Fátima Vieira Da Costa
Fátima Vieira Da Costa
Pedrouços 2022
INSTITUTO UNIVERSITÁRIO MILITAR
DEPARTAMENTO DE ESTUDOS PÓS-GRADUADOS
Pedrouços 2022
Processo de aprendizagem do Ensino a Distância no Exército Português
Eu, Fátima Elisabete Vieira da Costa, declaro por minha honra que o Projeto de
Investigação para o documento intitulado Processo de aprendizagem do Ensino a
Distância no Exército Português corresponde ao resultado da investigação por mim
desenvolvido enquanto auditor do Curso de Estado-Maior Conjunto 2021/2022 no
Instituto Universitário Militar e que é um trabalho original, em que todos os contributos estão
corretamente identificados em citações e nas respetivas referências bibliográficas.
Tenho a consciência que a utilização de elementos alheios não identificados constitui grave
falta ética, moral, legal e disciplinar.
ii
Processo de aprendizagem do Ensino a Distância no Exército Português
Agradecimentos
As minhas primeiras palavras vão para os meus camaradas de curso aos quais expresso
o meu reconhecimento pela superação de longos meses de trabalho intensivo, tendo por certo
que esta caminhada conjunta foi uma fonte inesgotável de energia e partilha de experiências
para a vida.
Depois quero agradecer a todos quanto direta ou indiretamente, de uma ou outra forma,
contribuíram para a realização desta investigação que se constitui como objetivo final deste
enorme desafio, o Curso de Estado-Maior Conjunto.
Ao Senhor Capitão-de-mar-e-guerra Luís Daniel Carona Jimenez enquanto Diretor de
curso, quero agradecer pela permanente disponibilidade e compreensão e pela forma com
que constantemente soube defender os interesses dos auditores estando sempre do lado da
solução.
Ao meu orientador Capitão-Tenente Bruno Alexandre Soares Mercier, uma palavra de
apreço pelo apoio nos constantes reversos desta investigação.
Uma palavra de profundo agradecimento ao Coronel de Transmissões Joaquim
Fernando Sousa Ferreira que desde o primeiro momento me prestou um apoio incondicional
em documentação, informação e ideias, as quais fruto do seu largo conhecimento e
experiência na temática trouxeram um valor inestimável a este trabalho.
Ao Tenente-Coronel de Artilharia Sequeira Heleno da Escola das Armas agradeço pelo
amparo motivacional e pelo constante apoio e preocupação.
Aos meus entrevistados, expresso a minha gratidão pela forma pronta com que
responderam às entrevistas e pela mais-valia dos seus contributos.
Por fim, o mais importante pilar em todo este processo, a família. Ao meu marido e
aos meus filhos agradeço pelo amor, carinho e compreensão pois sem eles este percurso não
teria sido possível, esperando poder ter sido um exemplo de resiliência e dedicação.
Aos meus pais, gratifico nestas singelas palavras os valores que me transmitiram
durante o meu percurso educativo tendo-se constituído como diferenciadores ao longo desta
jornada.
A todos o meu profundo, obrigado.
iii
Processo de aprendizagem do Ensino a Distância no Exército Português
Índice
1. Introdução ......................................................................................................................... 1
2. Enquadramento teórico e concetual .................................................................................. 4
iv
Processo de aprendizagem do Ensino a Distância no Exército Português
8. Conclusões ...................................................................................................................... 40
Referências bibliográficas ................................................................................................... 46
Índice de Anexos
Anexo A - Mapa concetual sobre as caraterísticas de um SGA ............................... Anx. A-1
Anexo B - Taxonomia da avaliação no EaD ............................................................ Anx. B-1
Anexo C - Práticas Avaliativas ................................................................................. Anx. C-1
Anexo D - Projeto GNOSS:Formação de competências digitais FFAA espanholas Anx. D-1
Anexo E - Modelo de qualidade e-learning das FFAA espanholas. ........................ Anx. E-1
Índice de Apêndices
Apêndice A - Glossário de termos ............................................................................ Apd. A-1
Apêndice B - Instrumentos normativos do EaD ....................................................... Apd. B-1
Apêndice C - Modelo de Análise ............................................................................. Apd. C-1
Apêndice D - Participantes na investigação ............................................................. Apd. D-1
Apêndice E - Guião de perguntas utilizadas nas entrevistas semiestruturadas ........ Apd. E-1
Apêndice F - Análise de entrevistas .......................................................................... Apd. F-1
Apêndice G - Entrevista – Coronel de Artilharia Perdigão ...................................... Apd. G-1
Apêndice H - Entrevista – Coronel de Transmissões Ferreira ................................. Apd. H-1
Apêndice I - Análise da QD2 .....................................................................................Apd. I-1
Índice de Figuras
Figura 1 - Ciclo de aprendizagem de Kolb ............................................................................ 4
Figura 2 - Estratégias de mudança do processo de aprendizagem ........................................ 6
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Processo de aprendizagem do Ensino a Distância no Exército Português
Índice de Quadros
Quadro 1 - Conceções das teorias de aprendizagem ............................................................. 5
Quadro 2 - Funções de avaliação de Bloom, Hastings e Madaus (1971) .............................. 8
Quadro 3 - Práticas de avaliação da aprendizagem em EaD ............................................... 10
Quadro 4 - Análise de conteúdo categorial ......................................................................... 17
Quadro 5 - Modelo de Análise ................................................................................. Apd. C-1
Quadro 6 - Identificação das entidades entrevistadas............................................... Apd. D-1
Quadro 7 - Análise categorial das entrevistas. .......................................................... Apd. F-1
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Processo de aprendizagem do Ensino a Distância no Exército Português
Quadro 8 - Práticas de avaliação da aprendizagem nos cursos de EaD no EP. ..........Apd. I-1
Índice de Tabelas
Tabela 1 - Análise das práticas de avaliação da aprendizagem do EaD no EP ................... 23
Tabela 2 - Práticas de avaliação da aprendizagem do EaD em instituições congéneres ..... 36
Tabela 3 - Práticas Avaliativas ................................................................................. Anx. C-1
Tabela 4 - Glossário de termos ................................................................................. Apd. A-1
Tabela 5 - Normativos nacionais - regulação da formação em e-learning ............... Apd. B-1
Tabela 6 - Guião de perguntas para entrevistas ........................................................ Apd. E-1
Tabela 7 - Análise da entrevista do Coronel de Artilharia Perdigão ........................ Apd. G-1
Tabela 8 - Análise da entrevista do Coronel de Transmissões Ferreira ................... Apd. H-1
vii
Processo de aprendizagem do Ensino a Distância no Exército Português
Resumo
Os avanços no domínio dos sistemas tecnológicos estabeleceram novos paradigmas na
área do ensino e da formação, possibilitando a configuração de ambientes virtuais de
aprendizagem, com funcionalidades de integração pedagógica, permanentemente acessíveis
a todos os participantes no processo de ensino e aprendizagem.
Esta investigação tem como objeto de estudo a avaliação da aprendizagem no Ensino
a Distância, constituindo-se o objetivo geral, em propor contributos para otimizar as práticas
de avaliação da aprendizagem do Ensino a Distância no Exército Português.
A variante do método científico empregue foi o raciocínio indutivo, assente numa
estratégia qualitativa e num desenho de pesquisa de estudo de caso. Participaram neste
estudo a Marinha, a Força Aérea, o Exército Brasileiro, o Ejército de Tierra espanhol, a
TecMinho e o Instituto de Emprego e Formação Profissional.
