Papers by Carlos Lucas Lima
Este trabalho, fundamentado nos Estudos Queer, tem por objetivo realizar uma discussão conceitual... more Este trabalho, fundamentado nos Estudos Queer, tem por objetivo realizar uma discussão conceitual sobre a subversão de gênero e em que medida ela se faz importante. Ou seja: é a subversão de gênero necessária? Se sim, necessária a quê(m)? No ensaio, destacamos que os regimes que regulam os gêneros e as sexualidades, aos quais daremos foco conceitualmente neste texto, notadamente a heteronormatividade, produzem violências e exclusões, no sentido de que criam modelos dominantes de existência, os quais naturalizam e hierarquizam as formas de ser e estar no mundo.

RESUMO: Inspirado pelas discussões que tenho conduzido em minhas aulas na Graduação e por dois en... more RESUMO: Inspirado pelas discussões que tenho conduzido em minhas aulas na Graduação e por dois ensaios que publiquei em mídias sociais de alto impacto, este texto tem por propósito discutir a legitimidade das violências cometidas pelas minorias de gênero e sexualidade como um ato, por vezes desesperado, de resposta a sucessivas injúrias, as quais, segundo entendo, ferem como que de morte essas populações. Nos dois ensaios mencionados, formulei tal questão da seguinte forma: seria a violência uma forma legítima de enfrentamento à LGBTfobia e outras modalidades de produção de identidades subalternas? Este texto, portanto, uma produção acadêmica escrita de maneira bastante livre e ensaística, fará essas problematizações, além de, esquematicamente, propor algumas sinalizações que considero essenciais para o respeito à diferença, assim como para que as populações LGBT sejam plenamente incluídas na comunidade de direitos, tendo em vista, para fins deste texto, o cenário da Universidade brasileira.
Este texto pretende, a partir do romance Requiem para o navegador
solitário, do timorense Luís Ca... more Este texto pretende, a partir do romance Requiem para o navegador
solitário, do timorense Luís Cardoso, pensar de que maneiras a questão do exílio – e
especialmente por conta de um dos argumentos centrais deste texto, exílios – se
apresenta na narrativa. Além disso, propõe-se a investigar o modelo de
multiculturalismo que subjaz ao texto de Cardoso, propondo a
“transcontinentalidade” como contribuição teórica e política da obra em análise.
Requiem para o Navegador Solitário, portanto, visibilizaria as diferenças que
constituem as identidades “transcontinentais” do Timor Leste, o que talvez sugira
uma possibilidade de superação dos traumas passados – enquanto Nação – e a
proposição de novos caminhos para as literaturas, antes nacionais, e agora,
conforme entende Rita Schmidt – na esteira de Spivak - “planetárias”
O presente artigo pretende apontar alguns impasses e sugerir possibilidades de
superação dos mesm... more O presente artigo pretende apontar alguns impasses e sugerir possibilidades de
superação dos mesmos no fazer historiográfico literário. Para tanto, comenta especialmente
os apontamentos do professor português João Barrento (1986), que indica novos fazeres no
campo da história da literatura, além de outros autores relevantes no campo dos estudos
teóricos da história da literatura, os quais fomentariam o imbricamento entre literatura e
história.
O texto naturalista de Adolfo Caminha, O Bom-Crioulo, de 1895, é, hoje, “um romance de
antecipaçã... more O texto naturalista de Adolfo Caminha, O Bom-Crioulo, de 1895, é, hoje, “um romance de
antecipação”. Mas quando se fala em antecipação sobre o quê, exatamente, se fala? Trata-se de abrir o
caminho para o que viria depois, quando o romance-marco da homotextualidade no Brasil serviria de
base para os movimentos de luta pelos direitos homossexuais, tanto no país quanto no estrangeiro.
