Data Bases by R3iAP Rede de Informação, Investigação e Intervenção de Arte Pública

Sistema de Informação da Arte Pública de Portugal - Zona Norte, 2025
O Sistema de Informação da Arte Pública do Porto é o catálogo digital da coleção de obras de arte... more O Sistema de Informação da Arte Pública do Porto é o catálogo digital da coleção de obras de arte de caráter permanente, implantadas em espaços exteriores ou interiores de livre acesso público, no concelho do Porto.
O critério organizador não é, portanto, o da propriedade dos espaços de inserção das obras nem a origem do financiamento da sua implementação, mas apenas na natureza não condicionada do seu acesso e/ou visibilidade.
Apesar de pela sua natureza de "arte do ar livre" (Henry Moore) ser dominada pela escultura, a catalogação da arte pública do Porto, compreende obras de escultura, de murais cerâmicos, de pintura mural e de vitral, reunindo peças tridimensionais de vulto e peças integradas na arquitetura, sendo as mesmas de caráter laico ou de caráter religioso.
Ficam de fora, pela sua especificidade que as distingue, as obras da chamada "arte urbana" que usualmente compreendem grafitti e pinturas executadas com tintas "spray", logo não integradas na arquitetura, cuja durabilidade não se apresenta como assegurada.
A catalogação é simultaneamente funcional e cronológica iniciando-se com exemplos de peças históricas de caráter utilitário, simbólico ou decorativo que se mantêm no espaço público, como fontes, fantanários e chafarizes e terminando na atualidade, distribuídas por quatro classes distintas, agrupadas duas a duas, segundo dois eixos. Em primeiro lugar, o eixo da narratividade que incluiu Lugares de Memória (narrativa dos factos) e Lugares de Devoção (narrativa das crenças). Em segundo lugar, o eixo da imageabilidade que inclui Elementos de Animação Arquitetónica (imagens inseridas em singularidades arquitetónicas) e Elementos de Qualificação Urbana (imagens inseridas em conjuntos urbanos), tal como se explica em (Abreu, 2012): tese de mestrado arguida em 1999, cuja atualização em 2012 serviu de base à catalogação.
Estruturalmente, o Sistema de Informação da Arte Pública do Porto tem como origem uma base de dados relacional que reúne e articula informações provenientes das três componentes fundamentais do sistema, a saber, dados relativos às peças, dados relativos aos autores e dados relativos aos espaços.
Esta estrutura tem a vantagem da sua universalidade, adaptando-se a distintos contextos históricos e espaciais, e permitindo a comparação
FICHA TÉCNICA:
Suporte informático: Microsoft Access
Autor da investigação e da programação: José Guilherme Abreu
Fotografia: Diogo Morais e José Guilherme Abreu

Sistema de Informação da Arte Pública de Portugal - Zona Norte, 2025
O Sistema de Informação da Arte Pública do Porto é o catálogo digital da coleção de obras de arte... more O Sistema de Informação da Arte Pública do Porto é o catálogo digital da coleção de obras de arte de caráter permanente, implantadas em espaços exteriores ou interiores de livre acesso público, no concelho do Porto.
O critério organizador não é, portanto, o da propriedade dos espaços de inserção das obras nem a origem do financiamento da sua implementação, mas apenas na natureza não condicionada do seu acesso e/ou visibilidade.
Apesar de pela sua natureza de "arte do ar livre" (Henry Moore) ser dominada pela escultura, a catalogação da arte pública do Porto, compreende obras de escultura, de murais cerâmicos, de pintura mural e de vitral, reunindo peças tridimensionais de vulto e peças integradas na arquitetura, sendo as mesmas de cárater laico ou de caráter religioso.
Ficam de fora, pela sua especificidade que as distingue, as obras da chamada "arte urbana" que usualmente compreendem grafitti e pinturas executadas com tintas "spray", logo não integradas na arquitetura, cuja durabilidade não se apresenta como assegurada.
A catalogação é simultaneamente funcional e cronológica iniciando-se com exemplos de peças históricas de caráter utilitário, simbólico ou decorativo que se mantêm no espaço público, como fontes, fantanários e chafarizes e terminando na atualidade, distribuídas por quatro classes distintas, agrupadas duas a duas, segundo dois eixos. Em primeiro lugar, o eixo da narratividade que incluiu Lugares de Memória (narrativa dos factos) e Lugares de Devoção (narrativa das crenças). Em segundo lugar, o eixo da imageabilidade que inclui Elementos de Animação Arquitetónica (imagens inseridas em singularidades arquitetónicas) e Elementos de Qualificaçáo Urbana (imagens inseridas em conjuntos urbanos), tal como se explica em (Abreu, 2012): tese de mestrado arguida em 1999, cuja atualização em 2012 serviu de base à catalogação.
Estruturalmente, o Sistema de Informação da Arte Pública do Porto tem como origem uma base de dados relacional que reúne e articula informações provenientes das três componentes fundamentais do sistema, a saber, dados relativos às peças, dados relativos aos autores e dados relativos aos espaços.
Esta estrutura tem a vantagem da sua universalidade, adaptando-se a distintos contextos históricos e espaciais, e permitindo a comparação
FICHA TÉCNICA:
Suporte informático: Microsoft Access
Autor da investigação e da programação: José Guilherme Abreu
Fotografia: Diogo Morais e José Guilherme Abreu

Sistema de Informação da Arte Pública de Portugal - Zona Norte, 2025
O Sistema de Informação da Arte Pública do Porto é o catálogo digital da coleção de obras de arte... more O Sistema de Informação da Arte Pública do Porto é o catálogo digital da coleção de obras de arte de caráter permanente, implantadas em espaços exteriores ou interiores de livre acesso público.
O critério organizador não é, portanto, o da propriedade dos espaços de inserção das obras nem a origem do financiamento da sua implementação, mas apenas na natureza não condicionada do seu acesso e/ou visibilidade.
Apesar de pela sua natureza de "arte do ar livre" (Henry Moore) ser dominada pela escultura, a catalogação da arte pública do Porto, compreende obras de escultura, de murais cerâmicos, de pintura mural e de vitral, reunindo peças tridimensionais de vulto e peças integradas na arquitetura, sendo as mesmas de cárater laico ou de caráter religioso.
