Papers by Adriana Fernandes
Livro Lugares de memórias difíceis no Rio de Janeiro, 2024
texto escrito por Adriana Fernandes e Sandra Gomes, mãe do Jacarezinho, a partir da chacina ocorr... more texto escrito por Adriana Fernandes e Sandra Gomes, mãe do Jacarezinho, a partir da chacina ocorrida em 6 de maio de 2021.

Referência: Pedido de audiência temática "Impactos da violência estatal em mães e familiares de v... more Referência: Pedido de audiência temática "Impactos da violência estatal em mães e familiares de vítimas afrodescendentes no Brasil (período 1990-2022)". Os coletivos de mães e familiares: Mães de Manguinhos (RJ), Movimento Independente Mães de Maio (SP), Mães do Jacarezinho (RJ), Mães da Maré (RJ), Rede de Mães e Familiares da Baixada Fluminense (RJ), Mães de Maio do Nordeste (BA), Movimento Moleque (RJ), Movimento Mães de Periferia de vítima por violência policial (CE), Mães em luto da Zona Leste (SP), Mães de Maio da Leste (SP), Mães de Osasco e de Barueri (SP), Mães de Maio de Minas Gerais (MG), e mães/familiares de vítimas (RJ) que lutam contra a violência estatal que atinge moradores de favelas e periferias, assinam a presente petição para realização de uma audiência sobre o tema dos impactos da violência estatal na vida de mães e familiares de vítimas afrodescendentes. Este documento teve origem na sugestão feita pela comissionada Sra. Margarette May Macaulay durante visita ao Rio de Janeiro, entre os dias 8 e 9 de Agosto de 2022. O pedido conta com o apoio das organizações: Conectas Direitos Humanos, Instituto Marielle Franco, NAPAVE/ISER, Associação Juízes para a Democracia/AJD, Associação Brasileira de Antropologia, Grupo Tortura Nunca Mais-RJ, CEBRASPO, LAPSUS/UFPB.
RUA, 2015
Uma entrevista com Barba, que vive há vinte anos nos jardins do MAM, Aterro do Flamengo. Trajetór... more Uma entrevista com Barba, que vive há vinte anos nos jardins do MAM, Aterro do Flamengo. Trajetória, deslocamentos, encontros e temores. Uma história política da cidade e formas de resistir à vida nua.
Sociedade e Cultura, 2018
Através do trabalho de campo em ocupações de moradia situadas no centro do Rio de Janeiro, propon... more Através do trabalho de campo em ocupações de moradia situadas no centro do Rio de Janeiro, proponho pensar como a precariedade – imagens, sentidos, efeitos – é importante nessa experiência. O contexto político com a eleição de Lula da Silva para presidente foi algo que favoreceu a cena das ocupações. Poucos anos depoishouve uma retração: o anúncio de um projeto de gentrificação da área, o Porto Maravilha, que tornou-se aos poucos uma política de expulsão de camadas mais pobres da região. Para os moradores que acompanhei isso resultou na piora das condições materiais e das relações vivenciadas nos prédios ocupados. Abordo aqui como elesbuscaram contornar essas políticas de gentrificação. Na últimaseção, a discussão recai sobre algumasdas implicações éticometodológicas suscitadas quando o campo da pesquisa é caracterizado por situações de precariedade.
Revista Intratextos, 2014

O artigo se propoe a explorar algumas das forcas que mobilizaram moradores e militância a ocupare... more O artigo se propoe a explorar algumas das forcas que mobilizaram moradores e militância a ocuparem um imovel abandonado localizado na area central do Rio de Janeiro, em 2008, e as diferentes perspectivas surgidas conforme as intervencoes urbanisticas relativas aos megaeventos Copa do Mundo de Futebol e Olimpiada se delinearam. Estas intervencoes tem significado, nessa regiao, a retirada de uma populacao vista como “indesejavel” por setores governamentais e da sociedade civil: ocupantes, populacao de rua, usuarios de drogas, prostitutas, ambulantes e camelos. O texto destaca a peculiaridade do projeto associado a uma ocupacao em especial, de orientacao autogestionaria, ao mesmo tempo em que procura ressaltar os limites e as singularidades presentes em sua composicao. Palavras-chave: ocupacao de sem-teto, circulacao, excecao, precariedade. Abstract The article aims to explore some of the forces that mobilized residents and activists to occupy an abandoned building located in the downt...

