SISTEMAS LÓGICOS
PROGRAMAVÉIS
Funcionamento e Hardware
FUNCIONAMENTO
O Controlador Lógico Programável tem seu funcionamento baseado na
leitura de variáveis de campo como:
• Pressão
• Temperatura
• Comando por um botão
Através dessa leitura é possível fazer com
que o CLP tome decisões orientadas por
um programa feito pelo usuário.
Atualizando assim, as suas saídas para que
possa interferir no processo como um
todo.
INICIO
No momento em que é ligado o CLP executa uma série de operações pré -
programadas, gravadas em seu Programa Monitor:
• Verifica o funcionamento eletrônico da CPU, memórias e circuitos
auxiliares;
• Verifica a configuração interna e compara com os circuitos instalados;
• Verifica o estado das chaves principais (RUN/STOP, PROG, etc.);
• Desativa todas as saídas;
• Verifica a existência de um programa de usuário;
• Emite um aviso de erro caso algum dos itens acima falhe.
SCAN
O CLP lê os estados de cada uma das entradas, verificando se alguma foi
acionada. O processo de leitura recebe o nome de Ciclo de Varredura
(Scan) e normalmente é de alguns micro-segundos (Scan time).
MEMÓRIA IMAGEM DAS ENTRADAS
Após o Scan, o CLP armazena os resultados obtidos em uma região de
memória, chamada de Memória Imagem das Entradas. Ela recebe este
nome por ser um espelho do estado das entradas. Esta memória será
consultada pelo CLP no decorrer do processamento do programa do
usuário.
EXECUTA O PROGRAMA
O CLP ao executar o programa do usuário, após consultar a Memória
Imagem das Entradas, atualiza o estado da Memória Imagem das Saídas,
de acordo com as instruções definidas pelo usuário em seu programa.
MEMÓRIA IMAGEM DAS SAÍDAS
Após executar o programa, o CLP armazena os resultados obtidos em uma
região de memória, chamada de Memória Imagem das Saídas. Ela recebe
este nome por ser um espelho do que serão as saídas do CLP. Esta
memória será consultada pelo CLP no final da execução do programa do
usuário para que as saídas do CLP sejam atualizadas.
ATUALIZAR O ESTADO DAS SAÍDAS
O CLP lê o valor contido na Memória Imagem das Saídas e atualiza as
interfaces ou módulos de saída. Inicia-se então, um novo ciclo de
varredura.
HARDWARE
RACK
O Rack e uma estrutura metálica, responsável por prover sustentação
mecânica aos demais componentes do CLP, fazendo também a ligação
elétrica entre a CPU e os demais cartões do CLP. O Rack e subdividido em
partes menores, os Slots. Slots são posições no Rack, para acomodação de
cartões modulares.
FONTE DE ALIMENTAÇÃO
A Fonte de Alimentação tem normalmente as seguintes funções básicas:
• Converter a tensão da rede elétrica (127 ou 220 Vca) para níveis de
tensão CC utilizados pelos circuitos internos do CLP (Processador,
memórias e etc.).
• Manter a carga da bateria, nos sistemas que utilizam relógio de tempo
real e Memória do tipo RAM.
• Fornecer tensão para alimentação dos cartões de entrada e saída é
módulos de comunicação.
FONTE DE ALIMENTAÇÃO
As baterias são usadas nos CLPs para manter o
circuito do Relógio de Tempo Real, reter
parâmetros ou programas (em memórias do tipo
RAM) ,mesmo em caso de corte de energia,
guardar configurações de equipamentos e etc.
Normalmente são utilizadas baterias recarregáveis
do tipo Ni - Ca ou Li. Nestes casos, incorporam-se
circuitos carregadores.
CPU
A CPU é responsável pelo funcionamento lógico de todos os circuitos contidos
no CLP. E muito comum a CPU ser fabricada integrada com a fonte de
alimentação. Nos CLPs de menor porte a CPU e os demais circuitos estão todos
em único módulo. As características mais comuns são:
• Microprocessadores ou Microcontroladores de 8 ou 16 bits ( INTEL 80xx,
MOTOROLA 68xx, ZILOG Z80xx, PIC 18xx );
• Endereçamento de memória de até 1 Mega Byte;
• Velocidades de CLOCK variando de 4 a 30 MHZ;
• Manipulação de dados decimais, octais e hexadecimais.
MEMÓRIA DO PROGRAMA MONITOR
O Programa Monitor é o responsável pelo funcionamento geral do CLP. Ele é o
responsável pelo gerenciamento de todas as atividades do CLP. Não pode ser
alterado pelo usuário e fica armazenado em memórias do tipo PROM, EPROM
ou EEPROM. Ele funciona de maneira similar ao Sistema Operacional dos
microcomputadores. É o Programa Monitor que permite a transferência de
programas entre um microcomputador e o CLP, gerenciar o estado da bateria do
sistema, controlar os diversos opcionais e etc.
MEMÓRIA DO USUÁRIO
É onde se armazena o programa da aplicação desenvolvido pelo usuário. Pode
ser alterada pelo usuário, já que uma das vantagens do uso de CLPs é a
flexibilidade de programação. Inicialmente era constituída de memórias do tipo
EPROM, sendo hoje utilizadas memórias do tipo RAM (cujo programa é mantido
pelo uso de baterias), EEPROM e FLASH-EPROM, sendo também comum o uso
de cartuchos de memória, que permite a troca do programa com a troca do
cartões de memória. A capacidade desta memória varia bastante de acordo com
a marca/modelo do CLP, sendo normalmente dimensionadas em Passos de
Programa.