Ficam de fora, pela sua especificidade que as distingue, as obras da chamada "arte urbana" que usualmente compreendem grafitti e pinturas executadas com tintas "spray", logo não integradas na arquitetura, cuja durabilidade não se apresenta como assegurada.
A catalogação é simultaneamente funcional e cronológica iniciando-se com exemplos de peças históricas de caráter utilitário, simbólico ou decorativo que se mantêm no espaço público, como fontes, fantanários e chafarizes e terminando na atualidade, distribuídas por quatro classes distintas, agrupadas duas a duas, segundo dois eixos. Em primeiro lugar, o eixo da narratividade que incluiu Lugares de Memória (narrativa dos factos) e Lugares de Devoção (narrativa das crenças). Em segundo lugar, o eixo da imageabilidade que inclui Elementos de Animação Arquitetónica (imagens inseridas em singularidades arquitetónicas) e Elementos de Qualificaçáo Urbana (imagens inseridas em conjuntos urbanos), tal como se explica em (Abreu, 2012): tese de mestrado arguida em 1999, cuja atualização em 2012 serviu de base à catalogação.
Estruturalmente, o Sistema de Informação da Arte Pública do Porto tem como origem uma base de dados relacional que reúne e articula informações provenientes das três componentes fundamentais do sistema, a saber, dados relativos às peças, dados relativos aos autores e dados relativos aos espaços.
Esta estrutura tem a vantagem da sua universalidade, adaptando-se a distintos contextos históricos e espaciais, e permitindo a comparação.
FICHA TÉCNICA:
Suporte informático: Microsoft Access
Autor da investigação e da programação: José Guilherme Abreu
Fotografia: Diogo Morais e José Guilherme Abreu
Sistema de Informação da Arte Pública de Portugal - Zona Norte, 2025
Sistema de Informação da Arte Pública de Portugal - Zona Norte, 2025
Contém informação sobre os duzentos e oito autores com obra pública implantada no espaço público ... more Contém informação sobre os duzentos e oito autores com obra pública implantada no espaço público do distrito do Porto
Sistema de Informação da Arte Pública de Portugal - Zona Norte, 2025
Sistema de Informação da Arte Pública de Portugal - Zona Norte, 2025
Sistema de Informação da Arte Pública de Portugal - Zona Norte, 2025
Sistema de Informação da Arte Pública de Portugal - Zona Norte, 2025
Newsletters R3iAP - Português by R3iAP Rede de Informação, Investigação e Intervenção de Arte Pública

Newsletter R3iAP #3 , 2025
No passado dia 7 de janeiro, completaram-se dez anos sobre o brutal atentado contra o Semanário C... more No passado dia 7 de janeiro, completaram-se dez anos sobre o brutal atentado contra o Semanário Charlie Hebdo, com sede no XI arrrondissement de Paris. O atentado causou a morte de doze pessoas, entre as quais os cartunistas Charb, Cabu, Honoré, Tignous e Wolinsky, o último colaborador da revista mensal Hara-Kiri, Bête et Méchant, desde a década de 60.
Fundado, em 1970, por François Cavanna e pelo Professeur Choron, o Semanário Charlie Hebdo contou com a colaboração de cartunistas de Hara Kiri, a que se associaram também outros. Mantendo-se fiel à sua linha satírica e fortemente crítica, por vezes sardónica, o Charlie Hebdo nunca deixou de ser uma tribuna de expressão do livre pensamento, brandindo a sua implacável matraca contra todas as formas de repressão ou tentativas de imposição de mordaças à arte da sátira.
Pelo exemplo que agora se coloca em abertura, a crítica não foi exclusivamente dirigida contra o islamismo, nem tampouco se restringiu a satirizar o “ópio do povo”. Logo no seu número inaugural, o Charlie Hebdo mereceu decisão de proibição, decretada pelo Presidente Georges Pompidou, pela forma como noticiou o falecimento do General Charles de Gaulle, anterior Presidente da República, em Colombey-les-Deux-Églises, em 9 de novembro de 1970.
Não podia pois a Newsletter da R3iAP deixar de evocar a memória deste bastião da liberdade de expressão, passados dez anos do brutal atentado que feriu de morte veneráveis membros da sua equipa redatorial, mas que nem por isso trouxe o silenciamento da sua voz.
José Guilherme Abreu
Coordenador da R3iAP

Newsletter R3iAP, 2024
Cinquenta anos após o 25 de Abril de 1974, a arte é uma arma. Em Portugal, a expressão artística ... more Cinquenta anos após o 25 de Abril de 1974, a arte é uma arma. Em Portugal, a expressão artística em contexto de espaço público enquadra-se nos seguintes quatro binómios: resistência/ transgressão; liberdade/ afirmação; aleatoriedade/ banalização e enquadramento/ regulação. Conquanto possamos elencá-los por esta ordem e associá-los a sucessivos períodos sócio-históricos da sociedade portuguesa, é igualmente verdadeiro o seu carácter de alternância eventual. De igual forma parece redutora a indexação simples à categoria de acto político ou de apenas exercício de expressão plástica. A sua complexidade é maior e, embora com expressões dominantes em determinados momentos da História recente, as diferentes atitudes/ posturas/ discursos artísticos têm sido contemporâneos entre si, resultando em enriquecimento e diversidade. Se considerarmos o espaço da cidade na sua vertente pública como um todo, a sua composição é feita de diferentes e diversos planos complementares. De facto, a imagem da cidade que vamos construindo não se funda apenas numa leitura bi-dimensional sendo a tri-dimensionalidade a base para uma leitura espacial, para o estar "dentro" do cenário, absorvendo as suas múltiplas coordenadas, conjugando os planos horizontais e verticais, de rampa, oblíquos, ou ainda todos os outros que, interligados, formam as espacialidades em que vivemos, que nos condicionam, nos conferem a retaguarda da dimensão de contexto, de pertença, de posse sensorial e influenciam a proxémia (Hall, 1986) dos sujeitos, no que concerne ao seu espaço pessoal. Nesse sentido, o ambiente urbano é uma criação mental e, rendida à subjectividade do indivíduo e do colectivo, é algo que, embora tectónico e material, existe pela acção dos sentidos e da sua capacidade de percepção, manipulação e transformação.

