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1. Arduino
Criado em 2005 por um grupo de 5 pesquisadores: Massimo Banzi, David Cuartielles, Tom Igoe,
Gianluca Martino e David Mellis, o objetivo, era elaborar um dispositivo que fosse ao mesmo
tempo barato, funcional e fácil de programar, sendo dessa forma acessível a estudantes e
projetistas amadores. Além disso, foi adotado o conceito de hardware livre, o que significa que
qualquer um pode montar, modificar, melhorar e personalizar o Arduino, partindo do mesmo
hardware básico. i
Assim, foi criada uma placa composta por um microcontrolador Atmel, figura 01, circuitos de
entrada/saída e que pode ser facilmente conectada à um computador e programada via IDE
(Integrated Development Environment, ou Ambiente de Desenvolvimento Integrado) utilizando
uma linguagem baseada em C/C++, sem a necessidade de equipamentos extras além de um cabo
USB.
Figura 01 - Microcontrolador Atmel
1.1 – Modelos de Arduino
O tipo de placa que você vai utilizar depende muito do projeto a ser desenvolvido e o número de
portas necessárias. As opções vão das mais comuns, como o Arduino Uno e suas 14 portas digitais
e 6 analógicas, passando por placas com maior poder de processamento, como o Arduino Mega,
com microcontrolador ATmega2560 e 54 portas digitais, e o Arduino Due, baseado em
processador ARM de 32 bits e 512 Kbytes de memória.
1.1.1 – Arduino UNO
O Arduino Uno, figura 02, possui um bom número de portas disponíveis, e grande compatibilidade
com os shields disponíveis no mercado, seu processador é um ATMEGA328, 14 portas digitais,
sendo que 6 delas podem ser usadas como saídas PWM, e 6 portas analógicas. A alimentação
(selecionada automaticamente), pode vir da conexão USB ou do conector para alimentação
externa (recomendável 7 até 12 Vdc).
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Figura 02 – Arduino UNO
Na figura 03, encontramos os diferentes elementos que compõe a estrutura do Arduino UNO, cuja
funcionalidade são semelhante nas demais placas.
Figura 03 – Estrutura Arduino UNO
• Alimentação: A placa pode ser alimentada pela conexão USB ou por uma fonte de
alimentação externa, figura 04.
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Figura 04 – Alimentação do Arduino
• Conectores de alimentação: para conexão de shields e módulos na placa Arduino UNO,
figura 05.
Figura 05 – Alimentação do Arduino
o IOREF - Fornece uma tensão de referência para que shields possam selecionar o
tipo de interface apropriada, dessa forma shields que funcionam com a placas
Arduino que são alimentadas com 3,3V, podem se adaptar para ser utilizados em
5V, e vice-versa.
o RESET - pino conectado a pino de RESET do microcontrolador. Pode ser utilizado
para um reset externo da placa Arduino.
o 3,3 V - Fornece tensão de 3,3V para alimentação de shield e módulos externos.
o 5 V - Fornece tensão de 5V para alimentação de shields e circuitos externos.
o GND - pinos de referência, terra.
o VIN - pino para alimentar a placa através de shield ou bateria externa. Quando a
placa é alimentada através do conector Jack, a tensão da fonte estará nesse pino.
• Comunicação USB: Como interface USB para comunicação com o computador, há na placa
um microcontrolador ATMEL ATMEGA16U2, figura 06, é o responsável pela forma
transparente como funciona a placa Arduino UNO, possibilitando o upload do código
binário gerado após a compilação do programa feito pelo usuário. Nesse microcontrolador
também estão conectados dois leds (TX - transmissão e RX - recepção), controlados pelo
software do microcontrolador, que indicam o envio e recepção de dados da placa para o
computador.
