Papers by Rodrigo Monteiro
Sistema Penal & Violência, 2015
A pacificação e suas tramas Conflitos em torno da construção de normas sociais em duas favelas ca... more A pacificação e suas tramas Conflitos em torno da construção de normas sociais em duas favelas cariocas The pacification and his plots Conflicts about the construction of social norms in two favelas from Rio de Janeiro
História, Ciências, Saúde-Manguinhos, 2011
A corporação investigada: uma pesquisa quantitativa e qualitativa sobre a Polícia Militar do Esta... more A corporação investigada: uma pesquisa quantitativa e qualitativa sobre a Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro

Ciência & Saúde Coletiva, 2018
Drawing on the results of an ethnographic study and group interviews with young people and social... more Drawing on the results of an ethnographic study and group interviews with young people and social project coordinators from favelasin Rio de Janeiro, this article discusses the association between youth and vulnerabilities and its possible consequences for the reinforcement of negative stereotypes of poor young people through discourses that emphasize self-management. It explores the notion of production of victims as entrepreneurs of their social redemption by promoting reflection on the use of the category involved in crime, disseminated in the common sense as a new form of criminal labeling. The article addresses material and symbolic investments in poor young people, beneficiaries of so-called social projects, reflecting on the maneuvers of meanings that veil the temporality of these initiatives, characterized by moralistic overtones of merit and salvation. The fear of dying or “remaining”, of not finding a job, and a series of other fears are the focus of this reflection, which seeks to broaden the debate over institutional initiatives directed at young people.

Based on the ethnographic work and group interviews with young people from two Rio de Janeiro fav... more Based on the ethnographic work and group interviews with young people from two Rio de Janeiro favelas, this article problematizes the category 'involved-with (taken from the everyday language) crime and its services', as a fluid social control device that creates moving borders which serve to "unequalize" the unequal. This shows how this notion has been mobilized in the selective distribution of surveillance and punishment of youths in the suburbs. Its functionalities are discussed in the regulation of trajectories and identity paths, highlighting a profiling web that ends up blurring the meaning between the notions of "criminal" and "vulnerable." The activation of moralities that justify the self-management of the favela inhabitants is analyzed. It reveals an ambition of police custody maximized by the appetite for criminalization not only of individuals, but also of their social relations.

A produção da vítima empreendedora de seu resgate social: juventudes, controles e envolvimentos T... more A produção da vítima empreendedora de seu resgate social: juventudes, controles e envolvimentos The production of victims as entrepreneurs of their social redemption: young people, control and involvement Resumo Partindo de trabalho de campo etno-gráfico e entrevistas grupais com jovens e gestores de projetos sociais de localidades pobres do Rio de Janeiro, o artigo problematiza a associação entre juventude e vulnerabilidades e as suas possíveis implicações no reforço de estereótipos negati-vos sobre os jovens pobres, por meio de discursos que privilegiam a autogestão. Explora a ideia de produção da vítima empreendora do seu regaste social tendo como pano de fundo uma reflexão so-bre os usos da categoria envolvido-com-o-crime, disseminada no senso comum como uma nova forma de rotulação criminal. A análise recobre os investimentos materiais e simbólicos feitos em tor-no da juventude pobre, destinatários dos chama-dos projetos sociais, refletindo sobre as manobras de sentidos que encobrem a provisoriedade dessas iniciativas, marcadas por uma lógica do mérito e salvacionista. O medo de morrer, o medo de so-brar, de não encontrar emprego e uma série de outros medos constituem o foco da reflexão com o intuito de ampliar o debate sobre as iniciativas institucionais dirigidas aos segmentos juvenis. Abstract Drawing on the results of an ethno-graphic study and group interviews with young people and social project coordinators from fave-lasin Rio de Janeiro, this article discusses the association between youth and vulnerabilities and its possible consequences for the reinforcement of negative stereotypes of poor young people through discourses that emphasize self-management. It explores the notion of production of victims as entrepreneurs of their social redemption by promoting reflection on the use of the category involved in crime, disseminated in the common sense as a new form of criminal labeling. The article addresses material and symbolic investments in poor young people, beneficiaries of so-called social projects, reflecting on the maneuvers of meanings that veil the temporality of these initiatives, characterized by moralistic overtones of merit and salvation. The fear of dying or " remaining " , of not finding a job, and a series of other fears are the focus of this reflection, which seeks to broaden the debate over institutional initiatives directed at young people.
CADERNO CRH, 2018
Partindo do trabalho etnográfico e entrevistas grupais com jovens de duas favelas cariocas, o art... more Partindo do trabalho etnográfico e entrevistas grupais com jovens de duas favelas cariocas, o artigo problematiza a categoria envolvido-com o crime e suas serventias como um dispositivo de controle social itinerante que fabrica fronteiras móveis que desigualam os desiguais. Evidencia como esta noção tem sido mobilizada na distribuição seletiva de vigilância e de punição das juventudes da periferia. Discutem-se suas funcionalidades na regulação das trajetórias e percursos identitários, evidenciando a trama de rotulações que põe em operação deslizamentos de sentido entre as noções de “bandido e “vulnerável”. Analisa-se o acionamento de moralidades que justificam a gerência de si dos favelados. Revela uma ambição de tutela policial maximizada pelo apetite de criminalização não só dos indivíduos, mas também de seus vínculos sociais.