Newsletter R3iAP , 2024
A Newsletter R3iAP é uma iniciativa comunicacional da Rede de Informação, Investigação e Interven... more A Newsletter R3iAP é uma iniciativa comunicacional da Rede de Informação, Investigação e Intervenção de Arte Pública que congrega centros de investigação universitária e outras instituições de estudo e defesa do património com interesse e projeção do seu trabalho no âmbito da arte pública, de acordo com o seu documento fundador.
Possuindo como polos constituintes, de Norte para Sul, o CECS da UM, Braga, o CITAR da EA-UCP, Porto; o i2ADS, da FBAUP, Porto; o CiAUD, da UBI, Covilhã; o PPMF da Associação Memória Comum, Viseu; o LIDA, do IPP-ESAD, Caldas da Rainha; o IHA, da FSCH-UNL, Lisboa; SAUC, FBAUL, Lisboa; HEI-LAB, ULHT, Lisboa; e o CHAIA, da UE, Évora, a R3iAP carece de um meio de comunicação que possa servir de vetor
agregador e congregador da rede, permitindo manter os polos que a integram informados sobre as atividades por eles desenvolvida, ao mesmo tempo que serve também de intercâmbio de informação, de espaço de opinião e até de problematização de temas pertinentes ou pura e simplesmente atuais.
Com uma estrutura simples e um acesso aberto a todos os membros da R3iAP que pretendam dar o seu contributo, resta-nos exortar os investigadores a partilharem aqui notícias, textos de opinião, sinopses de projetos de investigação, ou outras iniciativas pertinentes que tenham como enfoque a arte ou o espaço público.
Termino com o agradecimento à investigadora Sofia Ponte o trabalho preparatório de organização da Newsletter que tornou este projeto possível, assim como o design gráfico final realizado pelo arquiteto Mário Mesquita que aceitou e mais ainda ter aceitado coordenar interinamente a Newsletter R3iAP, até novo coordenador ser selecionado. Sem esquecer, também, os devidos agradecimentos aos investigadores que igualmente contribuíram para a edição do presente número inaugural.
José Guilherme Abreu
Coordenador da R3iAP
Newsletters R3iAP - English by R3iAP Rede de Informação, Investigação e Intervenção de Arte Pública
NEWSLETTER # 3 Jan 2025, 2025
The 7th of January marked ten years since the brutal attack on the Charlie Hebdo weekly, based in... more The 7th of January marked ten years since the brutal attack on the Charlie Hebdo weekly, based in the 11th arrondissement of Paris. Twelve people were killed in the attack, including cartoonists Charb, Cabu, Honoré, Tignous and Wolinsky, the last of whom has been a contributor to the monthly magazine Hara-Kiri, Bête et Méchant since the 60s.
NEWSLETTER # 2 June 2024, 2024
Fifty years after 25 April 1974, art is a weapon.
In Portugal, artistic expression in public spac... more Fifty years after 25 April 1974, art is a weapon.
In Portugal, artistic expression in public spaces falls into the following four binomials: resistance/ transgression; freedom/ affirmation; randomness/ trivialisation and framing/ regulation.
Although we can list them in this order and associate them with successive socio-historical periods in Portuguese society, it is equally true that they alternate from time to time. In the same way, it seems reductive to simply categorise them as a political act or just an exercise in artistic expression. Its complexity is greater and, although with dominant expressions at certain moments in recent history, the different attitudes/postures/artistic discourses have been contemporary with each other, resulting in enrichment and diversity.

researches and provides services on all aspects related to the promotion, study, conservation, pr... more researches and provides services on all aspects related to the promotion, study, conservation, preservation and restoration of public art collections in Portugal, Brazil and the communities of Portuguese descent, provided he is authorised to do so by academic and/or cultural and/or cultural institutions of the respective states and communities. 1.EDITORIAL p. 2 2.NEWS p. 2 3.R3IAP's INICIATIVES p. 3 4.ANNOUNCEMENTS p. 5 5.PUBLICATIONS p. 5 6.POLEMICS AND DEBATE p. 6 7.STORIES AND MEMORIES ABOUT PUBLIC ART p. 8 8.WEBLINKS p. 12 9.ABOUT AND CONTACTS p. 12 1.EDITORIAL R3iAP Newsletter is a communicational initiative aiming to promote the interaction between Public Art Information, Research and Intervention Network members, simultaneously connecting university research centres to other heritage study and/or conservation institutions, engaged in directing their work into the field of public art, according to R3iAP foundational document. R3iAP members are researchers assigned to Portuguese university research centres, such as, from north to south, CECS
Atas / Conference Proceedings by R3iAP Rede de Informação, Investigação e Intervenção de Arte Pública

Atas de Colóquio Internacional / International Conference Proceedings. Vol. 1, 2017
Os novos suportes, meios técnicos, métodos de produção e espaços de apresentação vieram alargar o... more Os novos suportes, meios técnicos, métodos de produção e espaços de apresentação vieram alargar o campo das possibilidades de criação artística, fazendo já não unicamente diluir e complicar as fronteiras entre as disciplinas artísticas, mas o que é mais relevante, levando a problematizar e a interpelar o lugar e o estatuto do artista, a redefinir e a repensar o que nesse contexto pode entender-se por obra de arte, bem como a questionar e a sondar aquele que poderá ser o âmbito e o contributo do público para a prossecução dos fundamentos e caminhos da própria arte, público esse por sua vez ávido de fruir e de experienciar o admirável mundo novo da tecno-espetacularidade.
As mutações tecnológicas e os usos culturais que vêm condicionando a criação artística, exigem por isso uma reflexão sistemática, abrangente e cruzada, enriquecida por reflexões e práticas originárias de distintas modalidades de criação artística e consolidada através de diferentes áreas de investigação científica.
Estruturalmente vocacionado para empreender esse cruzamento alargado, o CITAR chama a si a iniciativa de promover uma discussão alargada em torno do fenómeno da Arte Pública, considerado por Javier Maderuelo como “aquele que melhor caracteriza as manifestações do último terço do século XX”, embora o mesmo autor reconheça que, “nem os ensaios históricos, nem os artigos críticos […] parecem fazer caso desta importância” (Maderuelo 2000, 240).