Sexualidad, Salud y Sociedad (Rio de Janeiro), 2020
Resumo Os dois primeiros meses da chegada da Covid-19 no Brasil e em especial na cidade do Rio de... more Resumo Os dois primeiros meses da chegada da Covid-19 no Brasil e em especial na cidade do Rio de Janeiro suscitaram inúmeras controvérsias. Uma delas se deu em torno dos corpos que teriam que se manter expostos ao vírus para garantir o funcionamento dos serviços que “não podiam parar” ou que estariam envolvidos diretamente no combate da doença. Na pandemia, neste evento de “tirar o fôlego”, foram equiparados médicos e demais profissionais da saúde, populações vulnerabilizadas, trabalhadores precarizados, idosos e pacientes crônicos. Através do relato de uma saída para visitar meu pai, da interação em páginas de bairro do Facebook, em conversas com interlocutores (por telefone e em grupos de WhatsApp) e através de notícias de diferentes mídias, o texto acompanha algumas polêmicas, em especial, a ideia aceita por segmentos da sociedade e do governo de que determinados corpos poderiam permanecer mais expostos ao vírus e, por conseguinte, mais expostos à morte.

Em novembro de 2016 reuniram-se no Instituto de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Pa... more Em novembro de 2016 reuniram-se no Instituto de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo, em São Carlos, uma serie de recentes pesquisas, reflexões e experiências de resistência, sobretudo trabalhos decorrentes de incursões em campo e relatos de experiências vivenciadas - realizadas dentro e fora da Universidade, e em diferentes regiões do país, no Rio de Janeiro, em São Paulo, na Bahia, no Distrito Federal e na Amazônia – colocadas em debate sob à perspectiva dos atuais limites da acumulação capitalista neoliberal. Passados dois anos da realização deste encontro, retoma-se aqui às falas e os textos do encontro, agora reunidos, revisitados e atualizados por seus autores buscando, através deste esforço coletivo, ampliar às possibilidades de compreensão da realidade de nossas cidades e territórios, hoje imersas na presente e brutal radicalização do neoliberalismo, em sua expressão periférica no sul global. O conjunto de textos apresentado neste livro abordará uma grande diversidade de temas e questões presentes nas cidades brasileiras, passando pela critica das políticas e praticas sociais do período 2003-2016; por reflexões sobre os sentidos da guerra e da paz nos expedientes das políticas de segurança pública de Estado, naquilo que se convencionou chamar de “combate ao crime”; pelas novas expressões evangélicas na periferia em seu horizonte político; pela precariedade nos abrigos de permanência transitória como dispositivos de controle e vigilância da população pobre; pela experiência da advocacia popular e os limites da militância associativa nas áreas centrais, pelas políticas de remoção e deslocamento forçado de povos indígenas durante o regime militar e a reconstituição da memoria destes territórios pré-coloniais por meio de uma arqueologia da floresta e da violência de Estado; sobre as reconfigurações dos movimentos sociais, suas rupturas e continuidades; pelas experiências de luta por moradia como forma de permanência dos mais pobres no urbano por meio da resistência cotidiana das ocupações organizadas e seus expedientes jurídicos; sobre o ódio à democracia; e finalmente sobre os possíveis usos intelectuais, sociais e políticos de uma estratégia comum.
Contemporânea - revista de sociologia da UFSCar
Resumo: O artigo se dedica a discutir a relação entre acusações morais, compaixão e as políticas ... more Resumo: O artigo se dedica a discutir a relação entre acusações morais, compaixão e as políticas de direitos referentes a grupos em situação de vulnerabilidade, no caso, mulheres acolhidas em um abrigo municipal no Rio de Janeiro. Abordaremos o cenário de direitos e de políticas em condições de precariedade, tendo como fio condutor os jogos de linguagem e as disputas nesse cotidiano.
