser percebida, lida e classificada de formas diferentes de pessoa para pessoa, grupo a grupo, sociedade a sociedade, sendo consequentemente plural, pela diversidade de atos identificados como violentos. Por fim, para uma análise feita no contexto teórico exposto, acredito ser importante observar os diferentes tipos de masculinidades nos diferentes casos e procurar entender o(s) significado(s) dos elementos de cada caso em relação a estes tipos.
Books by Thuani Coutinho Gomes de Queiroz
encaminhamentos dados aos casos de abuso sexual em ambiente familiar. O objetivo é refletir sobre a importância do acolhimento (ou da falta dele) para a pessoa que sofreu abuso sexual, observando o quanto tal violência afeta também os "outros significativos" direta ou indiretamente envolvidas, em particular os parentes mais próximos. As análises das reações da família, baseadas em relatos de pessoas que sofreram violências sexuais, evidenciam processos de negação, silenciamento e apagamento. Os resultados apontam para os obstáculos encontrados pelas pessoas que sofrem abuso sexual para
encaminhar seu caso em ambiente familiar e extrafamiliar mostrando como esta dinâmica se revela como um dos impeditivos.
Palavras Chave: Abuso sexual, Violência, Outros significativos, Família.
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This monograph is the result of a research that deals with the referrals given to cases of sexual abuse in a family environment. The goal is to reflect on the importance of supporting reception (or the lacking of it) to the person who has been sexually abused, noting how much such violence also affects the
"significant others" directly or indirectly involved, particularly close relatives.
Analyzes of family reactions, based on reports of people who have suffered sexual violence, evidence denial, silencing, and erasure processes. The results point to the obstacles encountered by people who suffer sexual abuse to refer their case in a family and extrafamilial environment showing how this dynamic is revealed as one of the impediments.
Keywords: Sexual Abuse, Violence, Significative other, Family
Um abraço ao silêncio : a influência do núcleo familiar nos encaminhamentos de casos de abuso sexual / Thuani Coutinho Gomes.-2017. 96 f. : il.
Conference Presentations by Thuani Coutinho Gomes de Queiroz
Apresentação.............................................................................................................................9
GT 1: Cultura jurídica, segurança pública e administração de conflitos..................................10
Juizado Especial Criminal (JECRIM), “a construção da verdade”.................................11
Alberto Gomes dos Santos
Uma etnografia da Guarda Civil Municipal de Niterói: formação, paradigmas e senso
comum militarizado.......................................................................................................25
Carlos Eduardo Pereira Viana
A Ética e o “fazer etnográfico”: reflexões iniciais sobre a inserção no campo em um
curso preparatório para a carreira policial......................................................................34
Eduardo de Oliveira Rodrigues
Os diferentes olhares do policial militar durante a abordagem.......................................46
Lenon Diniz Sanna
Perla Alves Bento de Oliveira Costa
“Tem que fazer por onde pra não ser esculachado”: uma análise da percepção da
violência dos adolescentes em internação provisória no CENSE Dom Bosco – RJ........54
Luana Martins
“Mortos e desaparecidos políticos”: a construção da “vítima” nas comissões da verdade
vinculadas ao período ditatorial no Brasil......................................................................72
Maria Julieta Ramallo Garcia
Testemunho policial militar em audiências de instrução e julgamento nos casos
envolvendo tráfico de drogas.........................................................................................92
Marilha Gabriela Reverendo Garau
A “raça” da mulher negra na Polícia Militar no estado do Rio de Janeiro.....................120
Marta Maria de Andrade Gomes
"Caminhos da desinstitucionalização": Uma etnografia da construção de projetos
terapêuticos singulares dos internos em Hospitais de Custódia e Tratamento
Psiquiátrico..................................................................................................................133
Monique Torres Ferreira
Forças do Estado: Ascensão das milícias cariocas e o grande medo da população —
breve análise sobre as prisões por tráfico de drogas e disputa de controle das favelas no
Estado do Rio de Janeiro..............................................................................................146
Nilmara Palaio
Melissa Barbosa
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As mediações e aproximações dos policiais do Programa Papo de Responsa com
juventudes em escolas do Rio de Janeiro......................................................................158
Rachel Paula de Souza Machado
Um olhar antropológico sobre a “Operação Hashtag”: reflexões sobre o discurso da
excepcionalidade no combate ao “terrorismo” e seus riscos à Democracia..................175
Thiago Pereira Rabelo
Mais perguntas do que respostas: uma reflexão sobre as escolhas metodológicas e suas
