Francesco Perrotta-Bosch

PUC-RIO, Departamento de História, Post-Doc

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Francesco Bruno Perrotta Bosch (Francesco Perrotta-Bosch) é pesquisador, escritor, arquiteto, crítico de arquitetura e curador. Doutor com Dupla Titulação pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo e Università IUAV di Venezia com a tese "O que labirintos podem revelar sobre a arquitetura". Na FAU USP também recebeu o título de mestre com a dissertação intitulada "Informes". Formou-se em Arquitetura e Urbanismo pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. É autor do livro "LINA: UMA BIOGRAFIA" (editora Todavia, 2021). Com o ensaio "A arquitetura dos intervalos" foi o vencedor do Prêmio de ensaísmo Serrote, promovido pelo Instituto Moreira Salles, em 2013, publicado na revista Serrote #15. Foi curador das exposições "Torções - Ascânio MMM" (MuBE, São Paulo, 2023-24), "O Verão de 1945 na Itália: a Viagem de Lina Bo nas fotografias de Federico Patellani" (Istituto Italiano di Cultura, São Paulo, 2022), "Diálogo Bardi Bill" (Casa Zalszupin, São Paulo, 2022), "Irradiações - Fabio Penteado" (Casa da Arquitectura, Matosinhos, Portugal, 2019), curador adjunto das exposições "Lutar. Ocupar. Resistir" e "Conjunto habitacional" (Studio X, laboratório urbano da Universidade de Columbia no Rio de Janeiro, 2016 e 2017), e curador assistente do pavilhão brasileiro da Bienal de Arquitetura de Veneza, em 2016. Organizador do n.74 da Revista da Biblioteca Mario de Andrade (2020) com o tema Biblioteca e Cidade, e dos livros monográficos "Coleção Arquitetos da Cidade: H+F" (Edições Sesc, Editora Escola da Cidade, 2023), "Coleção Arquitetos da Cidade: SIAA" (Edições Sesc, Editora Escola da Cidade, 2021), "Biselli Katchborian" (Acacia Cultural, 2019) e coautor do livro "Entre. Entrevistas com arquitetos por estudantes de arquitetura" (Viana Mosley, 2012). Tem artigos publicados na Folha de São Paulo, Estado de São Paulo, Piauí, AU, ProjetoDesign (Brasil), Domus (Itália), Plot e Summa+ (Argentina), Architectural Design e Architectural Review (Inglaterra). É membro do júri permanente de arquitetura da Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA). Desde 2023, é Conselheiro Superior do Instituto Lina Bo e P. M. Bardi / Casa de Vidro.
Supervisors: João Masao Kamita

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Tese de Doutorado e Dissertação de Mestrado by Francesco Perrotta-Bosch

O que labirintos podem revelar sobre a arquitetura

Esta não é uma tese sobre o labirinto como metáfora. Este é um doutorado sobre o labirinto como p... more Esta não é uma tese sobre o labirinto como metáfora. Este é um doutorado sobre o labirinto como projeto. O interesse reside na investigação das intenções de se imaginar um labirinto, dos princípios contidos no projeto de um labirinto, dos propósitos de se construir um labirinto, da experiência de estar no interior de um labirinto. Para tanto, fez-se aqui uma genealogia das formas e dos significados dos labirintos ao longo de milênios. A tese está organizada em quatro partes, sendo a primeira delas dedicada aos personagens e às interpretações do mito grego do Labirinto de Creta. A segunda parte mostra como uma narrativa popular converteu-se em desenho por meio de moedas da Grécia Antiga, mosaicos romanos, pavimentos de pedra de catedrais medievais e até mapas venezianos. A terceira parte abarca o período dos séculos 15 ao 18, nos quais os labirintos de cercas vivas difundiram-se por jardins europeus, codificaram-se em tratados arquitetônicos e adquiriram sentidos contraditórios que convergiam na denominação “labirinto do amor”. A quarta e última parte é o estudo de caso do labirinto verde do jardim da Villa Barbarigo, em Valsanzibio, na região do Vêneto, na Itália. A partir de uma pormenorizada cronologia sobre esse jardim, impõem-se as duas perguntas centrais: quem projetou o labirinto e quem encomendou o labirinto? Questionando o que se correlaciona a um bispo católico do Seiscentos que virou santo – São Gregório Barbarigo –, apresenta-se uma nova hipótese alicerçada em diversos documentos coletados em diferentes arquivos históricos venezianos: o labirinto de Valsanzibio como uma intervenção paisagística settecentesca, que não foi fruto do desejo ou encomenda de um clérigo, mas sim de duas mulheres – a mãe Caterina Sagredo Barbarigo e a filha Contarina Barbarigo. Cada parte deste trabalho acadêmico é ultimado por um ensaio em que se examina uma questão teórica atemporal extraída da pesquisa histórica do respectivo segmento: (1) de que modo a fábula mitológica não se petrificou em uma narrativa unívoca, mas se tornou uma fonte literária infinita; (2) como labirintos ajudam a compreender a conversão, na arquitetura, de uma intenção mental em imagem; (3) o porquê de labirintos desafiarem o paradigma cultural atual a respeito da prerrogativa do autor; (4) como a desorientação pode ser um objetivo do arquiteto. Não se pode esquecer que a mitologia grega indicou Dédalo como o primeiro arquiteto da humanidade. Qual foi sua obra-prima? Um labirinto. O que a arquitetura preservou de seu advento?

Francesco Perrotta-Bosch

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Tese de Doutorado e Dissertação de Mestrado by Francesco Perrotta-Bosch

Revista da Biblioteca Mario de Andrade by Francesco Perrotta-Bosch

Domus by Francesco Perrotta-Bosch

The Architectural Review by Francesco Perrotta-Bosch

revista Plot by Francesco Perrotta-Bosch

textos sobre artistas by Francesco Perrotta-Bosch

textos curatoriais de exposições by Francesco Perrotta-Bosch

Architectural Design by Francesco Perrotta-Bosch

revista Bamboo by Francesco Perrotta-Bosch

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