Tema 5 - Web Services em Python
Tema 5 - Web Services em Python
Descrição
Interface para integração de aplicações, Web services e as tecnologias SOAP e REST, com
demonstração do consumo e fornecimento de Web services em Python.
Propósito
Também será necessário instalar o banco de dados PostgreSQL, juntamente com sua
ferramenta de administração pgAdmin, para definir o meio de persistência adotado em
nossos exemplos.
Objetivos
Módulo 1
Módulo 2
Módulo 4
meeting_room
Introdução
Antes de falarmos de web services, é importante situá-los no contexto da arquitetura
orientada a serviços (SOA, do inglês service oriented architecture). Quando falamos de
SOA, estamos falando de um padrão de arquitetura de software, baseado nos princípios da
computação distribuída, em que as funcionalidades existentes no software devem estar
disponíveis no formato de serviços.
Nesse ponto, temos os web services, que podem ser definidos como uma interface que
permite a comunicação entre clientes e serviços; a comunicação entre máquinas; a
comunicação entre softwares, podendo ser escritos em diferentes linguagens e residir em
diferentes plataformas. Em outras palavras, é por meio de web services que podemos
acessar os serviços disponibilizados em softwares construídos utilizando a arquitetura
SOA. Temos, então, o SOAP e o REST, que são duas diferentes abordagens que permitem a
transmissão de dados nos web services.
Ao longo deste tema, os web services, assim como as abordagens SOAP e REST, serão
descritos conceitualmente. Além disso, o seu uso será demonstrado por meio de exemplos
práticos, nos quais utilizaremos a linguagem de programação Python.
1 - Arquitetura de web services
Ao final deste módulo, você será capaz de descrever os conceitos de web
services.
Posteriormente, esse processamento passou a ser feito entre vários servidores, onde era
comum o uso de middlewares como CORBA (common object request broker architecture),
DCOM (distributed component object model) e RMI (remote method invocation), sendo tais
middlewares responsáveis por prover a comunicação nos sistemas distribuídos.
Mais recentemente, as aplicações cliente x servidor migraram para a internet, dando origem
aos web services, que surgiram como uma extensão dos conceitos de chamada remota de
métodos, presentes nos middlewares já mencionados, para a web. Logo, podemos dizer
que os web services são aplicações distribuídas que se comunicam por meio de
mensagens. Ou, usando outras palavras, um web service é uma interface que descreve uma
coleção de operações acessíveis pela rede por meio de mensagens. Nesse sentido, temos
transações e regras de negócio de uma aplicação expostas por meio de protocolos que são
acessíveis e compreensíveis por outras aplicações – podendo estas serem escritas em
qualquer linguagem de programação, além de residirem em qualquer sistema operacional.
iddlewares
Middleware é a infraestrutura de software localizada entre o sistema operacional e uma
aplicação distribuída. Também pode ser considerado como middleware a camada de software
entre o front-end e o back-end de um sistema.
Os web services e sua arquitetura
A arquitetura dos web services é baseada em três componentes. A seguir, vamos conhecer
um pouco mais sobre cada um deles.
Provedor de serviços
Consumidor de serviços
Registro de serviços
WSDL e UDDI
Conforme pôde ser visto anteriormente, além dos elementos já apresentados, há ainda
outros que compõem a arquitetura dos Web services, como a WSDL, o SOAP, assim como a
XML e a UDDI. A seguir, conheceremos um pouco mais sobre as tecnologias WSDL e UDDI.
Já o SOAP será visto mais adiante, assim como o REST, em tópicos específicos.
WSDL
A WSDL (web services description language) é uma linguagem baseada em XML, cuja
função é descrever, de forma automatizada, os serviços do web service por meio de um
documento acessível aos clientes que desejam fazer uso do web service. A WSDL é
responsável por fornecer as informações necessárias para utilização de um web service,
como as operações disponíveis e suas assinaturas.
UDDI
SOAP e REST
Inicialmente, no contexto da computação distribuída, eram utilizadas tecnologias como
RMI, DCOM e CORBA para a integração de aplicações. Nesse cenário, tais tecnologias
obtiveram sucesso quando aplicadas em ambientes de rede locais e homogêneos.
