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COMPUTAÇÃO EM NUVEM

AULA 1

Prof.ª Ana Paula Costacurta


CONVERSA INICIAL

Na primeira parte, falaremos sobre os conceitos e aspectos gerais da


computação em nuvem apresentando definições importantes, características
essenciais e benefícios na utilização da computação em nuvem.
Na segunda parte, conheceremos os três modelos de serviços da
computação em nuvem: software como serviço (SaaS), plataforma como serviço
(PaaS) e infraestrutura como serviço (IaaS). Falaremos sobre as
responsabilidades dos atores em cada um dos modelos de serviços da
computação em nuvem, incluindo as responsabilidades de gerenciamento e
segurança de cada modelo de serviços da computação em nuvem.
Na terceira parte, serão apresentados os quatro modelos de implantação
da computação em nuvem: nuvem privada, nuvem pública, nuvem comunitária
e nuvem híbrida. Verificaremos também quais são os benefícios de cada modelo
de Implantação.
Na quarta parte, falaremos sobre a definição da nuvem com base da
arquitetura de referência NIST, e conheceremos em detalhes a forma de
interação dos atores: consumidor e provedor da nuvem, agente da nuvem e
auditor da nuvem. Também faremos uma breve passagem pelo modelo de
segurança da CSA.
Na quinta parte, estudaremos sobre os componentes da arquitetura de
referência NIST, detalhando as estruturas das perspectivas de orquestração,
gerenciamento, segurança e privacidade de serviços. Também verificaremos as
áreas de foco crítico e problemas de segurança da informação na computação
em nuvem.

TEMA 1 – CONCEITOS E ASPECTOS GERAIS

Antes de iniciarmos, precisamos conhecer sobre as principais definições


e as características essenciais para implantação da computação em nuvem.

1.1 Definição

A computação em nuvem (cloud computing) está associada ao modelo de


realizar as entregas usando TI como serviços (ITaaS). Os serviços entregues
podem incluir servidores, armazenamento, bancos de dados, rede, software,
análise e inteligência, e o meio utilizado para entrega é a internet (nuvem ou
2
cloud). O objetivo principal de disponibilizar TI como serviços na nuvem é a
otimização de recurso sem perder a flexibilidade (Veras, 2015).
Podemos encontrar várias definições sobre computação em nuvem, mas
consideraremos aqui uma definição simples que podemos encontrar: “um
conjunto de recursos como capacidade de processamento, armazenamento,
conectividade, plataformas, aplicações e serviços disponibilizados na internet”
(Taurion, 2009, p. 2).

Figura 1 – Recursos de TI

A Figura 1 ilustra duas situações de utilização dos recursos de TI:

1. Os acessos aos recursos de TI são realizados por meio de uma


infraestrutura local;
2. Os recursos de TI foram transferidos para nuvem e são disponibilizados e
acessados via Internet.

A ITaaS é a forma de implantar, gerenciar e manter a infraestrutura das


corporações utilizando recursos de TI de parceiros ou terceiros (Outsourcing).
Essa maneira de disponibilização dos serviços de IT beneficia a organização e
torna possível simplificar, agilizar, reduzir custos de consumo e aumentar a
eficiência da área de TI da corporação.

3
Podemos aplicar a computação em nuvem, desde serviço de
armazenamento de documentos até a terceirização de toda a infraestrutura onde
ficam armazenadas as aplicações e o banco de dados. Quando a organização
utiliza a computação em nuvem, terceirizar algumas preocupações: com
segurança, manutenção e atualização de hardware. A organização ganha maior
flexibilidade, pois pode realizar um aumento de sua capacidade de
processamento e armazenamento conforme seu crescimento, ou seja, sob
demanda.

Figura 2 – Modelo de referência NIST

Fonte: NIST, 2011.

O NIST (National Institute of Standards and Tecnology), órgão do


Departamento de Comércio americano, define a representação da estrutura da
computação em nuvem e podemos ver representado na Figura 2.
Esse conceito proposto pelo NIST define as características essenciais, os
modelos de serviços e os modelos de implantação. Esse conceito atualmente é
o mais aceito para computação em nuvem. Agora iremos ver em detalhes cada
componente do conceito.