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Figura 06 – Alimentação do Arduino
• Processador: Componente principal da placa Arduino UNO é o microcontrolador ATMEL
ATMEGA328, figura 07, um dispositivo de 8 bits da família AVR com arquitetura RISC
avançada e com encapsulamento DIP28. Ele conta com 32 KB de Flash (mas 512 Bytes são
utilizados pro bootloader), 2 KB de RAM e 1 KB de EEPROM. Pode operar a até 20 MHz,
porém na placa Arduino UNO opera em 16 MHz, valor do cristal externo que está
conectado aos pinos 9 e 10 do microcontrolador.
Figura 07 – Microcontrolador ATMEL ATMEGA328
• Entradas e saídas do Arduino UNO: A placa Arduino UNO possui pinos de entrada e saídas
digitais, assim como pinos de entradas e saídas analógicas, na figura 08 é exibido a
pinagem conhecida como o padrão Arduino.
Figura 08 – Entradas e saídas do Arduino UNO
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A placa Arduino UNO possui 14 pinos que podem ser usados como entrada ou saída
digitais. Estes Pinos operam em 5V, onde cada pino pode fornecer ou receber uma
corrente máxima de 40mA. Cada pino possui resistor de pull-up interno que pode ser
habilitado por software. Alguns desse pinos possuem funções especiais:
“Resistores pull-up são resistores usados em circuitos
lógicos eletrônicos para garantir que entradas de
sistemas lógicos se ajustem em níveis lógicos
esperados no caso de dispositivos externos serem
desconectados.”
o PWM: 3,5,6,9,10 e 11 podem ser usados como saídas PWM de 8 bits, figura 09.
Figura 09 – Entradas e saídas do Arduino UNO
o Comunicação serial: 0 e 1 podem ser utilizados para comunicação serial. Deve-se
observar que estes pinos são ligados ao microcontrolador responsável pela
comunicação USB com o PC, figura 10.
Figura 10 – Entradas e saídas do Arduino UNO
o Interrupção externa: 2 e 3 . Estes pinos podem ser configurados para gera uma
interrupção externa.
Para interface com o mundo analógico, figura 11, a placa Arduino UNO possui 6 entradas,
onde cada uma tem a resolução de 10 bits. Por padrão a referência do conversor AD está
ligada internamente a 5V, ou seja, quando a entrada estiver com 5V o valor da conversão
analógica digital será 1023.
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Figura 11 – Entradas Analógicas
CUIDADO: Os pinos do microcontrolador e a barra de pinos, não há nenhum resistor, que
limite a corrente, além disso, dependendo do local onde está trabalhando pode-se
provocar curto-circuito nos pinos já que a placa não possui isolação na sua parte inferior,
figura 12.
Figura 12 – Sistema sem isolamento
O Arduino UNO possui uma versão com soquete, que permite a troca do chip microcontrolador
ATMEGA328 facilmente em caso de dano ao microcontrolador. Existe também a placa Arduino
Uno versão SMD, figura 13, com o microcontrolador soldado na placa.
Figura 13 – Arduino UNO Versão SMD
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1.1.2 - Arduino Mega 2560
Versão maior da placa Arduino, com microcontrolador ATmega2560 e 54 portas digitais, das quais
15 podem ser usadas como PWM, além de 15 portas analógicas. Clock de 16 Mhz, conexão USB e
conector para alimentação externa. Ideal para projetos mais elaborados que exijam grande
número de entradas e saídas, figura 14.
Figura 14 - Arduino Mega 2560
A figura 15, apresenta a estrutura do Arduino Mega 2560.
Figura 15 – Estrutura - Arduino Mega 2560
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1.1.3 - Arduino Leonardo
Muito parecido com o Arduino Uno, mas com microcontrolador Atmega32u4, possuindo 20 portas
digitais, das quais 7 podem ser usadas como PWM, e 12 como portas analógicas, figura 16.
Figura 16 - Arduino Leonardo
1.1.4 - Arduino Due
É a versão com maior capacidade de processamento, baseada em um microcontrolador ARM de
32 bits e 512 Kb de memória totalmente disponível para programas/aplicações. O bootloader já
vem gravado de fábrica em uma memória ROM dedicada, figura 17.