Do legado fez-se espólio: Megaeventos, violações de direitos humanos e luta social na cidade do Rio de Janeiro, 2020

Sexualidad, Salud y Sociedad - Revista LatinoAmericana , 2020
https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/SexualidadSaludySociedad/article/view/51782/35135
Os ... more https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/SexualidadSaludySociedad/article/view/51782/35135
Os dois primeiros meses da chegada da Covid-19 no Brasil e em especial na cidade do Rio de Janeiro suscitaram inúmeras controvérsias. Uma delas se deu em torno dos corpos que teriam que se manter expostos ao vírus para garantir o funcionamento dos serviços que “não podiam parar” ou que estariam envolvidos diretamente no combate da doença. Na pandemia, neste evento de “tirar o fôlego”, foram equiparados médicos e demais profissionais da saúde, populações vulnerabilizadas, trabalhadores precarizados, idosos e pacientes crônicos. Através do relato de uma saída para visitar meu pai, da interação em páginas de bairro do Facebook, em conversas com interlocutores (por telefone e em grupos de WhatsApp) e através de notícias de diferentes mídias, o texto acompanha algumas polêmicas, em especial, a ideia aceita por segmentos da sociedade e do governo de que determinados corpos poderiam permanecer mais expostos ao vírus e, por conseguinte, mais expostos à morte.

AYÉ, 2020
http://www.revistas.unilab.edu.br/index.php/Antropologia/article/view/375
O texto apresenta algum... more http://www.revistas.unilab.edu.br/index.php/Antropologia/article/view/375
O texto apresenta algumas reflexões a partir da experiência da autora em trabalhos de campo com camadas precarizadas da população, moradores de áreas periféricas ou situadas nas margens. No doutorado, sua pesquisa se deu em torno de uma ocupação de moradia, depois realizou campo em abrigos municipais do Rio de Janeiro e, recentemente, tem acompanhado o acesso de familiares de pessoas assassinadas pelo Estado por equipamentos de saúde. Por outro lado, as condições materiais muito precárias dessas vidas impõem questões específicas à pesquisa e à inserção do pesquisador/a. Nesse caso, o trabalho da antropologia será aproximado do trabalho do AT (acompanhante terapêutico), bem como das ideias de Donald Winnicott e Veena Das, respectivamente, sobre como estar num setting terapêutico num hospital público do pós-guerra e em situações de devastação. Para ressaltar a dimensão produtiva do sofrimento, mencionaremos a medicalização como um dispositivo que tanto marca essas vidas através de uma ferida em aberto, quanto legitima o reconhecimento de si pelo Estado como um corpo da vulnerabilidade.

Revista Contemporânea UFSCAR, 2019
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O artigo se dedica a ... more http://www.contemporanea.ufscar.br/index.php/contemporanea/article/view/778
O artigo se dedica a discutir a relação entre acusações morais, compaixão e as políticas de direitos referentes a grupos em situação de vulnerabilidade, no caso, mulheres acolhidas em um abrigo municipal no Rio de Janeiro. Abordaremos o cenário de direitos e de políticas em condições de precariedade, tendo como fio condutor os jogos de linguagem e as disputas nesse cotidiano.
Palavras-chave: abrigos – vulnerabilidade – gênero – direitos – compaixão
Poor women who love too much: the life of social rights and policies
Abstract: This paper is dedicated to discussing a relationship between moral accusations, compassion and how copyright policies of vulnerable groups, in no case women taken to a municipal shelter in Rio de Janeiro. Disorder or scenario of rights and policies in precarious conditions, having as a thread the language games and as disputes in this daily life.
Keywords: shelters – vulnerability – gender – rights – compassion
Resenha publicada no Cadernos de Antropologia e Imagem (UERJ), 8 (1), ano1999, sobre o documentár... more Resenha publicada no Cadernos de Antropologia e Imagem (UERJ), 8 (1), ano1999, sobre o documentário precioso de Carmem Opipari e Sylvie Timbert, França,1996.

Sociedade e Cultura (UFG), 2018
Através do trabalho de campo em ocupações de moradia situadas no Centro do Rio de Janeiro, propon... more Através do trabalho de campo em ocupações de moradia situadas no Centro do Rio de Janeiro, proponho pensar como a precariedade
– imagens, sentidos, efeitos – é importante nessa experiência. O contexto político com a eleição de Lula da Silva para presidente foi algo que favoreceu a cena das ocupações. Poucos anos depois houve uma retração: o anúncio de um projeto de gentrificação da área, o Porto Maravilha, que tornou-se aos poucos uma política de expulsão de camadas mais pobres da região. Para os moradores que acompanhei isso resultou na piora das condições materiais e das relações vivenciadas nos prédios ocupados. Abordo aqui como eles buscaram contornar essas políticas de gentrificação. Na última seção, a discussão recai sobre algumas das implicações ético- metodológicas suscitadas quando o campo da pesquisa é caracterizado por situações de precariedade.
Palavras-chave: Ocupações de moradia, pobres, precariedade, etnografia.

