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INSTITUTO UNIVERSITÁRIO MILITAR

DEPARTAMENTO DE ESTUDOS PÓS-GRADUADOS


CURSO DE ESTADO-MAIOR CONJUNTO
2021/2022

TRABALHO DE INVESTIGAÇÃO INDIVIDUAL

PROCESSO DE APRENDIZAGEM DO ENSINO A DISTÂNCIA NO


EXÉRCITO PORTUGUÊS

O TEXTO CORRESPONDE A TRABALHO FEITO DURANTE A


FREQUÊNCIA DO CURSO NO IUM SENDO DA RESPONSABILIDADE DOS
SEUS AUTORES, NÃO CONSTITUINDO ASSIM DOUTRINA OFICIAL DAS
FORÇAS ARMADAS PORTUGUESAS OU DA GUARDA NACIONAL
REPUBLICANA.

Fátima Elisabete Vieira da Costa


MAJOR, CAVALARIA
INSTITUTO UNIVERSITÁRIO MILITAR
DEPARTAMENTO DE ESTUDOS PÓS-GRADUADOS

PROCESSO DE APRENDIZAGEM DO ENSINO A


DISTÂNCIA NO EXÉRCITO PORTUGUÊS

MAJOR, CAVALARIA Fátima Elisabete Vieira da Costa

Trabalho de Investigação Individual do CEMC

Pedrouços 2022
INSTITUTO UNIVERSITÁRIO MILITAR
DEPARTAMENTO DE ESTUDOS PÓS-GRADUADOS

PROCESSO DE APRENDIZAGEM DO ENSINO A


DISTÂNCIA NO EXÉRCITO PORTUGUÊS

MAJOR, CAVALARIA Fátima Elisabete Vieira da Costa

Trabalho de Investigação Individual do CEMC

Orientador: CAPITÃO-TENENTE DE ADMINISTRAÇÃO NAVAL


Bruno Alexandre Soares Mercier

Pedrouços 2022
Processo de aprendizagem do Ensino a Distância no Exército Português

Declaração de compromisso Antiplágio

Eu, Fátima Elisabete Vieira da Costa, declaro por minha honra que o Projeto de
Investigação para o documento intitulado Processo de aprendizagem do Ensino a
Distância no Exército Português corresponde ao resultado da investigação por mim
desenvolvido enquanto auditor do Curso de Estado-Maior Conjunto 2021/2022 no
Instituto Universitário Militar e que é um trabalho original, em que todos os contributos estão
corretamente identificados em citações e nas respetivas referências bibliográficas.
Tenho a consciência que a utilização de elementos alheios não identificados constitui grave
falta ética, moral, legal e disciplinar.

Pedrouços, 04 de maio de 2022

Fátima Elisabete Vieira da Costa

ii
Processo de aprendizagem do Ensino a Distância no Exército Português

Agradecimentos
As minhas primeiras palavras vão para os meus camaradas de curso aos quais expresso
o meu reconhecimento pela superação de longos meses de trabalho intensivo, tendo por certo
que esta caminhada conjunta foi uma fonte inesgotável de energia e partilha de experiências
para a vida.
Depois quero agradecer a todos quanto direta ou indiretamente, de uma ou outra forma,
contribuíram para a realização desta investigação que se constitui como objetivo final deste
enorme desafio, o Curso de Estado-Maior Conjunto.
Ao Senhor Capitão-de-mar-e-guerra Luís Daniel Carona Jimenez enquanto Diretor de
curso, quero agradecer pela permanente disponibilidade e compreensão e pela forma com
que constantemente soube defender os interesses dos auditores estando sempre do lado da
solução.
Ao meu orientador Capitão-Tenente Bruno Alexandre Soares Mercier, uma palavra de
apreço pelo apoio nos constantes reversos desta investigação.
Uma palavra de profundo agradecimento ao Coronel de Transmissões Joaquim
Fernando Sousa Ferreira que desde o primeiro momento me prestou um apoio incondicional
em documentação, informação e ideias, as quais fruto do seu largo conhecimento e
experiência na temática trouxeram um valor inestimável a este trabalho.
Ao Tenente-Coronel de Artilharia Sequeira Heleno da Escola das Armas agradeço pelo
amparo motivacional e pelo constante apoio e preocupação.
Aos meus entrevistados, expresso a minha gratidão pela forma pronta com que
responderam às entrevistas e pela mais-valia dos seus contributos.
Por fim, o mais importante pilar em todo este processo, a família. Ao meu marido e
aos meus filhos agradeço pelo amor, carinho e compreensão pois sem eles este percurso não
teria sido possível, esperando poder ter sido um exemplo de resiliência e dedicação.
Aos meus pais, gratifico nestas singelas palavras os valores que me transmitiram
durante o meu percurso educativo tendo-se constituído como diferenciadores ao longo desta
jornada.
A todos o meu profundo, obrigado.

iii
Processo de aprendizagem do Ensino a Distância no Exército Português

Índice
1. Introdução ......................................................................................................................... 1
2. Enquadramento teórico e concetual .................................................................................. 4

2.1. Estado da arte ............................................................................................................. 4

2.1.1 Processo de aprendizagem em AVA ........................................................... 4


2.1.2 Avaliação da aprendizagem no EaD ............................................................ 8
2.1.3 Ensino a Distância no EP .......................................................................... 12

2.2 O Modelo de análise ................................................................................................ 15

3. Metodologia e método .................................................................................................... 16

3.1 Metodologia ............................................................................................................. 16


3.2 Método ..................................................................................................................... 16

3.2.1 Participantes e procedimento ..................................................................... 16


3.2.2 Instrumentos de recolha de dados .............................................................. 17
3.2.3 Técnica de tratamento de dados................................................................. 17

4. Importância das competências digitais dos formadores no processo de aprendizagem no


EaD ................................................................................................................................. 18

4.1 Competências digitais .............................................................................................. 18


4.2 Influência das competências digitais dos formadores no processo de aprendizagem
................................................................................................................................. 20
4.3 Síntese conclusiva e resposta à QD1 ....................................................................... 21

5. Avaliação da aprendizagem da EaD no EP .................................................................... 23

5.1 Práticas de Avaliação da aprendizagem no EaD no EP ........................................... 23


5.2 Síntese conclusiva e resposta à QD2 ....................................................................... 26

6. Avaliação da aprendizagem do EaD em instituições congéneres ................................... 27

6.1 Marinha .................................................................................................................... 27


6.2 Força Aérea .............................................................................................................. 28
6.3 Exército Brasileiro ................................................................................................... 28
6.4 Ejército de Tierra .................................................................................................... 31
6.5 TecMinho ................................................................................................................. 34
6.6 Instituto de Emprego e Formação Profissional ........................................................ 35

iv
Processo de aprendizagem do Ensino a Distância no Exército Português

6.7 Síntese conclusiva e resposta à QD3 ....................................................................... 36

7. Oportunidades de melhoria em matéria de práticas de avaliação da aprendizagem do


EaD no EP. ...................................................................................................................... 37

7.1 Competências digitais .............................................................................................. 37


7.2 Plataformas de Gestão da Aprendizagem ................................................................ 37
7.3 Práticas de avaliação da aprendizagem online ......................................................... 38
7.4 Outros contributos ................................................................................................... 39
7.5 Resposta à QC.......................................................................................................... 39

8. Conclusões ...................................................................................................................... 40
Referências bibliográficas ................................................................................................... 46

Índice de Anexos
Anexo A - Mapa concetual sobre as caraterísticas de um SGA ............................... Anx. A-1
Anexo B - Taxonomia da avaliação no EaD ............................................................ Anx. B-1
Anexo C - Práticas Avaliativas ................................................................................. Anx. C-1
Anexo D - Projeto GNOSS:Formação de competências digitais FFAA espanholas Anx. D-1
Anexo E - Modelo de qualidade e-learning das FFAA espanholas. ........................ Anx. E-1

Índice de Apêndices
Apêndice A - Glossário de termos ............................................................................ Apd. A-1
Apêndice B - Instrumentos normativos do EaD ....................................................... Apd. B-1
Apêndice C - Modelo de Análise ............................................................................. Apd. C-1
Apêndice D - Participantes na investigação ............................................................. Apd. D-1
Apêndice E - Guião de perguntas utilizadas nas entrevistas semiestruturadas ........ Apd. E-1
Apêndice F - Análise de entrevistas .......................................................................... Apd. F-1
Apêndice G - Entrevista – Coronel de Artilharia Perdigão ...................................... Apd. G-1
Apêndice H - Entrevista – Coronel de Transmissões Ferreira ................................. Apd. H-1
Apêndice I - Análise da QD2 .....................................................................................Apd. I-1

Índice de Figuras
Figura 1 - Ciclo de aprendizagem de Kolb ............................................................................ 4
Figura 2 - Estratégias de mudança do processo de aprendizagem ........................................ 6

v
Processo de aprendizagem do Ensino a Distância no Exército Português

Figura 3 - Tecnologias promotoras da aprendizagem ........................................................... 7


Figura 4 - PGA mais utilizadas a nível académico................................................................ 7
Figura 5 - Ferramentas comunicacionais ............................................................................... 8
Figura 6 - Práticas de avaliação da aprendizagem em AVA ............................................... 10
Figura 7 - Mapa de interações num curso de EaD ............................................................... 11
Figura 8 - Instrumentos de avaliação da aprendizagem online ........................................... 12
Figura 9 - Componentes do SIE e atividades transversais................................................... 13
Figura 10 - Modelo da ASI .................................................................................................. 14
Figura 11 - Áreas e âmbito do DigCompEdu ...................................................................... 19
Figura 12 - Atividades e recursos da plataforma de EaD do EP ......................................... 24
Figura 13 - Sistema de formação profissional da Marinha.................................................. 27
Figura 14 - Organograma do CEADEx ............................................................................... 29
Figura 15 - Princípios da Educação 4.0 ............................................................................... 30
Figura 16 - Ferramentas associadas ao EBAula .................................................................. 30
Figura 17 - Estrutura do EaD do ET .................................................................................... 31
Figura 18 - Estrutura do CVCDEF ...................................................................................... 31
Figura 19 - Modelo de formação de competências digitais do ET ...................................... 32
Figura 20 - Unidades curriculares dos cursos EVA e CPRM.............................................. 33
Figura 21 - Considerações de Llorente sobre o EaD no ET ................................................ 34
Figura 22 - Ciclo da qualidade e-learning ........................................................................... 35
Figura 23 - Mapa concetual sobre as características de um SGA ............................ Anx. A-1
Figura 24 - Taxonomia da avialiação no EaD .......................................................... Anx. B-1
Figura 25 - Projeto GNOSS Formação de competências digitais FFAA espanholas Anx.D-1
Figura 26 - Modelo de qualidade e-learning das FFAA espanholas ........................ Anx. E-1

Índice de Quadros
Quadro 1 - Conceções das teorias de aprendizagem ............................................................. 5
Quadro 2 - Funções de avaliação de Bloom, Hastings e Madaus (1971) .............................. 8
Quadro 3 - Práticas de avaliação da aprendizagem em EaD ............................................... 10
Quadro 4 - Análise de conteúdo categorial ......................................................................... 17
Quadro 5 - Modelo de Análise ................................................................................. Apd. C-1
Quadro 6 - Identificação das entidades entrevistadas............................................... Apd. D-1
Quadro 7 - Análise categorial das entrevistas. .......................................................... Apd. F-1

vi
Processo de aprendizagem do Ensino a Distância no Exército Português

Quadro 8 - Práticas de avaliação da aprendizagem nos cursos de EaD no EP. ..........Apd. I-1

Índice de Tabelas
Tabela 1 - Análise das práticas de avaliação da aprendizagem do EaD no EP ................... 23
Tabela 2 - Práticas de avaliação da aprendizagem do EaD em instituições congéneres ..... 36
Tabela 3 - Práticas Avaliativas ................................................................................. Anx. C-1
Tabela 4 - Glossário de termos ................................................................................. Apd. A-1
Tabela 5 - Normativos nacionais - regulação da formação em e-learning ............... Apd. B-1
Tabela 6 - Guião de perguntas para entrevistas ........................................................ Apd. E-1
Tabela 7 - Análise da entrevista do Coronel de Artilharia Perdigão ........................ Apd. G-1
Tabela 8 - Análise da entrevista do Coronel de Transmissões Ferreira ................... Apd. H-1

vii
Processo de aprendizagem do Ensino a Distância no Exército Português

Resumo
Os avanços no domínio dos sistemas tecnológicos estabeleceram novos paradigmas na
área do ensino e da formação, possibilitando a configuração de ambientes virtuais de
aprendizagem, com funcionalidades de integração pedagógica, permanentemente acessíveis
a todos os participantes no processo de ensino e aprendizagem.
Esta investigação tem como objeto de estudo a avaliação da aprendizagem no Ensino
a Distância, constituindo-se o objetivo geral, em propor contributos para otimizar as práticas
de avaliação da aprendizagem do Ensino a Distância no Exército Português.
A variante do método científico empregue foi o raciocínio indutivo, assente numa
estratégia qualitativa e num desenho de pesquisa de estudo de caso. Participaram neste
estudo a Marinha, a Força Aérea, o Exército Brasileiro, o Ejército de Tierra espanhol, a
TecMinho e o Instituto de Emprego e Formação Profissional.
Da análise realizada, identificou-se que há uma insuficiência de práticas de avaliação
da aprendizagem online no Exército português. Concluiu-se que é possível otimizar essas
práticas através de três melhorias, que traduzidas em propostas resultam, em ministrar o
curso de e-formador a todos os intervenientes nas atividades de Ensino a Distância, adquirir
novas ferramentas associadas ao MOODLE e adotar um modelo de avaliação da
aprendizagem no Ensino a Distância.

Palavras-chave:
Processo de aprendizagem, Práticas de avaliação, Ensino a Distância, Exército
Português.

viii
Processo de aprendizagem do Ensino a Distância no Exército Português

Abstract
The technological advances have established new paradigms regarding education and
training, enabling the existence of virtual learning environments, with pedagogical
integration functionalities, permanently accessible to all participants in the teaching and
learning process.
This research intends to evaluate the possible optimization of the learning assessment
practices of Distance Learning and Training in the Portuguese Army.
The scientific method employed in this research is the inductive reasoning, based on a
qualitative strategy and a case study research design. The Portuguese Navy, Portuguese Air
Force, Brazilian Army, the Spanish Army, TecMinho and the Portuguese Institute of
Employment and Professional Training participated in this study.
From the analysis carried out, it was identified that there is a lack of online learning
assessment practices in the Portuguese Army.It was concluded that it is possible to optimise
the online learning evaluation practices in the Portuguese Army through three
improvements, which were translated into proposals that are to provide the e-training course
to all human resources engaged in Distance Learning and Training activities, to acquire
new tools associated to MOODLE and to adopt a model of learning evaluation in Distance
Learning and Training.

Keywords:
Learning process, Assessment practices, Distance Learning, Portuguese Army.

ix
Processo de aprendizagem do Ensino a Distância no Exército Português

Lista de abreviaturas, siglas e acrónimos


A
ADDIE Analysis, Design, Development, Implementation, Evaluation
ASI Abordagem Sistémica da Instrução
AVA Ambientes Virtuais de Aprendizagem

C
CCPE Certificado de Competências Pedagógicas de Especialização
CEADEx Centro de Educação a Distância do Exército
CFPIF Curso de Formação Profissional Inicial de Formadores
CII Curso Introdutório às Informações
CMEq-Grau I Curso de Monitor de Equitação - Grau I
COVID19 Corona Vírus 2019
CPRM Curso de Produção de Recursos Multimédia
CPSA Curso de Promoção a Sargento-Ajudante
CPSCh Curso de Promoção a Sargento-Chefe
CVCDEF Campus Virtual Corporativo de la Defensa

D
DigCompEdu Quadro Europeu da Competência Digital de Educadores
DF Direção de Formação

E
EA Escola das Armas
EaD Ensino a Distância
EB Exército Brasileiro
EP Exército Português
ES Escola dos Serviços
ESE Escola de Sargentos do Exército
ET Ejército de Tierra
EVA Entornos Virtuales de Aprendizaje

x
Processo de aprendizagem do Ensino a Distância no Exército Português

F
FFAA Forças Armadas
FA Força Aérea

H
H5P HTML5 Package

I
IEFP Instituto de Emprego e Formação Profissional

M
MD Manual Didático
MOODLE Modular Object-Oriented Dynamic Learning Environment

N
OTAN Organização do Tratado Atlântico Norte

O
OE Objetivos Específicos
OG Objetivo Geral

P
PF Polos de Formação
PGA Plataforma(s) de Gestão da Aprendizagem

Q
QC Questão Central
QD Questão Derivada

R
RC Referencial de Curso
RH Recursos Humanos

xi
Processo de aprendizagem do Ensino a Distância no Exército Português

S
SFE Sistema de Formação do Exército
SGA Sistema de Gestão da Aprendizagem
SIE Sistema de Instrução do Exército

T
TIC Tecnologias de Informação e Comunicação

U
UF Unidades Formadora(s)

xii
Processo de aprendizagem do Ensino a Distância no Exército Português

1. Introdução
As inovações disruptivas, associadas às Tecnologias da Informação e Comunicação
(TIC) e à digitalização, têm imposto transformações sociais e económicas em todo o mundo.
Os progressos no domínio dos sistemas tecnológicos estabeleceram novas referências na
área do ensino e da formação, possibilitando a configuração de Ambientes Virtuais de
Aprendizagem (AVA), com funções de integração pedagógica, continuadamente acessíveis
a todos os intervenientes no processo de ensino e aprendizagem, em especial aos formadores
e aos formandos (Portaria n.o 359/2019, 2019, p. 17).
O Ensino a Distância (EaD)1, é uma modalidade de ensino “[…] sustentada em novas
abordagens pedagógicas nos modos de ensinar e aprender, bem como em inovações ao nível
da organização e gestão curricular, que atendam às necessidades específicas dos seus
destinatários e aos contextos particulares em que se encontram.” (Portaria n.o 359/2019,
2019, p. 17).
Apesar de existirem ainda algumas resistências no âmbito da docência e da
credibilidade da avaliação, é cada vez maior a oferta formativa no EaD. Com a pandemia do
Corona Vírus 2019 (COVID 19), foi possível assistir a um “boom” na utilização desta
modalidade, tendo sido considerada como a “Tempestade Perfeita”, que forçou as
instituições de ensino e formação a adaptarem-se, de forma muito breve, num contexto de
renovação no âmbito da adoção de modalidades de ensino e aprendizagem (Neves, 2021).
Percebe-se, consequentemente que, agora mais do que nunca, o EaD tem um grande
potencial no processo de aprendizagem contínuo (Isaac, 2020).
Neste novo paradigma, emergem novas formas de aprender, são exigidas novas
competências e surgem novas estratégias de resposta a um novo contexto de aprendizagem.
A avaliação, enquanto elemento do processo de aprendizagem, é um aspeto complexo que
não encontra unanimidade entre os especialistas aquando do debate deste conceito. Contudo,
existe a consciência que atingir o consenso na “avaliação em EaD” é um enorme desafio.
Para se atingir uma análise coerente com a complexidade do tema é necessário compreender
que planeamento, aprendizagens, métodos, técnicas, instrumentos e dispositivos devem estar
alinhados, para que “[…] o processo de procura de novos conhecimentos se concretize de
forma coletiva e, ao mesmo tempo, autónoma por parte dos sujeitos envolvidos.” (Santos &
Lima, 2019, p. 75).