Figura 17 - Arduino DUE
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1.1.5 - Arduino Mega ADK
Também baseado no ATmega2560, esta placa possui uma conexão USB dedicada à ligação com
dispositivos baseados em Android, como telefones celulares. Possui 54 porta digitais, das quais 15
podem ser usadas como PWM, 16 portas analógicas, 4 chips dedicados à comunicação serial, clock
de 16 Mhz e conexão ao computador via USB. Também possui conector para alimentação externa,
figura 18.
Figura 18 - Arduino Mega ADK
A figura 19, apresenta a estrutura do Arduino Mega ADK e Mega 2560.
Figura 19 – Estrutura - Arduino Mega ADK e Mega 2560
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1.1.6 - Arduino Nano
Placa compacta baseada no microcontrolador ATmega328 (para placas Arduino Nano versão 3.x),
ou ATmega168 (versão 2.x). Ao contrário das outras placas, não possui conector para alimentação
externa, sendo alimentada por um conector USB Mini-B, figura 20.
Figura 20 - Arduino Nano
A figura 21, apresenta a estrutura do Arduino Nano.
Figura 21 - Estrutura - Arduino Nano
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1.1.7 - Arduino Pro Mini
Placa compacta, ideal para projetos permanentes e que não necessitem de grande poder de
processamento ou constante atualização. O microcontrolador utilizado por esta placa é o
ATmega168 que, dependendo da versão da placa, roda à 8 Mhz (placa versão 3.3v) ou 16 Mhz
(placa versão 5v), figura 22. Possui 14 portas digitais, sendo que 6 podem ser usadas como PWM,
e 8 portas analógicas. Não possui conexão USB ou conector para alimentação externa. Para
comunicação com o computador, pode ser adquirido um módulo USB separadamente, ou utilizada
uma placa Arduino para programação.
Figura 22 - Arduino Nano
1.1.8 - Arduino Esplora
Com o formato parecido com o de um controle de videogame, o Arduino Esplora, figura 23, é uma
placa diferente de todas as outras da família Arduino, principalmente por possuir diversos
sensores na sua construção. Nessa placa vem embutido um buzzer, um joystick, um
potenciômetro deslizante, um sensor de temperatura, um acelerômetro, um led RGB, um sensor
de luz (LDR), 4 push-buttons e um microfone. Além de tudo isso, ainda possui um soquete para
tela LCD.
Figura 23 - Arduino Esplora
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A figura 24, apresenta a estrutura do Arduino Esplora.
Figura 24 - Estrutura - Arduino Esplora
2. Arduino Lilypad
O Arduino Lilypadii tem a função de Integrar o Arduino e eletrônica em produtos têxteis. Ele é uma
placa pequena e redonda, que pode ser facilmente colocada (costurada) em roupas, bolsas e
outros produtos de moda e podemos encontrá-lo em 4 versões, figura 25.
• Arduino LilyPad: Versão mais simples da série LilyPad, sua placa baseada no
microcontrolador ATMEGA168V ou ATmega328V, 14 pinos digitais de entrada / saída (
dos quais 6 oferecem saída PWM e 6 entradas analógicas).
• Arduino LilyPad USB: Essa versão do LilyPad vem com uma conexão micro USB, um
conector JST para uma bateria de 3.7V de LiPo e um botão de reset. A placa baseada no
microcontrolador ATmega32u4 (o mesmo do Leonardo), 9 pinos digitais de entrada / saída
( dos quais 4 oferecem saída PWM e 4 entradas analógicas).
• Arduino LilyPad Simples: Placa baseada no microcontrolador ATmega328, 9 pinos digitais
de entrada / saída ( dos quais 5 oferecem saída PWM e 4 entradas analógicas). Ela possui
um conector JST e um circuito de carregador de baterias de polímero de lítio.