4
1.2 Características essenciais

Figura 3 – Características essenciais dos serviços em nuvem

Fonte: NIST, 2011a.

De acordo com o NIST (2011a), são cinco as características que são


consideradas essenciais para a disponibilização do serviço de IT em nuvem,
conforme é apresentado na Figura 3.
A seguir, veremos em detalhes cada uma das características essenciais:

1. Autoatendimento sob demanda (on-demand self-service): as


funcionalidades são disponibilizadas por meio de autoatendimento sob
demanda, possibilitando assim acesso fácil e rápido os recursos conforme
a necessidade;
2. Amplo acesso a serviços de rede (broad network access): a
disponibilização dos recursos em rede com padronização dos
mecanismos, podendo ser utilizados por uma variedade de dispositivo, ou
seja, acesso heterogêneo;
3. Compartilhamento de recursos (resource pooling): alocação e liberação
dos recursos computacionais, físicos ou virtuais, conforme necessidade
demanda dos consumidores dos serviços. Os recursos são agrupados
com a finalidade de atender vários usuários. Os recursos são os
seguintes: armazenamento, processamento, memória e largura de banda
da rede;
4. Elasticidade (elasticity): o provisionamento e liberação dos recursos, em
alguns casos feitos automaticamente, possibilita a rápida expansão na
quantidade de recursos que realmente necessária de acordo com o
crescimento da organização. O usuário fica com a sensação de recurso
ilimitado, passando uma ideia de que pode ser utilizado qualquer
quantidade em qualquer momento;

5
5. Serviços mensuráveis (measured features): a otimização e o controle
automático do uso dos recursos, com capacidade de medição do serviço.
Como exemplo de serviço, podemos citar: armazenamento,
processamento, largura da banda e contas ativas. Monitoramento,
controle e relatórios fornecem transparência da utilização dos recursos
para o consumidor e fornecedor do serviço.

1.3 Benefícios da utilização da computação em nuvem

Na Tabela 1, podemos ver as três economias de escalas, forma de


economia e motivos da economia.

Tabela 1 – Benefícios computação em nuvem

Economia de Forma de economia Motivo


escala

Fornecimento Grandes centros de Redução do custo de energia;


dados
Redução do custo de pessoal;

Segurança e confiabilidade;

Aumento do poder de compra.

Demanda Agregação de Redução da variabilidade;


demanda
Padrões de uso;

Variabilidade da indústria;

Incerteza crescimento do uso;

Variabilidade multirrecurso.

Arquitetura Número de inquilinos Custo do aplicativo amortizado;


multilocatário por aplicativo.
Custo de utilização servidor
(Multitenancy)
amortizado.

6
TEMA 2 – MODELOS DE SERVIÇOS

Os três modelos de serviços principais para computação em nuvem


definidos pelo NIST (2011a) são Software as a Service (SaaS), Plataform as a
Service (PaaS) e Infrastructure as a Service (IaaS).

Figura 4 – Modelos de serviços

2.1 Software como serviço (SaaS)

Nesse modelo, os serviços oferecidos são os aplicativos e podem ser


acessados pelos clientes pelos navegadores na internet. Os aplicativos de
interesse de vários clientes podem ser disponibilizados na nuvem como uma
opção alternativa para o processamento local. O provedor do serviço tem a
responsabilidade de controle e gerenciamento da rede, do sistema operacional,
dos servidores e da gestão do armazenamento.
Podemos citar como exemplo desse modelo de serviço: Google Apps
(Drive) e SalesForce.com (CRM).

2.2 Plataforma como serviço (PaaS)

Nesse modelo, os serviços oferecidos são a capacidade para o


desenvolvimento de aplicativos que estão disponibilizados e serão executados
na nuvem. O serviço de plataforma na nuvem disponibiliza o modelo de
computação, armazenamento e comunicação entre aplicativos. É importante
mencionar também que o modelo PaaS suporta o modelo SaaS, ou seja, fornece

7
também os recursos, as tecnologias e as ferramentas para desenvolvimento e
execução dos serviços que são disponibilizados no SaaS.
Podemos citar como exemplo desse modelo de serviço: AppEngine
(Google), EC2 (Amazon) e Azure (Microsoft).