1
O termo EaD será utilizado ao longo do trabalho em sentido lato, abrangendo o ensino e a formação.

1
Processo de aprendizagem do Ensino a Distância no Exército Português

No ensino presencial, a compreensão da função da avaliação remete para questões


como: o que avaliar? Como e porque avaliar? Que instrumentos utilizar? Só respondendo a
estas e outras questões, com o recurso a mecanismos de avaliação que permitam visualizar
os resultados alcançados, é que se consegue garantir a qualidade da formação e do processo
avaliativo. Pela especificidade do EaD, à semelhança do que se passa no ensino presencial,
as questões, sendo as mesmas, têm de considerar a utilização de técnicas, procedimentos e
instrumentos de avaliação.
O Exército Português (EP), enquanto entidade formadora certificada, pretende
acompanhar a evolução do processo de ensino e aprendizagem como forma de garantia
contínua da qualidade da sua formação. Neste sentido, esta investigação tem como objeto de
estudo a avaliação da aprendizagem no EaD, sendo o Objetivo Geral (OG) Propor
contributos para otimizar as práticas de avaliação da aprendizagem do EaD no EP.
Este estudo está delimitado nos seguintes domínios (Santos & Lima, 2019):
– Concetualmente, a investigação está delimitada a três conceitos estruturantes:
processo de aprendizagem, avaliação e EaD.
– Temporalmente, desde 2010, data de implementação do EaD no EP, até à
atualidade.
– Espacialmente, o trabalho foca-se na avaliação da aprendizagem dos cursos de
formação contínua do EP, observando os restantes Ramos das Forças Armadas
(FFAA), as instituições estrangeiras como o Exército Brasileiro (EB) através do
Centro de Educação a Distância do Exército (CEADEx), o Ejército de Tierra (ET)
espanhol e instituições nacionais como a TecMinho enquanto interface da
Universidade do Minho e o Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP).
Por forma a cumprir com o OG foram definidos três Objetivos Específicos (OE):
OE1: Analisar a influência das competências digitais dos formadores na avaliação da
aprendizagem do EaD.
OE2: Analisar as práticas de avaliação da aprendizagem do EaD no EP.
OE3: Analisar as práticas de avaliação da aprendizagem do EaD em instituições
congéneres.
A resposta à problemática desta investigação, foi materializada na seguinte Questão
Central (QC): Como otimizar as práticas de avaliação da aprendizagem do EaD no EP?
A partir da QC identificaram-se três Questões Derivadas (QD):

2
Processo de aprendizagem do Ensino a Distância no Exército Português

QD1: Qual a influência das competências digitais dos formadores na avaliação da


aprendizagem do EaD?
QD2: Como é feita a avaliação da aprendizagem nos cursos de EaD no EP?
QD3: Como é feita a avaliação da aprendizagem do EaD em instituições congéneres?
O trabalho enquadra-se no formato escolar, estando organizado em oito capítulos. O
primeiro capítulo coincide com a presente introdução. O segundo capítulo, encaixa o
enquadramento teórico através da descrição do estado da arte relativo à avaliação do
processo de aprendizagem em EaD. O terceiro capítulo, corresponde à descrição da
metodologia utilizada, descrevendo-se o raciocínio e estratégia adotada na investigação, o
desenho de pesquisa e o método do trabalho, explanando os instrumentos de recolha e as
técnicas de tratamento de dados. O quarto capítulo apresenta os dados relativos à importância
das competências digitais do formador no processo de aprendizagem do EaD. O quinto e o
sexto capítulos ocupam-se da análise das práticas de avaliação da aprendizagem no EaD
executadas pelo EP e por instituições congéneres. O sétimo capítulo dedica-se à resposta à
QC avaliando as possibilidades de otimizar as práticas de avaliação da aprendizagem do EaD
no EP. No oitavo e último capítulo, são abordadas as conclusões da investigação e os
contributos para o conhecimento, mencionando-se os estudos adicionais com os quais esta
investigação se relaciona.

3
Processo de aprendizagem do Ensino a Distância no Exército Português

2. Enquadramento teórico e concetual


Este capítulo tem por objetivo expor o estado da arte, à luz dos conceitos estruturantes
e apresentar o modelo de análise. Dadas as especificidades técnicas da temática, é
apresentado no Apêndice A um glossário de termos.
2.1 Estado da arte
2.1.1 Processo de aprendizagem em AVA
Segundo Pascoal (2022), o ciclo de aprendizagem de Kolb (Figura 1) constituído por
quatro estágios (sentir, observar, pensar e fazer), descreve o processo de aprendizagem do
formando.

Figura 1 – Ciclo de aprendizagem de Kolb


Fonte: Adaptado de Pascoal (2022).

De acordo com este processo, o autor apresenta o conceito de aprendizagem como a


“Automatização de procedimentos e construção, revisão, e substituição de Esquemas
Mentais.” (Pascoal, 2022).
Apesar desta definição, existem muitas outras abordagens ao conceito de
aprendizagem, devendo-se ao facto da mesma ser caraterizada por diferentes teorias de
aprendizagem, tais como: o behaviorismo, o cognitivismo e o construtivismo. Lima e
Capitão (2003, p. 82), analisam as diferentes teorias, quanto ao conhecimento, à
aprendizagem e ao foco pedagógico (cfr. Quadro 1).

4
Processo de aprendizagem do Ensino a Distância no Exército Português

Quadro 1 - Conceções das teorias de aprendizagem


Behaviorismo Cognitivismo Construtivismo
• Absoluto • Absoluto • Relativo e falível
Conhecimento
• Transmissível • Transmissível • Construção pessoal
• Ajustamento dos nossos
• Respostas a fatores • Respostas simbólica na
modelos mentais à
externos existentes no mente humana da
acomodação de novas
meio ambiente realidade exterior
experiências
Aprendizagem • Mente como uma caixa • Mente como processador
• Mente como processador
preta de informação
de informação
• Realidade exterior • Realidade exterior
• Realidade exterior
convergente convergente
convergente
Foco • Aplicar estímulos e • Manipular o processo • Fomentar e orientar o
Pedagógico reforços adequados mental do aluno processo mental do aluno
Fonte: Disponível em Lima e Capitão (2003, p. 82).

Desta análise, salientam os seguintes fundamentos (Lima & Capitão, 2003):


- Na teoria behaviorista, a aprendizagem incide na aplicação de estímulos e reforços
adequados;
- Na teoria cognitivista, o foco pedagógico incide na manipulação do processo mental
que o formando deve seguir;
- Na teoria construtivista, o conhecimento é uma construção pessoal que se realiza
através do processo de aprendizagem, em que cada formando compreende a realidade
exterior tendo por base a sua experiência pessoal.
O atual modelo de ensino e aprendizagem assenta na teoria do construtivismo.
O objetivo é preparar os jovens para as competências exigidas pela sociedade da
informação e do conhecimento, tais como: trabalho em equipa, saber selecionar,
pesquisar, relacionar entre si e sintetizar informação, espírito crítico e
capacidade de iniciativa na resolução dos problemas. (Lima & Capitão, 2003, p.
56).
Neste modelo pedagógico, o formador abandona o “papel de centro do saber” do
ensino tradicional e passa a ser um “agente facilitador da aprendizagem”, ensinando o
formando a atingir as competências exigidas pela sociedade das TIC. O formando, neste
paradigma, “[…] liberta-se da passividade das práticas de aprendizagem convencionais e
assume o papel de edificador do seu próprio conhecimento.” (Lima & Capitão, 2003, p. 57).
É nesta sociedade da tecnologia e da digitalização, onde são exigidas novas competências,
que emergem novas formas de aprender. Assim, surge a necessidade de se estabelecerem
estratégias para fazer face a um novo contexto de aprendizagem gerido através de ambientes
virtuais.

5
Processo de aprendizagem do Ensino a Distância no Exército Português

De acordo com Sousa e Costa (2015), da necessidade de estipular novas estratégias,


para colocar o indivíduo no centro do processo de aprendizagem, identificam-se os seguintes
passos (vide Figura 2):

Figura 2 – Estratégias de mudança do processo de aprendizagem


Fonte: Adaptado a partir de Sousa e Costa (2015).

Para concretizar estes passos, Sousa e Costa (2015) definem três estratégias de
aprendizagem:
 Estratégia aberta: o formador concebe os conteúdos e orienta a aprendizagem;
 Estratégia construtivista: o formador assume o papel de parceiro, interlocutor e
mentor do formando;
 Estratégia interativa: o formador assume o papel de facilitador e observador.
Perante estas estratégias, existe a necessidade de adaptação aos contextos e ambientes
de aprendizagem, principalmente no que concerne à avaliação, ao reconhecimento, à
certificação e à validação de competências, aos percursos de aprendizagem e às plataformas
de aprendizagem. Aprender nestes contextos e ambientes de aprendizagem significa portanto
comunicar, colaborar, discutir, mudar e conectar (Sousa & Costa, 2015).
Estes AVA, sustentados em tecnologias digitais, exigem uma série de ferramentas que
promovem a aprendizagem digital, tal como mostra a Figura 3.

6
Processo de aprendizagem do Ensino a Distância no Exército Português

Figura 3 – Tecnologias promotoras da aprendizagem


Fonte: Adaptado a partir de Sousa e Costa (2015).

Os Sistemas de Gestão Aprendizagem (SGA) são plataformas web (Plataformas de


Gestão da Aprendizagem – PGA) “[…] que permitem a gestão2 de processos de
aprendizagem, na perspetiva, técnica, administrativa/gestão e pedagógica/ educacional, com
recurso aos mecanismos básicos de comunicação.” (Pimenta e Baptista, 2004, cit. por
Ferreira, 2012, p. 18). De resto, segundo Pimenta e Baptista (2004, cit. por Ferreira, 2012,
p. 18), existe uma panóplia muito alargada de PGA, que são de ampla divulgação e utilização
a nível académico, nomeadamente, o conhecido Modular Object-Oriented Dynamic
Learning Environment (MOODLE) (cfr. Figura 4).

Figura 4 – PGA mais utilizadas a nível académico


Fonte: Adaptado a partir de Ferreira (op. cit.).

O EaD enquadra-se neste processo de aprendizagem, tendo como atributos identitários

“[…] a centralidade dos ambientes online e das tecnologias digitais na mediação


do processo de ensino/aprendizagem; […] a existência de um tempo de
formação/ aprendizagem a distância, que pode, ou não, ser combinado com uma

2
Ver Anexo A – Mapa concetual sobre as características de um SGA.

7
Processo de aprendizagem do Ensino a Distância no Exército Português

componente presencial em sala de aula (b-learning); […] a interação entre


formandos, e destes com as pessoas responsáveis por acompanhar o processo de
ensino/ aprendizagem […]”. (Dias et al., 2014, p. 15)

Nesta perspetiva, Ferreira (2020, p.77) sublinha que o uso de ferramentas


comunicacionais (vide Figura 5), por si só, não significa EaD. A “aprendizagem só ocorre
se existir uma abordagem pedagógica, vertida em práticas didáticas, que permita que o
formando possa aprender de forma interativa com todos os intervenientes, formadores,
formandos e dando significado aos conteúdos de aprendizagem.” (Ferreira, 2020, p. 77).

Figura 5 – Ferramentas comunicacionais

2.1.2 Avaliação da aprendizagem no EaD


A avaliação, enquanto parte integrante do processo de aprendizagem, é um assunto
complexo. Para Menezes (2004, p. 55), o conceito de avaliação é provavelmente o maior
“calcanhar de Aquiles” para qualquer sistema de formação. Bloom, Hastings e Madaus
(1971, cit. por Baptista et al., op. cit.) sugeriram três funções para a avaliação: diagnóstica,
formativa e sumativa, conforme se pode observar na Quadro 2.
Quadro 2 - Funções de avaliação de Bloom, Hastings e Madaus (1971)
Funções Designação
• Avaliação inicial
Diagnóstica • Rastreio do nível de conhecimentos de um aluno em determinado momento
• Permite definir estratégias de atuação
• Avaliação contínua (ocorre durante todo o processo de aprendizagem)
• Promove a autonomia do aluno /formando, ajuda-o a aprender a desenvolver-se
• Contribui para a manutenção de um nível adequado de motivação
Formativa • Recolha sistemática de evidências que determinam as mudanças que ocorrem no
conhecimento dos alunos
• No EaD grande parte da avaliação é realizada através de esclarecimentos e observações que
o tutor faz
• Avaliação no final do curso
• Tem como objetivo classificar o aluno
Sumativa
• Tem a mesma importância no ensino presencial e em EaD (podendo ser utilizados os
mesmos instrumentos)
Fonte: Adaptado a partir de Baptista et al. (2008, pp. 158-163).

8
Processo de aprendizagem do Ensino a Distância no Exército Português

Perante o paradigma de aprendizagem elencado no subcapítulo anterior, uma das


preocupações em contextos de AVA está relacionada com a avaliação. Segundo Baptista et
al. (2008), aquilo que se observa com maior frequência é a transposição, dos modelos de
avaliação da aprendizagem presencial para as PGA. No entanto, a avaliação online das
aprendizagens “[…] é um exercício complexo que requer acesso a novos instrumentos e
técnicas próprias, os quais devem ter em conta não só a necessidade de validação de
conhecimentos como a autenticidade da autoria.” (Baptista et al., 2008, p. 158).
Por outro lado, na ótica de Pimentel e Carvalho (2021), a avaliação depende de uma
série de fatores, designadamente os formadores, que, por pressupostos teórico-
epistemológicos distintos, repertório e preferências, utilizam mecanismos diversos para a
realização do processo avaliativo. Outro fator prende-se com as condicionantes: nível de
ensino, modalidade, regras institucionais, disciplina, entre outros. Fruto desta ambiguidade,
Pimentel e Carvalho (2021) elaboraram um modelo de avaliação (cfr. Figura 6), onde
marcam com as cores amarelas as práticas da avaliação da aprendizagem em AVA (ou
online), defendendo que esta deva:
 Realizar-se de modo contínuo para orientar o processo de aprendizagem
(avaliação formativa);
 Utilizar diferentes instrumentos de avaliação;
 Realizar-se pelo formador, mas também pelos pares (avaliação colaborativa
ou avaliação por pares) e pelo próprio formando (autoavaliação);
 Avaliar o que foi apreendido em termos de conteúdos, mas também outros
aspetos importantes para a formação, como o saber-fazer, o pensamento
crítico-criativo, a participação-colaboração e a comunicação;
 Realizar-se com apoio das tecnologias digitais em rede, principalmente num
AVA. (Pimentel & Carvalho, 2021)

9
Processo de aprendizagem do Ensino a Distância no Exército Português

Figura 6 – Práticas de avaliação da aprendizagem em AVA


Fonte: Adaptado a partir de Pimentel e Carvalho (2021).

No Quadro 3 é possível observar as demais perspetivas sobre as práticas de avaliação


da aprendizagem online3, nas quais os autores patrocinam a avaliação formativa de Pimentel
e Carvalho, sugerindo ainda outras práticas avaliativas. Adicionalmente, destacam o
feedback que consideram alcançar uma dimensão irrefutável, na medida em que cria
condições para a melhoria do processo de construção de competências dos formandos,
potenciando a avaliação formativa (Garcia, 2013, p. 85).
Quadro 3 - Práticas de avaliação da aprendizagem em EaD
Tipo de avaliação Práticas avaliativas

• A avaliação formativa, deve ser • Diários


considerada como uma prática • Fóruns (atividades assíncronas)
educativa • Chat e conferência (atividades síncronas)
Baptista et al • E- portefólios
• É contextualizada, flexível, interativa e
(2008) • Blogues e wikis
presente ao longo de todo o processo de
ensino e aprendizagem promovendo a • Portefólios e reflexões críticas
autonomia do aluno • Feedback

• Chat (Texto dialogado)


• A avaliação da aprendizagem é
• Wiki (Hipertexto coletivo)
essencial para o aprimoramento da
• Fórum (E-portefólio, história do aluno,
gestão do conhecimento, seja por parte
Garcia (2013) estudo de caso)
do avaliador, do avaliado e da
• Recursos (Biblioteca virtual)
instituição, se for pensada à luz da
• Trabalho de conclusão de curso
avaliação formativa
• Autoavaliação
• Feedback

3
Ver Anexo C – Práticas avaliativas onde Garcia (2013, p. 122) apresenta algumas sugestões de práticas
avaliativas, envolvendo uma breve descrição sobre possíveis dispositivos mediáticos no ambiente MOODLE.

10
Processo de aprendizagem do Ensino a Distância no Exército Português

• Diários
• A avaliação formativa, especialmente
• Trabalhos em grupo
em cursos online, revela-se
Conrad e • Projetos
fundamental para acompanhar e
Openo (2019) • E- portefólios
orientar o aluno no seu processo de
• Avaliação por pares
aprendizagem
• Autoavaliação
• Feedback
Fonte: Adaptado a partir de Baptista et al. (2008), Conrad e Openo (2019) e Garcia (2013).

Uma condicionante nesta avaliação da aprendizagem é a interação dos intervenientes


pois, como refere Mason (1998, cit. por Dias et al., 2014, p. 16), é ao formador que cabe a
responsabilidade de promover, estimular, orientar e apoiar as interações4 que ocorrem no
processo de formação. A Figura 7 materializa todas as interações no processo de
aprendizagem, tendo como referência a utilização da plataforma MOODLE num curso em
EaD (Garcia, 2013, p. 90), e resume as considerações feitas sobre o processo de
aprendizagem onde a avaliação se destaca.

Figura 7 – Mapa de interações num curso de EaD


Fonte: Adaptado de Garcia (2013, p. 90).
Concomitantemente, Pimentel e Carvalho (2021) sugerem um conjunto de 10
princípios sobre as práticas de avaliação da aprendizagem em AVA, que servem como base
para operacionalizar a avaliação formativa, designadamente:
- Utilizar múltiplos instrumentos de avaliação (cfr. Figura 8);

4
Nas dimensões entre formando e formador, entre formando e conteúdos e entre formandos.

11
Processo de aprendizagem do Ensino a Distância no Exército Português

Figura 8 – Instrumentos de avaliação da aprendizagem online


Fonte: Disponível em Pimentel e Carvalho (2021).

 Valorizar a atitude de envolvimento no processo – em vez dos resultados;


 Negociar os instrumentos de avaliação - em vez de os impor;
 Definir critérios de avaliação e rúbricas - em vez de atribuir apenas uma nota;
 Promover a avaliação colaborativa;
 Promover a autoavaliação;
 Avaliar continuamente, em todas as aulas;
 Efetivar uma avaliação formativa (em vez de sumativa);
 Evitar a avaliação através de testes;
 Flexibilizar e personalizar a atribuição de notas (em vez de elaborar um método
único e rígido para todos).
2.1.3 Ensino a Distância no EP
O EaD5 é definido como um modelo de ensino/formação que ocorre sem a presença
física de um formador, ou seja, formador e formando desenvolvem as suas atividades em
locais e tempos diferentes (atividades assíncronas) e em tempos iguais (atividades
síncronas), sendo a transmissão de conteúdos educativos efetuada através da utilização de
meios técnicos de comunicação (EP, 2020a, p. 6-1).
O EaD no EP é uma atividade transversal às componentes do Sistema de Instrução do
Exército (SIE), conforme ilustra a Figura 9.

5
Ver Apêndice B – Instrumentos normativos do EaD.

12
Processo de aprendizagem do Ensino a Distância no Exército Português

Figura 9 – Componentes do SIE e atividades transversais


Fonte: Adaptado a partir de EP (2020a).