Os limites da acumulação: movimentos e resistência nos territórios, 2018
Veena Das cunhou o termo textura do ordinário para falar da materialidade das condições da vida c... more Veena Das cunhou o termo textura do ordinário para falar da materialidade das condições da vida cotidiana (Das, 2015) de moradores situados nas margens de cidades como Nova Deli, enfatizando as relações e os conflitos que os constituem. Inspiro-me em sua textura para pensar uma textura da circulação, e circulação menos como uma resistência em si, como algo intransitivo, e mais como uma série constituída de vínculos onde a devastação (Das, 2008) ou as ameaças de devastação são parte que conformam o horizonte existencial e cognitivo, bem como os tempos de espera. O que esse conjunto mobiliza e quais os efeitos subjetivos, éticos e políticos na população precarizada da cidade? Vale pontuar num contexto de cidade que tem ampliado os dispositivos de controle e de interceptação da população mais pobre (Miagusko, Jardim e Cortes, 2018).

Sociedade e Cultura (UFG), v.21, n.2, 2018
Através do trabalho de campo em ocupações de moradia
situadas no centro do Rio de Janeiro, propon... more Através do trabalho de campo em ocupações de moradia
situadas no centro do Rio de Janeiro, proponho pensar como
a precariedade – imagens, sentidos, efeitos – é importante
nessa experiência. O contexto político com a eleição de Lula
da Silva para presidente foi algo que favoreceu a cena das
ocupações. Poucos anos depois, houve uma retração: o anúncio
de um projeto de gentrificação da área, o Porto Maravilha,que
tornou-se aos poucos uma política de expulsão de camadas
mais pobres da região. Para os moradores que acompanhei
isso resultou na piora das condições materiais e das relações
vivenciadas nos prédios ocupados. Abordo aqui como eles
buscaram contornar essas políticas de gentrificação. Na última
seção, a discussão recai sobre algumas das implicações ético-metodológicas suscitadas quando o campo da pesquisa é
caracterizado por situações de precariedade.
Palavras-chave: Ocupações de moradia, pobres, precariedade, etnografia.
Novas Faces da Vida nas Ruas de Taniele Rui, Mariana Martinez e Gabriel Feltran, 2016
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Papers by Adriana Fernandes
A Central do Brasil tem sido um espaço de disputas e de resistências na cidade do Rio de Janeiro. Recorrentemente novas políticas urbanas buscam remover a população pobre e mais precarizada que reside e trabalha na região. Através de três ocupações de moradia, o texto se propõe a mostrar o teor dessas disputas, os diferentes sujeitos e projetos envolvidos, assim como a originalidade das ocupações em termos de moralidades e como espaço antissegregacionista e heterotópico.
Os dois primeiros meses da chegada da Covid-19 no Brasil e em especial na cidade do Rio de Janeiro suscitaram inúmeras controvérsias. Uma delas se deu em torno dos corpos que teriam que se manter expostos ao vírus para garantir o funcionamento dos serviços que “não podiam parar” ou que estariam envolvidos diretamente no combate da doença. Na pandemia, neste evento de “tirar o fôlego”, foram equiparados médicos e demais profissionais da saúde, populações vulnerabilizadas, trabalhadores precarizados, idosos e pacientes crônicos. Através do relato de uma saída para visitar meu pai, da interação em páginas de bairro do Facebook, em conversas com interlocutores (por telefone e em grupos de WhatsApp) e através de notícias de diferentes mídias, o texto acompanha algumas polêmicas, em especial, a ideia aceita por segmentos da sociedade e do governo de que determinados corpos poderiam permanecer mais expostos ao vírus e, por conseguinte, mais expostos à morte.
O texto apresenta algumas reflexões a partir da experiência da autora em trabalhos de campo com camadas precarizadas da população, moradores de áreas periféricas ou situadas nas margens. No doutorado, sua pesquisa se deu em torno de uma ocupação de moradia, depois realizou campo em abrigos municipais do Rio de Janeiro e, recentemente, tem acompanhado o acesso de familiares de pessoas assassinadas pelo Estado por equipamentos de saúde. Por outro lado, as condições materiais muito precárias dessas vidas impõem questões específicas à pesquisa e à inserção do pesquisador/a. Nesse caso, o trabalho da antropologia será aproximado do trabalho do AT (acompanhante terapêutico), bem como das ideias de Donald Winnicott e Veena Das, respectivamente, sobre como estar num setting terapêutico num hospital público do pós-guerra e em situações de devastação. Para ressaltar a dimensão produtiva do sofrimento, mencionaremos a medicalização como um dispositivo que tanto marca essas vidas através de uma ferida em aberto, quanto legitima o reconhecimento de si pelo Estado como um corpo da vulnerabilidade.