Da análise realizada, identificou-se que há uma insuficiência de práticas de avaliação
da aprendizagem online no Exército português. Concluiu-se que é possível otimizar essas
práticas através de três melhorias, que traduzidas em propostas resultam, em ministrar o
curso de e-formador a todos os intervenientes nas atividades de Ensino a Distância, adquirir
novas ferramentas associadas ao MOODLE e adotar um modelo de avaliação da
aprendizagem no Ensino a Distância.
Palavras-chave:
Processo de aprendizagem, Práticas de avaliação, Ensino a Distância, Exército
Português.
viii
Processo de aprendizagem do Ensino a Distância no Exército Português
Abstract
The technological advances have established new paradigms regarding education and
training, enabling the existence of virtual learning environments, with pedagogical
integration functionalities, permanently accessible to all participants in the teaching and
learning process.
This research intends to evaluate the possible optimization of the learning assessment
practices of Distance Learning and Training in the Portuguese Army.
The scientific method employed in this research is the inductive reasoning, based on a
qualitative strategy and a case study research design. The Portuguese Navy, Portuguese Air
Force, Brazilian Army, the Spanish Army, TecMinho and the Portuguese Institute of
Employment and Professional Training participated in this study.
From the analysis carried out, it was identified that there is a lack of online learning
assessment practices in the Portuguese Army.It was concluded that it is possible to optimise
the online learning evaluation practices in the Portuguese Army through three
improvements, which were translated into proposals that are to provide the e-training course
to all human resources engaged in Distance Learning and Training activities, to acquire
new tools associated to MOODLE and to adopt a model of learning evaluation in Distance
Learning and Training.
Keywords:
Learning process, Assessment practices, Distance Learning, Portuguese Army.
ix
Processo de aprendizagem do Ensino a Distância no Exército Português
C
CCPE Certificado de Competências Pedagógicas de Especialização
CEADEx Centro de Educação a Distância do Exército
CFPIF Curso de Formação Profissional Inicial de Formadores
CII Curso Introdutório às Informações
CMEq-Grau I Curso de Monitor de Equitação - Grau I
COVID19 Corona Vírus 2019
CPRM Curso de Produção de Recursos Multimédia
CPSA Curso de Promoção a Sargento-Ajudante
CPSCh Curso de Promoção a Sargento-Chefe
CVCDEF Campus Virtual Corporativo de la Defensa
D
DigCompEdu Quadro Europeu da Competência Digital de Educadores
DF Direção de Formação
E
EA Escola das Armas
EaD Ensino a Distância
EB Exército Brasileiro
EP Exército Português
ES Escola dos Serviços
ESE Escola de Sargentos do Exército
ET Ejército de Tierra
EVA Entornos Virtuales de Aprendizaje
x
Processo de aprendizagem do Ensino a Distância no Exército Português
F
FFAA Forças Armadas
FA Força Aérea
H
H5P HTML5 Package
I
IEFP Instituto de Emprego e Formação Profissional
M
MD Manual Didático
MOODLE Modular Object-Oriented Dynamic Learning Environment
N
OTAN Organização do Tratado Atlântico Norte
O
OE Objetivos Específicos
OG Objetivo Geral
P
PF Polos de Formação
PGA Plataforma(s) de Gestão da Aprendizagem
Q
QC Questão Central
QD Questão Derivada
R
RC Referencial de Curso
RH Recursos Humanos
xi
Processo de aprendizagem do Ensino a Distância no Exército Português
S
SFE Sistema de Formação do Exército
SGA Sistema de Gestão da Aprendizagem
SIE Sistema de Instrução do Exército
T
TIC Tecnologias de Informação e Comunicação
U
UF Unidades Formadora(s)
xii
Processo de aprendizagem do Ensino a Distância no Exército Português
1. Introdução
As inovações disruptivas, associadas às Tecnologias da Informação e Comunicação
(TIC) e à digitalização, têm imposto transformações sociais e económicas em todo o mundo.
Os progressos no domínio dos sistemas tecnológicos estabeleceram novas referências na
área do ensino e da formação, possibilitando a configuração de Ambientes Virtuais de
Aprendizagem (AVA), com funções de integração pedagógica, continuadamente acessíveis
a todos os intervenientes no processo de ensino e aprendizagem, em especial aos formadores
e aos formandos (Portaria n.o 359/2019, 2019, p. 17).
O Ensino a Distância (EaD)1, é uma modalidade de ensino “[…] sustentada em novas
abordagens pedagógicas nos modos de ensinar e aprender, bem como em inovações ao nível
da organização e gestão curricular, que atendam às necessidades específicas dos seus
destinatários e aos contextos particulares em que se encontram.” (Portaria n.o 359/2019,
2019, p. 17).
Apesar de existirem ainda algumas resistências no âmbito da docência e da
credibilidade da avaliação, é cada vez maior a oferta formativa no EaD. Com a pandemia do
Corona Vírus 2019 (COVID 19), foi possível assistir a um “boom” na utilização desta
modalidade, tendo sido considerada como a “Tempestade Perfeita”, que forçou as
instituições de ensino e formação a adaptarem-se, de forma muito breve, num contexto de
renovação no âmbito da adoção de modalidades de ensino e aprendizagem (Neves, 2021).
Percebe-se, consequentemente que, agora mais do que nunca, o EaD tem um grande
potencial no processo de aprendizagem contínuo (Isaac, 2020).
Neste novo paradigma, emergem novas formas de aprender, são exigidas novas
competências e surgem novas estratégias de resposta a um novo contexto de aprendizagem.
A avaliação, enquanto elemento do processo de aprendizagem, é um aspeto complexo que
não encontra unanimidade entre os especialistas aquando do debate deste conceito. Contudo,
existe a consciência que atingir o consenso na “avaliação em EaD” é um enorme desafio.
Para se atingir uma análise coerente com a complexidade do tema é necessário compreender
que planeamento, aprendizagens, métodos, técnicas, instrumentos e dispositivos devem estar
alinhados, para que “[…] o processo de procura de novos conhecimentos se concretize de
forma coletiva e, ao mesmo tempo, autónoma por parte dos sujeitos envolvidos.” (Santos &
Lima, 2019, p. 75).
1
O termo EaD será utilizado ao longo do trabalho em sentido lato, abrangendo o ensino e a formação.
1
Processo de aprendizagem do Ensino a Distância no Exército Português
2
Processo de aprendizagem do Ensino a Distância no Exército Português
3
Processo de aprendizagem do Ensino a Distância no Exército Português
4
Processo de aprendizagem do Ensino a Distância no Exército Português
5
Processo de aprendizagem do Ensino a Distância no Exército Português
Para concretizar estes passos, Sousa e Costa (2015) definem três estratégias de
aprendizagem:
Estratégia aberta: o formador concebe os conteúdos e orienta a aprendizagem;
Estratégia construtivista: o formador assume o papel de parceiro, interlocutor e
mentor do formando;
Estratégia interativa: o formador assume o papel de facilitador e observador.
Perante estas estratégias, existe a necessidade de adaptação aos contextos e ambientes
de aprendizagem, principalmente no que concerne à avaliação, ao reconhecimento, à
certificação e à validação de competências, aos percursos de aprendizagem e às plataformas
de aprendizagem. Aprender nestes contextos e ambientes de aprendizagem significa portanto
comunicar, colaborar, discutir, mudar e conectar (Sousa & Costa, 2015).
Estes AVA, sustentados em tecnologias digitais, exigem uma série de ferramentas que
promovem a aprendizagem digital, tal como mostra a Figura 3.