Ciente da complexidade do tema, mas seguro dos benefícios do cruzamento de perspetivas que o mesmo congrega, o Colóquio Internacional Arte Pública na Era da Criatividade Digital visa debater as questões da criação artística e da sua receção e interação pública, agregando investigadores, artistas e especialistas.

Atas do Colóquio Internacional / International Conference Proceedings - Vol. 2, 2017
Reunindo intervenções artísticas concebidas a partir de dispositivos digitais e de processos e re... more Reunindo intervenções artísticas concebidas a partir de dispositivos digitais e de processos e recursos tecnológicos, nesta secção foram apresentadas reflexões teóricas e estudos de casos, agregando contributos nacionais e internacionais. Assim, foi analisada a relação entre a arte, como atividade criativa e as técnicas de criação de software. Foi discutida a construção de novas interações das comunidades locais no espaço virtual tecnológico e a Interatividade de obras como a Tapeçaria de Luz. Ou o Cinema Expandido e os novos modelos de interação que promovem a participação do público. Ou a catalogação, comparação e categorização de gestos e expressões diárias, como meio para entender composição corporal e representatividade social. Foi debatido o Graffiti Map of Amadora e o modo como as novas tecnologias permitem ao público interagir com os trabalhos. Foi descrito o Syn-Dyn, um "jogo artístico" que converte os praticantes em performers de um espetáculo audiovisual desportivo. Foi, finalmente, conhecido o processo e a experiência de criação de imagens virtuais enquanto Arte Pública, através de um Sistema de Arte e Media (SAM).
Books by R3iAP Rede de Informação, Investigação e Intervenção de Arte Pública

ART AS GESTATION OF THE PUBLIC SPHERA, 2024
The demand for a fundamental correlation between art and life constitutes a stimulating premise f... more The demand for a fundamental correlation between art and life constitutes a stimulating premise for artistic actuality. The infinite possibilities of achieving this goal explain the material and conceptual pulverization of the means and practices used to interpret and materialize this desideratum. Art is a phenomenological instance of Being, as Husserl asserts in his letter to Hugo von Hofmannsthal, when he says that “the artist who observes the world [...] behaves towards the world as the phenomenologist does” – an idea that Beuys will soon develop, stating that “every man is an artist”, when he is a gesture-in-action, i.e. a project in gestation. [...]
Considering the relevance of art as a public reality (Grout, 2000) – in line with the fact that public space and the public sphere are everyday stages for gestures that produce difference – the idea of apparition is revealed as a phenomenological theme; according to Vergílio Ferreira, when he says: “I feel, I feel in the viscera the phantastic
apparition of things, ideas, myself [...] In life there is nothing but original feeling” (Ferreira, 1971:9). Astonishment is a consequence of the presence of the unexpected. And the unexpected has no time. We are touching here the domain of the “need for anachronism” (Didi-Huberman, 2017:17).
Circuito de Arte Pública de Paredes., 2012
O convite da câmara municipal de Paredes à Universidade Católica
Portuguesa para ser parceira no ... more O convite da câmara municipal de Paredes à Universidade Católica
Portuguesa para ser parceira no projeto de criação do circuito de
Arte Pública de Paredes (CAPP), constituiu uma oportunidade para o
desenvolvimento da atividade do centro de Investigação em ciência
e Tecnologia das Artes (CITAR) do centro Regional do Porto daquela
Universidade.
Por se tratar de uma proposta inédita, pareceu-nos que o catálogo do
CAPP deveria registar as diferentes etapas do projeto para memória
futura. Este texto, bem como outros aqui publicados, é um contributo
para essa memória.

Circuito de Arte Publica de Paredes II, 2013
Permitir que um grupo de estudantes, no seu ano final de Mestrado, possa testar in loco algumas d... more Permitir que um grupo de estudantes, no seu ano final de Mestrado, possa testar in loco algumas das ideias investigadas ao longo do seu Curso, é um privilégio e uma oportunidade rara. Os processos artísticos geradores de ações sociais e coletivas fazem parte, embora neles não se esgotem, dos objetivos do Mestrado em Arte e Design para o Espaço Público. A cidade, enquanto território em que se confrontam e debatem história e estórias, memória e identidade, cultura e progresso, mas também onde se podem encontrar marcas das vivências, de traumas e de conquistas, é uma base de trabalho rica e frequentemente difícil de abordar e interpretar. A arte no espaço público não oferece panaceias para os problemas sociais, nem saídas para situações de crise ou emergência, mas pode acima de tudo contribuir para uma maior consciência e partilha das dimensões coletivas
e individuais que formam uma sociedade, pode permitir aos artistas que desafiem os limites da sua própria prática e ao público que seja confrontado
com os limites do seu próprio posicionamento no espaço que habita e a que chama seu.
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Data Bases by R3iAP Rede de Informação, Investigação e Intervenção de Arte Pública
O critério organizador não é, portanto, o da propriedade dos espaços de inserção das obras nem a origem do financiamento da sua implementação, mas apenas na natureza não condicionada do seu acesso e/ou visibilidade.
Apesar de pela sua natureza de "arte do ar livre" (Henry Moore) ser dominada pela escultura, a catalogação da arte pública do Porto, compreende obras de escultura, de murais cerâmicos, de pintura mural e de vitral, reunindo peças tridimensionais de vulto e peças integradas na arquitetura, sendo as mesmas de caráter laico ou de caráter religioso.
Ficam de fora, pela sua especificidade que as distingue, as obras da chamada "arte urbana" que usualmente compreendem grafitti e pinturas executadas com tintas "spray", logo não integradas na arquitetura, cuja durabilidade não se apresenta como assegurada.
A catalogação é simultaneamente funcional e cronológica iniciando-se com exemplos de peças históricas de caráter utilitário, simbólico ou decorativo que se mantêm no espaço público, como fontes, fantanários e chafarizes e terminando na atualidade, distribuídas por quatro classes distintas, agrupadas duas a duas, segundo dois eixos. Em primeiro lugar, o eixo da narratividade que incluiu Lugares de Memória (narrativa dos factos) e Lugares de Devoção (narrativa das crenças). Em segundo lugar, o eixo da imageabilidade que inclui Elementos de Animação Arquitetónica (imagens inseridas em singularidades arquitetónicas) e Elementos de Qualificação Urbana (imagens inseridas em conjuntos urbanos), tal como se explica em (Abreu, 2012): tese de mestrado arguida em 1999, cuja atualização em 2012 serviu de base à catalogação.
