Neste artigo, analisamos uma entrevista coletiva, realizada como parte de uma pesquisa, que investiga o desenvolvimento mais amplo de práticas e mudanças na Educação Infantil ocorridas no Rio de Janeiro, a partir de narrativas de... more
Neste artigo, analisamos uma entrevista coletiva, realizada
como parte de uma pesquisa, que investiga o desenvolvimento
mais amplo de práticas e mudanças na Educação Infantil
ocorridas no Rio de Janeiro, a partir de narrativas de
algumas de suas atoras. Depois de discutir nossa abordagem
teórica sobre narrativa como ferramenta cultural que
produz sentidos e ressignifica o desenvolvimento mútuo
entre indivíduos e sociedade, apresentamos os resultados
da análise da entrevista coletiva realizada com três jovens
professoras, observando como elas, usam suas narrativas
para fazer conexões entre suas experiências pessoais e
profissionais trabalhando e vivendo em ambientes de
alto risco (favela). Com base numa modalidade de uso da
narrativa, desenhamos as entrevistas de forma a convidar
as participantes a se posicionarem de diferentes formas
com relação a seu trabalho como professoras de educação
infantil nos contextos de risco. As análises se concentraram
nas expressões referenciais (explícitas) e de avaliação
(implícitas) do perigo/risco vivido, de modo a compreender
como interpretam o mesmo à luz de suas atuações como
professoras, isto é, em termos de suas interações - direção/
professores; pais/professor; pais/filhos. As oscilações
entre visões positivas sobre seus ambientes e histórias
de eventos repletas de significados negativos indicam a
compreensão de uma finalidade social, criativa e adaptável
do ser professora comprometida com as perspectivas futuras
e o desenvolvimento em condições nem sempre favoráveis
de crianças muito novas e suas famílias. Interpretamos esses
resultados buscando entender o uso da narrativa como
ferramenta simbólica para lidar com a vida em ambientes
extremamente difíceis e, sobretudo, a possibilidade de que
pesquisas e práticas futuras possam dar suporte a jovens
professoras como as aqui apresentadas, que acabam por atuar
como agentes de mudança em espaços de vida e de trabalho
perigosos como os das favelas.
Palavras-chave: narrativas; ambientes de alto risco (favela).
como parte de uma pesquisa, que investiga o desenvolvimento
mais amplo de práticas e mudanças na Educação Infantil
ocorridas no Rio de Janeiro, a partir de narrativas de
algumas de suas atoras. Depois de discutir nossa abordagem
teórica sobre narrativa como ferramenta cultural que
produz sentidos e ressignifica o desenvolvimento mútuo
entre indivíduos e sociedade, apresentamos os resultados
da análise da entrevista coletiva realizada com três jovens
professoras, observando como elas, usam suas narrativas
para fazer conexões entre suas experiências pessoais e
profissionais trabalhando e vivendo em ambientes de
alto risco (favela). Com base numa modalidade de uso da
narrativa, desenhamos as entrevistas de forma a convidar
as participantes a se posicionarem de diferentes formas
com relação a seu trabalho como professoras de educação
infantil nos contextos de risco. As análises se concentraram
nas expressões referenciais (explícitas) e de avaliação
(implícitas) do perigo/risco vivido, de modo a compreender
como interpretam o mesmo à luz de suas atuações como
professoras, isto é, em termos de suas interações - direção/
professores; pais/professor; pais/filhos. As oscilações
entre visões positivas sobre seus ambientes e histórias
de eventos repletas de significados negativos indicam a
compreensão de uma finalidade social, criativa e adaptável
do ser professora comprometida com as perspectivas futuras
e o desenvolvimento em condições nem sempre favoráveis
de crianças muito novas e suas famílias. Interpretamos esses
resultados buscando entender o uso da narrativa como
ferramenta simbólica para lidar com a vida em ambientes
extremamente difíceis e, sobretudo, a possibilidade de que
pesquisas e práticas futuras possam dar suporte a jovens
professoras como as aqui apresentadas, que acabam por atuar
como agentes de mudança em espaços de vida e de trabalho
perigosos como os das favelas.
Palavras-chave: narrativas; ambientes de alto risco (favela).
- by Zena Eisenberg and +1
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- Social Perceptions of Risk
This text is inspired by the joint work of two public institutions: State University of Rio de Janeiro and Municipal School Joaquim da Silva Peçanha, located on the outskirts of the State of Rio de Janeiro, through the continuing... more
This text is inspired by the joint work of two public institutions: State University of Rio de Janeiro and Municipal School Joaquim da Silva Peçanha, located on the outskirts of the State of Rio de Janeiro, through the continuing education and research project entitled Can philosophy be incorporated in Caxias? The public school bets on thinking. The project was initially intended to be developed only in courses for children but then it was expanded to courses for young people and adults. We address the possible relation between the establishment and the expansion of the philosophical project and children’s affirmation power as a breakthrough and novelty. In other words, we seek to study what childhood can be, not only for children but for people of all ages. How can the relationship between children, philosophizing, thinking, and dreaming be addressed? Often, we the project participants are surprised by the curiosity stimulated by sharing and telling our stories. We will aim to reco...
- by Olimpia Cunha
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Trata-se de uma reflexão sobre as potencialidades manifestas pelo Projeto “Em Caxias a filosofia en-caixa?” - idealizado e dirigido pelo Núcleo de Estudos de Filosofias e Infâncias (PROPEd-UERJ) - a partir dos encontros promovidos com... more
Trata-se de uma reflexão sobre as potencialidades manifestas pelo Projeto “Em Caxias a filosofia en-caixa?” - idealizado e dirigido pelo Núcleo de Estudos de Filosofias e Infâncias (PROPEd-UERJ) - a partir dos encontros promovidos com duas escolas públicas do Município de Duque de Caxias, RJ, destacadamente com discentes da EJA da Escola Municipal Joaquim da Silva Peçanha; visando suscitar experiências filosóficas de pensamento, minimamente diretivas, orientadas a convidar o outro (com Heráclito), a elaborar entendimentos próprios sobre si, o mundo e a vida compartilhando-os e discutindo-os com um coletivo. Evidencia também o sentido da aposta política inerente à concepção do projeto e ao modo de condução da dinâmica de trabalho empregada para reger os encontros, demonstrando seu valor diferencial e, sob certa perspectiva, educativo.
- by Sammy W. Lopes and +2
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Trata-se de uma reflexão sobre as potencialidades manifestas pelo Projeto “Em Caxias a filosofia en-caixa?” - idealizado e dirigido pelo Núcleo de Estudos de Filosofias e Infâncias (PROPEd-UERJ) - a partir dos encontros promovidos com... more
Trata-se de uma reflexão sobre as potencialidades manifestas pelo Projeto “Em Caxias a filosofia en-caixa?” - idealizado e dirigido pelo Núcleo de Estudos de Filosofias e Infâncias (PROPEd-UERJ) - a partir dos encontros promovidos com duas escolas públicas do Município de Duque de Caxias, RJ, destacadamente com discentes da EJA da Escola Municipal Joaquim da Silva Peçanha; visando suscitar experiências filosóficas de pensamento, minimamente diretivas, orientadas a convidar o outro (com Heráclito), a elaborar entendimentos próprios sobre si, o mundo e a vida compartilhando-os e discutindo-os com um coletivo. Evidencia também o sentido da aposta política inerente à concepção do projeto e ao modo de condução da dinâmica de trabalho empregada para reger os encontros, demonstrando seu valor diferencial e, sob certa perspectiva, educativo.
- by Olimpia Cunha and +1
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