Em termos temporais, o ano 2010 é o marco do EaD no EP, em que S. Exa. o General
Chefe de Estado-Maior do Exército, em agosto de 2010, determina a execução da fase
experimental de implementação do “e-learning” no projeto de ensino e formação do
Exército. As principais orientações incidiram em implementar, monitorizar, avaliar e rever
um curso piloto de e-learning para e-formadores e contemplar o acesso à plataforma de
gestão MOODLE. Em junho de 2014, foram definidos procedimentos e orientações
especificas para a implementação, desenvolvimento e a sustentação do EaD
preferencialmente no sistema e/b-learning (Bento et al., 2019, p. 27). Já em julho de 2015,
foram difundidas as orientações para a consolidação do EaD no âmbito do ensino e da
formação e o estabelecimento de uma estrutura de coordenação e gestão do sistema de e-
learning, atualmente designada de Repartição de EaD, na orgânica da Direção de Formação
(DF) (Bento et al., 2019, p. 27).
Esta Repartição de EaD tem como competências: estudar, desenvolver e propor linhas
concetuais e orientadoras da aplicabilidade e implementar soluções e-learning no Exército;
efetuar a gestão de cursos em e/b-learning; apoiar as entidades de formação na conceção de
cursos em formato b/e-learning e fazer a integração desses cursos no SGA (EP, 2020a).
Em termos de organização, aos formadores são determinados alguns pré-requisitos,
tais como, preferencialmente ser detentor do curso e-learning para e-formadores e possuir o
Curso de Formação Pedagógica Inicial de Formadores (CFPIF). Já os formandos, entre
outros requisitos, devem possuir competências fundamentais para uma utilização eficaz e
eficiente das principais aplicações informáticas para computadores (office e internet).
Relativamente à PGA, é utilizada o MOODLE que é acessível de forma segura via internet
e intranet do Exército. No que aos critérios pedagógicos diz respeito evidencia-se que os

13
Processo de aprendizagem do Ensino a Distância no Exército Português

objetivos de aprendizagem recaem no nível de conhecimento e do nível compreensão. Por


sua vez, de acordo com o EP (2020a), o modelo para a construção de cursos em EaD a
implementar é a Abordagem Sistémica da Instrução (ASI) (vide Figura 10), assente nos
seguintes passos: Analysis, Design, Development, Implementation, Evaluation (ADDIE).

Figura 10 – Modelo da ASI


Fonte: Disponível em EP (2014, p. 1-10).

Em 12 anos de EaD no EP, Perdigão (entrevista por e-mail, 22 de abril de 2022), refere
que o balanço poderia ser mais positivo, “[…] fruto das idiossincrasias e especificidades da
instituição, esta sempre pugnou por uma aprendizagem presencial, independentemente da
relação custo-eficácia. Atualmente o EP dispõe de 18 cursos a decorrer no regime de
aprendizagem b-learning e 10 cursos no regime de formação e-learning, valores com
tendência a aumentar”. (Perdigão, op. cit.).
Silveira (2021) e Perdigão (op. cit.) referem que o EaD no EP assumiu uma maior
importância desde a pandemia da COVID-19. Desde então, tem havido uma maior
consciencialização da potencialidade desta modalidade de formação. Numa perspetiva de
melhoria futura, e no sentido de
[…] preservar os nossos recursos humanos para atividades fulcrais, de minimizar
os custos (materiais e financeiros) afetos à formação/ensino e de potenciar aquilo
que se tem aprendido em outras organizações/instituições, há que revisitar o
assunto do EaD e potenciar a sua implementação no maior número de ações
formativas em que tal seja possível. (Perdigão, op. cit.).
Acrescenta ainda que é importante que a mentalidade dos
Comandantes/Diretores/Chefes acompanhe este processo de mudança pois tem-se verificado

14
Processo de aprendizagem do Ensino a Distância no Exército Português

nos últimos anos, em que o crescendo de oferta formativa a distância é evidente, que as
atividades operacionais de vida diária se sobrepõem às atividades formativas a distância,
condicionando significativamente as aprendizagens (Perdigão, op. cit.). É necessário
analisar o processo de formação e a sua avaliação, pois neste campo o cenário é exigente,
desde logo pelo domínio das TIC. Mas a grande preocupação é o formando e nesta
modalidade de ensino, mais do que nunca, é necessário envolvê-lo e integrá-lo para que a
distância deixe de ser um obstáculo (Silveira, 2021).
2.2 O Modelo de análise
Este subcapítulo tem por objetivo apresentar o modelo de análise (Apêndice C)
desenvolvido para esta investigação.

15
Processo de aprendizagem do Ensino a Distância no Exército Português

3. Metodologia e método
Segundo Santos e Lima (2019), “[…] a sistematização dos dados, a credibilidade dos
resultados e a aceitabilidade pela comunidade científica são algumas das vantagens do
método científico na elaboração de uma de investigação.”. Este capítulo tem por objetivo
apresentar a metodologia e o método empregue neste estudo.
3.1 Metodologia
A investigação realizada enquadra-se numa forma de investigação aplicada, pois
pretendeu-se encontrar uma aplicação prática para o objeto de estudo. Para tal, seguiu-se
uma visão ontológica construtivista, considerando que os fenómenos sociais estão em
constante revisão. A variante do método científico utilizado foi o raciocínio indutivo, pois
procurou-se recolher dados através das várias fontes, quer por análise documental, quer por
entrevistas associando um constante pensamento crítico que foi empregue em todo o
percurso metodológico.
As técnicas de recolha de dados assentam numa estratégia de investigação qualitativa,
em que se pretendeu alcançar um entendimento mais profundo e subjetivo sobre o processo
de aprendizagem do EaD e particularizar para o objeto de estudo, através de uma análise de
conteúdo do significado atribuído pelos participantes.
O desenho de pesquisa empregue, foi o estudo de caso recorrendo a várias instituições
congéneres ao EP, de modo a recolher propostas de melhoria das práticas de avaliação do
EaD.
3.2 Método
3.2.1 Participantes e procedimento
Participantes. Integraram esta investigação as Unidades Formadoras (UF) 6 da DF do
EP, quatro instituições congéneres militares, duas civis, o Diretor de Formação em suplência
e o Coronel Transmissões Ferreira, pelas razões que se apresentam em Apêndice D.
Procedimento. Como forma de garantir a participação de todos os intervenientes,
foram feitos contactos diretos com alguns dos participantes no seminário organizado pela
DF, do Comando do Pessoal do EP, no dia 23 de novembro de 2021, em Évora, subordinado
ao tema “O Ensino e Formação a Distância: Ensinamentos e Perspetivas Futuras”,
contactos por telefone ou por e-mail. Nos casos dos contactos via e-mail, foi de imediato
enviado o guião da entrevista (Apêndice E), solicitando uma resposta à entrevista. Depois

6
A DF tem na sua dependência três UF a Escola das Armas (EA) a Escola dos Serviços (ES) e a Escola de
Sargentos do Exército (ESE) (EP, 2020a).

16
Processo de aprendizagem do Ensino a Distância no Exército Português

de ser dado o consentimento na integração do estudo, as respostas surgiram por três vias: e-
mail, entrevista presencial e videoconferência (Apêndice D), embora, em alguns casos tenha
havido necessidade de esclarecimentos adicionais, também via e-mail.
3.2.2 Instrumentos de recolha de dados
A recolha, análise e tratamento de dados foi uma atividade que decorreu em duas fases:
a primeira fase (exploratória) e a segunda fase (analítica e conclusiva) (Normas de Execução
Permanente de Investigação n.º 001 (2020) e n.º 003 (2020)). Para tal, na primeira fase, os
instrumentos utilizados para a recolha de dados incidiram, na análise documental de artigos,
documentos, relatórios e trabalhos de investigação na área da avaliação do EaD, que se
materializam nos capítulos um e dois. Ainda na fase exploratória foi analisado o seminário
já mencionado, tendo sido importante para a investigação, sobretudo para estabelecer
contactos para as entrevistas e para o desenvolvimento do estudo.
Outro instrumento utilizado foram as entrevistas. Foram elaborados quatro guiões de
entrevistas semiestruturadas. Um para as UF da DF que contribuíram para a resposta à QD2.
O segundo guião foi elaborado para as instituições congéneres, sendo que a entrevista à
TecMinho e ao IEFP foram desenvolvidas via videoconferência. O terceiro guião de
entrevista para o Diretor em suplência da DF do EP e o quarto para o expert Coronel de
Transmissões Ferreira. Foram feitas duas perguntas adicionais para as instituições
congéneres que colaboraram para a análise ao OE 1.
3.2.3 Técnica de tratamento de dados
Foi seguida uma metodologia qualitativa da análise de conteúdo das entrevistas
semiestruturadas (Apêndice F, G e H), tendo-se seguido uma análise categorial (Santos &
Lima, 2019, p. 120), conforme exposto no Quadro 4 .
Quadro 4 - Análise de conteúdo categorial
Categorias Instituições/Entidades Extratos QD
Competências digitais 4, 5,8,9,10,11 e 12 1
Plataformas de gestão da aprendizagem 1 a 10 3
Práticas de avaliação da aprendizagem 1 a 10 2e3
Outros Contributos 1 a 12 1, 2 e 3

17
Processo de aprendizagem do Ensino a Distância no Exército Português

4. Importância das competências digitais dos formadores no processo de


aprendizagem no EaD
Decorrente do estado da arte e das múltiplas potencialidades dos AVA e das PGA,
pretende-se neste capítulo fazer uma análise da importância das competências digitais dos
formadores para poder explorar todas as ferramentas e instrumentos associados ao processo
de ensino e aprendizagem do EaD.
4.1 Competências digitais
Num processo de consciencialização relativo às competências digitais, o Quadro
Europeu de Competência Digital para Educadores (DigCompEdu) é o resultado de uma
investigação realizada pelo Joint Research Centre sobre learning and skills for the Digital
Era que teve início em 2005 com o intuito de
[…] fornecer apoio político com base em evidências à Comissão Europeia e aos
estados-membros para aproveitar o potencial das tecnologias digitais para inovar
práticas de ensino e formação, melhorar o acesso à aprendizagem ao longo da
vida e lidar com o aparecimento de novas competências (digitais) necessárias
para o emprego, desenvolvimento pessoal e inclusão social. (Lucas & Moreira,
2018, p. 7)
Neste sentido, o DigCompEdu propõe 22 competências elementares que estão
organizadas em seis áreas: envolvimento profissional; recursos digitais; ensino e
aprendizagem, avaliação, capacitação dos formadores7 e promoção da competência digital
dos formadores.

7
No contexto do DigCompEdu, o termo usado é “aprendente” e é usado para indicar qualquer pessoa envolvida
no processo de aprendizagem (Lucas & Moreira, 2018, p. 89). No estudo por questões de uniformização de
conceitos utiliza-se o termo formadores.

18
Processo de aprendizagem do Ensino a Distância no Exército Português

Figura 11 – Áreas e âmbito do DigCompEdu


Fonte: Disponível em Lucas e Moreira (2018, p. 15).

As competências digitais dos formadores, de acordo com a Figura 11, é abrangente às


seis áreas e são expressas “[…] pela sua capacidade para utilizar tecnologias digitais, não só
para melhorar o ensino, mas também para as interações profissionais com colegas,
aprendentes, […] e outras partes interessadas.” (Lucas & Moreira, 2018, p. 15). Para cada
uma destas áreas o DigCompEdu faz uma explicação dos contributos que as competências
digitais trazem para cada uma delas.
Relativamente à avaliação, o DigCompEdu adverte que quando se integram
tecnologias digitais no ensino e aprendizagem, os formadores devem ser capazes de perceber
como podem melhorar as estratégias de avaliação existentes e ao mesmo tempo compreender
como podem utilizar essas tecnologias a fim de criar ou facilitar abordagens inovadoras de
avaliação (Lucas & Moreira, 2018, p. 21). À competência “ usar tecnologias e estratégias
digitais para melhorar a avaliação”, estão associados três domínios, designadamente (Lucas
& Moreira, 2018, p. 21):
 Estratégias de avaliação, com recurso a tecnologias digitais para a avaliação
formativa e sumativa. Melhorar a heterogeneidade e adaptação das
configurações e condutas de avaliação;
 Análise de evidências, com a produção, a seleção, a analise crítica e a
interpretação de indicadores digitais relativos à atividade, conduta e evolução
do formando, de forma a transmitir o ensino e aprendizagem;
 Feedback e planificação, com recurso a tecnologias digitais para proporcionar
feedback adequado e orientado aos formandos. Apropriar estratégias de ensino

19
Processo de aprendizagem do Ensino a Distância no Exército Português

e fornecer apoio direcionado, de acordo com as evidências produzidas pelas


tecnologias digitais.
Em Portugal, a consciencialização do ambiente de transformação digital e das
necessidades das entidades formadoras, no que concerne à utilização do e-learning como
uma modalidade paralela à formação presencial, conduziu o IEFP a solicitar à TecMinho a
elaboração do referencial de Formação Pedagógica Contínua do Formador a Distância (e-
formador) tendo por base as competências do DigCompEdu (Matos, entrevista via Microsoft
Teams, 11 de fevereiro de 2022).
4.2 Influência das competências digitais dos formadores no processo de
aprendizagem
Até ao momento, o IEFP já atribuiu cerca de 4000 Certificados de Competências
Pedagógicas de Especialização (CCPE) de e-formador. Relativamente ao EP, constata-se
que em 12 anos de EaD e com 28 cursos a decorrer na modalidade de EaD, apenas foram
realizadas sete edições do curso de e-formador tendo-se formado 65 militares (Ferreira, op.
cit).
Destes, uma percentagem significativa diz respeito a militares em regime de
contrato que, entretanto, já passaram à reserva de disponibilidade. Se
adicionarmos a elevada mobilidade geográfica e funcional dos militares do
Exército, facilmente se compreende que apenas um número muito reduzido de
militares, inferior à dezena, está acometido a funções relacionadas com o EaD.
(Sousa Ferreira, op. cit.)
Face a este cenário, tendo em conta a importância das competências digitais no
processo de ensino e aprendizagem mencionadas anteriormente, foram questionadas as
instituições identificadas no Apêndice D, tendo-se verificado que de uma forma geral, todos
referem que as competências digitais do formador em cursos de EaD são essenciais, devendo
estes capacitar-se como e-formadores para poderem exercer adequadamente as suas funções.
“[…] quanto mais competentes forem digitalmente, mais familiar será o ambiente virtual e
mais agradável será a experiência de formação online.” (Llorente, entrevista por e-mail, 02
de fevereiro de 2022).
Perdigão (op. cit.) considera que é “[…] fundamental que os formadores disponham
do curso de e-formador e de e-conteúdos, ou outros cursos que versem competências nesta
área do conhecimento pois só desta forma, poderemos afinar e uniformizar conhecimentos
na produção de soluções formativas.”. Apesar da importância significativa dada às

20
Processo de aprendizagem do Ensino a Distância no Exército Português

competências digitais das entidades entrevistadas, em Portugal, só a TecMinho e a Marinha


exigem como pré-requisito o CCPE. O EP, a Força Aérea (FA) e até mesmo o IEFP, colocam
o CCPE como pré-requisito preferencial. O IEFP acrescenta que esta é uma decisão política
e por essa razão enquanto não estiver regulamentado nesse sentido não é possível fazer esse
tipo de exigências. Ressalva ainda que não estando autorizada a delegação funcional do
curso nas entidades formadoras certificadas, tal como acontece com o CFPIF, o que pode ser
feito ao nível do EP, para poder ministrar mais formação, é estabelecer um protocolo com o
IEFP nesse sentido (Lourenço, entrevista por Microsoft Teams, 23 de março de 2021).
No caso do ET, à semelhança do que acontece no EP, é obrigatório que todos os
formadores militares frequentem o curso de aptidão pedagógica (equivalente ao CFPIF). Já
os cursos de e-formador (Entornos Virtuales de Aprendizaje (EVA)) e o Curso de Produção
de Recursos Multimédia (CPRM) são apenas recomendados (Llorente, op. cit.).
4.3 Síntese conclusiva e resposta à QD1
Do acima analisado e em resposta à QD1: Qual a influência das competências digitais
dos formadores na avaliação do processo de aprendizagem no EaD, conclui-se que as
competências digitais são fundamentais no processo de ensino e aprendizagem para os
formadores. Em Portugal, o curso de e-formador do IEFP, tendo por base o DigCompEdu,
ministra competências basilares para todo o processo de ensino e aprendizagem dos cursos
em EaD. Porém existem limitações políticas de regulação do EaD que fazem com o curso
não seja obrigatório para a atividade formativa.
Relativamente aos cursos de e-formadores, Perdigão (op. cit.) refere que estes cursos
poderiam ser ministrados, em todo ou em parte, pela via telemática, sendo as UF (Escolas)
as entidades primárias responsáveis pela sua implementação. Aborda, no entanto, a mesma
situação referida pelo IEFP, no que concerne ao reconhecimento e certificação do curso por
outras entidades formadoras.
Ferreira (op. cit.) como responsável pela implementação do EaD no EP, expõe que é
imperioso que se reative o Curso de e-learning para Formadores8, reanalisando e ajustando
o Referencial de Curso (RC), de forma a constituir um bolsa crescente de militares com
competências e saberes na área do EaD. Apresenta assim, uma proposta para aplicabilidade
do curso de e-formador extensível a todos os intervenientes, numa modalidade a decorrer

8
Designação dada ao primeiro curso que ocorreu no EP.

21
Processo de aprendizagem do Ensino a Distância no Exército Português

com o formando a desempenhar funções na sua unidade de colocação, mas para a qual devem
ser acautelados alguns requisitos como:
 Deve ser proporcionado pelos Comandantes/Diretores/Chefes das unidades de
colocação do formando, um período de três horas diárias para a realização das
atividades de aprendizagem durante o horário normal da Unidade;
 O formando não deve ser nomeado para outros cursos em simultâneo, nem para
atividades operacionais que possam comprometer o período mencionado
anteriormente;
 Deve ser proporcionado aos formandos, pelas Unidades de colocação dos
formandos, acesso a um computador multimédia, com webcam e acesso à internet
de banda larga.

22
Processo de aprendizagem do Ensino a Distância no Exército Português

5. Avaliação da aprendizagem da EaD no EP


Depois de se ter concluído que as competências digitais são fundamentais para o
processo de ensino e aprendizagem, o foco da investigação seguirá sobre as práticas de
avaliação da aprendizagem utilizadas nos cursos de EaD do EP, tendo em consideração as
práticas de avaliação sugeridas no estado da arte e que constam do modelo de análise.
5.1 Práticas de Avaliação da aprendizagem no EaD no EP
Dentro das funções da avaliação da aprendizagem e na sequência da teoria
construtivista do processo de ensino e aprendizagem, a avaliação formativa é aquela que
melhor se enquadra no EaD. No entanto, requer estratégias, instrumentos e técnicas próprias,
tendo sido como tal identificadas algumas práticas de avaliação da aprendizagem.
No sentido de perceber que práticas estão a ser efetuadas na avaliação da aprendizagem
em cursos de EaD, foram realizadas entrevistas à DF e às UF do EP. Para complementar,
foram consultados os RC dos cursos de formação continua que estão aprovados pela DF,
tendo-se chegado ao Quadro 8 do Apêndice I. Deste, considerando a metodologia de
tratamento de dados, extraíram-se os seguintes resultados (vide Tabela 1).
Tabela 1 - Análise das práticas de avaliação da aprendizagem do EaD no EP
EP
Baptista et al. (2008), Conrad e Openo (2019) e
Garcia (2013) N.º Cursos observados
Observações
(Universo de 18)
Diários -
Fóruns (atividades assíncronas)  12
Chat e conferência (atividades síncronas)  4
E-Portefólios -
Blogues e wikis -
Portefólios e reflexões críticas -
Recursos (Biblioteca virtual)  18
Trabalho de conclusão de curso -
Diários -
Trabalhos em grupo  1
Projetos -
Avaliação por pares -
Autoavaliação -
Feedback  4

Analisando a Tabela 1, das 14 práticas de avaliação da aprendizagem online


identificadas, pode-se constatar que o EP utiliza apenas cinco. Porém, esta conclusão assenta
apenas nos RC, que se constitui como um documento orientador. Será importante destacar
que, as questões da avaliação formativa, ficam sempre dependente da ciência e da arte do
formador.
Analisando o panorama das atividades e recursos disponibilizados pela plataforma
MOODLE no EP (Figura 12), observa-se que estas ferramentas e instrumentos de avaliação

23
Processo de aprendizagem do Ensino a Distância no Exército Português

existem, embora possam não estar a ser devidamente explorados, o que poderá traduzir a
falta de competências digitais ou dificuldades de adaptação das ferramentas a um modelo
pedagógico consideravelmente diferente.