consequências em uma pesquisa sobre abuso sexual....................................................189
Thuani Coutinho Gomes de Queiroz
GT 2: Ritual e simbolismo.....................................................................................................203
A festa de lá e a festa de cá: celebração e devoção à Virgem de Urkupiña na fronteira
Corumbá (BR) – Puerto Quijarro (BO)........................................................................204
Alyson Matheus de Souza
Álvaro Banducci Júnior
Reputações do Véu: escolhas, julgamentos e a experiência vivida de ser muçulmana no
Brasil...........................................................................................................................219
Ana Clara Alves de Oliveira
Formas de subjetivação entre os discípulos da confraria sufi marroquina Hamdouchiya,
Marrocos......................................................................................................................231
Bruno Ferraz Bartel
Onda Dura: entre a rigidez da tradição e a flexibilidade do moderno...........................245
Carlos Henrique Moraes dos Santos
Peregrinação, devoção e turismo no Caminho Português de Santiago.........................257
Daniel Martinez de Oliveira
De terror nos campos a patrimônio imaterial. O símbolo da taranta do tarantismo ao folk
revival..........................................................................................................................269
Daniela Calvo
Uma crítica pós-colonial à teoria Interpretativa de Geertz...........................................285
João Rodolfo Lopes Pereira
O simbolismo da desconstrução da pessoa nas invasões dos terreiros no Rio de
Janeiro.........................................................................................................................299
Luziara Miranda Novaes
O racismo religioso que habita as escolas em que a liberdade religiosa não consegue
chegar..........................................................................................................................310
Mishelle Ninho de Almeida
O funk gospel como outra possibilidade de expressar a fé...........................................323
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O artigo tem por objetivo realizar um mapeamento das principais medidas de Combate à Violência Sexual (em especial, a infanto-juvenil) adotadas nas últimas décadas pelo Governo Brasileiro. O estudo baseia-se em material bibliográfico e reportagens de mídia virtual, buscando expor, de forma cronológica, os acontecimentos mais significativos no combate a esse tipo de violência em nosso País. A captação dos dados incide sobre o período compreendido entre os anos de 1970 e 2018.
ISBN 978-85-60527-25-0
ou não interpretado pelos interlocutores como violência em interações sexuais passadas, visto que para algo ser considerado como tal deve haver o reconhecimento de determinadas experiências como insulto ou ofensa. Parte-se do pressuposto de que para que um ato se configure como um tipo de violência deve-se levar em conta que tal percepção varia cultural e historicamente, vê-se que a violência em si é uma representação que pode ser percebida, lida e classificada de formas diferentes de pessoa para pessoa, grupo a grupo, sociedade a sociedade, sendo consequentemente plural, pela diversidade de atos identificados como violentos. Por fim, para uma análise feita no contexto teórico exposto, acredito ser importante observar os diferentes tipos de masculinidades nos diferentes casos e procurar entender o(s) significado(s) dos elementos de cada caso em relação a estes tipos.
encaminhamentos dados aos casos de abuso sexual em ambiente familiar. O objetivo é refletir sobre a importância do acolhimento (ou da falta dele) para a pessoa que sofreu abuso sexual, observando o quanto tal violência afeta também os "outros significativos" direta ou indiretamente envolvidas, em particular os parentes mais próximos. As análises das reações da família, baseadas em relatos de pessoas que sofreram violências sexuais, evidenciam processos de negação, silenciamento e apagamento. Os resultados apontam para os obstáculos encontrados pelas pessoas que sofrem abuso sexual para
encaminhar seu caso em ambiente familiar e extrafamiliar mostrando como esta dinâmica se revela como um dos impeditivos.
Palavras Chave: Abuso sexual, Violência, Outros significativos, Família.
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This monograph is the result of a research that deals with the referrals given to cases of sexual abuse in a family environment. The goal is to reflect on the importance of supporting reception (or the lacking of it) to the person who has been sexually abused, noting how much such violence also affects the
"significant others" directly or indirectly involved, particularly close relatives.
Analyzes of family reactions, based on reports of people who have suffered sexual violence, evidence denial, silencing, and erasure processes. The results point to the obstacles encountered by people who suffer sexual abuse to refer their case in a family and extrafamilial environment showing how this dynamic is revealed as one of the impediments.
