
José Carlos Vilhena Mesquita
Associate Professor at the University of Algarve, Doctor of Economics, historian and writer.
Sinopse biográfica:
Professor universitário e historiador. Nasceu em 1955, em Vila Nova de Famalicão, distrito de Braga. Estudou na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, onde concluiu, em 1980, o curso de História com distinção.
Sob a orientação científica do Prof. Doutor Jorge Borges de Macedo, da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, defendeu, em 3 e 4 de Abril de 1989, as suas Provas de Aptidão Pedagógica e Capacidade Científica, nas quais foi aprovado com Muito Bom. Em 1989 iniciou sob a égide do Prof. Doutor Joaquim Antero Romero Magalhães, da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra, a sua dissertação de Doutoramento, intitulada O Algarve no processo histórico do liberalismo português (A Economia e a Sociedade, 1820-1842), que defendeu em 12 de Dezembro de 1997, tendo sido aprovado com “Distinção e Louvor”.
Iniciou a docência universitária em 1983, regendo as disciplinas de «História Económica e Social» e de «História Económica e Empresarial» nos cursos de Economia e de Gestão de Empresas; «História da Europa», «História Contemporânea» e «Epistemologia das Ciências Socias», no curso de Sociologia, todos lecionados na Faculdade de Economia da Universidade do Algarve.
Em 1993 integrou a equipa que fundou a Universidade do Algarve para a Terceira Idade. Em 1994 foi galardoado com o 2.º Prémio Especial Algarve de Comunicação Social, não tendo sido atribuído mais alta distinção. Em 1995 recebeu o 1.º Prémio Samuel Gacon, no âmbito da Comunicação Social Algarvia, instituído pela RTA. Participou em vários Congressos, Colóquios e Seminários, no país e no estrangeiro. Leccionou na Universidade Lisboa em cursos de mestrado, na Universidade de Huelva em mestrados e colóquios, e na Universidade Internacional da Andaluzia em cursos de verão.
Proferiu dezenas de conferências, escreveu ensaios e publicou centenas de artigos no matutino «Diário de Notícias» e em outros órgãos nacionais.
Fundou em 30-1-1998 a AJEA - Associação dos Jornalistas e Escritores do Algarve da qual foi Presidente. Foi diretor da revista «Stilus» (1998-2006) e dos mensários «Jornal Escrito» e «Nó Vital», ambos órgãos de cultura, artes e letras.
Desde 2002 possui o grau de Professsor Associado no quadro docente da Universidade do Algarve.
Da sua vasta lista de obras fazem parte cerca de trinta títulos.
Sinopse biográfica:
Professor universitário e historiador. Nasceu em 1955, em Vila Nova de Famalicão, distrito de Braga. Estudou na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, onde concluiu, em 1980, o curso de História com distinção.
Sob a orientação científica do Prof. Doutor Jorge Borges de Macedo, da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, defendeu, em 3 e 4 de Abril de 1989, as suas Provas de Aptidão Pedagógica e Capacidade Científica, nas quais foi aprovado com Muito Bom. Em 1989 iniciou sob a égide do Prof. Doutor Joaquim Antero Romero Magalhães, da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra, a sua dissertação de Doutoramento, intitulada O Algarve no processo histórico do liberalismo português (A Economia e a Sociedade, 1820-1842), que defendeu em 12 de Dezembro de 1997, tendo sido aprovado com “Distinção e Louvor”.
Iniciou a docência universitária em 1983, regendo as disciplinas de «História Económica e Social» e de «História Económica e Empresarial» nos cursos de Economia e de Gestão de Empresas; «História da Europa», «História Contemporânea» e «Epistemologia das Ciências Socias», no curso de Sociologia, todos lecionados na Faculdade de Economia da Universidade do Algarve.