Posteriormente, já no ambiente heterogêneo da Internet, outras soluções foram aplicadas
por meio da construção de aplicações web escritas em linguagens como Java (JSP), ASP e
PHP. Essas aplicações, em termos de integração com outras aplicações, faziam uso de
XML.
Dica
Veja mais a respeito dessas especificações no site do W3C, conforme está indicado no
Explore+
O padrão WS-* é composto por várias especificações, como a WS-Addressing, que trata
dos mecanismos de transporte para a troca de mensagens nos Web services, e a WS-
Security, um protocolo que trata da segurança nos Web services, entre outras.
Comunicação em SOAP
Web services que fazem uso do protocolo SOAP podem utilizar dois modelos distintos de
comunicação:
RPC
Nesse modelo, é possível modelar chamadas de métodos com parâmetros, assim como
receber valores de retorno. Com ele, o corpo (body) da mensagem SOAP contém o nome do
método a ser executado e os parâmetros. Já a mensagem de resposta contém um valor de
retorno ou de falha.
Document
Nesse modelo, o body contém um fragmento XML que é enviado ao serviço requisitado, no
lugar do conjunto de valores e parâmetros presente no RPC.
Formato de mensagem
Header
Body
XML
content_copy
1 <SOAP-ENV:envelope>
2 <SOAP-ENV:header>
3 </SOAP-ENV:header>
4 <SOAP-ENV:body>
5 <SOAP-ENV:fault>
6 </SOAP-ENV:fault>
Observe que, conforme visto no código, o elemento Body pode conter um elemento
opcional, o Fault. Tal elemento é usado para transportar mensagens de status e/ou erros.
Nesse exemplo, será invocado o método "GetModulosTema". Esse método recebe como
parâmetro o nome do tema, representado pela variável "TemaNome". Como resposta, são
retornados os nomes dos módulos relacionados ao tema informado. O XML contendo o
envelope da requisição pode ser visto no código seguinte:
XML
content_copy
1 <?xml version="1.0"?>
2 <soap:Envelope xmlns:soap="[Link]
3 <soap:Header>
4 </soap:Header>
5 <soap:Body>
6 <GetModulosTema>
XML
content_copy
1 <?xml version="1.0"?>
2 <soap:Envelope
3 xmlns:soap="[Link]
4 soap:encodingStyle="[Link]
5 <soap:Body>
6 <GetModulosTemaResponse>
7 <Modulos>
8 <Modulo>
9 <Nome>SOAP e REST</Nome>
10 </Modulo>
11 <Modulo>
12 <Nome>Utilização de SOAP XML em JAVA</Nome>
13 </Modulo>
14
Modelo REST
Neste vídeo, você verá mais detalhes sobre o protocolo SOAP e sua aplicação.
Considerando esses elementos, o consumo de um web service que faz uso de REST tem
seu ciclo de vida iniciado com o cliente enviando uma solicitação a um determinado
provedor. Esse provedor, após processar a requisição, responde ao cliente. Além disso, o
HTTP é o protocolo que define o formato das mensagens enviadas e recebidas, além de
também ser responsável pelo transporte dessas mensagens.
Atenção!
A exemplo do WSDL, utilizado para web services SOAP, em REST está disponível a WADL
(web application description language), cuja função também é a de descrever serviços –
nesse caso, os Web services RESTful.
Terminal
content_copy
1 [Link]
Considerando então que "Tema" é o nome do recurso, podemos imaginar outros métodos
disponíveis no mesmo. Poderíamos ter, por exemplo, um método para listar todos os temas
ou um método para inserir um novo tema. Cada um desses serviços teria uma URI própria:
Uma vez que os web services REST são baseados no protocolo HTTP, a estrutura dos
recursos REST, como vimos, provém justamente dos métodos e códigos de retorno HTTP.
Isso, em termos práticos, significa dizer que devemos usar os diferentes métodos HTTP de
acordo com as operações para manipulação de dados dos recursos que desejamos fazer.
Exemplo
Para recuperar dados, como no caso onde queremos listar todos os temas existentes,
devemos usar o método HTTP GET.