6
Processo de aprendizagem do Ensino a Distância no Exército Português
2
Ver Anexo A – Mapa concetual sobre as características de um SGA.
7
Processo de aprendizagem do Ensino a Distância no Exército Português
8
Processo de aprendizagem do Ensino a Distância no Exército Português
9
Processo de aprendizagem do Ensino a Distância no Exército Português
3
Ver Anexo C – Práticas avaliativas onde Garcia (2013, p. 122) apresenta algumas sugestões de práticas
avaliativas, envolvendo uma breve descrição sobre possíveis dispositivos mediáticos no ambiente MOODLE.
10
Processo de aprendizagem do Ensino a Distância no Exército Português
• Diários
• A avaliação formativa, especialmente
• Trabalhos em grupo
em cursos online, revela-se
Conrad e • Projetos
fundamental para acompanhar e
Openo (2019) • E- portefólios
orientar o aluno no seu processo de
• Avaliação por pares
aprendizagem
• Autoavaliação
• Feedback
Fonte: Adaptado a partir de Baptista et al. (2008), Conrad e Openo (2019) e Garcia (2013).
4
Nas dimensões entre formando e formador, entre formando e conteúdos e entre formandos.
11
Processo de aprendizagem do Ensino a Distância no Exército Português
5
Ver Apêndice B – Instrumentos normativos do EaD.
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Processo de aprendizagem do Ensino a Distância no Exército Português
Em termos temporais, o ano 2010 é o marco do EaD no EP, em que S. Exa. o General
Chefe de Estado-Maior do Exército, em agosto de 2010, determina a execução da fase
experimental de implementação do “e-learning” no projeto de ensino e formação do
Exército. As principais orientações incidiram em implementar, monitorizar, avaliar e rever
um curso piloto de e-learning para e-formadores e contemplar o acesso à plataforma de
gestão MOODLE. Em junho de 2014, foram definidos procedimentos e orientações
especificas para a implementação, desenvolvimento e a sustentação do EaD
preferencialmente no sistema e/b-learning (Bento et al., 2019, p. 27). Já em julho de 2015,
foram difundidas as orientações para a consolidação do EaD no âmbito do ensino e da
formação e o estabelecimento de uma estrutura de coordenação e gestão do sistema de e-
learning, atualmente designada de Repartição de EaD, na orgânica da Direção de Formação
(DF) (Bento et al., 2019, p. 27).
Esta Repartição de EaD tem como competências: estudar, desenvolver e propor linhas
concetuais e orientadoras da aplicabilidade e implementar soluções e-learning no Exército;
efetuar a gestão de cursos em e/b-learning; apoiar as entidades de formação na conceção de
cursos em formato b/e-learning e fazer a integração desses cursos no SGA (EP, 2020a).
Em termos de organização, aos formadores são determinados alguns pré-requisitos,
tais como, preferencialmente ser detentor do curso e-learning para e-formadores e possuir o
Curso de Formação Pedagógica Inicial de Formadores (CFPIF). Já os formandos, entre
outros requisitos, devem possuir competências fundamentais para uma utilização eficaz e
eficiente das principais aplicações informáticas para computadores (office e internet).
Relativamente à PGA, é utilizada o MOODLE que é acessível de forma segura via internet
e intranet do Exército. No que aos critérios pedagógicos diz respeito evidencia-se que os
13
Processo de aprendizagem do Ensino a Distância no Exército Português
Em 12 anos de EaD no EP, Perdigão (entrevista por e-mail, 22 de abril de 2022), refere
que o balanço poderia ser mais positivo, “[…] fruto das idiossincrasias e especificidades da
instituição, esta sempre pugnou por uma aprendizagem presencial, independentemente da
relação custo-eficácia. Atualmente o EP dispõe de 18 cursos a decorrer no regime de
aprendizagem b-learning e 10 cursos no regime de formação e-learning, valores com
tendência a aumentar”. (Perdigão, op. cit.).
Silveira (2021) e Perdigão (op. cit.) referem que o EaD no EP assumiu uma maior
importância desde a pandemia da COVID-19. Desde então, tem havido uma maior
consciencialização da potencialidade desta modalidade de formação. Numa perspetiva de
melhoria futura, e no sentido de
[…] preservar os nossos recursos humanos para atividades fulcrais, de minimizar
os custos (materiais e financeiros) afetos à formação/ensino e de potenciar aquilo
que se tem aprendido em outras organizações/instituições, há que revisitar o
assunto do EaD e potenciar a sua implementação no maior número de ações
formativas em que tal seja possível. (Perdigão, op. cit.).
Acrescenta ainda que é importante que a mentalidade dos
Comandantes/Diretores/Chefes acompanhe este processo de mudança pois tem-se verificado
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Processo de aprendizagem do Ensino a Distância no Exército Português
nos últimos anos, em que o crescendo de oferta formativa a distância é evidente, que as
atividades operacionais de vida diária se sobrepõem às atividades formativas a distância,
condicionando significativamente as aprendizagens (Perdigão, op. cit.). É necessário
analisar o processo de formação e a sua avaliação, pois neste campo o cenário é exigente,
desde logo pelo domínio das TIC. Mas a grande preocupação é o formando e nesta
modalidade de ensino, mais do que nunca, é necessário envolvê-lo e integrá-lo para que a
distância deixe de ser um obstáculo (Silveira, 2021).
2.2 O Modelo de análise
Este subcapítulo tem por objetivo apresentar o modelo de análise (Apêndice C)
desenvolvido para esta investigação.
15
Processo de aprendizagem do Ensino a Distância no Exército Português
3. Metodologia e método
Segundo Santos e Lima (2019), “[…] a sistematização dos dados, a credibilidade dos
resultados e a aceitabilidade pela comunidade científica são algumas das vantagens do
método científico na elaboração de uma de investigação.”. Este capítulo tem por objetivo
apresentar a metodologia e o método empregue neste estudo.
3.1 Metodologia
A investigação realizada enquadra-se numa forma de investigação aplicada, pois
pretendeu-se encontrar uma aplicação prática para o objeto de estudo. Para tal, seguiu-se
uma visão ontológica construtivista, considerando que os fenómenos sociais estão em
constante revisão. A variante do método científico utilizado foi o raciocínio indutivo, pois
procurou-se recolher dados através das várias fontes, quer por análise documental, quer por
entrevistas associando um constante pensamento crítico que foi empregue em todo o
percurso metodológico.
As técnicas de recolha de dados assentam numa estratégia de investigação qualitativa,
em que se pretendeu alcançar um entendimento mais profundo e subjetivo sobre o processo
de aprendizagem do EaD e particularizar para o objeto de estudo, através de uma análise de
conteúdo do significado atribuído pelos participantes.
O desenho de pesquisa empregue, foi o estudo de caso recorrendo a várias instituições
congéneres ao EP, de modo a recolher propostas de melhoria das práticas de avaliação do
EaD.
3.2 Método
3.2.1 Participantes e procedimento
Participantes. Integraram esta investigação as Unidades Formadoras (UF) 6 da DF do
EP, quatro instituições congéneres militares, duas civis, o Diretor de Formação em suplência
e o Coronel Transmissões Ferreira, pelas razões que se apresentam em Apêndice D.
