
Ana Garcia
Possuo Pós-Doutorado em História realizado no Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal do Ceará (bolsa Capes/PNPD, 2014 a 2017). Graduação em História pela Universidade Federal do Ceará(2004), Mestrado em História Social pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. (2006) e Doutorado em História Social pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2011) e nesse período participei do programa de intercâmbio em Évora- Portugal durante o doutorado (2009). Faço parte do Fórum em Defesa do Ensino e dos Professores de História (desde sua formação em 2018) e da RED(E) IBERO-AMERICANA RESISTÊNCIA E (Y) MEMÓRIA desde 2018. Possuo experiência nas áreas de Ensino de História, estágios supervisionados, História do Brasil, História Moderna, História da América, História da arte, História da Indumentária e da Moda com especialização na área de História da cidade, corpo, medicina, saúde E doenças. Venho mais ativamente atuando em pesquisas sobre histórias da saúde e das doenças e realizando ações no campo do ensino de história, através do FÓRUM DEFESA DO ENSINO E DOS/DAS PROFESSORES/AS DE HISTÓRIA (FDEPH) e do LABORATÓRIO ENSINO DE APRENDIZAGEM EM HISTÓRIA (LEAH)
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Papers by Ana Garcia
O presente artigo pretende realizar uma análise histórica sobre a presença dos discursos eugenistas no Brasil, referente ao sertanejo e ao Ceará, nos primeiros anos do século XX, a partir do olhar da ciência médica brasileira e da visão de literários que se utilizavam dessa teoria para construir suas narrativas e busca entender como esse discurso alcança os diversos campos de estudos no Brasil, sobretudo, as áreas médicas. Desse modo, foi decidido analisar as seguintes fontes: os boletins de eugenia de 1929 a 1931, uma vez que tinha a finalidade de promover o debate e a difusão dos ideais eugênicos nacionalmente, artigos publicados pela revista Ceará Médico (1930-1935) que eram publicados, desde 1913, por uma associação médica do Ceará e a revista do Brasil (1918), para observar como as questões raciais presentes na época relacionavam ciência e medicina com as publicações dos escritos de Monteiro Lobato, Idelfonso Albano Euclides da Cunha. O principal objetivo desse texto é apresentar uma problematização em torno de como os médicos cearenses construíram suas representações sobre a figura do “sertanejo” em suas publicações. Deve-se mencionar que esse termo foi construído a partir de vários discursos, inclusive, o eugenista. E que tinha uma intencionalidade e uma pretensão ao determinar esses diversos sujeitos como um só e com a visão de que suas atitudes ocasionavam prejuízos, sobretudo aos desejos eugenistas de um Brasil moderno em meados dos anos 1930.
estão: a busca pelo progresso através das reformas nos equipamentos urbanos a partir da década de 1870, o refúgio e a procura da sobrevivência na capital cearense, a construção dos discursos sobre os retirantes, as tentativas de controle e ordenamento da população sertaneja através da construção dos abarracamentos ou
alojamentos e as tentativas de higienização e salubridade da população emigrante. Para contribuir com a análise do trabalho foram utilizados como fonte os periódicos, os relatórios de Presidente de Província, os ofícios expedidos, os códigos de posturas e os memorialistas.
práticas dos médicos na cidade de Fortaleza no começo do século XX. E
especialmente, perceber as estratégias e medidas empregadas para a participação
mais ativa desse grupo na cidade. Dentre as questões principais analisadas nesse
estudo estão: a atuação dos médicos nas ações de melhoramento da salubridade, a
busca por um espaço de trabalho mais efetivo no campo da saúde pública, a
formação e participação do Centro Médico Cearense em Fortaleza e as intervenções
dos médicos cearenses e da Comissão Rockefeller na prevenção e combate da
febre amarela. As diversificadas fontes contribuíram para entender como os médicos
neste momento conquistaram um lugar no direcionamento e organização do
cotidiano de Fortaleza (1900-1935).
Talks by Ana Garcia
Books by Ana Garcia
O presente artigo pretende realizar uma análise histórica sobre a presença dos discursos eugenistas no Brasil, referente ao sertanejo e ao Ceará, nos primeiros anos do século XX, a partir do olhar da ciência médica brasileira e da visão de literários que se utilizavam dessa teoria para construir suas narrativas e busca entender como esse discurso alcança os diversos campos de estudos no Brasil, sobretudo, as áreas médicas. Desse modo, foi decidido analisar as seguintes fontes: os boletins de eugenia de 1929 a 1931, uma vez que tinha a finalidade de promover o debate e a difusão dos ideais eugênicos nacionalmente, artigos publicados pela revista Ceará Médico (1930-1935) que eram publicados, desde 1913, por uma associação médica do Ceará e a revista do Brasil (1918), para observar como as questões raciais presentes na época relacionavam ciência e medicina com as publicações dos escritos de Monteiro Lobato, Idelfonso Albano Euclides da Cunha. O principal objetivo desse texto é apresentar uma problematização em torno de como os médicos cearenses construíram suas representações sobre a figura do “sertanejo” em suas publicações. Deve-se mencionar que esse termo foi construído a partir de vários discursos, inclusive, o eugenista. E que tinha uma intencionalidade e uma pretensão ao determinar esses diversos sujeitos como um só e com a visão de que suas atitudes ocasionavam prejuízos, sobretudo aos desejos eugenistas de um Brasil moderno em meados dos anos 1930.
estão: a busca pelo progresso através das reformas nos equipamentos urbanos a partir da década de 1870, o refúgio e a procura da sobrevivência na capital cearense, a construção dos discursos sobre os retirantes, as tentativas de controle e ordenamento da população sertaneja através da construção dos abarracamentos ou
alojamentos e as tentativas de higienização e salubridade da população emigrante. Para contribuir com a análise do trabalho foram utilizados como fonte os periódicos, os relatórios de Presidente de Província, os ofícios expedidos, os códigos de posturas e os memorialistas.
práticas dos médicos na cidade de Fortaleza no começo do século XX. E
especialmente, perceber as estratégias e medidas empregadas para a participação
mais ativa desse grupo na cidade. Dentre as questões principais analisadas nesse
estudo estão: a atuação dos médicos nas ações de melhoramento da salubridade, a
busca por um espaço de trabalho mais efetivo no campo da saúde pública, a
formação e participação do Centro Médico Cearense em Fortaleza e as intervenções
dos médicos cearenses e da Comissão Rockefeller na prevenção e combate da
febre amarela. As diversificadas fontes contribuíram para entender como os médicos
neste momento conquistaram um lugar no direcionamento e organização do
cotidiano de Fortaleza (1900-1935).