Papers by luciana ximenes

Monografia de final de curso apresentada como requisito à obtenção do grau de Especialista em Soc... more Monografia de final de curso apresentada como requisito à obtenção do grau de Especialista em Sociologia Urbana, no curso de Pós-Graduação do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade do Estado do Rio de Janeiro.
Orientador: Profa. Dra. Maria Josefina Gabriel Sant’anna
O restrito acesso à terra urbana, a ineficiente produção pública habitacional e a profunda desigualdade social levam grande parte da população brasileira a ter condições inadequadas de moradia ou à situação de rua. A moradia passa de condição intrínseca ao homem a um privilégio, dentro do amplo processo de segregação urbana das cidades brasileiras. Como caso emblemático, o Rio de Janeiro tem seu crescimento urbano junto ao surgimento de soluções de moradia das classes populares como ações de resistência ao contínuo processo de expulsão das áreas de interesse do capital. O presente trabalho busca lançar luz sobre as recentes ocupações para fins de moradia, localizadas na zona portuária, como ações diretas dos movimentos sociais urbanos e que têm enfrentado grandes tensões com início de uma onda de remoções forçadas que, mais uma vez, afastam a população pobre da área da central da cidade, legitimada pelo Projeto Porto Maravilha. O estudo permite reconhecer as ocupações como soluções de moradia das classes populares, compartilhando dos estigmas que fortalecem a exclusão social desta população. No âmbito da produção do espaço urbano, o Porto Maravilha mostra-se como uma das engrenagens da segregação urbana e da violação do direito à moradia por meio de ações do poder público articulado com o capital privado, seguindo diretrizes do Planejamento Estratégico. Como resistências a este processo, surgem projetos de produção de moradia por autogestão dos grupos de moradores das ocupações que, ao colocarem a demanda pela Produção Social da Moradia, por meio de autogestão, na região central da cidade e com entendimento amplo da moradia colocam-se como importantes ações contra-hegemônicas.
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Orientador: Profa. Dra. Maria Josefina Gabriel Sant’anna
O restrito acesso à terra urbana, a ineficiente produção pública habitacional e a profunda desigualdade social levam grande parte da população brasileira a ter condições inadequadas de moradia ou à situação de rua. A moradia passa de condição intrínseca ao homem a um privilégio, dentro do amplo processo de segregação urbana das cidades brasileiras. Como caso emblemático, o Rio de Janeiro tem seu crescimento urbano junto ao surgimento de soluções de moradia das classes populares como ações de resistência ao contínuo processo de expulsão das áreas de interesse do capital. O presente trabalho busca lançar luz sobre as recentes ocupações para fins de moradia, localizadas na zona portuária, como ações diretas dos movimentos sociais urbanos e que têm enfrentado grandes tensões com início de uma onda de remoções forçadas que, mais uma vez, afastam a população pobre da área da central da cidade, legitimada pelo Projeto Porto Maravilha. O estudo permite reconhecer as ocupações como soluções de moradia das classes populares, compartilhando dos estigmas que fortalecem a exclusão social desta população. No âmbito da produção do espaço urbano, o Porto Maravilha mostra-se como uma das engrenagens da segregação urbana e da violação do direito à moradia por meio de ações do poder público articulado com o capital privado, seguindo diretrizes do Planejamento Estratégico. Como resistências a este processo, surgem projetos de produção de moradia por autogestão dos grupos de moradores das ocupações que, ao colocarem a demanda pela Produção Social da Moradia, por meio de autogestão, na região central da cidade e com entendimento amplo da moradia colocam-se como importantes ações contra-hegemônicas.
Orientador: Profa. Dra. Maria Josefina Gabriel Sant’anna
O restrito acesso à terra urbana, a ineficiente produção pública habitacional e a profunda desigualdade social levam grande parte da população brasileira a ter condições inadequadas de moradia ou à situação de rua. A moradia passa de condição intrínseca ao homem a um privilégio, dentro do amplo processo de segregação urbana das cidades brasileiras. Como caso emblemático, o Rio de Janeiro tem seu crescimento urbano junto ao surgimento de soluções de moradia das classes populares como ações de resistência ao contínuo processo de expulsão das áreas de interesse do capital. O presente trabalho busca lançar luz sobre as recentes ocupações para fins de moradia, localizadas na zona portuária, como ações diretas dos movimentos sociais urbanos e que têm enfrentado grandes tensões com início de uma onda de remoções forçadas que, mais uma vez, afastam a população pobre da área da central da cidade, legitimada pelo Projeto Porto Maravilha. O estudo permite reconhecer as ocupações como soluções de moradia das classes populares, compartilhando dos estigmas que fortalecem a exclusão social desta população. No âmbito da produção do espaço urbano, o Porto Maravilha mostra-se como uma das engrenagens da segregação urbana e da violação do direito à moradia por meio de ações do poder público articulado com o capital privado, seguindo diretrizes do Planejamento Estratégico. Como resistências a este processo, surgem projetos de produção de moradia por autogestão dos grupos de moradores das ocupações que, ao colocarem a demanda pela Produção Social da Moradia, por meio de autogestão, na região central da cidade e com entendimento amplo da moradia colocam-se como importantes ações contra-hegemônicas.