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190 - Generics em Java

O documento aborda o uso de Generics em Java, destacando sua importância na criação de código seguro e reutilizável desde sua introdução no Java 5. Ele analisa as melhorias nas versões 8, 11 e 17, incluindo a integração com lambdas, inferência de tipo e sealed classes, além de apresentar boas práticas para cada versão. O texto enfatiza a importância de seguir boas práticas para garantir a robustez e a manutenção de sistemas complexos.
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190 - Generics em Java

O documento aborda o uso de Generics em Java, destacando sua importância na criação de código seguro e reutilizável desde sua introdução no Java 5. Ele analisa as melhorias nas versões 8, 11 e 17, incluindo a integração com lambdas, inferência de tipo e sealed classes, além de apresentar boas práticas para cada versão. O texto enfatiza a importância de seguir boas práticas para garantir a robustez e a manutenção de sistemas complexos.
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Generics em Java: Abordagem Avançada e

Boas Práticas para Java 8, 11 e 17

Generics, introduzidos no Java 5, são uma das funcionalidades mais importantes


da linguagem, permitindo a criação de classes, métodos e interfaces
parametrizados por tipos. Eles aumentam a segurança em tempo de compilação,
evitando erros de casting e melhorando a reutilização de código sem sacrificar a
flexibilidade.

Ao longo das versões, Java 8, 11 e 17 trouxeram novas funcionalidades e


melhorias que impactam diretamente o uso de generics. Este artigo analisa os
conceitos fundamentais de generics e apresenta as melhores práticas em cada
uma dessas versões, com uma abordagem técnica e avançada.

Fundamentos dos Generics


Parâmetros de Tipo

Generics permitem a criação de código genérico parametrizado com tipos,


assegurando a segurança de tipo em tempo de compilação.

A definição de classes e métodos genéricos segue a seguinte sintaxe:

public class Caixa<T> {


private T item;

public void setItem(T item) {


this.item = item;
}

public T getItem() {
return item;
}
}

No exemplo acima, T é um placeholder para o tipo genérico, que será definido


quando a classe Caixa for instanciada, garantindo que o tipo correto será utilizado
em toda a classe.
Type Erasure

O processo de type erasure é um mecanismo fundamental para garantir a


compatibilidade com código legado.

Durante a compilação, os parâmetros de tipo genérico são substituídos por seus


upper bounds (ou Object se não houver bound). Isso limita o uso de certas
operações, como a criação de instâncias de tipos genéricos diretamente, e
impede o uso de tipos primitivos como parâmetros genéricos.

public <T> void metodoGenerico(T parametro) {


// Durante a compilação, T é substituído por Object (ou pelo bound específico)
}

Wildcards

Os wildcards (?) são utilizados para permitir maior flexibilidade na manipulação


de tipos genéricos, permitindo que tipos não específicos sejam aceitos. Existem
três variações de wildcards:

1. <?>: Representa um tipo desconhecido.


2. <? extends T>: Representa qualquer subtipo de T.
3. <? super T>: Representa qualquer supertipo de T.

public void processarLista(List<? extends Number> numeros) {


for (Number numero : numeros) {
System.out.println(numero);
}
}

Neste exemplo, <? extends Number> garante que a lista pode conter qualquer
subtipo de Number, como Integer ou Double.

Boas Práticas com Generics em Java 8, 11 e 17


Java 8: Integração com Lambdas e Streams

Java 8 introduziu as expressões lambda e a API de Streams, que se integram


eficientemente com generics, permitindo operações concisas e eficientes sobre
coleções genéricas.

Exemplo com Streams:

List<String> nomes = Arrays.asList("EducaCiência", "FastCode", "Java");


nomes.stream()
.filter(nome -> nome.startsWith("E"))
.forEach(System.out::println);
Aqui, stream() é parametrizado com o tipo String, assegurando que as operações
subsequentes mantenham a segurança de tipo.

Boas Práticas em Java 8:

1. Combinação de lambdas e generics: Use generics junto com expressões


lambda para criar APIs mais expressivas e com maior reutilização.
2. Uso de Optional<T>: Prefira o retorno de Optional<T> em vez de null para evitar
problemas de NullPointerException em coleções genéricas.
3. Métodos Genéricos: Defina métodos genéricos que se beneficiem de inferência
de tipo, reduzindo a duplicação de código.

Java 11: Integração com var e Inferência de Tipo

A partir do Java 11, o uso de var para a inferência de tipo local foi introduzido,
oferecendo maior concisão ao declarar variáveis que trabalham com tipos
genéricos. Embora o var melhore a legibilidade em muitos casos, seu uso com
generics requer cuidado para evitar perda de clareza.