Figura 12 – Atividades e recursos da plataforma de EaD do EP


Fonte: Disponível em EP (2022a).

Nesta perspetiva, Ferreira (op. cit.) alerta para a necessidade de se ter presente os
conceitos relacionados com a avaliação (da formação e da aprendizagem). Para tal,
preconizou um modelo a que designou de taxonomia da avaliação em EaD (Anexo B), onde
identifica as diversas categorias associadas a cada uma das dimensões da avaliação. O
desconhecimento desta linguagem pode ser um obstáculo no processo de avaliação da
formação e neste caso específico da aprendizagem em AVA.

24
Processo de aprendizagem do Ensino a Distância no Exército Português

Na tentativa de se encontrar outras evidências, face aos resultados apresentados,


verificou-se a necessidade de revisitar as origens da efetivação do atual modelo de EaD, o
qual contemplava três vetores fundamentais (Ferreira, op. cit.): o vetor I, relacionado com
implementação de uma PGA comum ao Exército; o vetor II, relativo à formação dos
intervenientes envolvidos diretamente no Sistema de Formação do Exército (SFE) por forma
a criar uma bolsa de gestores, formadores e utilizadores das UF e respetivos Polos de
Formação (PF); e o vetor III, afeto à criação de uma entidade diretora com responsabilidades
de estudo, planeamento, execução de diretivas, ordens e orientações pedagógicas e técnicas
sobre a aplicabilidade do EaD no SFE. Sobre cada um destes vetores e tendo por base o
estudo realizado por Ferreira (op. cit.), alcança-se o seguinte:
- No Vetor I, em 2020, estavam inscritos na PGA MOODLE cerca de 7800
utilizadores. Consultados alguns elementos estatísticos da PGA, verificou-se que em termos
médios, no ano de 2019, cada utilizador que acedeu nesse mês, só o fez por sete vezes,
podendo ter sido estes acessos num único dia ou espalhados pelos dias do mês. Apesar de
forma genérica parecer um número razoável de utilizadores, depois de acederem à
plataforma, fazem-no muitas poucas vezes. Uma hipótese possível para este facto, é a
utilização da PGA pelos formandos, unicamente para fazer os questionários disponíveis
(inicial de expetativas e satisfação final de formandos), não existindo qualquer atividade
pedagógica relacionada com a implementação dos cursos usando instrumentos didáticos de
aprendizagem online, “salvo algumas exceções que foram identificadas nas UF e PF e que
devem ser louvadas e divulgadas como boas práticas”, mas que são uma minoria. Importa
referir que aposta em hardware de apoio (servidores) e software tem sido realizada, estando
implementada a última versão do MOODLE com a integração do HTML5 Package (H5P)9.
- No vetor II, apesar de já referido, constatou-se que foi realizado em 2010 o primeiro
curso (curso-piloto) na Escola Prática de Transmissões. Posteriormente, foram realizadas
apenas sete ocorrências do curso, no total de 65 militares formandos com o curso de e-
formador, dez estarão acometidos nas funções relacionadas com o EaD.
- No Vetor III é referido que apesar de existirem alguns exemplos de aplicabilidade de
EaD nas UF e PF, estas podem e devem servir de exemplo e referência para as restantes.
Existe, contudo, algum desconhecimento das reais atividades que cada UF/PF desenvolve,
dos recursos humanos (RH) que estão afetos ao EaD, às suas competências especificas nesta

9
Ver definição em Apêndice A- Glossário de termos.

25
Processo de aprendizagem do Ensino a Distância no Exército Português

área, ao parque tecnológico de suporte aos utilizadores, aos constrangimentos


organizacionais e funcionais.
5.2 Síntese conclusiva e resposta à QD2
Do acima analisado e em resposta à QD2, Como é feita a avaliação do processo de
aprendizagem da EaD no EP? conclui-se que num panorama pedagógico em que o formando
é o produtor do seu próprio conhecimento, a avaliação formativa é aquela que melhor se
enquadra no panorama da avaliação na EaD. Isto porque permite acompanhar e orientar o
formando no seu processo de aprendizagem. Perante o paradigma das tecnologias digitais, a
avaliação da aprendizagem necessita de ser reajustada quanto às suas estratégias, técnicas e
instrumentos de avaliação. Neste sentido, alguns autores sugerem que as práticas de
avaliação da aprendizagem que melhor se adaptam às especificidades da avaliação online,
são: o chat; o fórum; o e-portefólio; os trabalhos de grupo; os diários e a autoavaliação.
No EP, evidencia-se alguma insuficiência ao nível das técnicas e dos instrumentos,
utilizando-se como práticas mais comuns em determinados cursos o fórum, o chat, os
trabalhos de grupo e o feedback. Por não ser totalmente conclusivo este resultado,
analisaram-se outros dados, os quais refletem a escassez de RH com o curso de e-formador
afetos às atividades de planeamento, desenvolvimento, implementação e avaliação de
soluções de EaD. Esta insuficiência é um reflexo do quão imperioso é que os militares sejam
agregadores de competências pedagógicas e digitais para se poder dar um salto quantitativo
e qualitativo significante.
Apesar do EP ter implementada a última versão do MOODLE com a integração do
H5P, com múltiplas funcionalidades onde estão disponibilizadas todas as práticas de
avaliação online tidas como referência neste estudo, os números relativos aos utilizadores
mostram o quão urgente é criar uma cultura de consciencialização sobre o EaD,
desmistificando a sua complexidade e exigência. Ao mesmo tempo é necessário criar
condições para que o EaD constitua uma mais-valia para formadores, formandos e
instituições formadoras, proporcionando capacidade de ensino e aprendizagem em qualquer
altura e lugar, desígnios últimos que estão na base do EaD - learning anytime, anywhere.

26
Processo de aprendizagem do Ensino a Distância no Exército Português

6. Avaliação da aprendizagem do EaD em instituições congéneres


Entende-se por “Congénere” “ […] aquele ou aquilo que tem o mesmo género,
qualidade, posição […]” (Infopédia Dicionários Porto Editora, 2022). No âmbito desta
investigação, as instituições congéneres consideradas correspondem à Marinha, FA, EB, ET,
TecMinho e IEFP, na medida em que todas são instituições que ministram formação
profissional contínua em EaD.
6.1 Marinha
Na Marinha, o departamento de Formação em Tecnologias da Educação, na
dependência da Escola de Tecnologias Navais (Figura 13), é o responsável pelo EaD e tem
uma relação de autoridade técnica com as restantes Escolas e Centros de Formação. O
Sistema de Formação Profissional da Marinha contempla a ASI como metodologia para o
desenvolvimento dos cursos, tal como o EP. Atualmente, tem uma oferta formativa de 21
cursos ministrados na modalidade b-learning e, para o efeito, como PGA, é utlizada a
plataforma MOODLE (Simões, 2021).

Figura 13 – Sistema de formação profissional da Marinha


Fonte: Disponível em Simões (2021).
Quanto à avaliação da aprendizagem, a Marinha mantém os procedimentos inerentes
à avaliação da formação presencial nos cursos a distância. A grelha de avaliação
comportamental para as sessões presenciais e síncronas, e trabalhos ou testes (teóricos ou
práticos) aplicados presencialmente, são algumas das ferramentas de avaliação que estão

27
Processo de aprendizagem do Ensino a Distância no Exército Português

explanados no documento de cada curso (Morgado, entrevista por e-mail, 22 de março de


2022).
Como contributos, Morgado (op. cit.) refere que EaD apresenta um conjunto de
particularidades que devem ser analisadas com vista ao aumento da qualidade da formação
ministrada, garantindo a aquisição de conhecimentos por parte dos formandos ao mesmo
nível ou superior dos adquiridos num curso presencial.
6.2 Força Aérea
O EaD na FA é da responsabilidade da Área Formativa Pedagógica de Formadores. O
ciclo de formação na FA tem por base a metodológica Plan, Do, Check, Act e o modelo
utilizado na avaliação da formação corresponde à metodologia de Donald Kirkpatrick
(1959).
O modelo de e-learning na FA, segundo Quintas (2021), tem por base uma abordagem
construtivista da aprendizagem. A avaliação da aprendizagem corresponde a determinados
momentos presenciais, para pontos de situação e acerto de eventuais derivas no percurso
proposto. O seu enfoque assenta na discussão e na partilha (sala de aula online). Todas as
atividades passíveis de serem avaliadas com os respetivos pesos e ponderações estão
definidas num plano pedagógico. No final do curso, é avaliado o "produto final” como
resultado do percurso efetuado. A auto e heteroavaliação promovem a capacidade de
autocrítica dos recursos produzidos pelos formandos. Em percursos com elevado peso de
autoformação, a avaliação é, preferencialmente, presencial, quer em sala de aula, quer em
contexto real de trabalho.
A avaliação das aprendizagens é realizada através de grelhas de observação por
módulo, tendo em conta as atividades realizadas, e a quantidade e qualidade das
participações. Para além disso, é realizado um trabalho prático de avaliação sumativa.
6.3 Exército Brasileiro
O EB, no âmbito do EaD10, criou em 2015, o CEADEx (2022d). Tem como
finalidade a coordenação e o apoio ao EaD desenvolvido nos estabelecimentos de ensino da
Força, assim como nas Organizações Militares com encargo de ensino. Está subordinado à
Diretoria de Educação Técnica Militar e encontra-se organizado da seguinte forma (Figura
14):

10
O EB designa de Educação a Distância, no entanto para efeitos de coerência do trabalho continuar-se-á a
usar a terminologia EaD.

28
Processo de aprendizagem do Ensino a Distância no Exército Português

Figura 14 – Organograma do CEADEx


Fonte: Disponível em CEADEx (2022b).

É responsável pela coordenação, orientação, acompanhamento e difusão do EaD.


Oferece ainda formação continua e disponibiliza o EBAula (PGA utilizada pelo EB) para
oferta de cursos/estágios/programas de interesse da força (Silva, entrevista por e-mail, 01 de
março de 2022). Está vocacionado totalmente a distância, sendo que as tecnologias digitais
estão integralmente presentes na formação.
O CEADEx trabalha focado na procura de soluções da Educação 4.011. Neste sentido,
atualiza continuadamente o EBAula, onde disponibiliza ferramentas tecnológicas, capacita
os agentes de ensino tendo em vista a melhoria do EaD. Tendo por base os princípios da
Educação 4.0 (vide Figura 15), têm vindo a desenvolver estratégias de ensino centradas na
participação efetiva dos formandos, durante o processo de aprendizagem de forma flexível
e interligada.

11
A Educação 4.0 surge devido à influência da revolução tecnológica, a chamada indústria 4.0 que tem como
caraterística o uso de tecnologias e internet das coisas (CEADEx, 2022b).

29
Processo de aprendizagem do Ensino a Distância no Exército Português

Figura 15 – Princípios da Educação 4.0


Fonte: Disponível em CEADEx (2022a).

Para atender às exigências da Educação 4.0, o EBAula disponibiliza uma série de


plugins, que permitem ao formador explorar várias ferramentas, promovendo, assim, a
interatividade quer na aprendizagem, quer na avaliação das aprendizagens. A Figura 16
indica quatro ferramentas que estão associados à plataforma EBAula e as respetivas
funcionalidades.

Figura 16 – Ferramentas associadas ao EBAula


Fonte: Adaptado a partir de CEADEx (2022c).

Na perspetiva de melhoria contínua, o CEADEx desenvolveu uma nova versão do


EBaula que permite ao formador fazer anotações diretamente em documentos PDF,
facilitando o feedback aos formandos durante a correção das avaliações.

30
Processo de aprendizagem do Ensino a Distância no Exército Português

6.4 Ejército de Tierra


A responsabilidade do Ensino Militar no Reino de Espanha é atribuída ao Ministério
de la Defensa, que dirige e regula todo o processo (Garcia, 2013).
O EaD no ET está organizado da seguinte forma (Figura 17):

Figura 17 – Estrutura do EaD do ET


Fonte: Disponível em Miguel (2021).

O Campus Virtual Corporativo de la Defensa (CVCDEF) é a PGA utilizada pelas


FFAA para o EaD. Foi criada com o objetivo de unir as diferentes ações de formação online
existentes nos três Exércitos e no Órgão Central, e incorporá-las numa única plataforma que
é gerida pela Direção Geral de Recrutamento e Ensino Militar (DIGEREM) (Garcia, 2013,
p. 5), conforme Figura 18.

Figura 18 – Estrutura do CVCDEF


Fonte: Disponível em Miguel (2021).

31
Processo de aprendizagem do Ensino a Distância no Exército Português

O CVCDEF está assente em três pilares: um primeiro, corresponde ao modelo


pedagógico caracterizado por ser centrado na aprendizagem e no formando, sendo que a
interação entre formadores e formandos através do uso de ferramentas tecnológicas,
constitui-se o eixo que articula o procedimento de ensino-aprendizagem no CVCDEF; o
modelo tecnológico, constitui-se o segundo pilar, baseado no CVCDEF com recurso a
tecnologias baseadas em internet tais como o Skype; e um terceiro pilar, assente num modelo
organizacional que define e regulamenta toda esta estrutura (Miguel, 2021).
De uma forma geral, todos os cursos seguem o mesmo modelo, antecedendo-lhes uma
fase online para aquisição dos conhecimentos do domínio do cognitivo, direcionando-os para
uma posterior fase presencial destinada à prática e consolidação de competências.
No âmbito da aprendizagem digital, o ET desenvolveu um projeto com a finalidade de
atribuir competências digitais aos seus formadores que se articula no fluxograma
apresentado na Figura 19 (Miguel, 2021).

Figura 19 – Modelo de formação de competências digitais do ET


Fonte: Disponível em Miguel (2021).

Como se pode constatar, o investimento por parte do ET tem sido na atribuição de


competências aos intervenientes da formação. Nesse sentido, desde 2008, é ministrado o
curso de EVA e o CPRM, organizados na seguinte forma (Figura 20):

32
Processo de aprendizagem do Ensino a Distância no Exército Português

Figura 20 – Unidades curriculares dos cursos EVA e CPRM


Fonte: Adaptado a partir de Llorente (op. cit).

Com a pandemia da COVID 19, verificou-se um aumento exponencial do CVCDEF,


tendo o ET recolhido diversas lições. Neste sentido, para Miguel (2021), as ferramentas
chave para o sucesso do EaD passam por: possuir infraestruturas e plataformas de apoio
sempre disponíveis; por um aumento dos ambientes de aprendizagem virtuais; pela ativação
de equipas de produção de microconteúdos multimédia vocacionados para a aprendizagem;
por implementar plano de aquisição de hardware e software; pela alteração do modelo
pedagógico (Fliped Classroom e realidade aumentada); e pela aquisição de competências
digitais tanto dos formadores, como dos formandos.
Neste sentido, ao nível do Ministério de la Defensa está a ser desenvolvido um projeto
designado de GNOSS (Anexo D), em parceria com a Universidade Autônoma de Madrid,
com o objetivo de atribuir competências digitais aos formadores e formandos, tendo por base
o DigCompEdu (Llorente, op. cit).
Algumas das preocupações elencadas por Llorente (op. cit.), no âmbito do processo de
aprendizagem do EaD, são apresentadas na Figura 21.

33
Processo de aprendizagem do Ensino a Distância no Exército Português

Figura 21 – Considerações de Llorente sobre o EaD no ET


Fonte: Adaptado a partir de Llorente (op. cit.).

No campo da avaliação da aprendizagem, tudo o que foi aqui abordado influência este
processo, que é conduzido através de um modelo de avaliação contínua e que inclui:
atividades práticas, semelhantes às que os militares realizarão nas suas funções; interação
formando-tutor e formando-formando em ambientes virtuais; aprendizagem baseada em
problemas; interação presencial com formadores especialistas na matéria; prática em
simuladores; exercícios práticos combinados, nos quais são simuladas situações reais.
6.5 TecMinho
A TecMinho é, responsável por ministrar vários cursos de formação em Portugal. Em
matéria de EaD, teve um papel preponderante no desenvolvimento da Carta da Qualidade
para o e-learning, também denominada de “ciclo de qualidade e-learning”, um passo muito
importante na criação de um conjunto de instrumentos para a promoção da qualidade e
eficácia das aprendizagens realizadas em e-learning. Desde a sua elaboração, em 2014, até
à atualidade, esta carta de qualidade, face à ausência de normativos que regulem EaD, tem
sido utilizada por diversas instituições que empregam esta metodologia de “forma
inspiradora.” (Dias, entrevista via Zoom, 26 de janeiro de 2022).
Na Figura 22 apresenta-se a carta de qualidade com um conjunto de requisitos para a
conceção, desenvolvimento, implementação e avaliação de cursos em e-learning.

34
Processo de aprendizagem do Ensino a Distância no Exército Português

Figura 22 – Ciclo da qualidade e-learning


Fonte: Disponível em Dias et al (2014).

A PGA utilizada é o MOODLE. Como ferramentas de comunicação, fazem uso do


Microsoft Teams e do Zoom. No que à avaliação da aprendizagem diz respeito, as referências
utilizadas são as do DigCompEdu, mas é um assunto que segundo Dias (op. cit.) está no ónus
do formador. Por isso, exigem determinados requisitos á equipa pedagógica, como o CCPE,
como forma a garantir o cumprimento dos padrões de qualidade do ciclo de qualidade (Dias,
op. cit.).
6.6 Instituto de Emprego e Formação Profissional
O IEFP, é uma entidade de formação profissional que conta com 30 centros de
emprego e formação profissional espalhados de Norte a Sul do país.
No que concerne ao EaD, a pandemia COVID19 foi a impulsionadora desta
modalidade de ensino no IEFP que, por necessidade, teve que elaborar uma estratégia para
poder avançar com os cursos que estavam suspensos.
Fruto desta estratégia foram adotadas diversas medidas para fazer face aos vários
requisitos organizativos, pedagógicos e tecnológicos associados ao EaD. Entre outras
medidas tomadas pelo IEFP ressalva-se a capacitação dos formadores em Microsoft Teams
e o desenvolvimento da formação de especialização em e-formadores, com atribuição de um
CCPE. Atualmente já tem certificados cerca de 4000 e-formadores, sendo a formação gerida
através da ferramenta GesFaD.
Sobre a avaliação da aprendizagem, Matos (entrevista via Microsoft Teams, 27 de
março de 2022) refere que não houve necessidade de fazer uma adaptação ao que estava

35
Processo de aprendizagem do Ensino a Distância no Exército Português

preconizado para a formação presencial, mas que este é um assunto que está no ónus do
formador. A dimensão alargada do EaD no IEFP é recente, por isso acrescentam que há
muito ainda por explorar.
6.7 Síntese conclusiva e resposta à QD3
Do acima analisado e em resposta à QD3: Como é feita a avaliação da aprendizagem
da EaD em instituições congéneres? conclui-se que as entidades analisadas encontram-se em
níveis diferentes no EaD. A pandemia da COVID 19 veio acelerar o processo de
desenvolvimento desta modalidade de ensino, despertando as atenções dos decisores para as
suas potencialidades.
No que diz respeito às PGA e práticas de avaliação da aprendizagem no EaD, a
informação resume-se na seguinte Tabela 2.
Tabela 2 - Práticas de avaliação da aprendizagem do EaD em instituições congéneres
Instituição Plataformas Práticas de avaliação da aprendizagem na EaD
“São no essencial as mesmas que estão definidos na formação presencial, (…)
Marinha MOODLE
esta continua a ser na grande maioria dos cursos e feita em modo presencial.”.
“Fórum; glossário; teste; trabalho; wiki; etc, é realizada através de grelhas
FA MOODLE
de observação por módulo.”.
“Questionário, a tarefa e fórum, mas também toda a potencialidade do
plugin H5P o qual possibilitam avaliações mais autênticas e imersivas. São
EB EBaula
utilizados dentro da plataforma EBAula a correção por rúbrica e a utilização
de um banco de questões para elaboração de provas.”.
“É seguido modelo de avaliação contínua que inclui: Atividades práticas
semelhantes às que os estudantes realizarão nos seus futuros trabalhos nas
FFAA, interação formando-tutor e formando-formando em ambientes
ET CVCDEF
virtuais; aprendizagem baseada em problemas; interação presencial com
formadores especialistas na matéria, prática em simuladores; exercícios
práticos combinados nos quais são simuladas situações reais.”.
“O documento que serve de inspiração para a avaliação da aprendizagem é o
TecMinho MOODLE
DigCompEdu, com capítulos dedicados à avaliação da aprendizagem.”.
“As técnicas, estratégias e ferramentas são as mesmas que as da formação
presencial. Não houve necessidade de fazer uma adaptação, a não ser arranjar
mecanismos que garantam que os testes foram feitos pelo formando e não por
IEFP GesFap
outra pessoa qualquer, mas aí existem outras ferramentas como as perguntas
orais, entre outras, para tentar validar as competências. Mas isso são
questões que ficam no ónus do formador.”.