Procedimento. Como forma de garantir a participação de todos os intervenientes,
foram feitos contactos diretos com alguns dos participantes no seminário organizado pela
DF, do Comando do Pessoal do EP, no dia 23 de novembro de 2021, em Évora, subordinado
ao tema “O Ensino e Formação a Distância: Ensinamentos e Perspetivas Futuras”,
contactos por telefone ou por e-mail. Nos casos dos contactos via e-mail, foi de imediato
enviado o guião da entrevista (Apêndice E), solicitando uma resposta à entrevista. Depois
6
A DF tem na sua dependência três UF a Escola das Armas (EA) a Escola dos Serviços (ES) e a Escola de
Sargentos do Exército (ESE) (EP, 2020a).
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Processo de aprendizagem do Ensino a Distância no Exército Português
de ser dado o consentimento na integração do estudo, as respostas surgiram por três vias: e-
mail, entrevista presencial e videoconferência (Apêndice D), embora, em alguns casos tenha
havido necessidade de esclarecimentos adicionais, também via e-mail.
3.2.2 Instrumentos de recolha de dados
A recolha, análise e tratamento de dados foi uma atividade que decorreu em duas fases:
a primeira fase (exploratória) e a segunda fase (analítica e conclusiva) (Normas de Execução
Permanente de Investigação n.º 001 (2020) e n.º 003 (2020)). Para tal, na primeira fase, os
instrumentos utilizados para a recolha de dados incidiram, na análise documental de artigos,
documentos, relatórios e trabalhos de investigação na área da avaliação do EaD, que se
materializam nos capítulos um e dois. Ainda na fase exploratória foi analisado o seminário
já mencionado, tendo sido importante para a investigação, sobretudo para estabelecer
contactos para as entrevistas e para o desenvolvimento do estudo.
Outro instrumento utilizado foram as entrevistas. Foram elaborados quatro guiões de
entrevistas semiestruturadas. Um para as UF da DF que contribuíram para a resposta à QD2.
O segundo guião foi elaborado para as instituições congéneres, sendo que a entrevista à
TecMinho e ao IEFP foram desenvolvidas via videoconferência. O terceiro guião de
entrevista para o Diretor em suplência da DF do EP e o quarto para o expert Coronel de
Transmissões Ferreira. Foram feitas duas perguntas adicionais para as instituições
congéneres que colaboraram para a análise ao OE 1.
3.2.3 Técnica de tratamento de dados
Foi seguida uma metodologia qualitativa da análise de conteúdo das entrevistas
semiestruturadas (Apêndice F, G e H), tendo-se seguido uma análise categorial (Santos &
Lima, 2019, p. 120), conforme exposto no Quadro 4 .
Quadro 4 - Análise de conteúdo categorial
Categorias Instituições/Entidades Extratos QD
Competências digitais 4, 5,8,9,10,11 e 12 1
Plataformas de gestão da aprendizagem 1 a 10 3
Práticas de avaliação da aprendizagem 1 a 10 2e3
Outros Contributos 1 a 12 1, 2 e 3
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7
No contexto do DigCompEdu, o termo usado é “aprendente” e é usado para indicar qualquer pessoa envolvida
no processo de aprendizagem (Lucas & Moreira, 2018, p. 89). No estudo por questões de uniformização de
conceitos utiliza-se o termo formadores.
18
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8
Designação dada ao primeiro curso que ocorreu no EP.
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com o formando a desempenhar funções na sua unidade de colocação, mas para a qual devem
ser acautelados alguns requisitos como:
Deve ser proporcionado pelos Comandantes/Diretores/Chefes das unidades de
colocação do formando, um período de três horas diárias para a realização das
atividades de aprendizagem durante o horário normal da Unidade;
O formando não deve ser nomeado para outros cursos em simultâneo, nem para
atividades operacionais que possam comprometer o período mencionado
anteriormente;
Deve ser proporcionado aos formandos, pelas Unidades de colocação dos
formandos, acesso a um computador multimédia, com webcam e acesso à internet
de banda larga.
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existem, embora possam não estar a ser devidamente explorados, o que poderá traduzir a
falta de competências digitais ou dificuldades de adaptação das ferramentas a um modelo
pedagógico consideravelmente diferente.
Nesta perspetiva, Ferreira (op. cit.) alerta para a necessidade de se ter presente os
conceitos relacionados com a avaliação (da formação e da aprendizagem). Para tal,
preconizou um modelo a que designou de taxonomia da avaliação em EaD (Anexo B), onde
identifica as diversas categorias associadas a cada uma das dimensões da avaliação. O
desconhecimento desta linguagem pode ser um obstáculo no processo de avaliação da
formação e neste caso específico da aprendizagem em AVA.
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Ver definição em Apêndice A- Glossário de termos.
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O EB designa de Educação a Distância, no entanto para efeitos de coerência do trabalho continuar-se-á a
usar a terminologia EaD.
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11
A Educação 4.0 surge devido à influência da revolução tecnológica, a chamada indústria 4.0 que tem como
caraterística o uso de tecnologias e internet das coisas (CEADEx, 2022b).
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No campo da avaliação da aprendizagem, tudo o que foi aqui abordado influência este
processo, que é conduzido através de um modelo de avaliação contínua e que inclui:
atividades práticas, semelhantes às que os militares realizarão nas suas funções; interação
formando-tutor e formando-formando em ambientes virtuais; aprendizagem baseada em
problemas; interação presencial com formadores especialistas na matéria; prática em
simuladores; exercícios práticos combinados, nos quais são simuladas situações reais.
6.5 TecMinho
A TecMinho é, responsável por ministrar vários cursos de formação em Portugal. Em
matéria de EaD, teve um papel preponderante no desenvolvimento da Carta da Qualidade
para o e-learning, também denominada de “ciclo de qualidade e-learning”, um passo muito
importante na criação de um conjunto de instrumentos para a promoção da qualidade e
eficácia das aprendizagens realizadas em e-learning. Desde a sua elaboração, em 2014, até
à atualidade, esta carta de qualidade, face à ausência de normativos que regulem EaD, tem
sido utilizada por diversas instituições que empregam esta metodologia de “forma
inspiradora.” (Dias, entrevista via Zoom, 26 de janeiro de 2022).
Na Figura 22 apresenta-se a carta de qualidade com um conjunto de requisitos para a
conceção, desenvolvimento, implementação e avaliação de cursos em e-learning.
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preconizado para a formação presencial, mas que este é um assunto que está no ónus do
formador. A dimensão alargada do EaD no IEFP é recente, por isso acrescentam que há
muito ainda por explorar.
6.7 Síntese conclusiva e resposta à QD3
Do acima analisado e em resposta à QD3: Como é feita a avaliação da aprendizagem
da EaD em instituições congéneres? conclui-se que as entidades analisadas encontram-se em
níveis diferentes no EaD. A pandemia da COVID 19 veio acelerar o processo de
desenvolvimento desta modalidade de ensino, despertando as atenções dos decisores para as
suas potencialidades.
No que diz respeito às PGA e práticas de avaliação da aprendizagem no EaD, a
informação resume-se na seguinte Tabela 2.
Tabela 2 - Práticas de avaliação da aprendizagem do EaD em instituições congéneres
Instituição Plataformas Práticas de avaliação da aprendizagem na EaD
“São no essencial as mesmas que estão definidos na formação presencial, (…)
Marinha MOODLE
esta continua a ser na grande maioria dos cursos e feita em modo presencial.”.
“Fórum; glossário; teste; trabalho; wiki; etc, é realizada através de grelhas
FA MOODLE
de observação por módulo.”.