MEMÓRIA DE DADOS
É a região de memória destinada a armazenar os dados do programa do
usuário. Estes dados são valores de temporizadores, valores de contadores,
códigos de erro, senhas de acesso, etc. São normalmente partes da memória
RAM do CLP. São valores armazenados que serão consultados e/ou alterados
durante a execução do programa do usuário. Em alguns CLPs, utiliza-se a bateria
para reter os valores desta memória no caso de uma queda de energia.
MEMÓRIA IMAGEM DAS ENTRADAS/SAÍDAS
Sempre que a CPU executa um ciclo de leitura das entradas ou executa uma
modificação nas saídas, ela armazena os estados da cada uma das entradas ou
saídas em uma região de memória denominada Memória Imagem das Entradas\
Saídas. Essa região de memória funciona como uma espécie de “tabela” onde a
CPU irá obter informações das entradas e\ou saídas para tomar as decisões
durante o processamento do programa do usuário.
MÓDULOS OU INTERFACES DE ENTRADA
São módulos (circuitos) utilizados para aquisição e adequação de sinais
provenientes da planta ou processo, para que possam ser interpretados
pelo CPU. Temos dois tipos básicos de módulos de entrada: os digitais e
os analógicos.
MÓDULO DE ENTRADA DIGITAL
São aqueles que lêem apenas dois valores distintos de sinais elétricos
provenientes do campo, sinais que informam ao CPU se a entrada e verdadeira
(ligado) ou falsa (desligado). Esses valores de tensão podem assumir qualquer
valor desde que sejam distintos um do outro, um para identificar se a entrada
esta ligada, e um para identificar se a entrada esta desligada. Padrões de valores
utilizados em CLPs:
• +24VCC (verdadeiro) e 0VCC (falso);
• +24VCC (verdadeiro) e -24VCC (falso);
• +5VCC (verdadeiro) e 0VCC (falso);
• Fase (verdadeiro) e Neutro (falso);
MÓDULO DE ENTRADA DIGITAL
São alguns exemplos de processos e/ou equipamentos que fornecem
valores digitais ao CLP:
- Botoeiras;
- Chaves fim de curso;
- Encoders;
- Sensores de proximidade indutivos ou capacitivos;
- Chaves comutadoras;
- Termostatos;
- Controle de nível (bóia);
MÓDULO DE ENTRADA DIGITAL
MÓDULO DE ENTRADA DIGITAL
MÓDULO DE ENTRADA ANALÓGICA
As Interfaces de Entrada Analógica permitem que o CLP manipule grandezas
elétricas analógicas (Que variam seu valor dentro de uma faixa finita em função
do tempo), enviadas normalmente por transmissores. As grandezas analógicas
tratadas por estes módulos são normalmente tensão e corrente. No caso de
tensão as faixas de utilização são:
• 0 á 10 VCC
• 0 á 5 VCC
• 1 á 5 VCC
• -5 á +5 VCC
• -10 á +10 VCC
(no caso as interfaces que permitem entradas positivas e negativas são
chamadas de Entradas Diferenciais), e no caso de corrente, as faixas utilizadas
são: 0 á 20 mA ou 4 á 20 mA.
MÓDULO DE ENTRADA ANALÓGICA
São alguns exemplos de processos e/ou equipamentos que fornecem valores
analógicos ao CLP:
- Sensores de pressão manométrica;
- Potenciômetros.
- Sensores de pressão mecânica (strain gauges - utilizados em células de carga);
- Taco - geradores para medição rotação de eixos;
- Transmissores de temperatura;
- Transmissores de umidade relativa;
MÓDULO DE ENTRADA ANALÓGICA
MÓDULOS DE SAÍDA
Os Módulos ou Interfaces de Saída adéquam eletricamente os sinais vindos da
CPU para que possamos atuar nos circuitos controlados. Existem dois tipos
básicos de interfaces de saída: as digitais e as analógicas.
MÓDULO DE SAÍDA DIGITAL
As saídas digitais admitem apenas dois estados: ligado
ou desligado. Podemos com elas controlar dispositivos
do tipo:
• Relés;
• Contatores;
• Solenóides;
• Válvulas;
• Inversores de freqüência;
MÓDULO DE SAÍDA DIGITAL
As saídas digitais podem ser construídas de três formas básicas: Saída digital à
Relé, saída digital à Transistor e saída digital à Triac. Nos três casos, também é
de praxe, prover o circuito de um isolamento galvânico, normalmente
optoacoplado.
MÓDULO DE SAÍDA DIGITAL
Exemplo de saída digital à relé:
MÓDULO DE SAÍDA DIGITAL
Exemplo de saída digital à Transistor:
MÓDULO DE SAÍDA DIGITAL
Exemplo de saída digital à Triac:
MÓDULO DE SAÍDA ANALÓGICO
Os módulos ou interfaces de saída analógica convertem valores numéricos
(Bits), em sinais elétricos de saída (tensão ou corrente). No caso de tensão
normalmente 0 à 10 VCC ou 0 à 5 VCC, e no caso de corrente de 0 à 20 mA ou
4 à 20 mA. Estes sinais são utilizados para controlar dispositivos atuadores do
tipo :
• Válvulas proporcionais;
• Motores CC;
• Servo - Motores CC;
• Inversores de freqüência;
MÓDULO DE SAÍDA ANALÓGICO
MÓDULO DE SAÍDA ANALÓGICO
Existem também módulos de saída especiais. Alguns exemplos são:
- Módulos PWM para controle de motores CC;
- Módulos para controle de servomotores;
- Módulos para controle de Motores de Passo;
- Módulos para IHM. (Interface Homem Máquina);