Estruturalmente, o Sistema de Informação da Arte Pública do Porto tem como origem uma base de dados relacional que reúne e articula informações provenientes das três componentes fundamentais do sistema, a saber, dados relativos às peças, dados relativos aos autores e dados relativos aos espaços.
Esta estrutura tem a vantagem da sua universalidade, adaptando-se a distintos contextos históricos e espaciais, e permitindo a comparação
FICHA TÉCNICA:
Suporte informático: Microsoft Access
Autor da investigação e da programação: José Guilherme Abreu
Fotografia: Diogo Morais e José Guilherme Abreu
O critério organizador não é, portanto, o da propriedade dos espaços de inserção das obras nem a origem do financiamento da sua implementação, mas apenas na natureza não condicionada do seu acesso e/ou visibilidade.
Apesar de pela sua natureza de "arte do ar livre" (Henry Moore) ser dominada pela escultura, a catalogação da arte pública do Porto, compreende obras de escultura, de murais cerâmicos, de pintura mural e de vitral, reunindo peças tridimensionais de vulto e peças integradas na arquitetura, sendo as mesmas de cárater laico ou de caráter religioso.
Ficam de fora, pela sua especificidade que as distingue, as obras da chamada "arte urbana" que usualmente compreendem grafitti e pinturas executadas com tintas "spray", logo não integradas na arquitetura, cuja durabilidade não se apresenta como assegurada.
A catalogação é simultaneamente funcional e cronológica iniciando-se com exemplos de peças históricas de caráter utilitário, simbólico ou decorativo que se mantêm no espaço público, como fontes, fantanários e chafarizes e terminando na atualidade, distribuídas por quatro classes distintas, agrupadas duas a duas, segundo dois eixos. Em primeiro lugar, o eixo da narratividade que incluiu Lugares de Memória (narrativa dos factos) e Lugares de Devoção (narrativa das crenças). Em segundo lugar, o eixo da imageabilidade que inclui Elementos de Animação Arquitetónica (imagens inseridas em singularidades arquitetónicas) e Elementos de Qualificaçáo Urbana (imagens inseridas em conjuntos urbanos), tal como se explica em (Abreu, 2012): tese de mestrado arguida em 1999, cuja atualização em 2012 serviu de base à catalogação.
Estruturalmente, o Sistema de Informação da Arte Pública do Porto tem como origem uma base de dados relacional que reúne e articula informações provenientes das três componentes fundamentais do sistema, a saber, dados relativos às peças, dados relativos aos autores e dados relativos aos espaços.
Esta estrutura tem a vantagem da sua universalidade, adaptando-se a distintos contextos históricos e espaciais, e permitindo a comparação
FICHA TÉCNICA:
Suporte informático: Microsoft Access
Autor da investigação e da programação: José Guilherme Abreu
Fotografia: Diogo Morais e José Guilherme Abreu
O critério organizador não é, portanto, o da propriedade dos espaços de inserção das obras nem a origem do financiamento da sua implementação, mas apenas na natureza não condicionada do seu acesso e/ou visibilidade.
Apesar de pela sua natureza de "arte do ar livre" (Henry Moore) ser dominada pela escultura, a catalogação da arte pública do Porto, compreende obras de escultura, de murais cerâmicos, de pintura mural e de vitral, reunindo peças tridimensionais de vulto e peças integradas na arquitetura, sendo as mesmas de cárater laico ou de caráter religioso.
Ficam de fora, pela sua especificidade que as distingue, as obras da chamada "arte urbana" que usualmente compreendem grafitti e pinturas executadas com tintas "spray", logo não integradas na arquitetura, cuja durabilidade não se apresenta como assegurada.
A catalogação é simultaneamente funcional e cronológica iniciando-se com exemplos de peças históricas de caráter utilitário, simbólico ou decorativo que se mantêm no espaço público, como fontes, fantanários e chafarizes e terminando na atualidade, distribuídas por quatro classes distintas, agrupadas duas a duas, segundo dois eixos. Em primeiro lugar, o eixo da narratividade que incluiu Lugares de Memória (narrativa dos factos) e Lugares de Devoção (narrativa das crenças). Em segundo lugar, o eixo da imageabilidade que inclui Elementos de Animação Arquitetónica (imagens inseridas em singularidades arquitetónicas) e Elementos de Qualificaçáo Urbana (imagens inseridas em conjuntos urbanos), tal como se explica em (Abreu, 2012): tese de mestrado arguida em 1999, cuja atualização em 2012 serviu de base à catalogação.
Estruturalmente, o Sistema de Informação da Arte Pública do Porto tem como origem uma base de dados relacional que reúne e articula informações provenientes das três componentes fundamentais do sistema, a saber, dados relativos às peças, dados relativos aos autores e dados relativos aos espaços.
Esta estrutura tem a vantagem da sua universalidade, adaptando-se a distintos contextos históricos e espaciais, e permitindo a comparação.
FICHA TÉCNICA:
Suporte informático: Microsoft Access
Autor da investigação e da programação: José Guilherme Abreu
Fotografia: Diogo Morais e José Guilherme Abreu
Newsletters R3iAP - Português by R3iAP Rede de Informação, Investigação e Intervenção de Arte Pública
Fundado, em 1970, por François Cavanna e pelo Professeur Choron, o Semanário Charlie Hebdo contou com a colaboração de cartunistas de Hara Kiri, a que se associaram também outros. Mantendo-se fiel à sua linha satírica e fortemente crítica, por vezes sardónica, o Charlie Hebdo nunca deixou de ser uma tribuna de expressão do livre pensamento, brandindo a sua implacável matraca contra todas as formas de repressão ou tentativas de imposição de mordaças à arte da sátira.
Pelo exemplo que agora se coloca em abertura, a crítica não foi exclusivamente dirigida contra o islamismo, nem tampouco se restringiu a satirizar o “ópio do povo”. Logo no seu número inaugural, o Charlie Hebdo mereceu decisão de proibição, decretada pelo Presidente Georges Pompidou, pela forma como noticiou o falecimento do General Charles de Gaulle, anterior Presidente da República, em Colombey-les-Deux-Églises, em 9 de novembro de 1970.