“Questionário, a tarefa e fórum, mas também toda a potencialidade do
plugin H5P o qual possibilitam avaliações mais autênticas e imersivas. São
EB EBaula
utilizados dentro da plataforma EBAula a correção por rúbrica e a utilização
de um banco de questões para elaboração de provas.”.
“É seguido modelo de avaliação contínua que inclui: Atividades práticas
semelhantes às que os estudantes realizarão nos seus futuros trabalhos nas
FFAA, interação formando-tutor e formando-formando em ambientes
ET CVCDEF
virtuais; aprendizagem baseada em problemas; interação presencial com
formadores especialistas na matéria, prática em simuladores; exercícios
práticos combinados nos quais são simuladas situações reais.”.
“O documento que serve de inspiração para a avaliação da aprendizagem é o
TecMinho MOODLE
DigCompEdu, com capítulos dedicados à avaliação da aprendizagem.”.
“As técnicas, estratégias e ferramentas são as mesmas que as da formação
presencial. Não houve necessidade de fazer uma adaptação, a não ser arranjar
mecanismos que garantam que os testes foram feitos pelo formando e não por
IEFP GesFap
outra pessoa qualquer, mas aí existem outras ferramentas como as perguntas
orais, entre outras, para tentar validar as competências. Mas isso são
questões que ficam no ónus do formador.”.
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Ramos das FFAA e da TecMinho. Estas plataformas, conforme ilustrado na Figura 12, têm
uma série de atividades e recursos que fomentam a atividade pedagógica e avaliativa.
Atualmente, o EP tem implementada a última versão do MOODLE com a integração do
H5P, um plugin que permite ao tutor explorar várias ferramentas que promovem a
interatividade quer na aprendizagem, quer na avaliação das aprendizagens, tais como: Quiz,
apresentações, hipertexto, vídeos, atividades lúdicas e gamificação.
A proposta ao nível das PGA para o EP passa por, depois de se atribuírem as
competências digitais aos formadores, adquirir novas ferramentas que possam elevar o
nível de interatividade na aprendizagem, chegando mesmo à simulação como é exemplo
as ferramentas do EBAula do CEADEx ilutradas na Figura 16 e que materializam no
BigblueButton, o PlugGame e aplicação Ranking. Estas ferramentas apresentam múltiplas
possibilidades para atender às exigências da Educação 4.0, que passam por tornar os
formandos mais autónomos e o formador um facilitador e aplicador dessas tecnologias como
forma de ensino.
7.3 Práticas de avaliação da aprendizagem online
Esta oportunidade de melhoria está relacionada com as práticas de avaliação online, o
core desta investigação. Foi possível averiguar que relativamente à avaliação da
aprendizagem online existe uma serie de estratégias, ferramentas, instrumentos entre outras
categorias sobre as quais é essencial compreender a sua taxonomia a fim de se poder
construir um curso em EaD que cumpra as exigências quer formativas e avaliativas desta
modalidade de ensino.
No EP, resultante da análise das entrevistas e dos RC, evidencia-se alguma
insuficiência nas técnicas e instrumentos utilizados em alguns cursos de EaD, sendo o fórum,
o chat, os trabalhos de grupo e o feedback utilizados como práticas mais comuns, apesar do
MOODLE contemplar várias atividades e recursos sugeridos no estudo.
Da análise das instituições congéneres, pode concluir-se que a Marinha continua a
privilegiar os momentos de avaliação em modo presencial, assim como o IEFP, que refere
que as técnicas, estratégias e ferramentas são as mesmas que as da formação presencial, e
que as avaliações dependem dos formadores por isso cabe a ele arranjar os instrumentos que
melhor dominar e para cumprir com o objetivo. O EB utiliza uma variedade de ferramentas
avaliativas no processo de aprendizagem, que privilegiam a avaliação formativa.
Face a este resultado propõe-se que seja adotado o modelo de avaliação em EaD
desenvolvido por Ferreira (op. cit.) e apresentado em Anexo B, onde são identificadas as
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8. Conclusões
A era das TIC é marcada por inúmeros desafios a nível global. Nos sistemas de ensino
e formação esses desafios são evidenciados através do surgimento dos AVA, que vêm
romper com o modelo de aprendizagem mais tradicional. Este novo paradigma em que a
informação está acessível de igual forma para todos, altera o papel do formando passivo,
atribuído a práticas mais convencionais do ensino presencial.
O EaD como modalidade que se aflora, vêm corroborar com as teorias socio
construtivistas da aprendizagem que colocam o formando no epicentro do processo de
aprendizagem, enquanto responsável principal pela construção do seu conhecimento. O
formador continua a ter um papel primordial neste processo como facilitador, direcionando,
acompanhando e colaborando com o formando no seu processo de “aprender a aprender”
por via das tecnologias.
A avaliação fazendo parte do processo de aprendizagem, é sempre um tema complexo
principalmente no EaD onde ainda persistem algumas resistências no que à sua credibilidade
diz respeito. Neste sentido, as incitações colocadas aos formadores são ainda maiores, pois
deles dependem a utilização dos modelos pedagógicos, das estratégias, técnicas e
instrumentos de avaliação que, face às suas especificidades, necessitam de ser ajustadas face
á diversidade de ferramentas que as PGA possuem. Daqui surgem grandes questões
relacionadas com as competências que os intervenientes responsáveis pelo EaD necessitam
de ter, por forma a capacitá-los para o planeamento, desenvolvimento, implementação e
avaliação de soluções de EaD.
A integração de modalidades de EaD no tradicional modelo presencial não
corresponde a um repositório de informação na plataforma MOODLE, nem em substituir
aulas presenciais pela utilização direta de uma videochamada pelo Microsoft Teams. Os
modelos pedagógicos são diferentes e como tal, a avaliação desses modelos estão no mesmo
patamar.
O EP tem, desde 2010, implementado o EaD. Consciente dos desafios desta
modalidade de aprendizagem e do impacto positivo que ela pode ter na utilização dos seus
RH, o EP tem aumentado as suas iniciativas de procura de melhores práticas para que os
avanços no EaD tenham um ritmo mais uniforme, sustentado e persistente. A pandemia da
COVID19 veio acelerar a “corrida” das instituições a esta modalidade formativa e o EP não
foi exceção, trazendo consigo uma maior consciencialização das potencialidades do EaD.
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alguns cursos o fórum, o chat, os trabalhos de grupo e o feedback como práticas mais
comuns.
Por não ser totalmente conclusivo este resultado, visto que a plataforma MOODLE
utilizada pelo EP como PGA, tem todas as funcionalidades apontadas, analisaram-se os
dados disponibilizados sobre a utilização da plataforma MOODLE no ano de 2020
percorrendo os três vetores de implementação do EaD no EP. Quanto ao Vetor PGA, apesar
do EP ter implementada a última versão do MOODLE com a integração do H5P, com
múltiplas funcionalidades onde estão disponibilizadas todas as práticas de avaliação online
tidas como referência neste estudo, os números relativos aos utilizadores mostram o quão
urgente é criar uma cultura de consciencialização sobre o EaD, desmistificando a sua
complexidade e exigência desta modalidade de ensino e formação.
Quanto ao Vetor II, no âmbito da formação dos intervenientes com o curso de e-
formador, as cerca de dez pessoas com o curso de e-formador afetas às atividades para
planear, desenvolver, implementar e avaliar soluções de EaD, são o reflexo do quão
impreterível é atribuir competências pedagógicas e digitais aos militares para se poder dar
um salto quantitativo e qualitativo significante.