• Arduino LilyPad SimpleSnap: É semelhante ao Simples Arduino Lilypad , exceto que ele tem
uma bateria de polímero de lítio, e em vez de buracos, tem snaps (botões de pressão)
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condutores. Placa baseada no microcontrolador ATmega328, 9 pinos digitais de entrada /
saída ( dos quais 5 oferecem saída PWM e 4 entradas analógicas).
Figura 25 - Versões LilyPad
3. Arduino Yun
O Arduino Yuniii, figura 26, é baseado no modelo de Leonardo combinado com um sistema Linux
incorporado através da utilização de um potente microcontrolador ATMEGA32U4 e chip Atheros
AR9331 executando uma distribuição Linux chamado Linino, uma versão modificada do OpenWRT,
amplamente utilizado em sistemas roteadores, por exemplo. Como qualquer dispositivo moderno
tem suporte a Wi-Fi, conector USB e um slot para cartões de memória SD de armazenamento
extra. O ATMega324 pode ser programado como qualquer outra placa Arduino conectado via USB,
mas também pode ser programado via Wi-Fi. Quando conectado pela primeira vez, ele fica no
modo de ponto de acesso, criando uma rede sem fio chamada “Arduino”. Apenas a abertura de
um navegador pode configurar os vários parâmetros via web. Uma vez feito isso, você pode ir
diretamente para a placa usando o Arduino IDE em vez de porta serial selecionando o IP da placa.
Figura 26 – Arduino Yun
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4. Arduino Robot
O Arduino Robot (ROBÔ), figura 27, é o primeiro Arduino que já vem com rodas, ele tem dois
processadores, um em cada lado da placa. Ambos os microcontroladores são baseados no
ATmega32u4 . O robot tem muitos de seus pinos mapeados para sensores e controladores de
motores. A programação do robô é semelhante ao processo com o Arduino Leonardo. Ambos os
processadores tem embutido comunicação USB, eliminando a necessidade de um processador
secundário.
Figura 27 – Arduino Robot
5. Garagino
O Garagino, figura 28, é uma placa compacta com um ATmega328 (encapsulamento DIP), um
cristal de 16MHz, um botão de reset e dois LEDs (alimentação e na saída D13). Todos os sinais do
ATmega estão disponíveis em pinos na parte inferior. Um conector na lateral permite conectar um
conversor serial USB para carga de sketchs (o ATmega vem com o bootloader do Arduino
gravado). Em relação ao Arduino Uno, temos três simplificaçõ[Link]
• A primeira é a ausência de regulador de tensão. Em muitas aplicações isto pode ser uma
vantagem, já que o Garagino pode ser alimentado diretamente com tensões de 1,8 a 5V
(por exemplo, duas ou três pilhas comuns).
• A segunda é a ausência do conversor serial USB diretamente na placa.
• A terceira simplificação é não ter compatibilidade mecânica com os shields do Arduino. O
Lab de Garagem desenvolveu alguns shields específicos para o Garagino.
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Figura 28 - Garagino
6. BlackBoard UNO R3
A placa BlackBoard, é uma placa Arduino compatível fabricada pela empresa RoboCore no Brasil.
É bem similar às placas Arduino Uno R3 e Duemilanove, com algumas melhorias feitas pela equipe
da RoboCore, figura 29.
Figura 29 - BlackBoard UNO R3
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7. ATtiny85
O ATtiny85, figura 30, é um pequeno Microcontrolador (MCU de 8 pinos, ideal para pequenas
automações e que pode ser programado pela Arduino IDE, apesar de ser inferior quando
comparado diretamente ao seu "primo" presente no Arduino UNO, o ATmega328P, é um MCU
versátil e muito útil em diversos projetos que utilizam poucos pinos. Tal como em pequenos
módulos separados de uma central, ou pequenas automações onde uma placa Arduino seria um
exagero.
Figura 30 – Attiny85
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