2.3 Infraestrutura como serviço (IaaS)

Esse modelo de serviço oferecido é a abstração da infraestrutura, ou seja,


o provedor oferece a infraestrutura de processamento e armazenamento
totalmente transparente para o cliente. O provedor detém a responsabilidade
completa da gestão da infraestrutura física, e o usuário possui controle sobre as
máquinas virtuais, porém com controle limitado. É importante mencionar ainda
que o modelo IaaS suporta PaaS, ou seja, fornece todos os recursos
computacionais (hardware e software) para PaaS.
Podemos citar como exemplo desse modelo de serviço: Amazon Web
Services (AWS).

2.4 Atores nos modelos de serviços

De acordo com os papéis na utilização da arquitetura em nuvem, os


serviços são fornecidos por um provedor e quem consome o serviço pode
assumir vários papéis simultaneamente segundo os interesses.
Os provedores de serviços (SPs ou service providers) têm o papel de
desenvolver e disponibilizar os serviços para os usuários por meio das interfaces
da nuvem.

Figura 5 – Atores de modelos de serviços

8
Na Figura 5, apresentamos um resumo dos modelos de serviços e seus
consumidores e provedores.

2.5 Gerenciamento e segurança dos modelos de serviços

Em cada modelo, as responsabilidades são diferentes:

1. No modelo SaaS, a responsabilidade do gerenciamento total e segurança


é do provedor do serviço;
2. No modelo PaaS, o cliente é responsável pelo gerenciamento das
aplicações e a gestão da segurança é feita pelo provedor;
3. No modelo IaaS, o provedor é responsável pela infraestrutura e o cliente
é responsável pelo gerenciamento das aplicações, banco de dados e
segurança.

Na Figura 6, podemos visualizar graficamente as responsabilidades.

Figura 6 – Responsabilidades modelos de serviço

TEMA 3 – MODELO DE IMPLANTAÇÃO

Baseado no modelo NIST (2011b), os modelos de implantação são


quatro: nuvem privada, nuvem pública, nuvem comunitária e nuvem híbrida. A

9
Figura 7 apresenta os 4 modelos e, na sequência, estudaremos em detalhes
cada um dos modelos.

Figura 7 – Modelos de Implantação

3.1 Nuvem privada (private cloud)

Esse modelo de implantação pode ser gerenciado pelo cliente ou por


terceiros, cujos serviços são oferecidos para utilização própria da organização.
A infraestrutura não é compartilhada com outros usuários. Essa definição de
privacidade não está relacionada com a propriedade e a localização. Existem
dois tipos básicos de nuvem privada: hospedada na empresa (local) ou
hospedada em provedor (virtual). A Figura 8 ilustra os dois tipos de nuvem
privada.

Figura 8 – Nuvem privada

3.2 Nuvem pública (public cloud)

Nesse modelo de implantações, várias empresas compartilham máquinas


físicas que são oferecidas por um provedor que tem capacidade de
10
processamento e podem ser oferecidas por organizações públicas ou grande
grupos industriais. O serviço é entregue por meio de uma rede aberta e de
utilização pública.

Figura 9 – Nuvem pública

3.3 Nuvem comunitária (community cloud)

Esse modelo de implantação é compartilhado por várias organizações,


que possui interesses próprios e contratam uma única infraestrutura privada para
uso comunitário. É semelhante ao funcionamento da nuvem pública, porém com
um número limitado de organização. A localização e o gerenciamento podem ser
realizados pelas organizações envolvidas ou por terceirizado.

Figura 10 – Nuvem comunitária

11
3.4 Nuvem híbrida (hydrid cloud)

Esse modelo de implantação é uma combinação de dois ou mais modelos


(privada, pública, comunitária) que são conectadas por tecnologias próprias ou
padronizadas, que possibilitam a portabilidade de dados e aplicação.

Figura 11 – Nuvem híbrida

3.5 Vantagens e algumas desvantagens dos modelos de implantação

Cada modelo de implantação possui uma vantagem para ser implantada,


veremos algumas a seguir.

