Papers by Vera Maria Ramos de Vasconcellos
Cadernos CEDES, 2008
... Neste momento, Camila se distraiu e começou a usar o braço pelo qual re-cebia medicação intra... more ... Neste momento, Camila se distraiu e começou a usar o braço pelo qual re-cebia medicação intravenosa. ... Com ênfase no aspecto social da constituição do eu, Wallon (1975, p. 159) afirma que o outro é um parceiro perpétuo do eu na vida psíquica. ...

Neste artigo, analisamos uma entrevista coletiva, realizada
como parte de uma pesquisa, que inve... more Neste artigo, analisamos uma entrevista coletiva, realizada
como parte de uma pesquisa, que investiga o desenvolvimento
mais amplo de práticas e mudanças na Educação Infantil
ocorridas no Rio de Janeiro, a partir de narrativas de
algumas de suas atoras. Depois de discutir nossa abordagem
teórica sobre narrativa como ferramenta cultural que
produz sentidos e ressignifica o desenvolvimento mútuo
entre indivíduos e sociedade, apresentamos os resultados
da análise da entrevista coletiva realizada com três jovens
professoras, observando como elas, usam suas narrativas
para fazer conexões entre suas experiências pessoais e
profissionais trabalhando e vivendo em ambientes de
alto risco (favela). Com base numa modalidade de uso da
narrativa, desenhamos as entrevistas de forma a convidar
as participantes a se posicionarem de diferentes formas
com relação a seu trabalho como professoras de educação
infantil nos contextos de risco. As análises se concentraram
nas expressões referenciais (explícitas) e de avaliação
(implícitas) do perigo/risco vivido, de modo a compreender
como interpretam o mesmo à luz de suas atuações como
professoras, isto é, em termos de suas interações - direção/
professores; pais/professor; pais/filhos. As oscilações
entre visões positivas sobre seus ambientes e histórias
de eventos repletas de significados negativos indicam a
compreensão de uma finalidade social, criativa e adaptável
do ser professora comprometida com as perspectivas futuras
e o desenvolvimento em condições nem sempre favoráveis
de crianças muito novas e suas famílias. Interpretamos esses
resultados buscando entender o uso da narrativa como
ferramenta simbólica para lidar com a vida em ambientes
extremamente difíceis e, sobretudo, a possibilidade de que
pesquisas e práticas futuras possam dar suporte a jovens
professoras como as aqui apresentadas, que acabam por atuar
como agentes de mudança em espaços de vida e de trabalho
perigosos como os das favelas.
Palavras-chave: narrativas; ambientes de alto risco (favela).
Uploads
Papers by Vera Maria Ramos de Vasconcellos
como parte de uma pesquisa, que investiga o desenvolvimento
mais amplo de práticas e mudanças na Educação Infantil
ocorridas no Rio de Janeiro, a partir de narrativas de
algumas de suas atoras. Depois de discutir nossa abordagem
teórica sobre narrativa como ferramenta cultural que
produz sentidos e ressignifica o desenvolvimento mútuo
entre indivíduos e sociedade, apresentamos os resultados
da análise da entrevista coletiva realizada com três jovens
professoras, observando como elas, usam suas narrativas
para fazer conexões entre suas experiências pessoais e
profissionais trabalhando e vivendo em ambientes de
alto risco (favela). Com base numa modalidade de uso da
narrativa, desenhamos as entrevistas de forma a convidar
as participantes a se posicionarem de diferentes formas
com relação a seu trabalho como professoras de educação
infantil nos contextos de risco. As análises se concentraram
nas expressões referenciais (explícitas) e de avaliação
(implícitas) do perigo/risco vivido, de modo a compreender
como interpretam o mesmo à luz de suas atuações como
professoras, isto é, em termos de suas interações - direção/
professores; pais/professor; pais/filhos. As oscilações
entre visões positivas sobre seus ambientes e histórias
de eventos repletas de significados negativos indicam a
compreensão de uma finalidade social, criativa e adaptável
do ser professora comprometida com as perspectivas futuras
e o desenvolvimento em condições nem sempre favoráveis
de crianças muito novas e suas famílias. Interpretamos esses
resultados buscando entender o uso da narrativa como
ferramenta simbólica para lidar com a vida em ambientes
extremamente difíceis e, sobretudo, a possibilidade de que
pesquisas e práticas futuras possam dar suporte a jovens
professoras como as aqui apresentadas, que acabam por atuar
como agentes de mudança em espaços de vida e de trabalho
perigosos como os das favelas.
Palavras-chave: narrativas; ambientes de alto risco (favela).
como parte de uma pesquisa, que investiga o desenvolvimento
mais amplo de práticas e mudanças na Educação Infantil
ocorridas no Rio de Janeiro, a partir de narrativas de
algumas de suas atoras. Depois de discutir nossa abordagem
teórica sobre narrativa como ferramenta cultural que
produz sentidos e ressignifica o desenvolvimento mútuo
entre indivíduos e sociedade, apresentamos os resultados
da análise da entrevista coletiva realizada com três jovens
professoras, observando como elas, usam suas narrativas
para fazer conexões entre suas experiências pessoais e
profissionais trabalhando e vivendo em ambientes de
alto risco (favela). Com base numa modalidade de uso da
narrativa, desenhamos as entrevistas de forma a convidar
as participantes a se posicionarem de diferentes formas
com relação a seu trabalho como professoras de educação
infantil nos contextos de risco. As análises se concentraram
nas expressões referenciais (explícitas) e de avaliação
(implícitas) do perigo/risco vivido, de modo a compreender
como interpretam o mesmo à luz de suas atuações como
professoras, isto é, em termos de suas interações - direção/
professores; pais/professor; pais/filhos. As oscilações
entre visões positivas sobre seus ambientes e histórias
de eventos repletas de significados negativos indicam a
compreensão de uma finalidade social, criativa e adaptável
do ser professora comprometida com as perspectivas futuras
e o desenvolvimento em condições nem sempre favoráveis
de crianças muito novas e suas famílias. Interpretamos esses
resultados buscando entender o uso da narrativa como
ferramenta simbólica para lidar com a vida em ambientes
extremamente difíceis e, sobretudo, a possibilidade de que
pesquisas e práticas futuras possam dar suporte a jovens
professoras como as aqui apresentadas, que acabam por atuar
como agentes de mudança em espaços de vida e de trabalho
perigosos como os das favelas.
Palavras-chave: narrativas; ambientes de alto risco (favela).