O artigo se dedica a discutir a relação entre acusações morais, compaixão e as políticas de direitos referentes a grupos em situação de vulnerabilidade, no caso, mulheres acolhidas em um abrigo municipal no Rio de Janeiro. Abordaremos o cenário de direitos e de políticas em condições de precariedade, tendo como fio condutor os jogos de linguagem e as disputas nesse cotidiano.
Palavras-chave: abrigos – vulnerabilidade – gênero – direitos – compaixão
Poor women who love too much: the life of social rights and policies
Abstract: This paper is dedicated to discussing a relationship between moral accusations, compassion and how copyright policies of vulnerable groups, in no case women taken to a municipal shelter in Rio de Janeiro. Disorder or scenario of rights and policies in precarious conditions, having as a thread the language games and as disputes in this daily life.
Keywords: shelters – vulnerability – gender – rights – compassion
– imagens, sentidos, efeitos – é importante nessa experiência. O contexto político com a eleição de Lula da Silva para presidente foi algo que favoreceu a cena das ocupações. Poucos anos depois houve uma retração: o anúncio de um projeto de gentrificação da área, o Porto Maravilha, que tornou-se aos poucos uma política de expulsão de camadas mais pobres da região. Para os moradores que acompanhei isso resultou na piora das condições materiais e das relações vivenciadas nos prédios ocupados. Abordo aqui como eles buscaram contornar essas políticas de gentrificação. Na última seção, a discussão recai sobre algumas das implicações ético- metodológicas suscitadas quando o campo da pesquisa é caracterizado por situações de precariedade.
Palavras-chave: Ocupações de moradia, pobres, precariedade, etnografia.
situadas no centro do Rio de Janeiro, proponho pensar como
a precariedade – imagens, sentidos, efeitos – é importante
nessa experiência. O contexto político com a eleição de Lula
da Silva para presidente foi algo que favoreceu a cena das
ocupações. Poucos anos depois, houve uma retração: o anúncio
de um projeto de gentrificação da área, o Porto Maravilha,que
tornou-se aos poucos uma política de expulsão de camadas
mais pobres da região. Para os moradores que acompanhei
isso resultou na piora das condições materiais e das relações
vivenciadas nos prédios ocupados. Abordo aqui como eles
buscaram contornar essas políticas de gentrificação. Na última
seção, a discussão recai sobre algumas das implicações ético-metodológicas suscitadas quando o campo da pesquisa é
caracterizado por situações de precariedade.
Palavras-chave: Ocupações de moradia, pobres, precariedade, etnografia.
A Central do Brasil tem sido um espaço de disputas e de resistências na cidade do Rio de Janeiro. Recorrentemente novas políticas urbanas buscam remover a população pobre e mais precarizada que reside e trabalha na região. Através de três ocupações de moradia, o texto se propõe a mostrar o teor dessas disputas, os diferentes sujeitos e projetos envolvidos, assim como a originalidade das ocupações em termos de moralidades e como espaço antissegregacionista e heterotópico.
Os dois primeiros meses da chegada da Covid-19 no Brasil e em especial na cidade do Rio de Janeiro suscitaram inúmeras controvérsias. Uma delas se deu em torno dos corpos que teriam que se manter expostos ao vírus para garantir o funcionamento dos serviços que “não podiam parar” ou que estariam envolvidos diretamente no combate da doença. Na pandemia, neste evento de “tirar o fôlego”, foram equiparados médicos e demais profissionais da saúde, populações vulnerabilizadas, trabalhadores precarizados, idosos e pacientes crônicos. Através do relato de uma saída para visitar meu pai, da interação em páginas de bairro do Facebook, em conversas com interlocutores (por telefone e em grupos de WhatsApp) e através de notícias de diferentes mídias, o texto acompanha algumas polêmicas, em especial, a ideia aceita por segmentos da sociedade e do governo de que determinados corpos poderiam permanecer mais expostos ao vírus e, por conseguinte, mais expostos à morte.