1. Nuvens privadas e nuvens pública: possuem alta eficiência e


disponibilidade, elasticidade e de rápida implantação;
2. Nuvem pública: apresenta baixos custos, economia de escala,
gerenciamento simples e pagamento como despesas operacionais,
porém tem um maior risco com a privacidade dos dados;
3. Nuvem privada: são de fácil integração, possuem mais baixos custos
totais, um maior controle em segurança, conformidade e qualidade de
serviço e pagamento como despesas de capital e despesas operacionais.

TEMA 4 – ARQUITETURA

Estudaremos a arquitetura de referência do NIST (2011a), os


componentes da arquitetura e o modelo de segurança da CSA.

12
4.1 Arquitetura de referência NIST

O NIST (2011a) desenvolveu um modelo de referência (Figura 12), que


atualmente é o modelo conceitual mais aceito. Esse modelo é uma ferramenta
para discussão dos requisitos, definição das estruturas de arquitetura e análise
do funcionamento das soluções que são baseadas na computação em nuvem.
O modelo de referência NIST descreve os atores envolvidos, as atividades, as
responsabilidades e as funções. Na Figura 12, podemos ver a representação
gráfica do modelo do NIST, e este será o modelo utilizado para nossos estudos.

Figura 12 – Modelo de referência

Fonte: NIST, 2011a.

O modelo do NIST descreve 5 atores principais, sendo eles:

1. Provedor (cloud provider) é o fornecedor dos serviços;


2. Consumidor (cloud consumer) é o indivíduo ou organização que contrata
ou utiliza os produtos e serviços;
3. Agente (cloud broker) é o intermediário entre os consumidores e
fornecedores e auxilia os consumidores com as ofertas de serviços e
também podem criar serviços;
4. Auditor (cloud auditor) é o responsável por monitoramento do
desempenho e segurança e realiza auditorias independentes;
5. Operador (cloud carrier) é responsável por assegurar o canal de
comunicação entre os consumidores e fornecedores, ou seja, operam a

13
infraestrutura de comunicações normalmente fornecidas por operadoras
de telecomunicação.

4.2. Consumidor e provedor da nuvem

Na Tabela 2, temos exemplos de alguns cenários de utilização


dependendo do serviço solicitado e podemos perceber que as atividades e os
cenários podem ser diferentes entre os consumidores.

Tabela 2 – Cenários de uso dos modelos de serviços

Modelo de serviço Atividades do Atividades do provedor


consumidor

SaaS Usuário final utiliza o Instalação, gerencia,


aplicativo mantém o aplicativo na
nuvem.

PaaS Desenvolvedor de Ferramentas de


aplicativos realiza a desenvolvimento,
criação, testa, faz a implantação e
implementação e administração da
gerenciamento dos plataforma de
aplicativos hospedados desenvolvimento.
na nuvem.

IaaS Criação, instalação, Ambiente de


gestão e monitoramento hospedagem,
da infraestrutura da processamento físico,
nuvem. armazenamento e rede
da infraestrutura da
nuvem.

Podemos dividir as atividades dos provedores em 4 perspectivas:


orquestração de serviços, gerenciamento de serviços, segurança e privacidade.
Veremos em detalhes cada uma destas 4 perspectivas no capítulo 5.

4.3 Agente de nuvem

A integração de serviços pode ser complexa para a gestão pelos


consumidores, assim o agente é acionado pelo consumidor para entrar em
contado com o provedor da nuvem. O agente se torna um ponto único para
14
entrada de vários serviços da nuvem. A principal diferença do agente é a forma
única de oferecer a interface para vários provedores. Normalmente o agente
possui três categorias de serviços:

• Intermediário (service intermediation): aprimoramento de um serviço, com


o melhoramento de um recurso;
• Agregação (service aggregation): combinação e integração de vários
serviços em um novo serviço;
• Arbitragem (service arbitrage): flexibilidade da agregação em que pode
escolher serviços de vários de provedores.

4.4. Auditor de nuvem

As auditorias são realizadas pelos auditores da nuvem, com o objetivo de


verificar a conformidade com os padrões, podendo ser avaliados os serviços que
são oferecidos por provedores em termos de segurança, privacidade e
desempenho.