Foi possível constatar que é necessário criar condições para que o EaD constitua uma
mais-valia para formadores, formandos e instituições formadores, proporcionando
capacidade de ensino e aprendizagem em qualquer altura e lugar, desígnios últimos que estão
na base do EaD - learning anytime, anywhere.
Quanto ao OE3: Analisar as práticas de avaliação da aprendizagem da EaD em
instituições congéneres, constatou-se que na Marinha a avaliação da aprendizagem é feita
preferencialmente em modo presencial. Como outros contributos foi referido a necessidade
de revisão das particularidades do EaD, para que exista um aumento da qualidade da
formação ministrada.
Na FA, o modelo e-learning implementado, assenta numa perspetiva construtivista
que potência a autoaprendizagem do formando. A avaliação da aprendizagem é feita através
da discussão e partilha na sala de aula online, sendo utilizadas como práticas de avaliação
online: fórum, glossário, teste, trabalho, wiki, autoavaliação e heteroavaliação.
O EB criou o CEADEx, com uma estrutura organizativa muito completa, funcionando
totalmente a distância face á dispersão das unidades no país. Em termos pedagógicos o seu
foco é criar solução de Educação 4.0 que tem como caraterística o uso de tecnologias como
a realidade aumentada, a realidade virtual e a internet das coisas. O EBaula é a plataforma
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PGA utilizada que permite uma série de funcionalidades e ferramentas como o plugin H5P,
o BigblueButton, o PlugGame e aplicação Ranking que têm como finalidade criar a
interatividade no formando e dar o feedback em tempo real, proporcionando elevados níveis
de qualidade em todo o processo de aprendizagem.
Nas FFAA do Reino de Espanha no âmbito do EaD, foi criada uma única plataforma
de PGA designada de CVCDEF e que corresponde ao MOODLE. Esta plataforma de
aprendizagem virtual segue um modelo que está assente em três pilares: pedagógico,
tecnológico e organizacional. O ET como usuário da plataforma tem apostado na formação
de formadores para EaD através de dois cursos o EVA e o CPRM. Com a pandemia da
COVID 19, verificou-se um uso intensivo a plataforma e como forma de abranger um maior
número de formação de formadores, está a ser desenvolvido ao nível do Manual Didático
um projeto designado de GNOSS, tendo na sua base as competências do DigComEdu, tendo
como objetivo atribuir quatro níveis de competências digitais aos seus formadores.
Sobre a avaliação da aprendizagem propriamente dita foi possível escalpelar que é
seguido um modelo de avaliação contínua (formativa) que inclui: atividades práticas
semelhantes às que os formandos realizarão nas suas futuras funções ou cargos nas FFAA;
interação formando-tutor e formando-formando em ambientes virtuais; aprendizagem
baseada em problemas; interação presencial com formadores especialistas na matéria, prática
em simuladores; exercícios práticos combinados nos quais são simuladas situações reais.
Foram apontadas algumas preocupações associadas ao novo modelo pedagógico da
metacognição “aprender a aprender”, que requer um trabalho em equipa e a evolução de
ferramentas tecnológicas. Outros problemas identificados foram a continuidade da bolsa de
formadores, dada a aposta que está a ser feita e a compatibilização com obrigações
profissionais.
Da TecMinho foi possível apurar o seu importante papel no desenvolvimento do
estudo que está na origem da Carta de Qualidade e-learning, uma referência a nível nacional
no âmbito da qualidade do EaD. No que concerne à avaliação da aprendizagem online foi
possível verificar que o documento que serve de referência é o DigCompEdu.
Quanto ao IEFP, enquanto entidade de formação profissional, verificou-se que a sua
oferta formativa era maioritariamente presencial. Com a pandemia COVID19, sofreu um
processo de readaptação, definindo um plano estratégico no âmbito do EaD, para uma
resposta urgente e pragmática às restrições impostas pela crise pandémica. Entre outras
medidas tomadas, ficou patenteado a rápida resposta face a um panorama quase inexistente
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Anx. A-1
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Anx. B-1
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Anx.C -1
Processo de aprendizagem do Ensino a Distância no Exército Português
Anx. D -1
Processo de aprendizagem do Ensino a Distância no Exército Português
Anx. E-1
Processo de aprendizagem do Ensino a Distância no Exército Português
Apd. A -1
Processo de aprendizagem do Ensino a Distância no Exército Português
Apd. B-1
Processo de aprendizagem do Ensino a Distância no Exército Português
Apd. C-1
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North Atlantic Treaty Organzation – Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN).
Apd. D-1
Processo de aprendizagem do Ensino a Distância no Exército Português
Apd. E-1
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Apd. F-1
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“Considerando que o EaD tem muitas particularidades, considera-se fundamental que os formadores disponham dos cursos
de e-formadores e o curso de e-conteúdos ou outros cursos que versem competências nesta área do conhecimento só
desta forma, poderemos afinar e uniformizar conhecimentos na produção de soluções formativas. Estes cursos poderiam ser
ministrados, em todo ou em parte, pela via telemática, sendo as UF (Escolas) as entidades primárias responsáveis pela
DF implementação deste desígnio. Importa referir que, atualmente não será possível cumprir com esta intenção, porque a
entidade que certifica a formação de e-formadores, não está a reconhecer outras entidades formadoras para efeitos de atribuição
dessa certificação. No entanto uma outra vertente que poderá ser explorada é a certificação das competências de e-formador
pela via do Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências, considerando que muitos dos nossos militares já
dispõem de uma larga experiência na área da formação.”.
“O Curso e-formador deve ser considerado como uma ferramenta essencial para todos os intervenientes nos processos
formativos das direções de formação/secções de formação das UF e PF que queiram desenvolver formação a distância.
Tal como o CFPIF capacita os formadores para os conceitos e práticas inerentes à formação presencial, a Formação Pedagógica
Contínua de Formadores a Distância (e-formador) é destinada a formadores e/ou especialistas da formação em EaD, detentores
Cor Tm de CCPE e que pretendam desenvolver atividades formativas em ambiente online, com recurso a tecnologias e recursos digitais,
Ferreira tais como plataformas de aprendizagem, aplicações móveis e outros meios online ou offline que permitam a mediação,
comunicação e interação com indivíduos ou grupos a distância, com fins educativos/formativos, em contextos formais,
permitindo simultaneamente adquirir o CCPE de e-formador.
O curso de e-formador deve ser considerado um instrumento basilar num sistema de EaD, e extensível a todos os
intervenientes que o desenham, desenvolvem, implementam, avaliam, desde formandos, formadores e gestores da formação.”
“Curso de Monitor de Equitação – Grau I (CMEq-GrauI) iniciado em 2017 em b-learning, o Curso de e-formador13 que
EA é da responsabilidade do IEFP em e-learning (teve uma primeira edição em 2014, uma segunda em 2016 e após um interregno,
em 2020 reiniciou as edições) e o Curso Introdutório às Informações (CII) iniciado em 2022 em e-learning.”.
“Em e-learning: Contratação Pública; Atualização Sistema Integrado de Gestão (SIG) Finanças e SIGDN-RHV. Em b-
Learning: Chefe Subsecção Financeira; Adjunto Subsecção Financeira; Oficial de Justiça; Biblioteca, Arquivo e
Cursos EaD ES 7
Documentação; Delegado de Segurança e Saúde no Trabalho; Categoria “D”; Instrutores "CE e D"; Manutenção de
Armamento Ligeiro - Nível I; Fiel de Paiol; Condutor Militar Categoria “C”.