Não podia pois a Newsletter da R3iAP deixar de evocar a memória deste bastião da liberdade de expressão, passados dez anos do brutal atentado que feriu de morte veneráveis membros da sua equipa redatorial, mas que nem por isso trouxe o silenciamento da sua voz.
José Guilherme Abreu
Coordenador da R3iAP
Possuindo como polos constituintes, de Norte para Sul, o CECS da UM, Braga, o CITAR da EA-UCP, Porto; o i2ADS, da FBAUP, Porto; o CiAUD, da UBI, Covilhã; o PPMF da Associação Memória Comum, Viseu; o LIDA, do IPP-ESAD, Caldas da Rainha; o IHA, da FSCH-UNL, Lisboa; SAUC, FBAUL, Lisboa; HEI-LAB, ULHT, Lisboa; e o CHAIA, da UE, Évora, a R3iAP carece de um meio de comunicação que possa servir de vetor
agregador e congregador da rede, permitindo manter os polos que a integram informados sobre as atividades por eles desenvolvida, ao mesmo tempo que serve também de intercâmbio de informação, de espaço de opinião e até de problematização de temas pertinentes ou pura e simplesmente atuais.
Com uma estrutura simples e um acesso aberto a todos os membros da R3iAP que pretendam dar o seu contributo, resta-nos exortar os investigadores a partilharem aqui notícias, textos de opinião, sinopses de projetos de investigação, ou outras iniciativas pertinentes que tenham como enfoque a arte ou o espaço público.
Termino com o agradecimento à investigadora Sofia Ponte o trabalho preparatório de organização da Newsletter que tornou este projeto possível, assim como o design gráfico final realizado pelo arquiteto Mário Mesquita que aceitou e mais ainda ter aceitado coordenar interinamente a Newsletter R3iAP, até novo coordenador ser selecionado. Sem esquecer, também, os devidos agradecimentos aos investigadores que igualmente contribuíram para a edição do presente número inaugural.
José Guilherme Abreu
Coordenador da R3iAP
Newsletters R3iAP - English by R3iAP Rede de Informação, Investigação e Intervenção de Arte Pública
In Portugal, artistic expression in public spaces falls into the following four binomials: resistance/ transgression; freedom/ affirmation; randomness/ trivialisation and framing/ regulation.
Although we can list them in this order and associate them with successive socio-historical periods in Portuguese society, it is equally true that they alternate from time to time. In the same way, it seems reductive to simply categorise them as a political act or just an exercise in artistic expression. Its complexity is greater and, although with dominant expressions at certain moments in recent history, the different attitudes/postures/artistic discourses have been contemporary with each other, resulting in enrichment and diversity.
Atas / Conference Proceedings by R3iAP Rede de Informação, Investigação e Intervenção de Arte Pública
As mutações tecnológicas e os usos culturais que vêm condicionando a criação artística, exigem por isso uma reflexão sistemática, abrangente e cruzada, enriquecida por reflexões e práticas originárias de distintas modalidades de criação artística e consolidada através de diferentes áreas de investigação científica.
Estruturalmente vocacionado para empreender esse cruzamento alargado, o CITAR chama a si a iniciativa de promover uma discussão alargada em torno do fenómeno da Arte Pública, considerado por Javier Maderuelo como “aquele que melhor caracteriza as manifestações do último terço do século XX”, embora o mesmo autor reconheça que, “nem os ensaios históricos, nem os artigos críticos […] parecem fazer caso desta importância” (Maderuelo 2000, 240).
Ciente da complexidade do tema, mas seguro dos benefícios do cruzamento de perspetivas que o mesmo congrega, o Colóquio Internacional Arte Pública na Era da Criatividade Digital visa debater as questões da criação artística e da sua receção e interação pública, agregando investigadores, artistas e especialistas.
Books by R3iAP Rede de Informação, Investigação e Intervenção de Arte Pública
Considering the relevance of art as a public reality (Grout, 2000) – in line with the fact that public space and the public sphere are everyday stages for gestures that produce difference – the idea of apparition is revealed as a phenomenological theme; according to Vergílio Ferreira, when he says: “I feel, I feel in the viscera the phantastic
apparition of things, ideas, myself [...] In life there is nothing but original feeling” (Ferreira, 1971:9). Astonishment is a consequence of the presence of the unexpected. And the unexpected has no time. We are touching here the domain of the “need for anachronism” (Didi-Huberman, 2017:17).
Portuguesa para ser parceira no projeto de criação do circuito de
Arte Pública de Paredes (CAPP), constituiu uma oportunidade para o
desenvolvimento da atividade do centro de Investigação em ciência
e Tecnologia das Artes (CITAR) do centro Regional do Porto daquela
Universidade.
Por se tratar de uma proposta inédita, pareceu-nos que o catálogo do
CAPP deveria registar as diferentes etapas do projeto para memória
futura. Este texto, bem como outros aqui publicados, é um contributo
para essa memória.
e individuais que formam uma sociedade, pode permitir aos artistas que desafiem os limites da sua própria prática e ao público que seja confrontado
com os limites do seu próprio posicionamento no espaço que habita e a que chama seu.
O critério organizador não é, portanto, o da propriedade dos espaços de inserção das obras nem a origem do financiamento da sua implementação, mas apenas na natureza não condicionada do seu acesso e/ou visibilidade.
Apesar de pela sua natureza de "arte do ar livre" (Henry Moore) ser dominada pela escultura, a catalogação da arte pública do Porto, compreende obras de escultura, de murais cerâmicos, de pintura mural e de vitral, reunindo peças tridimensionais de vulto e peças integradas na arquitetura, sendo as mesmas de caráter laico ou de caráter religioso.
Ficam de fora, pela sua especificidade que as distingue, as obras da chamada "arte urbana" que usualmente compreendem grafitti e pinturas executadas com tintas "spray", logo não integradas na arquitetura, cuja durabilidade não se apresenta como assegurada.