4.5 Modelo de segurança CSA

A Cloud Security Allice (CSA) desenvolveu um guia de segurança que


define padrões de segurança em nuvem. Esse guia é um conjunto de melhores
práticas de segurança que envolve 14 domínios. Neste momento, analisaremos
o domínio arquitetura e no capítulo 5 vamos ver sobre os demais domínios. O
Guia da CSA, que está na terceira edição, estabelece uma base estável e segura
para operações em nuvem.
O CSA identificou o multilocatário (multi-inquilino ou multitenancy) como
um elemento importante da nuvem, apesar de não ser essencial. Multilocatário
consiste na utilização de um mesmo recurso ou aplicação por vários
consumidores pertencentes a uma mesma organização ou a várias
organizações.
Quanto mais embaixo da pilha o serviço, mais o controle de segurança
fica sob responsabilidade do consumidor.
Na Tabela 3, poderemos ver o funcionamento do modelo de segurança.

15
Tabela 3 – Modelo de segurança dos modelos de serviços

Modelo Construção Recursos e serviços

IaaS Fundamento Recursos de pilha, conectividade física e lógica


dos recursos, conjunto de APIs para integração
e gestão de infraestrutura

Paas Base na IaaS Camada adicional de integração sobre IaaS,


framework de desenvolvimento de aplicativos,
recursos de middleware (funções de banco de
dados, mensagens e filas)

SaaS Base nas PaaS Ambiente autocontido, entrega dos recursos do


usuário (conteúdo, apresentação, aplicações e
gestão)

Na Figura 13, apresentamos as relações e dependências dos modelos de


serviços.

Figura 13 – Dependências entre modelos de serviços

Fonte: Veras, 2015.

TEMA 5 – COMPONENTES DA ARQUITETURA

Agora vamos ver em detalhes os seguintes componentes: orquestração


de serviço, gestão de serviço, segurança e privacidade

16
5.1 Orquestração de serviços

Esse componente se refere a organizar, coordenar e gerenciar a


infraestrutura para fornecimento de recursos. O modelo NIST utiliza estrutura de
três camadas, sendo eles:

1. Camada de serviço (service layer) que define e provisiona cada uma dos
tre modelos de serviços;
2. Camada intermediária (resoucer abstraction and control layer) contém os
componentes do sistema que o provedor utiliza, normalmente contém
software, hypervisors, máquinas virtuais, armazenamento de dados e
outros componentes de abstração e gerenciamento;
3. Camada recursos físicos (physical resource layer) contém todos os
recursos de computação físicos, incluindo hardware (CPU, memória),
redes (roteadores, firewall, switches, links e interfaces), armazenamento
(HD’s) e outros elementos de infraestrutura física.

5.2 Gerenciamento de serviços

Esse componente se refere à função necessária para gerenciamento e


operação dos serviços na nuvem. O modelo NIST utiliza as perspectivas:
suporte, provisionamento e configuração e requisitos de portabilidade e
interoperabilidade.

1. Suporte a negócios (bussiness dupport management) – endereçam


questões referentes à gestão dos contratos, contabilidade e preços;
2. Fornecimento e configuração (provision and configuration) – requisitos
referentes à instalação, à operação e à manutenção dos serviços,
inclusive a medição do serviço e SLAs;
3. Questões de portabilidade e interoperabilidade dos dados, sistemas e
serviços.

5.3 Segurança e privacidade

Vamos ver agora as áreas críticas, problemas de segurança da


computação em nuvem. As áreas críticas são divididas em dois domínios:

• Domínio de governança: questões estratégicas e políticas, assuntos


ligados a governança e gestão de riscos corporativos;
17
• Domínio operacional: questões de segurança e implantação desta,
assuntos ligados segurança, continuidade e recuperação de incidentes.

5.4 Áreas de foco crítico na computação em nuvem

Os controles de segurança da computação em nuvem são implantados


em função do risco e podem ser implantados em uma ou mais camadas, que vão
desde segurança física, de rede, de sistemas e de aplicações.
De acordo com o modelo de serviço, os controles de segurança e
responsabilidades são exercidos por um determinado ator, como pode ser visto
na Figura 6 no item 2.5.
Nesta aula, veremos rapidamente os domínios operacionais e por que se
concentram em questões de segurança táticas e implantação dentro da
arquitetura.
Na Tabela 4, poderemos conhecer o conteúdo tratado em cada uns dos
domínios da segurança operacional.