“O Curso de Promoção a Sargento-Chefe (CPSCh) e o Curso de Promoção a Sargento-Ajudante (CPSA). Ambos os cursos
ESE são b-learning, sendo obrigatória a presença dos formandos em todas as atividades da parte presencial constantes do respetivo
programa horário.”.
“A plataforma de aprendizagem utilizada para os cursos é MOODLE. Esta plataforma permite-nos organizar o curso de forma
interativa, carregando todos os conteúdos formativos através de PDF, PowerPoint de aulas síncronas ou presencias e aulas
assíncronas, vídeos, etc. permite-nos ter um curso muito bem organizado e de fácil utilização quer para os formadores, quer
PGA EA
para os formandos. Normalmente quando existem duvidas os formandos enviam mensagem no chat do MOODLE ou por 8
outras vias disponibilizadas pelas direções de curso e estas tentam resolver os problemas. Para aulas síncronas no CII foi
utilizado o Teams pois consideramos também uma plataforma de excelência.”.
13
Dado que o curso de e-formador é da responsabilidade em termos de formação e certificação do IEFP (sendo a EA responsável apenas pelo processo de nomeação dos alunos
e entidade de ligação com o IEFP), a EA quando se referiu a cursos considerou os cursos da sua inteira responsabilidade como é o CMEq-Grau I e o CII.
Apd. F-2
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“A plataforma de gestão da aprendizagem utilizada, o MOODLE, deverá basear-se nos princípios da ISO/IEC 19796-1 (2005),
carecendo de algum estudo e análise da norma ISO/IEC 19796-3 (2009) que estabelece os métodos e métricas para a qualidade
do EaD. A ES enquanto unidade formadora do SFE tem um responsável pelo EaD e um administrador do MOODLE com uma
ES série de atribuições e responsabilidades neste campo. O MOODLE com a integração do H5P permitiu a integração e
desenvolvimento de mais e melhores e-conteúdos, melhorando assim o processo de ensino-aprendizagem. A utilização do
Microsoft Teams, seja em sessões síncronas ou assíncronas favoreceu também a comunicação e interação, entre
formador/docente e formando/discente/formando.”.
ESE “A plataforma utilizada é o MOODLE.”.
“A plataforma de aprendizagem utilizada (…) é o MOODLE, que se encontra disponível através da rede interna (intranet),
bem com da internet (interna e externa), possibilitando que a aprendizagem ocorra em qualquer lugar e em qualquer
momento, ao ritmo individual de cada formando. A autenticação dos utilizadores é efetuada a partir da informação da base
de dados fornecida pela rede de Marinha, através de um servidor LDAP. A página da plataforma pode ser carregada em
Marinha
qualquer browser atualizado, estando disponível informação acerca dos requisitos mínimos de acesso ao sistema, na página do
respetivo curso. Esta atualização realiza-se automaticamente pelo Serviço de Redes e Comunicações da Marinha, quando o
computador se encontra ligado à rede interna. O idioma pré-definido no sistema é o português, apesar de ser possível atribuir
localmente o inglês como idioma de funcionamento, para os cursos que assim o justifiquem.”.
FA “A plataforma utilizada é o MOODLE”.
“A EBAula (Ambiente Virtual de Aprendizagem da nossa Força) é a plataforma utilizada que fornece aos docentes uma
CEADEx aprendizagem ativa, interativa e colaborativa (…) fornece aos docentes uma gama de ferramentas que possibilitam realizar
avaliações diagnósticas, formativas e sumativas.”.
CVCDEF Indicadores no mapa conceptual em Anexo E.
TecMinho “As plataformas utilizadas podem ser várias, o MOODLE, o Microsoft Teams, o Zoom, etc…”.
IEFP “O Microsoft Teams é a plataforma utilizada.”
“Conforme a avaliação da aprendizagem quanto à tipologia abrange a avaliação diagnóstica, formativa e Sumativa”; “No caso
do CMEq-Grau I (…) observação, a inquirição principalmente porque passam muitas semanas à distância, e como forma de
validar as aprendizagens nas semanas presenciais e depois a medição para a avaliação sumativa. No caso do CII (…) a
inquirição (através de questionários no final de cada sessão) e a medição (um teste escrito no final do curso) são as técnicas
mais abordadas”; “A avaliação que é feita corresponde à heteroavaliação, em que os formandos são avaliados nos vários tipos
de avaliação de aprendizagem pelos formadores.”, “A avaliação diagnóstica no caso do CMEq-Grau I corresponde a inquéritos
EA de expectativas, um teste teórico e provas de equitação da modalidade ensino e obstáculos. No caso da avaliação Formativa é
Avaliação da
feita através de estes, questionários ou checklist no final de cada sessão das semanas presenciais, quando estão nas unidades 9
aprendizagem
esta avaliação é feita pelo tutor ou pela direção de curso aquando das visitas de apoio técnico. Quanto à avaliação Sumativa
são feitas provas de equitação nas diversas modalidades, testes escritos e provas de prática pedagógica para se atingir a
certificação quer militar (Monitor de Equitação) quer da Federação Equestre Portuguesa (Treinador de Equitação – Grau I).
- No curso introdutório às informações a avaliação diagnóstica é feita através de um questionário de expectativas, a avaliação
formativa é feita através de questionários no final das sessões e a avaliação sumativa é feita através de um teste escrito.”.
“Formativa e sumativa”; “Avaliação da aprendizagem, através da avaliação formativa (glossários, mini testes por sessão de
ES
confirmação de conhecimentos, participação nos chats, fórum de debate de ideias, questionários, questões de verdadeiro/falso
Apd. F-3
Processo de aprendizagem do Ensino a Distância no Exército Português
e de escolha múltipla, preenchimento de espaços, jogos/gamificação, vídeos e outros e-conteúdos) e sumativa (testes
teóricos).”.
“Em ambos os cursos (CPSCh e CPSA) a avaliação interna é efetuada em conformidade com os respetivos RC aprovados, ou
seja, abrange a avaliação diagnóstica, formativa e Sumativa. Ressalva-se o facto de que a fase EaD do CPSCh não ser de
avaliação sumativa, ao contrário do CPSA que possui, nesta fase, avaliação sumativa (efetuada mediante a aplicação de testes
e/ou questionários na plataforma MOODLE).”; “De acordo com os RC são utilizadas técnicas de avaliação como a observação
ESE
direta da formação, avaliação oral, avaliação escrita e avaliação prática.”; “No âmbito da avaliação formativa, são aplicados
testes e questionários elaborados no final de cada aula, quer presencial, quer nos que são aplicados na Fase EaD , realizados
na plataforma MOODLE. No que diz respeito à avaliação sumativa, são aplicadas provas de avaliação escritas e trabalhos
escritos.”.
“Os cursos em b-learning, ministrados na Escola de Tecnologias Navais, contemplam grelha de avaliação comportamental
para as sessões presenciais e síncronas e trabalhos ou testes (teóricos ou práticos) aplicados presencialmente. Todos
estes métodos de avaliação encontram-se devidamente descritos no documento de cada curso com a respetiva cotação atribuída
a cada um deles.
Os procedimentos inerentes à avaliação da formação de cursos a distância mantêm, no essencial, os requisitos que se encontram
definidos também para a formação presencial.
Importa, no entanto, atender a algumas especificidades, designadamente:
- Na avaliação da aprendizagem deve ser privilegiado um sistema de avaliação misto, de caráter presencial e a distância. A
Marinha
assiduidade dos formandos é calculada com base nas presenças nas sessões presenciais e momentos síncronos.”; A
contabilização dos registos de assiduidade nos momentos assíncronos tem carácter meramente administrativo.
