Papers by Júlia Fregni Lins

Entre exatamente os meses do meio do ano – de Abril a Agosto de 2018 – cursamos, eu e colegas, a ... more Entre exatamente os meses do meio do ano – de Abril a Agosto de 2018 – cursamos, eu e colegas, a primeira disciplina exclusivamente voltada à análise do golpe de 2016, no curso de Ciências Sociais da UFCG. Orientada pela professora Elizabeth Lima, que há anos realiza pesquisas sobre a relação entre mulher, política, imagem e mídia , lemos revistas e artigos que abordaram momentos políticos que precederam o ponto culminante que foi o golpe de 2016, e as características, especificamente misóginas, do mesmo. Perpassamos pelas Jornadas de Junho de 2013, das quais pessoalmente caminhei e relembrarei aqui, e suas expectativas hoje vistas como alcançadas ou frustradas. E debatemos, entre outros, sobre o ganho de espaço dos discursos da nova direita frente à repressão de importantes direitos conquistados pela esquerda nos últimos anos, especificamente entre 2003 e 2016, período do Partido dos Trabalhadores no governo.
As areas de Antropologia e Etologia, quando se cruzam tendem a faiscar em debates dificeis de ult... more As areas de Antropologia e Etologia, quando se cruzam tendem a faiscar em debates dificeis de ultrapassar. Contudo, proponho, no presente artigo, discutir o conceito de Cultura Animal na visao antropologica, interseccionando a discussao com a area da Etologia, estudo ao comportamento dos animais, e da Literatura, utilizando como base a obra A Vida das Abelhas, de Maurice Maeterlinck. Busco demonstrar, a partir de exemplos empiricos, inicialmente encontrados em abelhas, a existencia observavel de tracos do que poderiamos nominar de Cultura Animal, e como podemos, a partir daqui, avancar o debate e trazer cada vez mais a Antropologia para perto da nocao de cultura em sociedades animais. PALAVRAS-CHAVE: Antropologia; Etologia; Cultura Animal
Ao estudarmos a história da sexualidade, dois importantes autores do século XX se destacam pela a... more Ao estudarmos a história da sexualidade, dois importantes autores do século XX se destacam pela análise que fornecem sobre a sexualidade humana. No presente ensaio visaremos refletir, essencialmente, sobre a sexualidade feminina no contexto pré-moderno e moderno, considerando as transformações ocorridas de um contexto a outro. Para tal, utilizaremos como base teórica a obra A transformação da Intimidade, de Anthony Giddens, e a obra Vigiar e Punir, de Michel Foucault.
Pensando sobre Cultura Animal a partir de A Vida das Abelhas, 2019
As áreas de Antropologia e Etologia, quando se cruzam tendem a faiscar em debates difíceis de ult... more As áreas de Antropologia e Etologia, quando se cruzam tendem a faiscar em debates difíceis de ultrapassar. Contudo, proponho, no presente artigo, discutir o conceito de Cultura Animal na visão antropológica, interseccionando a discussão com a área da Etologia, estudo ao comportamento dos animais, e da Literatura, utilizando como base a obra A Vida das Abelhas , de Maurice Maeterlinck. Busco demonstrar, a partir de exemplos empíricos, inicialmente encontrados em abelhas, a existência observável de traços do que poderíamos nominar de Cultura Animal, e como podemos, a partir daqui, avançar o debate e trazer cada vez mais a Antropologia para perto da noção de cultura em sociedades animais.
Ao estudarmos duas importantes obras da economia politica clássica, A Democracia na América, de T... more Ao estudarmos duas importantes obras da economia politica clássica, A Democracia na América, de Tocqueville, e O Governo Representativo, de John Stuart Mill, nos deparamos com correspondências e contradições no que diz respeito a forma de governo democrático. No presente artigo analisaremos, a partir da comparação entre ambas as obras, em que aspectos o germe e desenvolvimento da democracia anglo-americana compatibilizam com as considerações da teoria do governo representativo, de Stuart Mill.
Neste artigo debatemos a concepção de verdade em Nietzsche, com base em seu escrito Sobre Verdade... more Neste artigo debatemos a concepção de verdade em Nietzsche, com base em seu escrito Sobre Verdade e Mentira: no sentido extramoral, entre outras obras do filósofo. O objetivo da discussão é o de provocar reflexões importantes para o entendimento da vida - e para a sobrevivência psíquica -, acerca de nossa própria percepção sobre verdade. Pode ser veredito que a verdade é um conceito almejado por muitos. Podemos dizer que ela se funda no que aparenta ser a realidade, porém, a realidade é relativa a cada um e, assim, a verdade também é.