Em 1993 integrou a equipa que fundou a Universidade do Algarve para a Terceira Idade. Em 1994 foi galardoado com o 2.º Prémio Especial Algarve de Comunicação Social, não tendo sido atribuído mais alta distinção. Em 1995 recebeu o 1.º Prémio Samuel Gacon, no âmbito da Comunicação Social Algarvia, instituído pela RTA. Participou em vários Congressos, Colóquios e Seminários, no país e no estrangeiro. Leccionou na Universidade Lisboa em cursos de mestrado, na Universidade de Huelva em mestrados e colóquios, e na Universidade Internacional da Andaluzia em cursos de verão.
Proferiu dezenas de conferências, escreveu ensaios e publicou centenas de artigos no matutino «Diário de Notícias» e em outros órgãos nacionais.
Fundou em 30-1-1998 a AJEA - Associação dos Jornalistas e Escritores do Algarve da qual foi Presidente. Foi diretor da revista «Stilus» (1998-2006) e dos mensários «Jornal Escrito» e «Nó Vital», ambos órgãos de cultura, artes e letras.
Desde 2002 possui o grau de Professsor Associado no quadro docente da Universidade do Algarve.
Da sua vasta lista de obras fazem parte cerca de trinta títulos.
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Drafts by José Carlos Vilhena Mesquita
O que neste working paper pretendemos estudar foi a organização jurídica na sociedade rural e a estrutura das autoridades laicas na administração pública.
Trata-se de um texto destinado a apoiar os jovens investigadores e alunos universitários que muitas vezes se confrontam com a falta de informação metodológica para a elaboração de uma recensão crítica.
Este texto foi escrito pouco depois do falecimento do meu colega e amigo António Rosa Mendes, debaixo do choque do seu prematuro desaparecimento.
Papers by José Carlos Vilhena Mesquita
locais, pela ousadia de descer à praia num maillot de proporções pouco recomendáveis para as suas esposas. Falava-se também de cavalheiros passeando de mãos dadas e com indumentárias invulgares, das turistas escanzeladas e de tez marmórea, embracé aux gentis hommes, passeando um cãozinho pela trela… O próprio escritor Manuel Teixeira Gomes descreve no «Agosto Azul» os seus
passeios e banhos naturalistas, o seu inocente voyeurismo ao observar as mulheres do campo banhando-se pelo raiar da madrugada nas paradisíacas praias da Rocha e do Alvor.
de Nª Sª dos Mártires ou da Conceição de Sacavém (o segundo em importância e notoriedade dentro da Ordem), que a Soror Maria da Coluna, fundadora daquela casa
religiosa, tivera uma morte “muy penoza por ter herpes”.
Infelizmente o Frei Jerónimo não fornece mais explicações sobre a doença daquela insigne religiosa. No entanto, deve ter sofrido de forma dolorosa e intensa, pois noutra obra ao falar daquela ilustre religiosa, acrescentaria que por diversas vezes a doença
deixou-a prestes a finalizar o decisivo encontro com Deus: «toda a sua vida foi sempre um contínuo ensaio para a morte, que, como a esperava todas as horas, não perdia tempo em prevenir-lhe os assaltos».
da Lisboa fadista. A sua prosápia, ar soberbo e superior, elegância de gesto, finura no trato e argúcia de argumento, conferiam-lhe uma presença de espírito a que os sobejos da causa monárquica se faziam rogados. Nunca encontrei justificações para o seu conservadorismo nem para a sua fidelidade monárquica. O certo é que nos anos da guerra – em que o regime republicano se faz reconhecer internacionalmente e se afirma irreversível aos olhos da Europa – o Jorge San-Basílio aparece pela primeira vez ligado à política. Fez-se sidonista.
A sua acção precursora na invenção do turismo moderno no Algarve, teve como radícula o Congresso Regional Algarvio de 1915, cujo alvitre, esforço inicial e acção realizadora se ficou a dever integralmente a Tomás Cabreira.