36
Processo de aprendizagem do Ensino a Distância no Exército Português

7. Oportunidades de melhoria em matéria de práticas de avaliação da


aprendizagem do EaD no EP.
Fruto da análise realizada e tendo por base as categorias empregues no tratamento de
dados, consideram-se como oportunidades de melhoria as que a seguir se apresentam.
7.1 Competências digitais
Relativamente às competências digitais, ficou patenteado pelos entrevistados que estas
são fundamentais no processo de ensino e aprendizagem do EaD. A forma de atribuição
destas competências em Portugal é através do curso de e-formador do IEFP, um curso
certificado que no final atribui um CCPE.
No EP verificam-se duas situações em face das competências digitais e do curso de e-
formador. A primeira é a insuficiência de RH com estas competências para a realização de
atividades relacionadas com o EaD. A segunda situação é que nos cursos de EaD, o CCPE é
somente considerado um pré-requisito preferencial, ao contrário do certificado de
competências pedagógicas que é obrigatório. Dada a importância que as competências
digitais têm no processo de aprendizagem em EaD, a proposta é ministrar o curso de e-
formador do IEFP (que segue os referenciais do DigCompEdu) a todos os militares
empenhados nas atividades de EaD. Este curso tem como finalidade atribuir as
competências digitais que permita aos formadores explorar as potencialidades das PGA e
pôr em prática um conjunto de instrumentos quer formativos quer de avaliação que existem
na PGA MOODLE. O curso tem que capacitar ainda o formador a que este consiga orientar
o formando na criação do seu próprio conhecimento, algo que não têm sido muito explorado.
A operacionalização desta medida, pode passar por ministrar o curso de e-formador a todos
os formadores do EP, através de uma modalidade online, onde os militares estando na sua
unidade de colocação, são-lhe atribuídas condições para frequentar o curso em horário
laboral. Na impossibilidade do IEFP poder creditar esta formação nas entidades formadoras,
como acontece com o CFPIF, uma solução apresentada pelo IEFP passa por estabelecer um
protocolo, para se poder dar formação em maior volume aos formadores militares.
7.2 Plataformas de Gestão da Aprendizagem
No que concerne às PGA, verificou-se que este é o sistema utilizado para gestão de
processos de aprendizagem numa perspetiva técnica, administrativa e pedagógica, com
recurso aos mecanismos básicos de comunicação. Existem várias plataformas de vasta
divulgação e utilização a nível académico. Desta variedade, a PGA MOODLE é a mais
conhecida e aquela que é mais utilizada dentro das instituições estudadas, como é o caso dos

37
Processo de aprendizagem do Ensino a Distância no Exército Português

Ramos das FFAA e da TecMinho. Estas plataformas, conforme ilustrado na Figura 12, têm
uma série de atividades e recursos que fomentam a atividade pedagógica e avaliativa.
Atualmente, o EP tem implementada a última versão do MOODLE com a integração do
H5P, um plugin que permite ao tutor explorar várias ferramentas que promovem a
interatividade quer na aprendizagem, quer na avaliação das aprendizagens, tais como: Quiz,
apresentações, hipertexto, vídeos, atividades lúdicas e gamificação.
A proposta ao nível das PGA para o EP passa por, depois de se atribuírem as
competências digitais aos formadores, adquirir novas ferramentas que possam elevar o
nível de interatividade na aprendizagem, chegando mesmo à simulação como é exemplo
as ferramentas do EBAula do CEADEx ilutradas na Figura 16 e que materializam no
BigblueButton, o PlugGame e aplicação Ranking. Estas ferramentas apresentam múltiplas
possibilidades para atender às exigências da Educação 4.0, que passam por tornar os
formandos mais autónomos e o formador um facilitador e aplicador dessas tecnologias como
forma de ensino.
7.3 Práticas de avaliação da aprendizagem online
Esta oportunidade de melhoria está relacionada com as práticas de avaliação online, o
core desta investigação. Foi possível averiguar que relativamente à avaliação da
aprendizagem online existe uma serie de estratégias, ferramentas, instrumentos entre outras
categorias sobre as quais é essencial compreender a sua taxonomia a fim de se poder
construir um curso em EaD que cumpra as exigências quer formativas e avaliativas desta
modalidade de ensino.
No EP, resultante da análise das entrevistas e dos RC, evidencia-se alguma
insuficiência nas técnicas e instrumentos utilizados em alguns cursos de EaD, sendo o fórum,
o chat, os trabalhos de grupo e o feedback utilizados como práticas mais comuns, apesar do
MOODLE contemplar várias atividades e recursos sugeridos no estudo.
Da análise das instituições congéneres, pode concluir-se que a Marinha continua a
privilegiar os momentos de avaliação em modo presencial, assim como o IEFP, que refere
que as técnicas, estratégias e ferramentas são as mesmas que as da formação presencial, e
que as avaliações dependem dos formadores por isso cabe a ele arranjar os instrumentos que
melhor dominar e para cumprir com o objetivo. O EB utiliza uma variedade de ferramentas
avaliativas no processo de aprendizagem, que privilegiam a avaliação formativa.
Face a este resultado propõe-se que seja adotado o modelo de avaliação em EaD
desenvolvido por Ferreira (op. cit.) e apresentado em Anexo B, onde são identificadas as

38
Processo de aprendizagem do Ensino a Distância no Exército Português

modalidades, as estratégias, as atividades, os instrumentos e ferramentas, como forma de


garantia da utilização e compreensão de todas estas componentes da avaliação da
aprendizagem aquando do desenho e implementação de um curso ou de uma ação formativa
em EFaD. Este modelo vai ao encontro do modelo de avaliação da aprendizagem de Pimentel
e Carvalho (2021), disponibilizado na Figura 5, e que sob a forma de perguntas, permite
fazer um roteiro sobre a avaliação da aprendizagem online.
7.4 Outros contributos
Como outros contributos, obtiveram-se os seguintes:
– A consciencialização da importância e das potencialidades do EaD e dos AVA para
a formação no EP. A promoção da EaD deve ser realizada a todos os níveis da
Estrutura de Comando do Exército, através da realização de seminários, ações de
formação assim como a inclusão destas temáticas nos cursos de progressão de
carreira.
– No EaD deve-se ter em conta as especificidades da formação militar pelo que dadas
as componentes de ordem prática só um modelo híbrido pode ser implementado. À
semelhança do que acontece no ET, que existe em todos os cursos uma componente
teórica que é garantida na modalidade online, e uma componente prática garantida
em modo presencial, pelo que pode ser considerada a aplicação deste modelo no
EP, com a respetiva análise sobre que cursos devem passar para um formato híbrido.
– A aplicação de normas de controlo de qualidade que estabeleçam o padrão para que
o EP construa os próprios mecanismos de avaliação da qualidade do EaD de forma
sustentada, como é exemplo o ciclo de qualidade apresentado na Figura 22.
7.5 Resposta à QC
Da análise supra efetuada e em resposta à QC: Como otimizar as práticas de avaliação
da aprendizagem do EaD no EP? conclui-se que é possível otimizar o processo de avaliação
da aprendizagem do EaD no EP tendo por base as considerações anteriormente referidas e
que são repercutidas nas três propostas e nos contributos assinalados.

39
Processo de aprendizagem do Ensino a Distância no Exército Português

8. Conclusões
A era das TIC é marcada por inúmeros desafios a nível global. Nos sistemas de ensino
e formação esses desafios são evidenciados através do surgimento dos AVA, que vêm
romper com o modelo de aprendizagem mais tradicional. Este novo paradigma em que a
informação está acessível de igual forma para todos, altera o papel do formando passivo,
atribuído a práticas mais convencionais do ensino presencial.
O EaD como modalidade que se aflora, vêm corroborar com as teorias socio
construtivistas da aprendizagem que colocam o formando no epicentro do processo de
aprendizagem, enquanto responsável principal pela construção do seu conhecimento. O
formador continua a ter um papel primordial neste processo como facilitador, direcionando,
acompanhando e colaborando com o formando no seu processo de “aprender a aprender”
por via das tecnologias.
A avaliação fazendo parte do processo de aprendizagem, é sempre um tema complexo
principalmente no EaD onde ainda persistem algumas resistências no que à sua credibilidade
diz respeito. Neste sentido, as incitações colocadas aos formadores são ainda maiores, pois
deles dependem a utilização dos modelos pedagógicos, das estratégias, técnicas e
instrumentos de avaliação que, face às suas especificidades, necessitam de ser ajustadas face
á diversidade de ferramentas que as PGA possuem. Daqui surgem grandes questões
relacionadas com as competências que os intervenientes responsáveis pelo EaD necessitam
de ter, por forma a capacitá-los para o planeamento, desenvolvimento, implementação e
avaliação de soluções de EaD.
A integração de modalidades de EaD no tradicional modelo presencial não
corresponde a um repositório de informação na plataforma MOODLE, nem em substituir
aulas presenciais pela utilização direta de uma videochamada pelo Microsoft Teams. Os
modelos pedagógicos são diferentes e como tal, a avaliação desses modelos estão no mesmo
patamar.
O EP tem, desde 2010, implementado o EaD. Consciente dos desafios desta
modalidade de aprendizagem e do impacto positivo que ela pode ter na utilização dos seus
RH, o EP tem aumentado as suas iniciativas de procura de melhores práticas para que os
avanços no EaD tenham um ritmo mais uniforme, sustentado e persistente. A pandemia da
COVID19 veio acelerar a “corrida” das instituições a esta modalidade formativa e o EP não
foi exceção, trazendo consigo uma maior consciencialização das potencialidades do EaD.

40
Processo de aprendizagem do Ensino a Distância no Exército Português

Sendo o processo de aprendizagem o motor de qualquer sistema de ensino e formação,


e a avaliação uma das grandes problemáticas associadas ao mesmo, a investigação centrou-
se na avaliação da aprendizagem do EaD no EP, sendo o OG: Propor contributos para
otimizar as práticas de avaliação da aprendizagem do EaD no EP.
Em voga da abrangência do SFE e das funções da avaliação, o estudo foi delimitado
aos cursos de formação continua do EP e à avaliação formativa.
Neste sentido, a problemática que a investigação se propôs responder corresponde à
QC: Como otimizar as práticas de avaliação da aprendizagem do EaD no EP?
Para se responder a este desígnio seguiu-se um raciocínio indutivo assente numa
estratégia de investigação qualitativa, sendo que a recolha e tratamento de dados foi baseada
na análise documental e de entrevistas.
Empregando um desenho de pesquisa incidente no estudo de caso, observou-se a
envolvência da temática contextualizando para a situação especifica da avaliação da
aprendizagem do EaD. Esta análise decorreu numa primeira fase de forma exploratória onde
se chegou ao estado da arte e depois, numa segunda fase, utilizando os dados recolhidos
procedeu-se ao tratamento dos mesmos, no sentido de dar resposta às QD e à QC e assim
atingir os OE e o OG.
Para cumprir com o OE1: Analisar a influência das competências digitais na avaliação
da aprendizagem da EaD, apurou-se que as competências digitais do formador são
fundamentais no processo de ensino e aprendizagem. Apesar destes fundamentos, entre as
instituições analisadas, só a Marinha e a TecMinho é que exigem as competências de e-
formador para ministrar os cursos em EaD. O EP e a FA consideram que é necessário avançar
e nesse sentido, mantêm nos requisitos estas competências como preferenciais.
Em Portugal, o curso de e-formador (desenhado o DigCompEdu) sob a
responsabilidade do IEFP, ministra formação aos formadores com o objetivo de atribuir
competências basilares para todo o processo de ensino e aprendizagem dos cursos em EaD.
No âmbito da regulação do EaD foram identificadas algumas limitações a nível político e
que fazem com o curso não seja obrigatório para a atividade formativa, e o IEFP não se
encontre autorizado a delegar nas entidades formadoras certificadas a possibilidade de
ministrar o curso, tal como acontece no CFPIF.
Relativamente ao OE2: Analisar as práticas de avaliação da aprendizagem da EaD no
EP, conclui-se que do conjunto de 14 práticas de avaliação da aprendizagem online
sugeridas, o EP, evidência alguma insuficiência nas técnicas e instrumentos, utilizando em

41
Processo de aprendizagem do Ensino a Distância no Exército Português

alguns cursos o fórum, o chat, os trabalhos de grupo e o feedback como práticas mais
comuns.
Por não ser totalmente conclusivo este resultado, visto que a plataforma MOODLE
utilizada pelo EP como PGA, tem todas as funcionalidades apontadas, analisaram-se os
dados disponibilizados sobre a utilização da plataforma MOODLE no ano de 2020
percorrendo os três vetores de implementação do EaD no EP. Quanto ao Vetor PGA, apesar
do EP ter implementada a última versão do MOODLE com a integração do H5P, com
múltiplas funcionalidades onde estão disponibilizadas todas as práticas de avaliação online
tidas como referência neste estudo, os números relativos aos utilizadores mostram o quão
urgente é criar uma cultura de consciencialização sobre o EaD, desmistificando a sua
complexidade e exigência desta modalidade de ensino e formação.
Quanto ao Vetor II, no âmbito da formação dos intervenientes com o curso de e-
formador, as cerca de dez pessoas com o curso de e-formador afetas às atividades para
planear, desenvolver, implementar e avaliar soluções de EaD, são o reflexo do quão
impreterível é atribuir competências pedagógicas e digitais aos militares para se poder dar
um salto quantitativo e qualitativo significante.
Foi possível constatar que é necessário criar condições para que o EaD constitua uma
mais-valia para formadores, formandos e instituições formadores, proporcionando
capacidade de ensino e aprendizagem em qualquer altura e lugar, desígnios últimos que estão
na base do EaD - learning anytime, anywhere.
Quanto ao OE3: Analisar as práticas de avaliação da aprendizagem da EaD em
instituições congéneres, constatou-se que na Marinha a avaliação da aprendizagem é feita
preferencialmente em modo presencial. Como outros contributos foi referido a necessidade
de revisão das particularidades do EaD, para que exista um aumento da qualidade da
formação ministrada.
Na FA, o modelo e-learning implementado, assenta numa perspetiva construtivista
que potência a autoaprendizagem do formando. A avaliação da aprendizagem é feita através
da discussão e partilha na sala de aula online, sendo utilizadas como práticas de avaliação
online: fórum, glossário, teste, trabalho, wiki, autoavaliação e heteroavaliação.
O EB criou o CEADEx, com uma estrutura organizativa muito completa, funcionando
totalmente a distância face á dispersão das unidades no país. Em termos pedagógicos o seu
foco é criar solução de Educação 4.0 que tem como caraterística o uso de tecnologias como
a realidade aumentada, a realidade virtual e a internet das coisas. O EBaula é a plataforma

42
Processo de aprendizagem do Ensino a Distância no Exército Português

PGA utilizada que permite uma série de funcionalidades e ferramentas como o plugin H5P,
o BigblueButton, o PlugGame e aplicação Ranking que têm como finalidade criar a
interatividade no formando e dar o feedback em tempo real, proporcionando elevados níveis
de qualidade em todo o processo de aprendizagem.
Nas FFAA do Reino de Espanha no âmbito do EaD, foi criada uma única plataforma
de PGA designada de CVCDEF e que corresponde ao MOODLE. Esta plataforma de
aprendizagem virtual segue um modelo que está assente em três pilares: pedagógico,
tecnológico e organizacional. O ET como usuário da plataforma tem apostado na formação
de formadores para EaD através de dois cursos o EVA e o CPRM. Com a pandemia da
COVID 19, verificou-se um uso intensivo a plataforma e como forma de abranger um maior
número de formação de formadores, está a ser desenvolvido ao nível do Manual Didático
um projeto designado de GNOSS, tendo na sua base as competências do DigComEdu, tendo
como objetivo atribuir quatro níveis de competências digitais aos seus formadores.
Sobre a avaliação da aprendizagem propriamente dita foi possível escalpelar que é
seguido um modelo de avaliação contínua (formativa) que inclui: atividades práticas
semelhantes às que os formandos realizarão nas suas futuras funções ou cargos nas FFAA;
interação formando-tutor e formando-formando em ambientes virtuais; aprendizagem
baseada em problemas; interação presencial com formadores especialistas na matéria, prática
em simuladores; exercícios práticos combinados nos quais são simuladas situações reais.
Foram apontadas algumas preocupações associadas ao novo modelo pedagógico da
metacognição “aprender a aprender”, que requer um trabalho em equipa e a evolução de
ferramentas tecnológicas. Outros problemas identificados foram a continuidade da bolsa de
formadores, dada a aposta que está a ser feita e a compatibilização com obrigações
profissionais.
Da TecMinho foi possível apurar o seu importante papel no desenvolvimento do
estudo que está na origem da Carta de Qualidade e-learning, uma referência a nível nacional
no âmbito da qualidade do EaD. No que concerne à avaliação da aprendizagem online foi
possível verificar que o documento que serve de referência é o DigCompEdu.
Quanto ao IEFP, enquanto entidade de formação profissional, verificou-se que a sua
oferta formativa era maioritariamente presencial. Com a pandemia COVID19, sofreu um
processo de readaptação, definindo um plano estratégico no âmbito do EaD, para uma
resposta urgente e pragmática às restrições impostas pela crise pandémica. Entre outras
medidas tomadas, ficou patenteado a rápida resposta face a um panorama quase inexistente

43
Processo de aprendizagem do Ensino a Distância no Exército Português

de EaD, tendo capacitado os formadores em Microsoft Teams e promovido o


desenvolvimento da formação de especialização em e-formadores, com atribuição de um
CCPE. Atualmente já tem certificados com cerca de 4000 e- formadores. O GesFaD é
aplicação utilizada para gerir a formação. Sobre a avaliação da aprendizagem ficou
esclarecido que não houve necessidade de fazer uma adaptação à avaliação preconizada para
a formação presencial, mas que este é um assunto que está no ónus do formador. Sendo
desafios recentes, reforçando-se a ideia que dimensão alargada do EaD no IEFP é recente e
por isso ainda há muito trabalho pela frente.
Para finalizar e como forma de atingir o OG: Propor contributos para otimizar as
práticas de avaliação da aprendizagem do EaD no EP, concluiu-se que a otimização destas
práticas, é operacionalizada em três medidas ancoradas nas seguintes propostas:
 Ministrar o curso de e-formador do IEFP com a finalidade de atribuir as
competências digitais a todos os RH empenhados nas atividades de EaD, em
especial aos formadores.
 Após obtenção das competências digitais, adquirir novas ferramentas associadas
ao MOODLE que possam elevar o nível de interatividade na aprendizagem, como
acontece no EB.
 Ser adotado o modelo de avaliação da formação no EaD (Anexo B) designado de
Taxonomia de avaliação em EaD, como forma de garantia da utilização e
compreensão de todas as componentes da avaliação da aprendizagem aí
explanadas aquando do desenho e implementação de um curso ou de uma ação
formativa em EaD.
Foram também identificados alguns contributos sobre a temática, tais como:
– A consciencialização da importância e das potencialidades do EaD e dos AVA para
a formação no EP.
– A implementação de um modelo híbrido nos cursos em EaD atendendo às
especificidades da formação militar.
– A aplicação de normas de controlo de qualidade que estabeleçam o padrão para que
o EP construa os próprios mecanismos avaliação da qualidade.
Como contributos para o conhecimento consideram-se as práticas de avaliação
recomendadas pelos autores (Baptista et al., 2008; Conrad e Openo, 2019; e Garcia, 2013),
mas sobretudo os processos aqui identificados, no âmbito da taxonomia da avaliação, do
modelo de avaliação formativa e de um mapa de interações. Uma das limitações deste estudo

44
Processo de aprendizagem do Ensino a Distância no Exército Português

foi a escassez de respostas mais técnicas, no âmbito da avaliação da aprendizagem,


compelindo a fazer uma análise mais documental.
Quanto a estudos futuros, afigura-se pertinente face à insuficiência de um manual de
qualidade do EaD no EP, fazer um estudo tendo por base o modelo de qualidade do ET
espanhol apresentado em Anexo E e os requisitos de qualidade Carta de Qualidade e-
learning, para se encontrar os requisitos que melhor se adequam às especificidades da
profissão militar.