Exemplo com var:

var mapa = new HashMap<String, List<Integer>>();


mapa.put("Chave", Arrays.asList(1, 2, 3));

Embora var permita ao compilador deduzir o tipo correto, é importante garantir


que o contexto seja claro, especialmente em expressões complexas.

Boas Práticas em Java 11:

1. Uso moderado de var com generics: Utilize var com coleções genéricas, mas
certifique-se de que o tipo deduzido é evidente e não comprometa a legibilidade.
2. Evite var em parâmetros de método: Isso pode confundir o entendimento do
tipo aceito pelo método genérico.
3. Manter clareza ao usar wildcards: Quando var for usado com wildcards (List<?
extends T>), certifique-se de que o tipo pretendido é claro e compreensível.

Java 17: Sealed Classes e Padrões de Tipo

O Java 17, sendo uma versão de suporte a longo prazo (LTS), introduziu
melhorias significativas, como o suporte a sealed classes, que podem ser
usadas em conjunto com generics para criar hierarquias de tipos mais seguras.
Embora a mecânica de generics não tenha mudado substancialmente, as novas
funcionalidades do Java 17 complementam o uso de generics.
Exemplo com Sealed Classes

public sealed class Resultado<T> permits Sucesso, Erro {


private final T valor;

protected Resultado(T valor) {


this.valor = valor;
}

public T getValor() {
return valor;
}
}

public final class Sucesso<T> extends Resultado<T> {


public Sucesso(T valor) {
super(valor);
}
}

public final class Erro extends Resultado<String> {


public Erro(String mensagem) {
super(mensagem);
}
}

Ao usar sealed classes com generics, pode-se controlar quais classes podem
herdar e utilizar parâmetros de tipo, aumentando a segurança e o controle sobre
hierarquias de classes.

Boas Práticas em Java 17:

1. Aproveite sealed classes com generics para criar APIs robustas e seguras,
especialmente em sistemas que exigem controle rigoroso de hierarquias de
tipos.
2. Combine pattern matching com generics para melhorar a legibilidade e
segurança de código em cenários que envolvem diferentes subtipos.
3. Fique atento ao JEP 406 (Pattern Matching for Switch), que pode trazer mais
possibilidades de manipulação de tipos em versões futuras.

Boas Práticas Gerais para o Uso de Generics

1. Evite Tipos Brutos (Raw Types): Evitar o uso de tipos brutos é crucial
para manter a segurança de tipo. A utilização de tipos brutos invalida as
verificações em tempo de compilação e pode introduzir erros em tempo
de execução.

List lista = new ArrayList(); // Evitar tipo bruto


List<String> lista = new ArrayList<>(); // Uso correto
2. Prefira o Uso de Wildcards para Flexibilidade: O uso de wildcards (?
extends e ? super) aumenta a flexibilidade das APIs e permite que diferentes
tipos de subtipos ou supertypos sejam aceitos, mantendo a segurança de
tipo.

public void processarLista(List<? extends Number> numeros) {


for (Number numero : numeros) {
System.out.println(numero);
}
}

3. Evite Generics Excessivamente Complexos: Evite aninhar múltiplos


parâmetros de tipo, pois isso pode tornar o código difícil de manter e
compreender.

Map<String, List<Map<Integer, String>>> estruturaComplexa; // Excesso de


complexidade

4. Limite o Escopo de Parâmetros de Tipo: Sempre que possível, utilize


bounded types (<T extends SomeClass>) para limitar os tipos aceitos e
garantir um comportamento esperado.

public <T extends Comparable<T>> T max(T a, T b) {


return a.compareTo(b) > 0 ? a : b;
}

5. Utilize Optional<T> para Retornos Seguros: Em vez de retornar null,


prefira retornar um Optional<T>, eliminando potenciais problemas com
exceções de valor nulo.

Conclusão

Generics são essenciais para criar código seguro, reutilizável e flexível em Java.
Ao longo das versões 8, 11 e 17, o Java evoluiu para melhorar a integração de
generics com novas funcionalidades, como lambdas, var e sealed classes. Seguir
boas práticas de utilização de generics em cada versão garante a criação de
APIs robustas e facilita a manutenção de grandes sistemas. Ao entender as
sutilezas do type erasure, wildcards e a integração com novas funcionalidades,
os desenvolvedores podem maximizar a eficiência e a segurança de suas
soluções.

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