O texto apresenta algumas reflexões a partir da experiência da autora em trabalhos de campo com camadas precarizadas da população, moradores de áreas periféricas ou situadas nas margens. No doutorado, sua pesquisa se deu em torno de uma ocupação de moradia, depois realizou campo em abrigos municipais do Rio de Janeiro e, recentemente, tem acompanhado o acesso de familiares de pessoas assassinadas pelo Estado por equipamentos de saúde. Por outro lado, as condições materiais muito precárias dessas vidas impõem questões específicas à pesquisa e à inserção do pesquisador/a. Nesse caso, o trabalho da antropologia será aproximado do trabalho do AT (acompanhante terapêutico), bem como das ideias de Donald Winnicott e Veena Das, respectivamente, sobre como estar num setting terapêutico num hospital público do pós-guerra e em situações de devastação. Para ressaltar a dimensão produtiva do sofrimento, mencionaremos a medicalização como um dispositivo que tanto marca essas vidas através de uma ferida em aberto, quanto legitima o reconhecimento de si pelo Estado como um corpo da vulnerabilidade.
O artigo se dedica a discutir a relação entre acusações morais, compaixão e as políticas de direitos referentes a grupos em situação de vulnerabilidade, no caso, mulheres acolhidas em um abrigo municipal no Rio de Janeiro. Abordaremos o cenário de direitos e de políticas em condições de precariedade, tendo como fio condutor os jogos de linguagem e as disputas nesse cotidiano.
Palavras-chave: abrigos – vulnerabilidade – gênero – direitos – compaixão
Poor women who love too much: the life of social rights and policies
Abstract: This paper is dedicated to discussing a relationship between moral accusations, compassion and how copyright policies of vulnerable groups, in no case women taken to a municipal shelter in Rio de Janeiro. Disorder or scenario of rights and policies in precarious conditions, having as a thread the language games and as disputes in this daily life.
Keywords: shelters – vulnerability – gender – rights – compassion
– imagens, sentidos, efeitos – é importante nessa experiência. O contexto político com a eleição de Lula da Silva para presidente foi algo que favoreceu a cena das ocupações. Poucos anos depois houve uma retração: o anúncio de um projeto de gentrificação da área, o Porto Maravilha, que tornou-se aos poucos uma política de expulsão de camadas mais pobres da região. Para os moradores que acompanhei isso resultou na piora das condições materiais e das relações vivenciadas nos prédios ocupados. Abordo aqui como eles buscaram contornar essas políticas de gentrificação. Na última seção, a discussão recai sobre algumas das implicações ético- metodológicas suscitadas quando o campo da pesquisa é caracterizado por situações de precariedade.
Palavras-chave: Ocupações de moradia, pobres, precariedade, etnografia.
situadas no centro do Rio de Janeiro, proponho pensar como
a precariedade – imagens, sentidos, efeitos – é importante
nessa experiência. O contexto político com a eleição de Lula
da Silva para presidente foi algo que favoreceu a cena das
ocupações. Poucos anos depois, houve uma retração: o anúncio
de um projeto de gentrificação da área, o Porto Maravilha,que
tornou-se aos poucos uma política de expulsão de camadas
mais pobres da região. Para os moradores que acompanhei
isso resultou na piora das condições materiais e das relações
vivenciadas nos prédios ocupados. Abordo aqui como eles
buscaram contornar essas políticas de gentrificação. Na última
seção, a discussão recai sobre algumas das implicações ético-metodológicas suscitadas quando o campo da pesquisa é
caracterizado por situações de precariedade.
Palavras-chave: Ocupações de moradia, pobres, precariedade, etnografia.
https://www.youtube.com/watch?v=FNkwkCBppIc&t=5251s
Podcast produzido a partir de entrevista com Edna Carla, mãe do Curió, defensora de direitos humanos, cuidadora. Fortaleza, Ceará.
São Carlos, 15 out/2021.
https://www.youtube.com/watch?v=iVa6QkecVQ4&t=925s
Como acompanhamos, estratégias de cunho universalista, que não levaram em conta as especificidades de cada lugar rápido se mostraram ineficazes. No Brasil, fazer isolamento social e manter-se em casa, duas orientações fundamentais das agências sanitárias estrangeiras e nacionais simplesmente não faziam (nem conseguiram se tornar) parte do universo cultural, social e econômico de grande parte da população. Não se trata de justificar tal impossibilidade destacando apenas as condições sociais, econômicas e urbanísticas das cidades, nas precariedades que as atravessam, mas é preciso dizer um pouco mais.