A catalogação é simultaneamente funcional e cronológica iniciando-se com exemplos de peças históricas de caráter utilitário, simbólico ou decorativo que se mantêm no espaço público, como fontes, fantanários e chafarizes e terminando na atualidade, distribuídas por quatro classes distintas, agrupadas duas a duas, segundo dois eixos. Em primeiro lugar, o eixo da narratividade que incluiu Lugares de Memória (narrativa dos factos) e Lugares de Devoção (narrativa das crenças). Em segundo lugar, o eixo da imageabilidade que inclui Elementos de Animação Arquitetónica (imagens inseridas em singularidades arquitetónicas) e Elementos de Qualificação Urbana (imagens inseridas em conjuntos urbanos), tal como se explica em (Abreu, 2012): tese de mestrado arguida em 1999, cuja atualização em 2012 serviu de base à catalogação.
Estruturalmente, o Sistema de Informação da Arte Pública do Porto tem como origem uma base de dados relacional que reúne e articula informações provenientes das três componentes fundamentais do sistema, a saber, dados relativos às peças, dados relativos aos autores e dados relativos aos espaços.
Esta estrutura tem a vantagem da sua universalidade, adaptando-se a distintos contextos históricos e espaciais, e permitindo a comparação
FICHA TÉCNICA:
Suporte informático: Microsoft Access
Autor da investigação e da programação: José Guilherme Abreu
Fotografia: Diogo Morais e José Guilherme Abreu
O critério organizador não é, portanto, o da propriedade dos espaços de inserção das obras nem a origem do financiamento da sua implementação, mas apenas na natureza não condicionada do seu acesso e/ou visibilidade.
Apesar de pela sua natureza de "arte do ar livre" (Henry Moore) ser dominada pela escultura, a catalogação da arte pública do Porto, compreende obras de escultura, de murais cerâmicos, de pintura mural e de vitral, reunindo peças tridimensionais de vulto e peças integradas na arquitetura, sendo as mesmas de cárater laico ou de caráter religioso.
Ficam de fora, pela sua especificidade que as distingue, as obras da chamada "arte urbana" que usualmente compreendem grafitti e pinturas executadas com tintas "spray", logo não integradas na arquitetura, cuja durabilidade não se apresenta como assegurada.
A catalogação é simultaneamente funcional e cronológica iniciando-se com exemplos de peças históricas de caráter utilitário, simbólico ou decorativo que se mantêm no espaço público, como fontes, fantanários e chafarizes e terminando na atualidade, distribuídas por quatro classes distintas, agrupadas duas a duas, segundo dois eixos. Em primeiro lugar, o eixo da narratividade que incluiu Lugares de Memória (narrativa dos factos) e Lugares de Devoção (narrativa das crenças). Em segundo lugar, o eixo da imageabilidade que inclui Elementos de Animação Arquitetónica (imagens inseridas em singularidades arquitetónicas) e Elementos de Qualificaçáo Urbana (imagens inseridas em conjuntos urbanos), tal como se explica em (Abreu, 2012): tese de mestrado arguida em 1999, cuja atualização em 2012 serviu de base à catalogação.
Estruturalmente, o Sistema de Informação da Arte Pública do Porto tem como origem uma base de dados relacional que reúne e articula informações provenientes das três componentes fundamentais do sistema, a saber, dados relativos às peças, dados relativos aos autores e dados relativos aos espaços.
Esta estrutura tem a vantagem da sua universalidade, adaptando-se a distintos contextos históricos e espaciais, e permitindo a comparação
FICHA TÉCNICA:
Suporte informático: Microsoft Access
Autor da investigação e da programação: José Guilherme Abreu
Fotografia: Diogo Morais e José Guilherme Abreu
O critério organizador não é, portanto, o da propriedade dos espaços de inserção das obras nem a origem do financiamento da sua implementação, mas apenas na natureza não condicionada do seu acesso e/ou visibilidade.
Apesar de pela sua natureza de "arte do ar livre" (Henry Moore) ser dominada pela escultura, a catalogação da arte pública do Porto, compreende obras de escultura, de murais cerâmicos, de pintura mural e de vitral, reunindo peças tridimensionais de vulto e peças integradas na arquitetura, sendo as mesmas de cárater laico ou de caráter religioso.
Ficam de fora, pela sua especificidade que as distingue, as obras da chamada "arte urbana" que usualmente compreendem grafitti e pinturas executadas com tintas "spray", logo não integradas na arquitetura, cuja durabilidade não se apresenta como assegurada.
A catalogação é simultaneamente funcional e cronológica iniciando-se com exemplos de peças históricas de caráter utilitário, simbólico ou decorativo que se mantêm no espaço público, como fontes, fantanários e chafarizes e terminando na atualidade, distribuídas por quatro classes distintas, agrupadas duas a duas, segundo dois eixos. Em primeiro lugar, o eixo da narratividade que incluiu Lugares de Memória (narrativa dos factos) e Lugares de Devoção (narrativa das crenças). Em segundo lugar, o eixo da imageabilidade que inclui Elementos de Animação Arquitetónica (imagens inseridas em singularidades arquitetónicas) e Elementos de Qualificaçáo Urbana (imagens inseridas em conjuntos urbanos), tal como se explica em (Abreu, 2012): tese de mestrado arguida em 1999, cuja atualização em 2012 serviu de base à catalogação.
Estruturalmente, o Sistema de Informação da Arte Pública do Porto tem como origem uma base de dados relacional que reúne e articula informações provenientes das três componentes fundamentais do sistema, a saber, dados relativos às peças, dados relativos aos autores e dados relativos aos espaços.
Esta estrutura tem a vantagem da sua universalidade, adaptando-se a distintos contextos históricos e espaciais, e permitindo a comparação.
FICHA TÉCNICA:
Suporte informático: Microsoft Access
Autor da investigação e da programação: José Guilherme Abreu
Fotografia: Diogo Morais e José Guilherme Abreu
Fundado, em 1970, por François Cavanna e pelo Professeur Choron, o Semanário Charlie Hebdo contou com a colaboração de cartunistas de Hara Kiri, a que se associaram também outros. Mantendo-se fiel à sua linha satírica e fortemente crítica, por vezes sardónica, o Charlie Hebdo nunca deixou de ser uma tribuna de expressão do livre pensamento, brandindo a sua implacável matraca contra todas as formas de repressão ou tentativas de imposição de mordaças à arte da sátira.