(Declaro a autoria do presente resumo, e do in-arquivado artigo)
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PT-BR: Na presente monografia propomos uma reflexão acerca das relações entre humanos e animais, ... more PT-BR: Na presente monografia propomos uma reflexão acerca das relações entre humanos e animais, e do animal em si. Para tal, apresentamos as origens e desenvolvimento dos estudos sobre relações humano-animal, campo interdisciplinar emergente na área da antropologia. Seguimos explorando estudos teóricos e empíricos nas áreas da antropologia, sociologia, biologia e filosofia, que pensam sobre sociedades animais e suas dinâmicas, assim como os animais em si e sua relação com os humanos. Tim Ingold, ao apontar a oposição entre os conceitos de humanidade e animalidade, enraizada no pensamento ocidental, nos faz pensar sobre o que é ser humano e o que de fato nos torna diferente, ou não, dos animais. Gregory Bateson propõe uma hipótese quanto à comunicação cetácea e mamífera, sugerindo que sua comunicação é primariamente sobre relacionamentos. Cantor et al. oferecem um estudo empírico de uma sociedade de baleias cachalote das Ilhas de Galápagos no Oceano Pacífico, e apresentam estruturas sociais complexas que envolvem processos de fato sociais. Ademais, refletimos com Kowner et al. sobre a proeminência da Ásia para a produção de estudos com e sobre animais. Com isto, buscamos estimular o conhecimento sobre as vidas sociais dos animais, em suas nuances estruturais, comunicativas e possivelmente culturais, e através do olhar das ciências sociais colaborar para o entendimento do ser animal.
Palavras-chave: Relações humano-animal. Humanidade e animalidade. Singularidade. Sociedades animais.
EN: In the present monography we propose to reflect upon relations between humans and animals, and the animals themselves. For such, we present the origins and development of human-animal relations studies, an emergent interdisciplinary branch in the field of anthropology. Following, we explore theoretical and empirical studies from the fields of anthropology, sociology, biology and philosophy, which think towards animal societies and its dynamics, as well as the animals themselves and their relation to humans. Tim Ingold highlights the opposition between the concepts of humanity and animality, deeply rooted in the western way of thinking, and makes us think about what it is to be human and what really makes us, or not, different from animals. Gregory Bateson proposes a hypothesis about cetacean and mammalian communication, suggesting that the communication is primarily about relationships. Cantor et al. provide an empirical study of a society of sperm whales off the Galapagos Islands in the Pacific Ocean, and presents complex social structures that involve truly social processes. Furthermore, we consider, with Kowner et al., the prominence of Asia in the production of studies with and about animals. With this we aim to stimulate knowledge about the social lives of animals in its structural, communicative and possibly cultural nuances, and through the lenses of social sciences collaborate to the understanding of the animal being.
Keywords: Human-animal relations. Humanity and animality. Singularity. Animal societies.
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(Declaro a autoria do presente resumo, e do in-arquivado artigo)
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Palavras-chave: Relações humano-animal. Humanidade e animalidade. Singularidade. Sociedades animais.
EN: In the present monography we propose to reflect upon relations between humans and animals, and the animals themselves. For such, we present the origins and development of human-animal relations studies, an emergent interdisciplinary branch in the field of anthropology. Following, we explore theoretical and empirical studies from the fields of anthropology, sociology, biology and philosophy, which think towards animal societies and its dynamics, as well as the animals themselves and their relation to humans. Tim Ingold highlights the opposition between the concepts of humanity and animality, deeply rooted in the western way of thinking, and makes us think about what it is to be human and what really makes us, or not, different from animals. Gregory Bateson proposes a hypothesis about cetacean and mammalian communication, suggesting that the communication is primarily about relationships. Cantor et al. provide an empirical study of a society of sperm whales off the Galapagos Islands in the Pacific Ocean, and presents complex social structures that involve truly social processes. Furthermore, we consider, with Kowner et al., the prominence of Asia in the production of studies with and about animals. With this we aim to stimulate knowledge about the social lives of animals in its structural, communicative and possibly cultural nuances, and through the lenses of social sciences collaborate to the understanding of the animal being.
Keywords: Human-animal relations. Humanity and animality. Singularity. Animal societies.
(Declaro a autoria do presente resumo, e do in-arquivado artigo)
Palavras-chave: Relações humano-animal. Humanidade e animalidade. Singularidade. Sociedades animais.
EN: In the present monography we propose to reflect upon relations between humans and animals, and the animals themselves. For such, we present the origins and development of human-animal relations studies, an emergent interdisciplinary branch in the field of anthropology. Following, we explore theoretical and empirical studies from the fields of anthropology, sociology, biology and philosophy, which think towards animal societies and its dynamics, as well as the animals themselves and their relation to humans. Tim Ingold highlights the opposition between the concepts of humanity and animality, deeply rooted in the western way of thinking, and makes us think about what it is to be human and what really makes us, or not, different from animals. Gregory Bateson proposes a hypothesis about cetacean and mammalian communication, suggesting that the communication is primarily about relationships. Cantor et al. provide an empirical study of a society of sperm whales off the Galapagos Islands in the Pacific Ocean, and presents complex social structures that involve truly social processes. Furthermore, we consider, with Kowner et al., the prominence of Asia in the production of studies with and about animals. With this we aim to stimulate knowledge about the social lives of animals in its structural, communicative and possibly cultural nuances, and through the lenses of social sciences collaborate to the understanding of the animal being.
Keywords: Human-animal relations. Humanity and animality. Singularity. Animal societies.