- A avaliação das atividades síncronas e assíncronas recorre a grelhas próprias para o efeito que integram a respetiva
documentação de curso.
- Na avaliação da satisfação são utilizados questionários próprios a serem aplicados quer aos e-formadores, quer aos ex-
formandos,
- O dispositivo de avaliação do desempenho dos formadores deve ser ajustado de modo a englobar igualmente o controlo da
tutoria a distância síncrona e assíncrona.”.
“As atividades, técnicas, estratégias e ferramentas aplicadas para a avaliação da aprendizagem são estruturadas dentro das
atividades e recursos disponíveis na plataforma MOODLE, por exemplo, o fórum; glossário; teste; trabalho; wiki; etc. A
FA avaliação das aprendizagens é realizada através de grelhas de observação por módulo, tendo em conta as atividades
realizadas, e a quantidade e qualidade das participações, para além disso há ainda um trabalho prático de avaliação
sumativa.”.
“(…) avaliações diagnósticas, formativas e sumativas.”; “É utilizado não somente os tradicionais plugins do MOODLE como,
EB por exemplo, o questionário, a tarefa e fórum, mas também toda a potencialidade do plugin H5P o qual possibilitam avaliações
CEADEx mais autênticas e imersivas. De ressalvar que são utilizados dentro da plataforma EBaula a correção por rúbrica e a utilização
de um banco de Questões para elaboração de provas.”.
“Para a avaliação da aprendizagem, foi proposto um modelo de avaliação contínua que inclui: Atividades práticas
semelhantes às que os estudantes realizarão nos seus futuros trabalhos nas FFAA; interação formando-tutor e formando-
ET
formando em ambientes virtuais; aprendizagem baseada em problemas; interação presencial com formadores especialistas na
matéria (os formadores, alguns dos quais são destacados, são selecionados de entre o pessoal que foi destacado em unidades
Apd. F-4
Processo de aprendizagem do Ensino a Distância no Exército Português
onde as tarefas que os estudantes irão posteriormente realizar são levadas a cabo, contribuindo assim com a sua experiência
profissional e avaliando questões-chave); prática em simuladores; exercícios práticos combinados nos quais são simuladas
situações reais (em alguns casos, várias especialidades interagem nestes exercícios).”.
“Sobre a avaliação o documento que serve de inspiração para a avaliação da aprendizagem, tal como a carta de qualidade serve
TecMinho de inspiração ou como princípio orientador para a grande maioria das instituições de formação em Portugal, é o Quadro
Europeu de Competência Digital para Educadores, onde tem capítulos dedicados à avaliação da aprendizagem.”.
“Há uma avaliação diagnóstica, há uma avaliação formativa e há uma avaliação sumativa. E é isto que é utilizado que é no
âmbito da formação presencial quer no âmbito da EaD.”; “ As técnicas , estratégias e ferramentas são as mesmas que as da
formação presencial, a não houve necessidade de fazer uma adaptação, a não ser arranjar mecanismos que garantam que os
IEFP
testes foram feitos pelo formando e não por outra pessoa qualquer, mas aí existem outras ferramentas como as perguntas
orais, entre outras, para tentar validar as competências, mas isso são questões que ficam no ónus do formador. Não
temos um regulamento de curso que prevê todas estas condicionantes.”.
“A EA sabe que é muito importante o EaD, e está neste momento a tentar perceber o que é preciso fazer não só ao nível da
DF, mas também ao nível do EP. No EaD devemos olhar sempre para uma entidade de referência que ministre cursos militares
que se enquadram na formação continua, como é o caso da OTAN, que é um bom exemplo daquilo que podem ser os nossos
projetos e os nossos estudos. Depois é importante perceber que competências é que nós queremos que os formandos tenham,
para que depois se possa desenhar com base num modelo, os cursos em EaD. Depois perceber que devemos ter em conta
EA
as especificidades da formação militar e que quando avançamos para cursos com componentes práticas só um modelo
híbrido pode ser implementado, ou seja, a componente teórica poderá ser lançada numa formação online, mas depois a
componente prática, ainda que possa ser simulada, tem que ser presencial. Mas claro tem que se olhar caso a caso, e pensar
na aplicabilidade desta modalidade tendo em conta os seus objetivos que é a redução dos recursos materiais e humanos,
mas sempre com foco nas competências que têm que ser alcançadas.”.
“De uma forma genérica o MD 240-01 foi estruturado essencialmente para a formação presencial, havendo de certa forma
alguma insuficiência no EP de documentos que desenvolvam e clarifiquem questões específicas do EaD no prisma da
qualidade. O próprio modelo de RC carece de pequenas adaptações às necessidades do EaD, nomeadamente no que se
Outros ES
refere aos instrumentos de avaliação, que não foram pensados de raiz para o EaD. O desenvolvimento de e-conteúdos mais 11
contributos
apelativos e facilitadores, por parte dos formadores, dos processos de ensino-aprendizagem deverá ser também uma
preocupação constante enquanto processo de introdução de melhorias.”.
“É fundamental que se efetue uma análise em que cursos se poderá recorrer de forma mais vantajosa ao EaD e à forma
como se poderá implementar, explorar e rentabilizar a formação nestes novos moldes. Se é um facto que o modelo b-Learning
acarreta, em determinadas situações, algumas vantagens, não é menos verdade que também terá outras limitações e/ou
implicações que, por vezes, poderão condicionar o processo de aprendizagem. Entre outros aspetos, o simples facto das aulas
ESE em EaD decorrerem de forma síncrona, ou assíncrona, por si só, já influencia de sobremaneira o processo. Este pormenor
interfere não só com o tipo de conteúdos a ministrar, mas também com o tempo disponível/necessário do formando para
apreender esses mesmos conteúdos. Acresce a este fator as condições a disponibilizar pela U/E/O do militar, não só ao nível
do material informático, como também do tempo disponibilizado para o curso. Constata-se, na amostra das edições mais
recentes do CPSA, que não houve uniformização de procedimentos neste aspeto por parte das diversas U/E/O.”.
Marinha “Embora ao longo do tempo tenha vindo a existir um esforço para se implementar medidas de avaliação da qualidade da
formação a distância, como por exemplo o desenvolvimento da “Carta da Qualidade do e-learning”, realizada com o
Apd. F-5
Processo de aprendizagem do Ensino a Distância no Exército Português
contributo de várias instituições que praticam esta modalidade de ensino, é cada vez mais necessário existirem normas
transversais que sirvam de guia para que as instituições construam os seus próprios mecanismos de avaliação da
qualidade do EaD de forma sustentada. Tal como o ensino presencial, o EaD apresenta um conjunto de particularidades que
devem ser analisadas com vista ao aumento da qualidade da formação ministrada garantindo a aquisição de conhecimentos
por parte dos formandos ao mesmo nível ou superior dos adquiridos num curso presencial.”.
FA “O EaD não substitui o ensino presencial pela limitação de interações que se gera em termos de dinâmicas de grupo e técnicas
pedagógicas aplicadas, no entanto é uma excelente alternativa e aumenta a oportunidade de frequência nas ações de formação
quer pelas limitações em relação ao serviço ou pela distância física.”.
Apd. F-6
Processo de aprendizagem do Ensino a Distância no Exército Português
Apd. G-1
Processo de aprendizagem do Ensino a Distância no Exército Português
Apd. H-1
Processo de aprendizagem do Ensino a Distância no Exército Português
Apd. I-2