Keywords: Sexual Abuse, Violence, Significative other, Family
Um abraço ao silêncio : a influência do núcleo familiar nos encaminhamentos de casos de abuso sexual / Thuani Coutinho Gomes.-2017. 96 f. : il.
Apresentação.............................................................................................................................9
GT 1: Cultura jurídica, segurança pública e administração de conflitos..................................10
Juizado Especial Criminal (JECRIM), “a construção da verdade”.................................11
Alberto Gomes dos Santos
Uma etnografia da Guarda Civil Municipal de Niterói: formação, paradigmas e senso
comum militarizado.......................................................................................................25
Carlos Eduardo Pereira Viana
A Ética e o “fazer etnográfico”: reflexões iniciais sobre a inserção no campo em um
curso preparatório para a carreira policial......................................................................34
Eduardo de Oliveira Rodrigues
Os diferentes olhares do policial militar durante a abordagem.......................................46
Lenon Diniz Sanna
Perla Alves Bento de Oliveira Costa
“Tem que fazer por onde pra não ser esculachado”: uma análise da percepção da
violência dos adolescentes em internação provisória no CENSE Dom Bosco – RJ........54
Luana Martins
“Mortos e desaparecidos políticos”: a construção da “vítima” nas comissões da verdade
vinculadas ao período ditatorial no Brasil......................................................................72
Maria Julieta Ramallo Garcia
Testemunho policial militar em audiências de instrução e julgamento nos casos
envolvendo tráfico de drogas.........................................................................................92
Marilha Gabriela Reverendo Garau
A “raça” da mulher negra na Polícia Militar no estado do Rio de Janeiro.....................120
Marta Maria de Andrade Gomes
"Caminhos da desinstitucionalização": Uma etnografia da construção de projetos
terapêuticos singulares dos internos em Hospitais de Custódia e Tratamento
Psiquiátrico..................................................................................................................133
Monique Torres Ferreira
Forças do Estado: Ascensão das milícias cariocas e o grande medo da população —
breve análise sobre as prisões por tráfico de drogas e disputa de controle das favelas no
Estado do Rio de Janeiro..............................................................................................146
Nilmara Palaio
Melissa Barbosa
4
As mediações e aproximações dos policiais do Programa Papo de Responsa com
juventudes em escolas do Rio de Janeiro......................................................................158
Rachel Paula de Souza Machado
Um olhar antropológico sobre a “Operação Hashtag”: reflexões sobre o discurso da
excepcionalidade no combate ao “terrorismo” e seus riscos à Democracia..................175
Thiago Pereira Rabelo
Mais perguntas do que respostas: uma reflexão sobre as escolhas metodológicas e suas
consequências em uma pesquisa sobre abuso sexual....................................................189
Thuani Coutinho Gomes de Queiroz
GT 2: Ritual e simbolismo.....................................................................................................203
A festa de lá e a festa de cá: celebração e devoção à Virgem de Urkupiña na fronteira
Corumbá (BR) – Puerto Quijarro (BO)........................................................................204
Alyson Matheus de Souza
Álvaro Banducci Júnior
Reputações do Véu: escolhas, julgamentos e a experiência vivida de ser muçulmana no
Brasil...........................................................................................................................219
Ana Clara Alves de Oliveira
Formas de subjetivação entre os discípulos da confraria sufi marroquina Hamdouchiya,
Marrocos......................................................................................................................231
Bruno Ferraz Bartel
Onda Dura: entre a rigidez da tradição e a flexibilidade do moderno...........................245
Carlos Henrique Moraes dos Santos
Peregrinação, devoção e turismo no Caminho Português de Santiago.........................257
Daniel Martinez de Oliveira
De terror nos campos a patrimônio imaterial. O símbolo da taranta do tarantismo ao folk
revival..........................................................................................................................269
Daniela Calvo
Uma crítica pós-colonial à teoria Interpretativa de Geertz...........................................285
João Rodolfo Lopes Pereira
O simbolismo da desconstrução da pessoa nas invasões dos terreiros no Rio de
Janeiro.........................................................................................................................299
Luziara Miranda Novaes
O racismo religioso que habita as escolas em que a liberdade religiosa não consegue
chegar..........................................................................................................................310
Mishelle Ninho de Almeida
O funk gospel como outra possibilidade de expressar a fé...........................................323
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