Acalentou a esperança de, através da realização do Congresso Regional Algarvio, poder demonstrar aos governantes a autossustentabilidade da região, cujos réditos fiscais garantiam o seu direito à autonomia administrativa, como aliás havia sido reconhecido aos Açores e à Madeira. Se a essas regiões (que no seu entender não superavam as potencialidades do Algarve) foi reconhecida e atribuída a autonomia administrativa, por que razão não se concederam iguais direitos ao Algarve? A razão só poderia ser política, porque nenhuma outra província superava o Algarve nas primícias hortícolas, nas riquezas agrícolas e
frutícolas, nas suas capacidades industriais no sector da transformação do pescado, na produção salífera, ou no tráfego mercantil com a Europa e o Mediterrâneo.
No dia, 11 de julho de 1946, nascia oficialmente o biquíni. O impacto visual do desfile parisiense teve um enorme estrondo na imprensa internacional, cujo escândalo social foi avassalador, tornando-se de facto numa verdadeira “bomba atómica” lançada sobre o mundo da moda.
Entre as pescarias, que sustentavam o comércio internacional e os interesses dos empresários estrangeiros, assumia especial destaque a da baleia, embora se notasse a partir do séc. XVI uma acentuada decadência no índice das capturas. Como reflexo do desenvolvimento das pescarias, e sobretudo do comércio externo, desde o século XIV, que o porto de Tavira se distinguia claramente dos restantes no Algarve.
A sociedade moderna europeia passou a entender o tempo como uma dimensão mensurável de valor acrescentado. A associação do tempo com o trabalho deu origem à avaliação dos custos de produção e ao estabelecimento do salário industrial.
A revolução industrial originou uma nova consciência de trabalho e de horas efetivas de produção.
Os cargos e as instituições que regulavam a cobrança fiscal constituem o objecto deste trabalho. Espero que a sua leitura possa ser útil ao público em geral.
Não vou, logicamente, aqui revelar todos os pormenores do nosso relacionamento cívico, nem do nosso convívio académico. Mas vou, com todo o gosto, aflorar alguns dos momentos mais relevantes do nosso relacionamento e amizade, no meu percurso de vida como historiador e professor na Universidade do Algarve.
Este artigo vem demonstrar que o Algarve, muito particularmente a cidade de Tavira, como praça-militar e antiga sede do governador militar da região, se bateu pela implantação do regime constitucional e pelo liberalismo em Portugal. Prova-se também que a região do Algarve, embora periférica, não se auto-marginalizava das questões nacionais sob o escudo de um reino integrado.
Trata-se do texto da comunicação apresentada às II Jornadas de Silves, realizadas de 24 a 26 de Setembro de 1993, com o objectivo de aprofundarem o estudo e compreensão do "modus vivendi" da Comunidade de Silves, ao longo dos tempos, nos seus mais diversos vectores - histórico, sociológico, etnográfico, arquitectónico, cultural, económico, etc.
O que neste working paper pretendemos estudar foi a organização jurídica na sociedade rural e a estrutura das autoridades laicas na administração pública.
Trata-se de um texto destinado a apoiar os jovens investigadores e alunos universitários que muitas vezes se confrontam com a falta de informação metodológica para a elaboração de uma recensão crítica.
Este texto foi escrito pouco depois do falecimento do meu colega e amigo António Rosa Mendes, debaixo do choque do seu prematuro desaparecimento.
locais, pela ousadia de descer à praia num maillot de proporções pouco recomendáveis para as suas esposas. Falava-se também de cavalheiros passeando de mãos dadas e com indumentárias invulgares, das turistas escanzeladas e de tez marmórea, embracé aux gentis hommes, passeando um cãozinho pela trela… O próprio escritor Manuel Teixeira Gomes descreve no «Agosto Azul» os seus
passeios e banhos naturalistas, o seu inocente voyeurismo ao observar as mulheres do campo banhando-se pelo raiar da madrugada nas paradisíacas praias da Rocha e do Alvor.
de Nª Sª dos Mártires ou da Conceição de Sacavém (o segundo em importância e notoriedade dentro da Ordem), que a Soror Maria da Coluna, fundadora daquela casa
religiosa, tivera uma morte “muy penoza por ter herpes”.