Pelo exemplo que agora se coloca em abertura, a crítica não foi exclusivamente dirigida contra o islamismo, nem tampouco se restringiu a satirizar o “ópio do povo”. Logo no seu número inaugural, o Charlie Hebdo mereceu decisão de proibição, decretada pelo Presidente Georges Pompidou, pela forma como noticiou o falecimento do General Charles de Gaulle, anterior Presidente da República, em Colombey-les-Deux-Églises, em 9 de novembro de 1970.
Não podia pois a Newsletter da R3iAP deixar de evocar a memória deste bastião da liberdade de expressão, passados dez anos do brutal atentado que feriu de morte veneráveis membros da sua equipa redatorial, mas que nem por isso trouxe o silenciamento da sua voz.
José Guilherme Abreu
Coordenador da R3iAP
Possuindo como polos constituintes, de Norte para Sul, o CECS da UM, Braga, o CITAR da EA-UCP, Porto; o i2ADS, da FBAUP, Porto; o CiAUD, da UBI, Covilhã; o PPMF da Associação Memória Comum, Viseu; o LIDA, do IPP-ESAD, Caldas da Rainha; o IHA, da FSCH-UNL, Lisboa; SAUC, FBAUL, Lisboa; HEI-LAB, ULHT, Lisboa; e o CHAIA, da UE, Évora, a R3iAP carece de um meio de comunicação que possa servir de vetor
agregador e congregador da rede, permitindo manter os polos que a integram informados sobre as atividades por eles desenvolvida, ao mesmo tempo que serve também de intercâmbio de informação, de espaço de opinião e até de problematização de temas pertinentes ou pura e simplesmente atuais.
Com uma estrutura simples e um acesso aberto a todos os membros da R3iAP que pretendam dar o seu contributo, resta-nos exortar os investigadores a partilharem aqui notícias, textos de opinião, sinopses de projetos de investigação, ou outras iniciativas pertinentes que tenham como enfoque a arte ou o espaço público.
Termino com o agradecimento à investigadora Sofia Ponte o trabalho preparatório de organização da Newsletter que tornou este projeto possível, assim como o design gráfico final realizado pelo arquiteto Mário Mesquita que aceitou e mais ainda ter aceitado coordenar interinamente a Newsletter R3iAP, até novo coordenador ser selecionado. Sem esquecer, também, os devidos agradecimentos aos investigadores que igualmente contribuíram para a edição do presente número inaugural.
José Guilherme Abreu
Coordenador da R3iAP
In Portugal, artistic expression in public spaces falls into the following four binomials: resistance/ transgression; freedom/ affirmation; randomness/ trivialisation and framing/ regulation.
Although we can list them in this order and associate them with successive socio-historical periods in Portuguese society, it is equally true that they alternate from time to time. In the same way, it seems reductive to simply categorise them as a political act or just an exercise in artistic expression. Its complexity is greater and, although with dominant expressions at certain moments in recent history, the different attitudes/postures/artistic discourses have been contemporary with each other, resulting in enrichment and diversity.
As mutações tecnológicas e os usos culturais que vêm condicionando a criação artística, exigem por isso uma reflexão sistemática, abrangente e cruzada, enriquecida por reflexões e práticas originárias de distintas modalidades de criação artística e consolidada através de diferentes áreas de investigação científica.
Estruturalmente vocacionado para empreender esse cruzamento alargado, o CITAR chama a si a iniciativa de promover uma discussão alargada em torno do fenómeno da Arte Pública, considerado por Javier Maderuelo como “aquele que melhor caracteriza as manifestações do último terço do século XX”, embora o mesmo autor reconheça que, “nem os ensaios históricos, nem os artigos críticos […] parecem fazer caso desta importância” (Maderuelo 2000, 240).
Ciente da complexidade do tema, mas seguro dos benefícios do cruzamento de perspetivas que o mesmo congrega, o Colóquio Internacional Arte Pública na Era da Criatividade Digital visa debater as questões da criação artística e da sua receção e interação pública, agregando investigadores, artistas e especialistas.
Considering the relevance of art as a public reality (Grout, 2000) – in line with the fact that public space and the public sphere are everyday stages for gestures that produce difference – the idea of apparition is revealed as a phenomenological theme; according to Vergílio Ferreira, when he says: “I feel, I feel in the viscera the phantastic
apparition of things, ideas, myself [...] In life there is nothing but original feeling” (Ferreira, 1971:9). Astonishment is a consequence of the presence of the unexpected. And the unexpected has no time. We are touching here the domain of the “need for anachronism” (Didi-Huberman, 2017:17).
Portuguesa para ser parceira no projeto de criação do circuito de
Arte Pública de Paredes (CAPP), constituiu uma oportunidade para o
desenvolvimento da atividade do centro de Investigação em ciência
e Tecnologia das Artes (CITAR) do centro Regional do Porto daquela
Universidade.
Por se tratar de uma proposta inédita, pareceu-nos que o catálogo do
CAPP deveria registar as diferentes etapas do projeto para memória
futura. Este texto, bem como outros aqui publicados, é um contributo
para essa memória.
e individuais que formam uma sociedade, pode permitir aos artistas que desafiem os limites da sua própria prática e ao público que seja confrontado
com os limites do seu próprio posicionamento no espaço que habita e a que chama seu.
Whereas, only a form of intelligence capable of grasping the cosmic dimension of the present conflicts is able to confront the complexity of our world and the present challenge of the spiritual and material self-destruction of the human species;
Whereas, life on earth is seriously threatened by the triumph of a techno-science that obeys only the terrible logic of productivity for productivity's sake;
Whereas, the present rupture between increasingly quantitative knowledge and increasingly impoverished inner identity is leading to the rise of a new brand of obscurantism with incalculable social and personal consequences;
Whereas, an historically unprecedented growth of knowledge is increasing the inequality between those who have and those who do not, thus engendering increasing inequality within and between the different nations of our planet;
Whereas, at the same time, hope is the counterpart of all the afore-mentioned challenges, a hope that this extraordinary development of knowledge could eventually lead to an evolution not unlike the development of primates into human beings;
Therefore, in consideration of all the above, the participants of the First World Congress of Transdisciplinarity (Convento da Arrábida, Portugal, November 2-7, 1994) have adopted the present Charter