45
Processo de aprendizagem do Ensino a Distância no Exército Português

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Processo de aprendizagem do Ensino a Distância no Exército Português

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50
Processo de aprendizagem do Ensino a Distância no Exército Português

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51
Processo de aprendizagem do Ensino a Distância no Exército Português

Anexo A - Mapa concetual sobre as caraterísticas de um SGA

Figura 23 – Mapa concetual sobre as características de um SGA


Fonte: Disponível em Ferreira (2012, p. 20).

Anx. A-1
Processo de aprendizagem do Ensino a Distância no Exército Português

Anexo B - Taxonomia da avaliação no EaD


“Este modelo de avaliação atende às várias formas de avaliação. A dimensão da avaliação passa inequivocamente pela avaliação da formação e da aprendizagem. Nesta
última as modalidades de formação diagnóstica, formativa e sumativa devem ser implementadas atendendo às estratégias de avaliação, ao tipo de atividades pedagógicas em
formato síncrono ou assíncrono que serão implementadas, e depois, à imensa panóplia de instrumentos e ferramentas digitais que se tem disponível no online.
Relativamente à avaliação sistémica da própria formação, ela deve atender a duas dimensões: interna no que diz respeito à avaliação de reação/satisfação de formandos
e formadores, pedagógica e de desempenho dos formadores. A integração de dados para avaliação externa consubstancia o modelo com a capacidade de verificar os resultados
esperados com a formação, com o retorno do investimento e com a efetiva mudança comportamental que se quis objetivar nos formandos durante a formação.
Outras ferramentas de análise da avaliação como sejam as learning analytics, devem ser usadas, pois permitem uma análise dos dados de aprendizagem através da
monitorização da evolução das aprendizagens dos formandos, o que pode contribuir de forma significativa para a construção da imagem global da aprendizagem e a consequente
realimentação do processo, através de ajustes aos modelos ou da implementação de métodos de ensino mais inovadores.” (Ferreira, op. cit.).

Figura 24 – Taxonomia da avialiação no EaD


Fonte: Disponível em Ferreira (op. cit.).

Anx. B-1
Processo de aprendizagem do Ensino a Distância no Exército Português

Anexo C – Práticas Avaliativas


Na Tabela 3 são apresentadas por Garcia (2013, p. 12) algumas sugestões de práticas avaliativas
envolvendo uma breve descrição sobre possíveis dispositivos mediáticos na PDA MOODLE, que podem servir
como referência sobre a ação avaliativa no EaD, com ênfase na modalidade online, na perspetiva da avaliação
formativa.

Tabela 3 - Práticas Avaliativas


Dispositivo
Instrumento Estratégia Comentários
mediático
Trabalho em grupo – os grupos A estratégia utilizada para a
separados, a participação fica construção de trabalhos em
restrita ao seu próprio grupo. Nos grupos menores otimiza o
Chat Texto dialogado
grupos visíveis são facultados aos acompanhamento pedagógico e
alunos a leitura das respostas dos permite uma maior articulação
participantes de outros grupos entre os participantes
Trabalho em grupo que poderá Trabalho em grupo que poderá
configurar-se em um artigo. Fica configurar-se em um artigo. Fica
registada no ambiente a registada no ambiente a
Wiki Hipertexto coletivo
contribuição de cada integrante contribuição de cada integrante
do grupo, inclusive, os do grupo, inclusive, os
comentários do educador comentários do educador
O educador vai construir a Esse instrumento poderá ser
estrutura mínima para receber as construído durante todo o curso
informações (janelas e ter a participação coletiva dos
E- Portefólio personalizadas para cada aluno), colegas e do educador.
entretanto será cada aluno que
construirá incluindo textos,
figuras, hiperlinks etc.
Cada aluno elaborará no início do É uma forma de conhecer a
curso um texto, podendo incluir história de vida e os interesses de
figuras, fotos, hiperlinks etc. cada integrante do curso,
História do aluno
Fórum contando as suas histórias possibilitando melhorar o
pessoais, profissionais e planeamento
acadêmicas
O educador elabora um caso e Configurando-se na avaliação
propõe algumas possíveis formativa – que ocorre durante o
questões investigativas. Cada processo de ensino e
aluno deve fazer suas aprendizagem fornecendo
Estudo de caso
considerações pautadas em constantes feedbacks ao aluno
teorias estudadas. Resolução de sobre o seu percurso de
problemas e construção coletiva construção
do conhecimento
Cada aluno ficará responsável em Corresponsabilidade e
indicar e resenhar, justificando o participação coletiva, além da
Recursos Biblioteca Virtual
porquê do texto a ser incluído na sensação de pertencimento ao
biblioteca virtual do curso grupo
Seminários com divisão de Cada equipe desenvolverá e
temas; cada equipe terá um coordenará um conjunto de
Seminário
período e os dispositivos atividades específicas ao tema e
acordados para a sua realização critérios de avaliação
Outros
A apresentação presencial é O TCC poderá ser desenvolvido
Trabalho de Conclusão obrigatória, mas a orientação se com base no diálogo/negociação
de Curso (TCC) dá de forma processual, com durante as versões preliminares,
versões preliminares. antes do processo certificador
Fonte: Adaptado de Garcia (2013, p. 122).

Anx.C -1
Processo de aprendizagem do Ensino a Distância no Exército Português

Anexo D - Projeto GNOSS - Formação de competências digitais FFAA espanholas

Figura 25 – Projeto GNOSS – Formação de competências digitais FFAA espanholas


Fonte: Disponível em Llorente (op. cit.).

Anx. D -1
Processo de aprendizagem do Ensino a Distância no Exército Português

Anexo E - Modelo de qualidade e-learning das FFAA espanholas.

Figura 26 – Modelo de qualidade e-learning das FFAA espanholas


Fonte: Disponível em Llorente (op. cit.).

Anx. E-1
Processo de aprendizagem do Ensino a Distância no Exército Português

Apêndice A – Glossário de termos


Tabela 4 - Glossário de termos
Termo Definição
“Um ambiente de aprendizagem virtual (AVA) é uma plataforma baseada na web para os
aspetos digitais de percursos de estudo, habitualmente no âmbito de instituições de ensino.
Ambiente
Geralmente, os AVA: permitem aos participantes organizarem-se em coortes, grupos e
Virtual de
funções; apresentarem recursos, atividades e interações dentro de uma estrutura de curso;
Aprendizagem
sustentarem as diferentes fases de avaliação; relatarem a participação; e terem algum nível de
integração com outros sistemas institucionais.” (Lucas & Moreira, 2018, p. 92).
“A avaliação de um aprendente ou de uma instituição levada a cabo pelos próprios.”
Autoavaliação
(Observatório Panorama e-learning, 2022).
“Qualquer método sistemático de recolher informação acerca do impacto e da efetividade de
uma situação de aprendizagem. Os resultados obtidos podem ser utilizados para melhorar a
Avaliação
oferta de aprendizagem, determinar se os objetivos de aprendizagem foram alcançados, e
aferir do valor da situação de aprendizagem.” (Observatório Panorama e-learning, 2022).
Blended
“Modo de aprendizagem que combina atividades de aprendizagem em sala de aula presencial,
Learning
e online.” (Observatório Panorama e-learning, 2022).
(b-learning)
“Contração das palavras Web e Log. Site informal de fácil acesso que reúne os posts
(publicações) do autor/utilizador. Toma, muitas vezes a forma de um diário, por ser possível
publicar e atualizar a todo o momento. Os Blogs podem incluir ligações para outros blogs e
Blog
websites. Muito em voga atualmente e abarcando uma infinidade de temas, são reconhecidos
pelo interesse que suscitam junto dos seus leitores, podendo chegar a multidões de seguidores
em pouco tempo.” (Observatório Panorama e-learning, 2022).
“Comunicação síncrona entre membros de um serviço online através de texto. As mensagens
Chat são trocadas em tempo real, como numa conversa, através da digitação de frases breves.”
(Observatório Panorama e-learning, 2022).
“Refere-se aos elementos de ensino/aprendizagem, tanto os materiais como as matérias.
Conteúdos
Texto, áudio, vídeo, animações.” (Observatório Panorama e-learning, 2022).
“Modelo tradicional de educação e representa o ensino cara-a-cara típico que se observa na
Ensino
sala de aula: o professor e alunos estão presentes fisicamente no mesmo local, a uma hora
Presencial
pré-determinada, para a realização da aula.” (Observatório Panorama e-learning, 2022).
“Forma flexível de aprendizagem a distância, estruturada por uma organização educativa, que
utiliza tecnologias e pedagogias diversificadas, destinado a formandos/alunos
geograficamente dispersos que se encontram a uma certa distância da organização
E- Learning
educativa/formativa, e que usa mecanismos online para a comunicação educativa e interação
pedagógica, emocional e social. [termo em discussão na comunidade de prática Panorama e-
Learning].” (Observatório Panorama e-learning, 2022).
“Coleções de trabalhos (dos aprendentes) que podem promover a aprendizagem,
disponibilizando uma forma de organizar, arquivar, apresentar e refletir sobre o seu trabalho.
E-Portefólios
Os e-portefólios são simultaneamente manifestações das competências dos utilizadores e
plataformas para a sua autoexpressão.” (Lucas & Moreira, 2018, p. 92).
O feedback processual é compreendido com um conjunto de informações significativas sobre
Feedback o desempenho dos aprendizes e comunicadas, individualmente e coletivamente, na busca de
melhorias ainda no próprio percurso da aprendizagem (Garcia, 2013, p. 24).
“Local da web ou da plataforma de aprendizagem que permite a troca de informações e a
Fóruns interação de modo assíncrono entre os utilizadores.” (Observatório Panorama e-learning,
2022).
“Learning analytics é a medição, recolha, análise e relatório de dados sobre os aprendentes e
Learning
os seus contextos, com a finalidade de compreender e otimizar a aprendizagem e os ambientes
Analytics
em que esta ocorre.” (Lucas & Moreira, 2018, p. 92).
“Tecnologias que permitem o armazenamento, processamento e apresentação da informação
através de diversos média. O conjunto de recursos tecnológicos integrados entre si, que
TIC
proporcionam, por meio das funções de hardware, software e telecomunicações, a automação
e comunicação dos processos.” (Observatório Panorama e-learning, 2022).

Apd. A -1
Processo de aprendizagem do Ensino a Distância no Exército Português

Apêndice B – Instrumentos normativos do EaD


A Tabela 5 apresenta o resultado da análise da posição nacional, efetuada pela TecMinho, no que concerne
aos instrumentos normativos sobre a regulação do EaD.
Tabela 5 - Normativos nacionais - regulação da formação em e-learning
Instrumentos normativos Descrição
“Regulamento da formação à distância a desenvolver no âmbito do Programa
Operacional do Emprego, Formação e Desenvolvimento Social. Neste despacho
Despacho n.º 17035/2001
exige-se, para os cursos a distância, sessões presenciais e sessões síncronas.”
(Despacho no 17 035/2001, 2001).
“Certificação das entidades formadoras - Define requisitos para a certificação dos
cursos nesta modalidade de formação, nomeadamente os conteúdos terem de
Portaria n.º 851/2010 obedecer às normas SCORM (Sharable Content Object Reference Model), que se
baseiam no princípio na interatividade, autonomia do formando e
navegabilidade.” (Portaria n.o 851/2010, 2010).
“[…] possui como objetivo especificar requisitos para um sistema de gestão da
formação profissional […] está organizada por secções, sendo que as primeiras
três dizem respeito ao seu enquadramento e à apresentação dos termos e
Norma NP 4512/2012
definições, estando a quarta dedicada à descrição de um modelo tipo para um
sistema de gestão da formação profissional, incluindo aprendizagem enriquecida
por tecnologia.” (Custódio, 2018, p. 6).
“Regulamenta a modalidade de oferta educativa e formativa de EaD para os alunos
Portaria n.º 85/2014 dos 2º e 3º ciclos do ensino básico e do ensino secundário.” (Portaria n.o 851/2010,
2010).
“Regulamenta a experiência-piloto de EaD, no âmbito da oferta formativa do
Portaria n.º 254/2016
Ensino Secundário Recorrente a Distância a iniciar no ano letivo de 2016/2017.”
(Portaria n.o 254/2016, 2016).
“Regime jurídico do ensino superior ministrado a distância – O decreto-lei aplica-
Decreto-Lei n.º 133/2019 se a todas as instituições de ensino superior e a todos os seus ciclos estudos
conferentes de grau académico ministrados a distância.” (Decreto-Lei n.o
133/2019, 2019).
“Regulamentação da modalidade de EaD, prevista na alínea a) do n.º 1 do artigo
8.º do Decreto-Lei n.º 55/2018, de 6 de julho, definindo as regras e procedimentos
Portaria n.º 359/2019
relativos à organização e operacionalização do currículo, bem como o regime de
frequência.” ( Portaria n.º 359/2019, 2019).
“O Referencial do e-formador é um instrumento estruturante e operacional, que
integra um conjunto de competências de especialização, em função das quais se
desenvolve o respetivo programa, metodologia pedagógica, planificação e
avaliação visando a melhoria da qualidade da formação profissional, em particular
da ministrada a distância com recurso a plataformas de aprendizagem online, a
tecnologias digitais e a aplicações.
Referencial de Formação
A principal finalidade deste referencial e da respetiva formação é dotar os
Pedagógica Contínua do
participantes das competências necessárias ao exercício de funções de formador a
Formador a Distância
distância, em diferentes contextos de aprendizagem – formal, não formal e
(e-formador)
informal e com diversos destinatários, jovens e adultos e ainda modalidades de
formação inicial ou contínua – atualização, aperfeiçoamento ou reciclagem. Os
formandos que participem em programas formativos de formação de e-
formadores, que seguiam as orientações do referencial do e-formador, e que, na
avaliação tenham obtido aproveitamento, alcançando os objetivos e resultados de
aprendizagem propostos, podem obter o CCPE de e-formador.” (Dias & Rocha,
2018).
“Este documento visa dar resposta a um conjunto de questões e preocupações
25 de maio de 2020, POISE
partilhadas pelos beneficiários das operações de natureza formativa aprovadas
– Orientações específicas
pelo Programa Operacional Inclusão Social e Emprego, divulgando orientações
para a Formação a Distância
específicas relativamente à organização de Formação a Distância.” (Programa
(COVID-19)
Operacional Inclusão Social e Emprego, 2020).

Apd. B-1
Processo de aprendizagem do Ensino a Distância no Exército Português

Apêndice C – Modelo de Análise


Neste apêndice, pretende-se apresentar o modelo de análise como complemento ao já referido no capítulo três e que decorre de toda a metodologia de investigação que
foi desenhada à luz das orientações metodológicas (Fachada et al., 2020; L. Santos & Lima, 2019) e normativos em vigor no Instituto Universitário Militar, concretamente, as
Normas de Execução Permanente de Investigação n.º 001 (2020) e n.º 003 (2020). Neste contexto, enquadrado no domínio de investigação de elementos nucleares das Ciências
Militares e na área do comportamento humano adotou-se um posicionamento epistemológico “construtivista”, com uma estratégia de investigação de tipo qualitativo e um
desenho de pesquisa de estudo de caso.
Quadro 5 – Modelo de Análise
Título Processo de aprendizagem no EaD no EP.
OG: Propor contributos para otimizar as práticas de avaliação da aprendizagem do EAD no EP.
QC: Como otimizar as práticas de avaliação da aprendizagem do EAD no EP?
OE QD Conceitos Dimensões Variáveis Indicadores TRD Estrutura
OE 1: Analisar a
QD 1: Qual a
influência das
influência das
competências
competências digitais
digitais na Competências
na avaliação do Formadores Curso de e-formador Cap. 4
avaliação do digitais
processo de
processo de
aprendizagem do
aprendizagem do
EaD?
EaD.
Avaliação Diários
Análise
Problema de Fóruns
OE2: Analisar as QD2: Como é feita a documental
Investigação Processo de Chat e conferência
práticas de avaliação da Práticas de
aprendizagem E- Portefólios
avaliação da aprendizagem nos avaliação Entrevistas Cap. 5
aprendizagem do cursos de EaD no online Blogs e wikis
estruturadas e
EaD Portefólios
EaD no EP. EP? semiestruturadas
Reflexões Críticas
Avaliação da Recursos (Biblioteca
aprendizagem virtual)
OE3: Analisar as
Trabalho de
práticas de QD3: Como é feita a
conclusão de curso
avaliação da avaliação da Práticas de
Trabalhos em grupo
aprendizagem do aprendizagem do avaliação Cap. 6
Projetos
EaD em EaD em instituições online
Avaliação por pares
instituições congéneres?
Autoavaliação
congéneres.
Feedback

Apd. C-1
Processo de aprendizagem do Ensino a Distância no Exército Português

Apêndice D – Participantes na investigação


Quadro 6 - Identificação das entidades entrevistadas
Instituição Entrevistados Justificação Observações QD
TCor Art
1 EA Sob a dependência DF é UF responsável Presencial 2
Heleno
por ministrar cursos de formação inicial,
TCor AdMil Recebida por
2 ES contínua, tirocínios e estágios. 2
Silveira escrito.
Sob a dependência da DF é uma UF
TCor AdMil responsável por ministrar cursos de Recebida por
3 ES 2
Jesus formação inicial e a formação ao longo escrito.
da carreira dos sargentos.
Capitão-de-
Recebida por
fragata Chefe da Repartição de Tecnologias de
4 Marinha escrito.
Lourenço Formação da DF.
Morgado
Tenente, 1e3
Técnica de
Chefe da Área de Formação Pedagógica
Pessoal e Apoio Recebida por
5 FA de Formadores e Chefe do Núcleo de
Administrativo, escrito.
Conteúdos e-learning.
Ribeiro dos
Santos.
Responsável pela formação online,
NATO12 School Não
6 Mr. Gigi Roman treino e gestão de conteúdos online da -
Oberammergau respondeu
Escola OTAN.
EB TCor André da Recebida por
7 Chefe do CEADEx.
CEADEx Silva escrito.
Comandante
Formador na subdireção de Ambientes
Especialista
Virtuais do CVCDEF. Desenvolveu o Recebida por
8 ET (Informático)
modelo de qualidade e-learning nas escrito.
Mayoral
FFAA espanholas.
Llorente
Gestora do Centro e-learning da
TecMinho e do Gabinete de Formação
Contínua da Universidade do Minho. 1e3
Coordena uma equipa de técnicos e e-
Feita pelo
9 TecMinho Drª Ana Dias formadores que implementam cursos e-
Zoom
learning in-campus (na UMinho) e off-
campus (instituições nacionais e
internacionais). Foi coordenadora do
Projeto Panorama e-learning Portugal.
Drª Conceição Diretora do Departamento de Formação
Matos. do IEFP.
10 IEFP Via Teams
Eng. Carlos Diretor dos Serviços de Qualificação
Fonseca (tem sob sua responsabilidade a EaD).
Cor de
Diretor de Formação do EP em
11 EP Artilharia Silva Presencial
suplência
Perdigão
Participou no projeto de implementação
do EaD do EP, na implementação física
1, 2 e 3
da solução tecnológica em termos de
Cor Tm Sousa Recebida por
12 EP plataforma de gestão da aprendizagem e
Ferreira escrito
também como responsável pela
implementação e desenvolvimento de
cursos de formação e de e-formadores.