Neste trabalho, pretende-se demonstrar de que maneiras a narrativa se mobiliza no sentido de
desenvolver uma estética calcada nos corpos, nos prazeres e na sociabilidade homossexual, em
contraponto ao canônico O Cortiço, de Aluísio Azevedo, de 1890. Para além de uma talvez “simples”
celebração de O Bom-Crioulo, o artigo aponta as limitações políticas da narrativa, bem como seus
comprometimentos com o projeto de nação levado a cabo pelas elites brasileiras a partir da segunda
metade do século XIX
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Papers by Carlos Lucas Lima
solitário, do timorense Luís Cardoso, pensar de que maneiras a questão do exílio – e
especialmente por conta de um dos argumentos centrais deste texto, exílios – se
apresenta na narrativa. Além disso, propõe-se a investigar o modelo de
multiculturalismo que subjaz ao texto de Cardoso, propondo a
“transcontinentalidade” como contribuição teórica e política da obra em análise.
Requiem para o Navegador Solitário, portanto, visibilizaria as diferenças que
constituem as identidades “transcontinentais” do Timor Leste, o que talvez sugira
uma possibilidade de superação dos traumas passados – enquanto Nação – e a
proposição de novos caminhos para as literaturas, antes nacionais, e agora,
conforme entende Rita Schmidt – na esteira de Spivak - “planetárias”
superação dos mesmos no fazer historiográfico literário. Para tanto, comenta especialmente
os apontamentos do professor português João Barrento (1986), que indica novos fazeres no
campo da história da literatura, além de outros autores relevantes no campo dos estudos
teóricos da história da literatura, os quais fomentariam o imbricamento entre literatura e
história.
antecipação”. Mas quando se fala em antecipação sobre o quê, exatamente, se fala? Trata-se de abrir o
caminho para o que viria depois, quando o romance-marco da homotextualidade no Brasil serviria de
base para os movimentos de luta pelos direitos homossexuais, tanto no país quanto no estrangeiro.
Neste trabalho, pretende-se demonstrar de que maneiras a narrativa se mobiliza no sentido de
desenvolver uma estética calcada nos corpos, nos prazeres e na sociabilidade homossexual, em
contraponto ao canônico O Cortiço, de Aluísio Azevedo, de 1890. Para além de uma talvez “simples”
celebração de O Bom-Crioulo, o artigo aponta as limitações políticas da narrativa, bem como seus
comprometimentos com o projeto de nação levado a cabo pelas elites brasileiras a partir da segunda
metade do século XIX
solitário, do timorense Luís Cardoso, pensar de que maneiras a questão do exílio – e
especialmente por conta de um dos argumentos centrais deste texto, exílios – se
apresenta na narrativa. Além disso, propõe-se a investigar o modelo de
multiculturalismo que subjaz ao texto de Cardoso, propondo a
“transcontinentalidade” como contribuição teórica e política da obra em análise.
Requiem para o Navegador Solitário, portanto, visibilizaria as diferenças que
constituem as identidades “transcontinentais” do Timor Leste, o que talvez sugira
uma possibilidade de superação dos traumas passados – enquanto Nação – e a
proposição de novos caminhos para as literaturas, antes nacionais, e agora,
conforme entende Rita Schmidt – na esteira de Spivak - “planetárias”
superação dos mesmos no fazer historiográfico literário. Para tanto, comenta especialmente
os apontamentos do professor português João Barrento (1986), que indica novos fazeres no
campo da história da literatura, além de outros autores relevantes no campo dos estudos
teóricos da história da literatura, os quais fomentariam o imbricamento entre literatura e
história.
antecipação”. Mas quando se fala em antecipação sobre o quê, exatamente, se fala? Trata-se de abrir o
caminho para o que viria depois, quando o romance-marco da homotextualidade no Brasil serviria de
base para os movimentos de luta pelos direitos homossexuais, tanto no país quanto no estrangeiro.
Neste trabalho, pretende-se demonstrar de que maneiras a narrativa se mobiliza no sentido de
desenvolver uma estética calcada nos corpos, nos prazeres e na sociabilidade homossexual, em
contraponto ao canônico O Cortiço, de Aluísio Azevedo, de 1890. Para além de uma talvez “simples”
celebração de O Bom-Crioulo, o artigo aponta as limitações políticas da narrativa, bem como seus
comprometimentos com o projeto de nação levado a cabo pelas elites brasileiras a partir da segunda
metade do século XIX