Book Reviews by Arion Keller
Revista de Filosofia Aurora (PUC/PR), 2020
Poderíamos caracterizar a obra de Gregor Moder, Hegel and Spinoza: Substance and Negativity, como... more Poderíamos caracterizar a obra de Gregor Moder, Hegel and Spinoza: Substance and Negativity, como uma obra não ortodoxa dos estudos tanto hegelianos quanto spinozistas, como uma tentativa quase heroica de recepcionar de forma nova e original a tão problemática relação existente entre hegelianismo e spinozismo e, também, como uma tentativa de "fazer justiça" a ambos os lados da discussão.
Papers by Arion Keller

Revista Kínesis, v. XIV, n. 36, p. 57-75, 2022
Resumo: O presente estudo tem como objetivo principal uma análise acerca da função que Kant atrib... more Resumo: O presente estudo tem como objetivo principal uma análise acerca da função que Kant atribui à faculdade de julgar teleológica e suas diferenças com a filosofia de Espinosa. Vemos como justificado este objetivo pois na seção sobre a Crítica da faculdade de julgar teleológica Kant expõe uma discussão com outros sistemas que tentaram também dar uma resposta ao mesmo problema, sendo o espinosismo a doutrina "mais difícil de refutar". Para o cumprimento disto, situamos o contexto histórico da época e a importância da figura de Espinosa no debate alemão, e em especial a postura kantiana sobre isso; em seguida apresentamos a função que Kant atribui ao juízo teleológico, ressaltando o papel que a noção de organismo desempenha; em terceiro lugar apresentamos a "antinomia do juízo teleológico", lugar onde Kant discute diretamente com Espinosa; e por fim ensaiamos uma possível resposta de Espinosa às considerações kantianas.

Cadernos Espinosanos, 2022
Este estudo tem como principal objetivo uma análise do conceito de determinação em Espinosa. Hist... more Este estudo tem como principal objetivo uma análise do conceito de determinação em Espinosa. Historicamente, o pensamento de Espinosa foi assimilado a uma filosofia acosmista, isto é, uma filosofia que nega a realidade das coisas finitas em um mundo onde apenas Deus ou a substância seria real. Tal interpretação se consolida a partir das considerações hegelianas em suas Lições sobre a História da Filosofia e na Ciência da Lógica, em que Hegel lê todo o sistema de Espinosa a partir do princípio omnis determinatio est negatio. Nosso estudo se desenvolve então, primeiramente, apresentando as consequências contemporâneas desta leitura hegeliana; em seguida analisamos a interpretação hegeliana e algumas contribuições de Deleuze a respeito do conceito de determinação em Espinosa; e, por fim, analisamos no texto espinosano a função que o conceito de determinação desempenha e como ela se distancia do consagrado marco de leitura hegeliano de que “omnis determinatio est negatio”.
Revista Conatus - Filosofia de Spinoza, 2021
O presente artigo tem como objetivo a análise da relação entre imanência e método para Espinosa. ... more O presente artigo tem como objetivo a análise da relação entre imanência e método para Espinosa. Para tal, partimos das críticas de Hegel a Espinosa, em que o método geométrico é marcado por sua externalidade, formalidade e insuficiência para, em seguida, nos contrapormos a tal leitura. Fazemos isso a partir das críticas de Espinosa à análise cartesiana e à síntese aristotélica presentes no Tractatus de Intellectus Emendatione.
Translations by Arion Keller
Revista Sofia (UFES), 2020
Este é um artigo publicado no livro L'immanence et le salut: regards spinozistes (2000), em que B... more Este é um artigo publicado no livro L'immanence et le salut: regards spinozistes (2000), em que Bernard Rousset comenta, a partir de um ponto de vista espinosano, o alcance e o limite das acusações hegelianas feitas a Espinosa. O texto se apresenta em dois momentos distintos: no primeiro, o autor mapeia a recepção hegeliana de Espinosa, bem como esta recepção foi recebida pela fortuna crítica relacionada a ambos os filósofos; no segundo, o autor analisa as pretensões hegelianas de crítica imanente ao espinosismo, assim como seus limites quando colocada em questão pelo próprio texto espinosano. Trata-se, então, de uma estratégia argumentativa de aceitar a similitude de ambos os projetos filosóficos em algum sentido, mas, sobretudo, de demarcar muito bem suas diferenças, enfatizando algumas insuficiências da leitura que Hegel faz de Espinosa.
Dissertação de Mestrado by Arion Keller