12
North Atlantic Treaty Organzation – Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN).

Apd. D-1
Processo de aprendizagem do Ensino a Distância no Exército Português

Apêndice E - Guião de perguntas utilizadas nas entrevistas semiestruturadas


Dada a diversidade de guiões que foram elaborados para as várias entidades participantes na investigação,
apresenta-se a Tabela 6, com todas as perguntas que foram elaboradas e submetidas em entrevistas semiestruturadas.

Tabela 6 - Guião de perguntas para entrevistas


Enquadramento
Sou a Major de Cavalaria Fátima Costa e neste momento encontro-me a frequentar o Curso de Estado-
Maior Conjunto no Instituto Universitário Militar em Pedrouços, Lisboa.
No âmbito da Unidade Curricular Trabalho Final de Curso, estou a desenvolver uma investigação subordinada
ao tema “Processo de Aprendizagem no Ensino a Distância no Exército português”.
O OG da investigação é propor contributos para otimizar as práticas de avaliação da aprendizagem do
EaD no EP, sendo que o objeto de estudo é a avaliação da aprendizagem do EaD, e que a investigação está
delimitada em termos de conteúdo aos cursos de Formação Contínua.
Neste sentido gostaria de solicitar a vossa contribuição para participar desta investigação, tendo em
conta que a informação que me será dada será tratada de forma científica trazendo assim um valor inestimável
a este trabalho.
Considerando o acima mencionado as questões são as que se seguem:
Número Pergunta Entidades
Volvidos 12 anos desde a implementação do EaD no EP, qual é o balanço que a
1 DF faz no que concerne a ganhos efetivos, fragilidades/lacunas e de que forma 11
estas últimas podem ser resolvidas?
Como responsável pela implementação e gestão da plataforma de e-learning do
Exército e por todos os trabalhos desenvolvidos relativos ao EaD no EP, volvidos
2 12
12 anos desde a sua implementação, quais os ganhos efetivos, fragilidades/lacunas
e de que forma estas últimas podem ser resolvidas?
Depois do seminário organizado pela DF em novembro de 2021 relativamente à
temática “Ensino e Formação a Distância, Ensinamentos e Perspetivas Futuras”,
3 foi deixado o caderno de encargos pelo Exmo. Tenente-General Vice-Chefe do 11
Estado-Maior do Exército. Em que consistia esse caderno de encargos e o que é
que está a ser feito pela DF nesse sentido?
Qual a importância das competências digitais do e- formador no processo de
4 11 e 12
aprendizagem em cursos em EaD?
Tendo em consideração as competências digitais do e-formador preconizadas no
Quadro Europeu de Competência Digital para Educadores, qual a importância das 4,5,7, 8,9,
5
competências digitais do formador e do formando na condução do processo de 10,11e12
aprendizagem em cursos em EaD em especial na avaliação da aprendizagem?
Considera que à semelhança do CFPIF, o curso de e-formador deveria ser um pré-
requisito obrigatório em vez de um requisito preferencial para os formadores dos
6 cursos em EaD? A ser de cariz obrigatório como é que vê a sua implementação na 11 e 12
formação no Exército, por forma a dar competências a todos os futuros
formadores?
Que cursos são ministrados nesta Escola/Universidade/Instituição na modalidade
7 1,2 e 3
de EaD?
4,5,7, 8,9,
8 Qual a plataforma de gestão da aprendizagem utilizada?
10

No âmbito da avaliação da aprendizagem, quais as atividades, técnicas, estratégias,


9 1 a 10
ferramentas e modelos tecnológicos de avaliação utilizados?
Tendo em conta: que o EP não tem um modelo de avaliação do processo de enino
10 e aprendizagem adaptado às especificidades do EaD como é que vê um possível 12
modelo de avaliação do processo de aprendizagem do EaD no EP?
11 Que outro contributo gostaria de dar no âmbito do EaD? 1 a 12

Apd. E-1
Processo de aprendizagem do Ensino a Distância no Exército Português

Apêndice F - Análise de entrevistas


Quadro 7 - Análise categorial das entrevistas
Categoria Instituição Extratos Questão
“Tendo em consideração a natureza dos cursos, julgo ser necessário que, quer o formador, quer o formando possuam um
Marinha mínimo de competências digitais para que a formação decorra com o sucesso desejado. É necessário ter o curso de e-
formador.”.
“O formador deve ter competências de - planeamento e design instrucional do curso em EaD; dinamização e facilitação
FA do processo de aprendizagem; criação de e-conteúdos utilizando ferramentas de autoria; a Avaliação em contexto online;
para ministrar os cursos em EaD na FA, ainda não é pré-requisito possuir o curso de e-formador.”.
“É evidente que quanto mais competentes ambos forem digitalmente, mais familiar será um ambiente virtual e mais
agradável será a experiência de formação online. Se a tecnologia for familiar podem concentrar-se em adquirir o
conhecimento, as habilidades e as habilidades do curso.
Para evoluir nesta vertente, foram promovidas as seguintes ações de formação: Competências digitais de formadores: Em
fevereiro de 2022, foi concebida uma ação de formação para formadores (sala virtual) que inclui conteúdos sobre: sistemas de
gestão de aprendizagem (MOODLE), criação de documentos digitais (PDF), vídeo digital e criação de conteúdos multimédia
CVCDEF
(eXeLearning). Nessa mesma linha de ação, desde 2008, é ministrado o curso de ambientes virtuais de aprendizagem (EVA)
e o curso de produção de recursos multimídia (CPRM). Está a ser desenvolvido um grande projeto do Ministério da Defesa
espanhol é o projeto GNOSS. Nele, um dos pilares fundamentais é a aquisição de habilidades digitais por formadores e
Competências formandos. O curso é ministrado pela Universidade Autônoma de Madrid. É obrigatório que todos os formadores militares 5
Digitais façam o curso de aptidão pedagógica. Os cursos de e-formador, o EVA e o CPRM são recomendados, mas não
obrigatórios.”.
“As competências do formador são essenciais. No âmbito do quadro de referenciais nacionais o IEFP tem um referencial de
formação contínua de e-formadores, que está em vigor e que deve ser seguido. Esse referencial foi desenvolvido pela TecMinho
em articulação com o IEFP e está alinhado com o DigCompEdu referido. Todos os formadores devem capacitar-se como e-
TecMinho
formadores para poderem exercer adequadamente as suas funções. Do ponto de vista da avaliação das aprendizagens
devem ser tidos em conta as estratégias de avaliação, o feedback do formador e a análise de evidências, sejam trabalhos,
questionários de avaliação, etc. Podem ainda ser usadas as analytics das plataformas para verificar a atividade dos formandos.”
“As competências do formador são essenciais, e apesar de o CCPE não ser um pré-requisito obrigatório para ministrar os
cursos no IEFP, é recomendável. E neste sentido o que nós fizemos foi ministrar o curso de e-formador a cerca de 4000
formadores, á qual corresponde uma parte significativa dos nossos formadores, para além disto o que fazemos é contratar
formadores com o CCPE. Outra consideração, é o facto de não podermos exigir como obrigatoriedade estas competências
IEFP
quando isto é uma decisão política a qual ainda não estabeleceu uma regulamentação. Este facto acaba também por
interferir na delegação desta formação nas entidades formadoras certificadas, como é o caso do EP, tal como acontece com o
CFPIF. Agora o que pode ser feito é o EP estabelecer um protocolo com o IEFP, no sentido de poderem agilizar uma solução
que permita formar um maior número de militares com as competências do curso de e-formador.”.

Apd. F-1
Processo de aprendizagem do Ensino a Distância no Exército Português

“Considerando que o EaD tem muitas particularidades, considera-se fundamental que os formadores disponham dos cursos
de e-formadores e o curso de e-conteúdos ou outros cursos que versem competências nesta área do conhecimento só
desta forma, poderemos afinar e uniformizar conhecimentos na produção de soluções formativas. Estes cursos poderiam ser
ministrados, em todo ou em parte, pela via telemática, sendo as UF (Escolas) as entidades primárias responsáveis pela
DF implementação deste desígnio. Importa referir que, atualmente não será possível cumprir com esta intenção, porque a
entidade que certifica a formação de e-formadores, não está a reconhecer outras entidades formadoras para efeitos de atribuição
dessa certificação. No entanto uma outra vertente que poderá ser explorada é a certificação das competências de e-formador
pela via do Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências, considerando que muitos dos nossos militares já
dispõem de uma larga experiência na área da formação.”.
“O Curso e-formador deve ser considerado como uma ferramenta essencial para todos os intervenientes nos processos
formativos das direções de formação/secções de formação das UF e PF que queiram desenvolver formação a distância.
Tal como o CFPIF capacita os formadores para os conceitos e práticas inerentes à formação presencial, a Formação Pedagógica
Contínua de Formadores a Distância (e-formador) é destinada a formadores e/ou especialistas da formação em EaD, detentores
Cor Tm de CCPE e que pretendam desenvolver atividades formativas em ambiente online, com recurso a tecnologias e recursos digitais,
Ferreira tais como plataformas de aprendizagem, aplicações móveis e outros meios online ou offline que permitam a mediação,
comunicação e interação com indivíduos ou grupos a distância, com fins educativos/formativos, em contextos formais,
permitindo simultaneamente adquirir o CCPE de e-formador.
O curso de e-formador deve ser considerado um instrumento basilar num sistema de EaD, e extensível a todos os
intervenientes que o desenham, desenvolvem, implementam, avaliam, desde formandos, formadores e gestores da formação.”
“Curso de Monitor de Equitação – Grau I (CMEq-GrauI) iniciado em 2017 em b-learning, o Curso de e-formador13 que
EA é da responsabilidade do IEFP em e-learning (teve uma primeira edição em 2014, uma segunda em 2016 e após um interregno,
em 2020 reiniciou as edições) e o Curso Introdutório às Informações (CII) iniciado em 2022 em e-learning.”.
“Em e-learning: Contratação Pública; Atualização Sistema Integrado de Gestão (SIG) Finanças e SIGDN-RHV. Em b-
Learning: Chefe Subsecção Financeira; Adjunto Subsecção Financeira; Oficial de Justiça; Biblioteca, Arquivo e
Cursos EaD ES 7
Documentação; Delegado de Segurança e Saúde no Trabalho; Categoria “D”; Instrutores "CE e D"; Manutenção de
Armamento Ligeiro - Nível I; Fiel de Paiol; Condutor Militar Categoria “C”.
“O Curso de Promoção a Sargento-Chefe (CPSCh) e o Curso de Promoção a Sargento-Ajudante (CPSA). Ambos os cursos
ESE são b-learning, sendo obrigatória a presença dos formandos em todas as atividades da parte presencial constantes do respetivo
programa horário.”.
“A plataforma de aprendizagem utilizada para os cursos é MOODLE. Esta plataforma permite-nos organizar o curso de forma
interativa, carregando todos os conteúdos formativos através de PDF, PowerPoint de aulas síncronas ou presencias e aulas
assíncronas, vídeos, etc. permite-nos ter um curso muito bem organizado e de fácil utilização quer para os formadores, quer
PGA EA
para os formandos. Normalmente quando existem duvidas os formandos enviam mensagem no chat do MOODLE ou por 8
outras vias disponibilizadas pelas direções de curso e estas tentam resolver os problemas. Para aulas síncronas no CII foi
utilizado o Teams pois consideramos também uma plataforma de excelência.”.

13
Dado que o curso de e-formador é da responsabilidade em termos de formação e certificação do IEFP (sendo a EA responsável apenas pelo processo de nomeação dos alunos
e entidade de ligação com o IEFP), a EA quando se referiu a cursos considerou os cursos da sua inteira responsabilidade como é o CMEq-Grau I e o CII.
Apd. F-2
Processo de aprendizagem do Ensino a Distância no Exército Português

“A plataforma de gestão da aprendizagem utilizada, o MOODLE, deverá basear-se nos princípios da ISO/IEC 19796-1 (2005),
carecendo de algum estudo e análise da norma ISO/IEC 19796-3 (2009) que estabelece os métodos e métricas para a qualidade
do EaD. A ES enquanto unidade formadora do SFE tem um responsável pelo EaD e um administrador do MOODLE com uma
ES série de atribuições e responsabilidades neste campo. O MOODLE com a integração do H5P permitiu a integração e
desenvolvimento de mais e melhores e-conteúdos, melhorando assim o processo de ensino-aprendizagem. A utilização do
Microsoft Teams, seja em sessões síncronas ou assíncronas favoreceu também a comunicação e interação, entre
formador/docente e formando/discente/formando.”.
ESE “A plataforma utilizada é o MOODLE.”.
“A plataforma de aprendizagem utilizada (…) é o MOODLE, que se encontra disponível através da rede interna (intranet),
bem com da internet (interna e externa), possibilitando que a aprendizagem ocorra em qualquer lugar e em qualquer
momento, ao ritmo individual de cada formando. A autenticação dos utilizadores é efetuada a partir da informação da base
de dados fornecida pela rede de Marinha, através de um servidor LDAP. A página da plataforma pode ser carregada em
Marinha
qualquer browser atualizado, estando disponível informação acerca dos requisitos mínimos de acesso ao sistema, na página do
respetivo curso. Esta atualização realiza-se automaticamente pelo Serviço de Redes e Comunicações da Marinha, quando o
computador se encontra ligado à rede interna. O idioma pré-definido no sistema é o português, apesar de ser possível atribuir
localmente o inglês como idioma de funcionamento, para os cursos que assim o justifiquem.”.
FA “A plataforma utilizada é o MOODLE”.
“A EBAula (Ambiente Virtual de Aprendizagem da nossa Força) é a plataforma utilizada que fornece aos docentes uma
CEADEx aprendizagem ativa, interativa e colaborativa (…) fornece aos docentes uma gama de ferramentas que possibilitam realizar
avaliações diagnósticas, formativas e sumativas.”.
CVCDEF Indicadores no mapa conceptual em Anexo E.
TecMinho “As plataformas utilizadas podem ser várias, o MOODLE, o Microsoft Teams, o Zoom, etc…”.
IEFP “O Microsoft Teams é a plataforma utilizada.”
“Conforme a avaliação da aprendizagem quanto à tipologia abrange a avaliação diagnóstica, formativa e Sumativa”; “No caso
do CMEq-Grau I (…) observação, a inquirição principalmente porque passam muitas semanas à distância, e como forma de
validar as aprendizagens nas semanas presenciais e depois a medição para a avaliação sumativa. No caso do CII (…) a
inquirição (através de questionários no final de cada sessão) e a medição (um teste escrito no final do curso) são as técnicas
mais abordadas”; “A avaliação que é feita corresponde à heteroavaliação, em que os formandos são avaliados nos vários tipos
de avaliação de aprendizagem pelos formadores.”, “A avaliação diagnóstica no caso do CMEq-Grau I corresponde a inquéritos
EA de expectativas, um teste teórico e provas de equitação da modalidade ensino e obstáculos. No caso da avaliação Formativa é
Avaliação da
feita através de estes, questionários ou checklist no final de cada sessão das semanas presenciais, quando estão nas unidades 9
aprendizagem
esta avaliação é feita pelo tutor ou pela direção de curso aquando das visitas de apoio técnico. Quanto à avaliação Sumativa
são feitas provas de equitação nas diversas modalidades, testes escritos e provas de prática pedagógica para se atingir a
certificação quer militar (Monitor de Equitação) quer da Federação Equestre Portuguesa (Treinador de Equitação – Grau I).
- No curso introdutório às informações a avaliação diagnóstica é feita através de um questionário de expectativas, a avaliação
formativa é feita através de questionários no final das sessões e a avaliação sumativa é feita através de um teste escrito.”.
“Formativa e sumativa”; “Avaliação da aprendizagem, através da avaliação formativa (glossários, mini testes por sessão de
ES
confirmação de conhecimentos, participação nos chats, fórum de debate de ideias, questionários, questões de verdadeiro/falso
Apd. F-3
Processo de aprendizagem do Ensino a Distância no Exército Português