Tabela 4 – Conteúdo tratado nos domínios operacionais

Domínio Conteúdo

Segurança tradicional, Discussão e análise dos possíveis riscos para


continuidade de negócios e aumentar o conhecimento sobre os modelos de
recuperação de desastres gestão de risco. Com foco em diminuir riscos para
crescimentos em outras áreas.

Operações de Centro de Avaliação da arquitetura e operações dos


Dados provedores, para ajudar a identificar as
características comuns que podem prejudicar os
serviços em operação, e levantar os pontos
fundamentais para criar estabilidade contínua.

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Resposta aos incidentes, Forma correta e adequada de detectar,
notificação e correção responder, notificar e corrigir os incidentes, com
o objetivo de ajudar a compreensão das
complexidades que o modelo computação em
nuvem traz no tratamento de incidentes.

Segurança de aplicações Proteger a execução ou desenvolvimento das


aplicações, incluindo também migração ou
criação da aplicação para ser executada em
nuvem verificando qual o tipo de plataforma mais
adequada (SaaS, PaaS ou IaaS)

Identificação do uso da criptografia e da gestão


Criptografia e de chaves; é mais informativa para entender a
gerenciamento de chaves necessidade e identificar os problemas e proteger
acesso a recursos e dados.

Gerenciamento de Avaliação de quanto a organização tem a


identidade e acesso capacidade de realizar baseado em nuvem, a
gestão de identidade e os diretos de acesso

Virtualização Riscos em relação ao multilocatário e máquinas


virtuais, o foco é em segurança que envolve
sistema e hardware quando envolve a
virtualização.

Segurança como um serviço Delegar a terceiros a responsabilidade de


(Security as a Service) detectar, corrigir e governança da infraestrutura
de segurança.

5.5 Problemas de segurança da informação na computação em nuvem

A utilização da computação em nuvem pode gerar novos riscos à


organização, por isso é importante conhecê-los.
Na Tabela 5, podemos ver a descrição das principais preocupações
levantadas.

19
Tabela 5 – Preocupações de segurança

Preocupação Descrição

Disponibilidade Os serviços de nuvem precisam de alta disponibilidade da


da rede rede e banda larga. Se um dos dois pontos do serviço estiver
indisponível, afetará os serviços na nuvem.

Viabilidade do Utilização de tecnologia de interface proprietária. O


provedor consumidor fica preso ao provedor ou em situação difícil na
migração em caso de fechamento do provedor.

Recuperação de Necessidade de preparação e criação de planos de


desastres e recuperação e continuidade do negócio dos provedores que
continuidade do são contratados. Ter a segurança de que o provedor em caso
negócio de desastre não afetará os processos e serviços.

Incidentes de Notificação e resposta a incidentes de segurança é uma


Segurança preocupação importante. Conhecimento e suporte dos
incidentes para que estes sejam tratados rapidamente.

Transparência Conhecimento das políticas de segurança dos provedores


para verificação se estão adequadas à política de segurança
do consumidor.

Perda de Garantia de que os dados estão sendo tratados da forma


controle físico adequada em relação ao armazenamento, processamento,
dos dados criação e deleção dos dados.

Aspectos legais Obtenção de padrões mínimos regulatórios nos seguimentos


e regulatórios que o provedor atua.

Fonte: Silva, 2013.

FINALIZANDO

Na primeira parte, estudamos os conceitos e os aspectos gerais da


computação em nuvem, em que vimos:

• As definições mais importantes da computação em nuvem e aprendemos


a importância de usar a TI como serviços (ItaaS);
• As cinco características essenciais da computação em nuvem:
autoatendimento sobre demanda, amplo acesso à rede, elasticidade,
serviços mensuráveis e compartilhamento de recursos;

20
• Os benefícios de economia de escala de fornecimento, de demanda e de
arquitetura multilocatário.