Imanência e Singularidade em Espinosa: da acusação de acosmismo à constituição dos modos finitos, 2021
Este é um trabalho sobre a filosofia de Espinosa. Mais especificamente, temos como objetivo geral... more Este é um trabalho sobre a filosofia de Espinosa. Mais especificamente, temos como objetivo geral a demonstração da constituição efetiva da realidade do singular em sua filosofia. Historicamente, a filosofia de Espinosa foi assimilada a um acosmismo, ou seja, uma doutrina incapaz de conferir positividade e dignidade ontológica às coisas finitas em um mundo em que apenas Deus ou a substância seria real. Tal marco de leitura se inicia com o Dicionário Histórico e Crítico de Bayle no fim do século XVII, passa pela Alemanha de Leibniz e Wolff e tem seu desenvolvimento no Pantheismusstreit entre Jacobi e Mendelssohn ao fim do século XVIII. Contudo, tal interpretação alcança seu ápice efetivamente apenas a partir das considerações sistemáticas de Hegel, já no século XIX, em suas Lições sobre a História da Filosofia e na Ciência da Lógica, em que Hegel lê todo o sistema de Espinosa a partir do princípio “omnis determinatio est negatio”, consolidando o acosmismo espinosano. Nosso estudo se desenvolve, então, primeiramente, apresentando a construção e os argumentos centrais desta acusação de acosmismo ao sistema espinosano. Em segundo lugar, nós nos voltamos para o próprio texto de Espinosa e analisamos seus principais fundamentos ontológicos, através da doutrina da substância, dos atributos e dos modos, apresentada nos Pensamentos Metafísicos, Breve Tratado e sobretudo na Ética. Tal momento é importante pois acentuamos o caráter imanente e não emanativo da ontologia de Espinosa, o que o afasta das acusações de eleatismo e neoplatonismo. Em outras palavras, lemos o espinosismo como um panenteísmo ao invés de um panteísmo. Por fim, tendo estabelecidos os fundamentos, os princípios e o funcionamento da ontologia espinosana, nós analisamos a constituição mesma dos chamados modos finitos, ou seja, a análise se volta para a maneira como Espinosa demonstra a realidade da essência, da existência e do caráter necessariamente relacional da realidade modal. Este percurso nos permite compreender a filosofia de Espinosa como efetivamente imanente, e que longe de ser um panteísmo acosmista, é uma filosofia que demonstra e confere dignidade à realidade do singular. Em outras palavras, tentamos demonstrar que o único horizonte do espinosismo é a singularidade, e esta singularidade é aberta, potente, relacional e dinâmica.
Conference Presentations by Arion Keller

Anais do 21º Congresso Internacional de Filosofia da PUCPR, 2023
Nosso trabalho se organizará sobre a análise de um dos textos fundamentais do filósofo e sociólog... more Nosso trabalho se organizará sobre a análise de um dos textos fundamentais do filósofo e sociólogo italiano, radicado na França, Maurizio Lazzarato (1955- ). Trata-se do livro La fabrique de l’homme endetté. Essai sur la condition néolibérale (2011). Para nós, a análise de Lazzarato é importante pois chega a um desdobramento fundamental: a própria subjetividade ou processo de subjetivação, na contemporaneidade, é atravessada pela dívida como traço essencial, isto é, no neoliberalismo, antes de qualquer outra coisa, somos sujeitos endividados. Para o desenvolvimento de tal hipótese, Lazzarato retoma a ideia de Deleuze e Guattari, de que a modulação do desejo é dada pelo débito e não pela troca, isto é, o que marca a composição de todo tipo de socius é o elemento da dívida. Para além disso, Lazzarato recorre a Nietzsche e a Marx para aprofundar esta ideia. De Nietzsche, ele aproveita a descrição do processo de ‘hominização’ do ‘bicho homem’ presente na Genealogia da Moral. De Marx, ele toma a ideia de que além do caráter objetivo da dívida e do crédito, há uma espécie de ethos do endividamento, uma moral da dívida. A partir deste diagnóstico, nosso trabalho esboçará, por fim, a maneira pela qual Lazzarato proporá uma solução ao processo infinito e imanente de endividamento de nossa era. Para Lazzarato, não basta o perdão da dívida, seu pagamento ou qualquer outra forma de manutenção desta dinâmica. É preciso destruir a lógica que possibilita o endividamento infinito. Segundo ele, é preciso pensar a dívida como elemento nuclear da luta de classes para, a partir de então, superá-la.
Palavras-chave: Lazzarato. Endividamento. Economia da Dívida. Neoliberalismo. Subjetivação.
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Palavras-chave: Lazzarato. Endividamento. Economia da Dívida. Neoliberalismo. Subjetivação.
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