A partir da sociologia figuracional de Norbert Elias, onde o conflito e o poder estão presentes e... more A partir da sociologia figuracional de Norbert Elias, onde o conflito e o poder estão presentes em todas as
relações sociais e onde cada grupo ou indivíduo possui uma fração de poder, buscarei explorar nesse artigo
as relações de dominação, poder e as tensões entre moradores, policiais e traficantes em duas favelas do Rio
de Janeiro com Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) onde realizei pesquisa de campo. Dessa forma,
entendo o crescimento da tensão entre policiais e moradores também como disputas pela internalização
de normas e elaboração de regras que constituem a vida social nas favelas. O crescimento da tensão entre
policiais e traficantes tem levado ao questionamento da autoridade policial, sua legitimidade e aquiescência.
Tais fatores ratificam a ideia de favelas como espaços segmentados e marcados por intensas disputas de
poder político, econômico e simbólico. Personagens chaves nesses cenários são: lideranças comunitárias,
gestores de políticas públicas locais, comerciantes, policiais e traficantes.
Book Reviews by Rodrigo Monteiro
Cadernos CRH, 2018
Dossiê sobre Estudos Urbanos e Atores sociais
Uploads
Papers by Rodrigo Monteiro
relações sociais e onde cada grupo ou indivíduo possui uma fração de poder, buscarei explorar nesse artigo
as relações de dominação, poder e as tensões entre moradores, policiais e traficantes em duas favelas do Rio
de Janeiro com Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) onde realizei pesquisa de campo. Dessa forma,
entendo o crescimento da tensão entre policiais e moradores também como disputas pela internalização
de normas e elaboração de regras que constituem a vida social nas favelas. O crescimento da tensão entre
policiais e traficantes tem levado ao questionamento da autoridade policial, sua legitimidade e aquiescência.
Tais fatores ratificam a ideia de favelas como espaços segmentados e marcados por intensas disputas de
poder político, econômico e simbólico. Personagens chaves nesses cenários são: lideranças comunitárias,
gestores de políticas públicas locais, comerciantes, policiais e traficantes.
Book Reviews by Rodrigo Monteiro
relações sociais e onde cada grupo ou indivíduo possui uma fração de poder, buscarei explorar nesse artigo
as relações de dominação, poder e as tensões entre moradores, policiais e traficantes em duas favelas do Rio
de Janeiro com Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) onde realizei pesquisa de campo. Dessa forma,
entendo o crescimento da tensão entre policiais e moradores também como disputas pela internalização
de normas e elaboração de regras que constituem a vida social nas favelas. O crescimento da tensão entre
policiais e traficantes tem levado ao questionamento da autoridade policial, sua legitimidade e aquiescência.
Tais fatores ratificam a ideia de favelas como espaços segmentados e marcados por intensas disputas de
poder político, econômico e simbólico. Personagens chaves nesses cenários são: lideranças comunitárias,
gestores de políticas públicas locais, comerciantes, policiais e traficantes.