Na segunda parte, estudamos os três modelos de serviços:

• Software como serviço: aplicativos utilizados pelos usuários finais que


gerenciamento e segurança é forma total realizado pelo provedor;
• Plataforma como serviço: ferramentas utilizadas pelos desenvolvedores
de aplicativos que o gerenciamento das aplicações é responsabilidade do
consumidor e a segurança é com o provedor;
• Infraestrutura como serviço: fornecimento de infraestrutura de
processamento e armazenamento utilizado pelos administradores de TI.
O consumidor tem a responsabilidade de gerenciamento das aplicações,
banco de dados e segurança e o provedor gerencia os recursos físicos;

Na terceira parte, estudamos os quatro modelos de implantação:

• Nuvem privada: utilizada por uma única organização, podendo ser


hospedada local ou terceirizada em uma rede fechada;
• Nuvem pública: várias organizações sem limitação e restrição de
interesse em uma rede aberta;
• Nuvem comunitária: várias organizações com limitação e restrição de
acesso por apenas algumas organizações com mesmo interesse em uma
rede fechada;
• Nuvem hibrida: combinação de dois ou mais modelos de outras
implantações com tecnologias para comunicação entre elas.

Ainda na terceira parte conhecemos os benefícios em comum aos


modelos de nuvem privada e nuvem publica, sendo alta eficiência e
disponibilidade, elasticidade e rápida implantação. E também conhecemos
benefícios específicos de cada um dos modelos:

• Nuvem privada: baixo custo, economia em escala, fácil gerenciamento e


despesas operacionais, porém com um maior risco de privacidade dos
dados;
• Nuvem pública: integração fácil, baixo custo total, controle de segurança,
conformidade e qualidade do serviço e despesas de capital e operacional.

Na quarta parte, estudamos sobre a arquitetura de referência NIST, que


é o modelo mais aceito atualmente. Conhecemos os atores principais e os
21
cenários de utilização, dependendo do serviço. Conhecemos também o modelo
de segurança CSA com o elemento multilocatário. Ainda na quarta parte,
também estudamos:

• As categorias de serviços dos agentes de nuvem: intermediário,


agregação e arbitragem;
• Os tipos de auditorias realizados pelos auditores de nuvem: segurança,
privacidade e desempenho.

Na quinta parte, estudamos os componentes da arquitetura:

• Orquestração de serviços com as camadas de serviço, intermediária e


recursos físicos;
• Gerenciamento de serviços com as perspectivas de suporte a negócios,
fornecimento e configuração, portabilidade e interoperabilidade;
• Segurança e privacidade.

Vimos os dois domínios das áreas críticas de segurança: governança e


operacional. Conhecemos as oito áreas de foco críticos do domínio da segurança
operacional:
E para encerrar, vimos os sete problemas de segurança da informação na
computação em nuvem que geram novos riscos às organizações:

• Disponibilidade da rede;
• Viabilidade do provedor;
• Recuperação de desastres e continuidade do negócio;
• Incidentes de segurança;
• Transparência;
• Perda de controle físico dos dados;
• Aspectos legais e regulatórios.

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REFERÊNCIAS

LIU, F. et al. NIST cloud computing reference architecture. NIST SP, special
publication, v. 500, n. 292, set. 2011. Disponível em:
<https://nvlpubs.nist.gov/nistpubs/Legacy/SP/nistspecialpublication500-
292.pdf>. Acesso em: 19 jun. 2020.

NIST. The NIST definition of cloud computing. NIST SP, special publication, v.
800, n. 145, set. 2011. Disponível em: <https://nvlpubs.nist.gov/nistpubs/Legacy/
SP/nistspecialpublication800-145.pdf>. Acesso em: 19 jun. 2020.

SILVA, P. M. N. Recomendações de segurança da informação para soluções


de tecnologia da informação e comunicação baseadas em computação em
nuvem. Relatório (Graduação em Redes de comunicação) – Universidade de
Brasília. Brasília, 2013.

TAURION, C. Cloud computing: computação em nuvem. Rio de Janeiro:


Brasport, 2009.

VERAS, M. Computação em nuvem: nova arquitetura de TI. Rio de Janeiro:


Brasport, 2015.

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