e de escolha múltipla, preenchimento de espaços, jogos/gamificação, vídeos e outros e-conteúdos) e sumativa (testes
teóricos).”.
“Em ambos os cursos (CPSCh e CPSA) a avaliação interna é efetuada em conformidade com os respetivos RC aprovados, ou
seja, abrange a avaliação diagnóstica, formativa e Sumativa. Ressalva-se o facto de que a fase EaD do CPSCh não ser de
avaliação sumativa, ao contrário do CPSA que possui, nesta fase, avaliação sumativa (efetuada mediante a aplicação de testes
e/ou questionários na plataforma MOODLE).”; “De acordo com os RC são utilizadas técnicas de avaliação como a observação
ESE
direta da formação, avaliação oral, avaliação escrita e avaliação prática.”; “No âmbito da avaliação formativa, são aplicados
testes e questionários elaborados no final de cada aula, quer presencial, quer nos que são aplicados na Fase EaD , realizados
na plataforma MOODLE. No que diz respeito à avaliação sumativa, são aplicadas provas de avaliação escritas e trabalhos
escritos.”.
“Os cursos em b-learning, ministrados na Escola de Tecnologias Navais, contemplam grelha de avaliação comportamental
para as sessões presenciais e síncronas e trabalhos ou testes (teóricos ou práticos) aplicados presencialmente. Todos
estes métodos de avaliação encontram-se devidamente descritos no documento de cada curso com a respetiva cotação atribuída
a cada um deles.
Os procedimentos inerentes à avaliação da formação de cursos a distância mantêm, no essencial, os requisitos que se encontram
definidos também para a formação presencial.
Importa, no entanto, atender a algumas especificidades, designadamente:
- Na avaliação da aprendizagem deve ser privilegiado um sistema de avaliação misto, de caráter presencial e a distância. A
Marinha
assiduidade dos formandos é calculada com base nas presenças nas sessões presenciais e momentos síncronos.”; A
contabilização dos registos de assiduidade nos momentos assíncronos tem carácter meramente administrativo.
- A avaliação das atividades síncronas e assíncronas recorre a grelhas próprias para o efeito que integram a respetiva
documentação de curso.
- Na avaliação da satisfação são utilizados questionários próprios a serem aplicados quer aos e-formadores, quer aos ex-
formandos,
- O dispositivo de avaliação do desempenho dos formadores deve ser ajustado de modo a englobar igualmente o controlo da
tutoria a distância síncrona e assíncrona.”.
“As atividades, técnicas, estratégias e ferramentas aplicadas para a avaliação da aprendizagem são estruturadas dentro das
atividades e recursos disponíveis na plataforma MOODLE, por exemplo, o fórum; glossário; teste; trabalho; wiki; etc. A
FA avaliação das aprendizagens é realizada através de grelhas de observação por módulo, tendo em conta as atividades
realizadas, e a quantidade e qualidade das participações, para além disso há ainda um trabalho prático de avaliação
sumativa.”.
“(…) avaliações diagnósticas, formativas e sumativas.”; “É utilizado não somente os tradicionais plugins do MOODLE como,
EB por exemplo, o questionário, a tarefa e fórum, mas também toda a potencialidade do plugin H5P o qual possibilitam avaliações
CEADEx mais autênticas e imersivas. De ressalvar que são utilizados dentro da plataforma EBaula a correção por rúbrica e a utilização
de um banco de Questões para elaboração de provas.”.
“Para a avaliação da aprendizagem, foi proposto um modelo de avaliação contínua que inclui: Atividades práticas
semelhantes às que os estudantes realizarão nos seus futuros trabalhos nas FFAA; interação formando-tutor e formando-
ET
formando em ambientes virtuais; aprendizagem baseada em problemas; interação presencial com formadores especialistas na
matéria (os formadores, alguns dos quais são destacados, são selecionados de entre o pessoal que foi destacado em unidades
Apd. F-4
Processo de aprendizagem do Ensino a Distância no Exército Português

onde as tarefas que os estudantes irão posteriormente realizar são levadas a cabo, contribuindo assim com a sua experiência
profissional e avaliando questões-chave); prática em simuladores; exercícios práticos combinados nos quais são simuladas
situações reais (em alguns casos, várias especialidades interagem nestes exercícios).”.
“Sobre a avaliação o documento que serve de inspiração para a avaliação da aprendizagem, tal como a carta de qualidade serve
TecMinho de inspiração ou como princípio orientador para a grande maioria das instituições de formação em Portugal, é o Quadro
Europeu de Competência Digital para Educadores, onde tem capítulos dedicados à avaliação da aprendizagem.”.
“Há uma avaliação diagnóstica, há uma avaliação formativa e há uma avaliação sumativa. E é isto que é utilizado que é no
âmbito da formação presencial quer no âmbito da EaD.”; “ As técnicas , estratégias e ferramentas são as mesmas que as da
formação presencial, a não houve necessidade de fazer uma adaptação, a não ser arranjar mecanismos que garantam que os
IEFP
testes foram feitos pelo formando e não por outra pessoa qualquer, mas aí existem outras ferramentas como as perguntas
orais, entre outras, para tentar validar as competências, mas isso são questões que ficam no ónus do formador. Não
temos um regulamento de curso que prevê todas estas condicionantes.”.
“A EA sabe que é muito importante o EaD, e está neste momento a tentar perceber o que é preciso fazer não só ao nível da
DF, mas também ao nível do EP. No EaD devemos olhar sempre para uma entidade de referência que ministre cursos militares
que se enquadram na formação continua, como é o caso da OTAN, que é um bom exemplo daquilo que podem ser os nossos
projetos e os nossos estudos. Depois é importante perceber que competências é que nós queremos que os formandos tenham,
para que depois se possa desenhar com base num modelo, os cursos em EaD. Depois perceber que devemos ter em conta
EA
as especificidades da formação militar e que quando avançamos para cursos com componentes práticas só um modelo
híbrido pode ser implementado, ou seja, a componente teórica poderá ser lançada numa formação online, mas depois a
componente prática, ainda que possa ser simulada, tem que ser presencial. Mas claro tem que se olhar caso a caso, e pensar
na aplicabilidade desta modalidade tendo em conta os seus objetivos que é a redução dos recursos materiais e humanos,
mas sempre com foco nas competências que têm que ser alcançadas.”.
“De uma forma genérica o MD 240-01 foi estruturado essencialmente para a formação presencial, havendo de certa forma
alguma insuficiência no EP de documentos que desenvolvam e clarifiquem questões específicas do EaD no prisma da
qualidade. O próprio modelo de RC carece de pequenas adaptações às necessidades do EaD, nomeadamente no que se
Outros ES
refere aos instrumentos de avaliação, que não foram pensados de raiz para o EaD. O desenvolvimento de e-conteúdos mais 11
contributos
apelativos e facilitadores, por parte dos formadores, dos processos de ensino-aprendizagem deverá ser também uma
preocupação constante enquanto processo de introdução de melhorias.”.
“É fundamental que se efetue uma análise em que cursos se poderá recorrer de forma mais vantajosa ao EaD e à forma
como se poderá implementar, explorar e rentabilizar a formação nestes novos moldes. Se é um facto que o modelo b-Learning
acarreta, em determinadas situações, algumas vantagens, não é menos verdade que também terá outras limitações e/ou
implicações que, por vezes, poderão condicionar o processo de aprendizagem. Entre outros aspetos, o simples facto das aulas
ESE em EaD decorrerem de forma síncrona, ou assíncrona, por si só, já influencia de sobremaneira o processo. Este pormenor
interfere não só com o tipo de conteúdos a ministrar, mas também com o tempo disponível/necessário do formando para
apreender esses mesmos conteúdos. Acresce a este fator as condições a disponibilizar pela U/E/O do militar, não só ao nível
do material informático, como também do tempo disponibilizado para o curso. Constata-se, na amostra das edições mais
recentes do CPSA, que não houve uniformização de procedimentos neste aspeto por parte das diversas U/E/O.”.
Marinha “Embora ao longo do tempo tenha vindo a existir um esforço para se implementar medidas de avaliação da qualidade da
formação a distância, como por exemplo o desenvolvimento da “Carta da Qualidade do e-learning”, realizada com o
Apd. F-5
Processo de aprendizagem do Ensino a Distância no Exército Português

contributo de várias instituições que praticam esta modalidade de ensino, é cada vez mais necessário existirem normas
transversais que sirvam de guia para que as instituições construam os seus próprios mecanismos de avaliação da
qualidade do EaD de forma sustentada. Tal como o ensino presencial, o EaD apresenta um conjunto de particularidades que
devem ser analisadas com vista ao aumento da qualidade da formação ministrada garantindo a aquisição de conhecimentos
por parte dos formandos ao mesmo nível ou superior dos adquiridos num curso presencial.”.
FA “O EaD não substitui o ensino presencial pela limitação de interações que se gera em termos de dinâmicas de grupo e técnicas
pedagógicas aplicadas, no entanto é uma excelente alternativa e aumenta a oportunidade de frequência nas ações de formação
quer pelas limitações em relação ao serviço ou pela distância física.”.

Apd. F-6
Processo de aprendizagem do Ensino a Distância no Exército Português

Apêndice G - Entrevista – Coronel de Artilharia Perdigão


Tabela 7 - Análise da entrevista do Coronel de Artilharia Perdigão
Pergunta Extratos
“A formação é um elemento fundamental para a capacitação dos Recursos Humanos do Exército com vista ao incremento da sua produtividade e
competitividade institucional, neste sentido importa que a mesma possa chegar aos mesmos de forma eficiente e eficaz. O EaD permitiu introduzir no Exército
dois novos regimes de aprendizagem: o e-learning e o b-learning.
O e-learning é um regime de formação que decorre totalmente a distância, com recurso a sessões assíncronas e síncronas e por sua vez o b-learning é um regime
de formação misto, que contempla uma parte do curso no regime presencial e outra no regime e-learning.
Atualmente o Exército dispõe já de 18 cursos a decorrer no regime de aprendizagem b-learning e 10 cursos no regime de formação e-learning, valores com
tendência a aumentar. Salienta-se ainda que o Exército dispõe de uma estrutura de apoio ao EaD implementada que permite uma adequada gestão da plataforma
de apoio a estes regimes de aprendizagem e tem-se mantido atualizado no que respeita a hardware de apoio (servidores) e software, estando implementada a
1 última versão do moodle existente no mercado.
Infelizmente a evolução nesta tecnologia não decorreu como se desejaria nos primeiros anos da sua implementação, a instituição militar, fruto das suas
idiossincrasias e especificidades, sempre pugnou por uma aprendizagem presencial, independentemente da relação custo-eficácia. Todavia, com o período
pandémico resultante da COVID-19, o assunto passou a ganhar visibilidade e relevância. No sentido de preservar os nossos recursos humanos para atividades
fulcrais, de minimizar os custos (materiais e financeiros) afetos à formação/ensino e de potenciar aquilo que se tem aprendido em outras
organizações/instituições, há que revisitar o assunto do EaD e potenciar a sua implementação no maior número de ações formativas em que tal seja possível.
Importa acrescentar que, a mentalidade dos Comandantes/Diretores/Chefes deve acompanhar esta evolução, pois tem-se verificado nos últimos anos, em que
o crescendo de oferta formativa a distância é evidente, que as atividades operacionais de vida diária se sobrepõem às atividades formativas a distância,
condicionando significativamente as aprendizagens.”.
“O caderno de encargos resumia-se a “elaborar um projeto de trabalho, com objetivos e calendarização, com ações a prosseguir”. Neste sentido, já foi visitada
a Universidade Aberta (UAb), única instituição de ensino superior público a distância em Portugal. Pela sua vocação e natureza, a Universidade Aberta utiliza
nas suas atividades de ensino, as mais avançadas metodologias e tecnologias de ensino a distância orientadas para a educação sem fronteiras geográficas nem
barreiras físicas e a Subdirección de Enseñanza y Entornos Virtuales (SDENDIST) da Academia de Logística del Ejército de Tierra do Reino de Espanha,
3
entidade responsável pelo EaD no Exército espanhol. Em breve visitar-se-á o Centro de Audiovisuais do Exército e a Academia Militar, atendendo que ambos
os organismos dispõem de infraestruturas e de recursos humanos e materiais adequados à produção de conteúdos passíveis de serem usados no âmbito do EaD.
O principal objetivo é a implementação de um modelo sustentável, que permita incrementar a formação a distância, baseado em critérios de qualidade e
dinamizando os regimes de aprendizagem a ele associados.”.
“Na minha opinião, claramente todos os e-formadores deveriam ter formação específica associada ao ensino a distância porque, só desta forma, poderemos
afinar e uniformizar conhecimentos na produção de soluções formativas. Estes cursos poderiam ser ministrados, em todo ou em parte, pela via telemática, sendo
as Unidades Formadoras (Escolas) as EPR pela implementação deste desígnio. Importa referir que, atualmente não será possível cumprir com esta intenção,
6
porque a entidade que certifica a formação de e-formadores, não está a reconhecer outras entidades formadoras para efeitos de atribuição dessa certificação.
No entanto uma outra vertente que poderá ser explorada é o reconhecimento das competências de e-formador pela via do RVCC, considerando que muitos dos
nossos militares já dispõem de uma larga experiência na área da formação.”.
“Apesar do EaD ser uma responsabilidade da DF, face aos recursos e organização existentes e em analogia com as entidades congéneres nacionais e estrangeiras,
apenas, a este nível, só a conceção geral do processo de aprendizagem a distância, a sua metodologia, modelo de implementação e ação inspetiva, deverão
11
recair na nossa esfera de influência enquanto Entidade Primariamente Responsável pelo assunto. A operacionalização do EaD deverá recair nos PF devidamente
supervisionadas pelas UF.”.

Apd. G-1
Processo de aprendizagem do Ensino a Distância no Exército Português

Apêndice H - Entrevista – Coronel de Transmissões Ferreira


O Coronel de Transmissões Sousa Ferreira foi entrevistado em três momentos. O primeiro foi um contacto exploratório sobre a temática, tendo ocorrido via telefone,
a 29 de novembro de 2021. O segundo momento efetuou-se presencialmente, a 27 de dezembro de 2021, onde o Coronel disponibilizou uma variedade de bibliografia, desde
livros, revistas, trabalhos de investigação, entre outros. O terceiro momento realizou-se via e-mail a 23 de abril de 2022, ao qual correspondem as respostas exibidas no
Quadro 7 e na Tabela 8. Para além destas respostas facultou uma nota que elaborou com a finalidade de relançar o EaD no Exército, e que muito colaborou, principalmente
na compreensão dos vetores assentes na implementação do EaD no EP.
Tabela 8 - Análise da entrevista do Coronel de Transmissões Ferreira
Pergunta Extratos
“O projeto inicial de implementação de soluções e-learning no Exército assentava em três grandes pilares: a infraestrutura técnica de suporte ao sistema, ou
seja a plataforma de gestão da aprendizagem moodle, um pilar relacionado com a formação de todos os intervenientes para as questões do ensino e formação
a distância, focada na mudança de paradigma em termos de abordagem pedagógica nesta modalidade e finalmente, uma componente de conceptualização,
de estruturação sistémica do ensino a distancia, focalizado nos objetivos propostos, nos meios, na forma de implementação e de orientação concetual para
2
todas a s unidades de formação e polos de formação. A plataforma moodle, no pilar tecnológico tem servido de suporte a abordagens contemplando algumas
práticas de EaD, nomeadamente na estruturação dos cursos e como repositório de conteúdos. Algumas práticas pontuais de utilização e aplicação pedagógica
dos princípios de EaD tem sido evidenciadas, existindo uma expressão não significativa ao nível da tutoria, de práticas de motivação para aprendizagem
colaborativa ou de avaliação, pelo menos esta, centrada na sua componente formativa e de confirmação da autoaprendizagem do formando.”.
“O curso de e-formador deve ser considerado um instrumento basilar num sistema de EaD, e extensível a todos os intervenientes que o desenham,
desenvolvem, implementam, avaliam, desde formandos, formadores e gestores da formação. A sua aplicabilidade deve atender a considerações
idiossincrática do próprio modelo e que substancialmente diferentes das considerações dos cursos presenciais. As varáveis tem a ver com a forma como o
curso de desenvolve, se integralmente em formato online, se em formato híbrido, se o aluno está durante o curso colocado na sua unidade de formação e
realiza o e-curso simultaneamente, ou se está colocado na unidade formadora e atende ao e-curso na sua residência, por exemplo. Outras considerações têm
a ver com a extensão horária, o número de horas online que devem ser dedicadas diariamente pelo aluno ao curso. Foram elencados um conjunto de
6 requisitos, para cursos a decorrerem com o formando colocado na sua unidade de colocação e que deixo como sugestão:
– Pelo facto de o curso decorrer integralmente em modalidade e-Learning, deve ser proporcionado pelos Comandante /Diretor /Chefe das unidades
de colocação do formando, um período de três horas diárias para a realização das atividades de aprendizagem durante o horário normal da Unidade;
– O formando não deve ser nomeado para outras cursos em simultâneo, nem para atividades operacionais que possam comprometer o período de três
horas diárias para realização do curso no horário ordinário da Unidade;
– Deve ser proporcionado aos formandos, pelas Unidades de colocação dos formandos, acesso a um computador multimédia, com webcam e acesso
de banda larga à Internet.”
“O modelo de avaliação que preconizo deve atender às várias formas de avaliação que elenquei no meu trabalho designado de Taxonomia da avaliação no
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EaD.” A restante resposta está em Anexo B.

Apd. H-1
Processo de aprendizagem do Ensino a Distância no Exército Português

Apêndice I - Análise da QD2


Quadro 8 - Práticas de avaliação da aprendizagem nos cursos de EaD no EP
Tipologia de Práticas de avaliação da aprendizagem Fonte de
Descrição do curso Tipologia de EaD
Curso (Avaliação formativa) verificação
Atualização de SIG para a área
1 e-learning Atualização • Testes e tarefas na plataforma MOODLE RC (EP, 2016a).
financeira
Contratação pública • Participação durante as sessões síncronas e/ou assíncronas
2 e-learning Aperfeiçoamento RC (EP, 2021d).
(ContrPub – EaD) (fórum), através de questões ou debate de ideias
3 Desenho da formação e-learning Especialização • Grupos de trabalho RC (EP, 2022b).
• Observação e participação nas sessões síncronas (fórum)
• Questões abertas e fechadas
4 Introdutório às Informações e-learning Especialização RC (EP, 2021f).
• Registos de observação
• Feedback
• Participação no fórum, através de questões ou debate de
ideias
5 SIGDN - RHV e-learning Especialização RC (EP, 2020c).
• Observação direta da formação (via trabalhos lançados em
Sistema Integrado de Gestão)
• Participação em aulas presenciais e durante as sessões
Adjunto da Subsecção
6 b-learning Especialização síncronas e/ou assíncronas (fórum), questões, debate de RC (EP, 2021a).
Financeira
ideias
• EaD - Participação nas sessões síncronas e/ou assíncronas
(fórum) através de questões ou debate de ideias;
Biblioteca, Arquivo e
7 b-learning Especialização • Formação presencial - grelhas de observação RC (EP, 2021b).
Documentação
(observação), feedback e questões (objetivas ou
discursivas) elaborados pelo formador durante as sessões
• Na EaD – nas sessões síncronas e ou assíncronas (fórum)
8 Chefe da Subsecção Financeira b-learning Especialização • Presencial – Provas orais e/ou exercícios práticos em cada RC (EP, 2021c).
sessão
• Testes formativos
• Questionários
9 Conceção de E-conteúdos b-learning Especialização RC (EP, 2016b).
• Grelhas de Observação (observação direta da formação)
• Provas práticas
• Chat, fórum e glossário nos módulos em EaD
• Questões (Presencial)
10 Condutor Militar Categoria C b-learning Especialização RC (EP, 2022d).
• Observação (registos pontuais)
• Feedback
11 Condutor Militar Categoria D b-learning Especialização • Chat, fórum e glossário nas sessões síncronas RC (EP, 2022e).
Apd. I-1
Processo de aprendizagem do Ensino a Distância no Exército Português

• Chat, fórum e glossário nos módulos em EaD


Delegado de Segurança e Saúde • Questões (presencial)
12 b-learning Especialização RC (EP, 2022c).
no Trabalho • Observação (registos pontuais)
• Feedback
• EaD- Participação nas sessões síncronas e/ou assíncronas no
13 Fiel de Paiol b-learning Especialização fórum RC (EP, 2021e).
• Questões ou debate de ideias
• Teste online
• Chat
• Fórum
14 Instrutor Categorias C+E e D b-learning Especialização • Testes orais RC (EP, 2016c).
• Questões objetivas
• Registos de observação
• Feedback
• EaD- Participação nas sessões síncronas e/ou assíncronas no
Manutenção de Armamento
15 b-learning Especialização fórum RC (EP, 2021g).
Ligeiro - Nível I
• Questões ou debate de ideias
16 Monitor de Equitação - Grau I b-learning Especialização • Testes, Questionários ou Checklist no final de cada aula RC (EP, 2018).
• Na EaD – nas sessões síncronas e ou assíncronas (fórum)
17 Oficial de Justiça b-learning Especialização • Presencial – Provas orais e/ou exercícios práticos em cada RC (EP, 2021h).
sessão
Promoção a Sargento-Ajudante
18 b-learning Promoção • Testes, questionários ou Checklist no final de cada aula RC (EP, 2020b).
- Parte Comum
19 Promoção a Sargento-Chefe b-learning Promoção • Testes, Questionários ou Checklist no final de cada aula RC (EP, 2019).

Apd. I-2

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