Infelizmente o Frei Jerónimo não fornece mais explicações sobre a doença daquela insigne religiosa. No entanto, deve ter sofrido de forma dolorosa e intensa, pois noutra obra ao falar daquela ilustre religiosa, acrescentaria que por diversas vezes a doença
deixou-a prestes a finalizar o decisivo encontro com Deus: «toda a sua vida foi sempre um contínuo ensaio para a morte, que, como a esperava todas as horas, não perdia tempo em prevenir-lhe os assaltos».
da Lisboa fadista. A sua prosápia, ar soberbo e superior, elegância de gesto, finura no trato e argúcia de argumento, conferiam-lhe uma presença de espírito a que os sobejos da causa monárquica se faziam rogados. Nunca encontrei justificações para o seu conservadorismo nem para a sua fidelidade monárquica. O certo é que nos anos da guerra – em que o regime republicano se faz reconhecer internacionalmente e se afirma irreversível aos olhos da Europa – o Jorge San-Basílio aparece pela primeira vez ligado à política. Fez-se sidonista.
A sua acção precursora na invenção do turismo moderno no Algarve, teve como radícula o Congresso Regional Algarvio de 1915, cujo alvitre, esforço inicial e acção realizadora se ficou a dever integralmente a Tomás Cabreira.
Acalentou a esperança de, através da realização do Congresso Regional Algarvio, poder demonstrar aos governantes a autossustentabilidade da região, cujos réditos fiscais garantiam o seu direito à autonomia administrativa, como aliás havia sido reconhecido aos Açores e à Madeira. Se a essas regiões (que no seu entender não superavam as potencialidades do Algarve) foi reconhecida e atribuída a autonomia administrativa, por que razão não se concederam iguais direitos ao Algarve? A razão só poderia ser política, porque nenhuma outra província superava o Algarve nas primícias hortícolas, nas riquezas agrícolas e
frutícolas, nas suas capacidades industriais no sector da transformação do pescado, na produção salífera, ou no tráfego mercantil com a Europa e o Mediterrâneo.
No dia, 11 de julho de 1946, nascia oficialmente o biquíni. O impacto visual do desfile parisiense teve um enorme estrondo na imprensa internacional, cujo escândalo social foi avassalador, tornando-se de facto numa verdadeira “bomba atómica” lançada sobre o mundo da moda.
Entre as pescarias, que sustentavam o comércio internacional e os interesses dos empresários estrangeiros, assumia especial destaque a da baleia, embora se notasse a partir do séc. XVI uma acentuada decadência no índice das capturas. Como reflexo do desenvolvimento das pescarias, e sobretudo do comércio externo, desde o século XIV, que o porto de Tavira se distinguia claramente dos restantes no Algarve.
A sociedade moderna europeia passou a entender o tempo como uma dimensão mensurável de valor acrescentado. A associação do tempo com o trabalho deu origem à avaliação dos custos de produção e ao estabelecimento do salário industrial.
A revolução industrial originou uma nova consciência de trabalho e de horas efetivas de produção.
Os cargos e as instituições que regulavam a cobrança fiscal constituem o objecto deste trabalho. Espero que a sua leitura possa ser útil ao público em geral.
Não vou, logicamente, aqui revelar todos os pormenores do nosso relacionamento cívico, nem do nosso convívio académico. Mas vou, com todo o gosto, aflorar alguns dos momentos mais relevantes do nosso relacionamento e amizade, no meu percurso de vida como historiador e professor na Universidade do Algarve.
Este artigo vem demonstrar que o Algarve, muito particularmente a cidade de Tavira, como praça-militar e antiga sede do governador militar da região, se bateu pela implantação do regime constitucional e pelo liberalismo em Portugal. Prova-se também que a região do Algarve, embora periférica, não se auto-marginalizava das questões nacionais sob o escudo de um reino integrado.
Trata-se do texto da comunicação apresentada às II Jornadas de Silves, realizadas de 24 a 26 de Setembro de 1993, com o objectivo de aprofundarem o estudo e compreensão do "modus vivendi" da Comunidade de Silves, ao longo dos tempos, nos seus mais diversos vectores - histórico, sociológico, etnográfico, arquitectónico, cultural, económico, etc.