
Adriano Negris
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Papers by Adriano Negris
entrevista ‘Il faut bien manger’ ou le calcul du sujet de Jacques Derrida, concedida a Jean-Luc
Nancy e publicada no ano de 1989 na revista francesa Cahiers Confrontation n° 20. Para cumprir
nossa proposta, inicialmente apresentaremos as reflexões de Derrida sobre a pergunta
“Quem vem depois do sujeito?”. Veremos em que sentido o pensamento de Derrida diverge
dos discursos que proclamam a liquidação do sujeito. Posteriormente, pretendemos mostrar
que o deslocamento da questão do sujeito pode resultar na necessidade de repensar as
fronteiras que separam o animal humano do animal não-humano. Dessa forma, a questão
concernente ao sujeito aparece intrinsecamente associada às estruturas que asseguram os
limites entre o ser humano e o animal. É a partir deste ponto que desenvolvemos a noção
de metonímias do comer bem. Para isso, entendemos ser de extrema importância
trazer para nosso diálogo a obra Paixão segundo G.H., da escritora Clarice Lispector, para
compreendermos a abertura que Derrida e Clarice oferecem para pensarmos o tema da
alteridade, hospitalidade e, de forma mais específica, as metonímias do comer bem.
convite para que venhamos a refletir sobre o estado da democracia em
tempos sombrios. No entanto, mais do que isso, esse título deseja
endereçar uma espécie de apelo velado, colocando em jogo um
imperativo que nos exorta a pensar sobre o tempo presente
do filósofo Achille Mbembe, principalmente, com base em seus apontamentos presentes em suas obras
Políticas da Inimizade e Brutalismo. Somando-se a isso, buscamos refletir a partir da imagem-questão Maria, as
relações de inimizades, corpo-fronteira e o extermínio do outro. Diante da sociedade da inimizade, o
outro é marcado principalmente pelas questões raciais, suscitando assim a construção de fronteiras.
Partimos da reflexão que Maria torna-se o corpo-fronteira, o corpo brutalizado, o corpo que é visto como
o inimigo, e dentro dessa lógica, deve ser eliminado. Em conformidade, com o filósofo camaronês a
sociedade da inimizade é movida pela pulsão de separação, e do aniquilamento, e dessa forma, constrói
o cenário ético-político, denominado pelo pensador de brutalismo.
proposta de um texto-denúncia. Com esse tipo de texto, gostaríamos
de convidar o leitor/ouvinte a olhar para um determinado espaço que,
por suas características, seria um deixar-se ver sem ser visto, ou seja,
opera de modo que se produz o que Derrida denominaria de efeitos
de viseira. Assim, nossa denúncia acontece no
sentido de apontar para o espaço das prisões, o cárcere, não para
ver um lugar com dimensões arquitetônicas específicas, que opera
conforme uma tecnologia disciplinar do corpo, mas para tentar traçar
os contornos daquilo que habita esse mesmo local e não é visto. Nesse
sentido, através deste texto, tentaremos mostrar como o espaço das
prisões tornou-se um espaço de morte, assombrado por aquilo que o
filósofo camaronês Achille Mbembe chamou de necropolítica.
entrevista ‘Il faut bien manger’ ou le calcul du sujet de Jacques Derrida, concedida a Jean-Luc
Nancy e publicada no ano de 1989 na revista francesa Cahiers Confrontation n° 20. Para cumprir
nossa proposta, inicialmente apresentaremos as reflexões de Derrida sobre a pergunta
“Quem vem depois do sujeito?”. Veremos em que sentido o pensamento de Derrida diverge
dos discursos que proclamam a liquidação do sujeito. Posteriormente, pretendemos mostrar
que o deslocamento da questão do sujeito pode resultar na necessidade de repensar as
fronteiras que separam o animal humano do animal não-humano. Dessa forma, a questão
concernente ao sujeito aparece intrinsecamente associada às estruturas que asseguram os
limites entre o ser humano e o animal. É a partir deste ponto que desenvolvemos a noção
de metonímias do comer bem. Para isso, entendemos ser de extrema importância
trazer para nosso diálogo a obra Paixão segundo G.H., da escritora Clarice Lispector, para
compreendermos a abertura que Derrida e Clarice oferecem para pensarmos o tema da
alteridade, hospitalidade e, de forma mais específica, as metonímias do comer bem.
convite para que venhamos a refletir sobre o estado da democracia em
tempos sombrios. No entanto, mais do que isso, esse título deseja
endereçar uma espécie de apelo velado, colocando em jogo um
imperativo que nos exorta a pensar sobre o tempo presente
do filósofo Achille Mbembe, principalmente, com base em seus apontamentos presentes em suas obras
Políticas da Inimizade e Brutalismo. Somando-se a isso, buscamos refletir a partir da imagem-questão Maria, as
relações de inimizades, corpo-fronteira e o extermínio do outro. Diante da sociedade da inimizade, o
outro é marcado principalmente pelas questões raciais, suscitando assim a construção de fronteiras.
Partimos da reflexão que Maria torna-se o corpo-fronteira, o corpo brutalizado, o corpo que é visto como
o inimigo, e dentro dessa lógica, deve ser eliminado. Em conformidade, com o filósofo camaronês a
sociedade da inimizade é movida pela pulsão de separação, e do aniquilamento, e dessa forma, constrói
o cenário ético-político, denominado pelo pensador de brutalismo.
proposta de um texto-denúncia. Com esse tipo de texto, gostaríamos
de convidar o leitor/ouvinte a olhar para um determinado espaço que,
por suas características, seria um deixar-se ver sem ser visto, ou seja,
opera de modo que se produz o que Derrida denominaria de efeitos
de viseira. Assim, nossa denúncia acontece no
sentido de apontar para o espaço das prisões, o cárcere, não para
ver um lugar com dimensões arquitetônicas específicas, que opera
conforme uma tecnologia disciplinar do corpo, mas para tentar traçar
os contornos daquilo que habita esse mesmo local e não é visto. Nesse
sentido, através deste texto, tentaremos mostrar como o espaço das
prisões tornou-se um espaço de morte, assombrado por aquilo que o
filósofo camaronês Achille Mbembe chamou de necropolítica.