A seguir estão listados os métodos HTTP e suas funções em relação à arquitetura REST.
GET
POST
DELETE
Por exemplo, para verificarmos se um recurso foi atualizado com sucesso, devemos
verificar se o código HTTP é igual a 200. Caso algum erro tenha ocorrido, teremos o código
400 ou 404.
O consumo de um recurso REST é feito por meio de uma URI. Logo, poderíamos acessar
esse recurso até mesmo por meio de um navegador web, sendo a forma mais usual,
quando falamos de integração entre aplicações, a implementação de um cliente, por meio
de uma linguagem de programação, que acesse o recurso em questão, enviando
parâmetros, quando necessário, e tratando o retorno dele. Nesse contexto, vamos usar o
mesmo exemplo visto em SOAP e recuperar a listagem de módulos disponíveis para um
determinado tema.
Terminal
content_copy
1 [Link]
JSON
content_copy
1 {
2 "Modulos": [
3 {"Nome": "SOAP e REST"},
4 {"Nome": "Utilização de SOAP XML em JAVA"},
5 {"Nome": "Utilização de REST JSON em JAVA"}
6 ]
Como vimos, as informações retornadas pelo web service consumido estão no formato
JSON. Embora não seja o único tipo de dado disponível para o transporte de informações
em REST – ou melhor, em mensagens HTTP -, ele é o mais utilizado nessa arquitetura.
Como curiosidade, em requisições REST podemos usar qualquer um dos tipos de conteúdo
(content-type) a seguir:
Application/xml;
Application/json;
Text/plain;
Text/xml;
Text/html.
video_library
SOAP UI
Neste vídeo, demonstramos como utilizar a ferramenta SOAP UI para testar um web service
do tipo SOAP e a outro do tipo REST, observando a diferença entre eles.
Questão 1
Estudamos algumas definições aplicáveis aos web services. Marque a opção que
corresponde a uma dessas definições.
Os web services são serviços para integração de aplicações que, para
A se comunicarem, precisam ser escritos em uma mesma linguagem de
programação.
Questão 2
A respeito dos conceitos relacionados ao protocolo SOAP e da arquitetura REST, é
correto afirmar:
A escolha entre SOAP e REST deve considerar que nem toda linguagem
D de programação tem suporte a ambos, já que o SOAP é um formato
fechado, restrito, enquanto REST é um formato aberto.
video_library
Django e Spyne
Neste vídeo, apresentaremos protocolo SOAP com Python estruturando a aplicação.
Antes de iniciar, veja na seção "Preparação" se você possui tudo o que precisaremos para
desenvolver nosso web service.
Estruturando a aplicação
Nossa aplicação será um projeto web baseado no Django, que será responsável por
hospedar todos os elementos que serão disponibilizados via protocolo HTTP. Nessa
aplicação, definiremos os recursos que serão disponibilizados via SOAP, além de um
componente para o tratamento de requisições simples, cujo papel será o de Cliente, ou
seja, deverá consumir os recursos definidos em nosso Web service.
Django é um framework para criação de aplicativos Web, que utiliza o padrão denominado
model-template-view, definindo uma estrutura básica para a criação de sites completos por
meio do ambiente Python.
Outra ferramenta que utilizaremos será o Spyne, uma biblioteca que permite criar
servidores do tipo RPC (remote procedure call), com base em diversos protocolos de
entrada e saída, e aqui veremos como utilizá-lo para a comunicação via SOAP. Uma das
grandes vantagens no uso dessa biblioteca é a geração automática do arquivo WSDL,
facilitando o acesso por terceiros.
Terminal
content_copy
Com as ferramentas instaladas, vamos criar o diretório DjangoApps e, por meio do console
do Miniconda, vamos navegar para ele e criar nosso aplicativo Django, com o nome
DisciplinasWS, por meio da sequência de comandos apresentada a seguir.
Terminal
content_copy
1 cd /
2 cd DjangoApps
3 django-admin startproject DisciplinasApp
Em seguida, nosso projeto pode ser executado, utilizando o comando apresentado a seguir,
no diretório do aplicativo, e o teste pode ser feito por meio de qualquer navegador, com o
acesso ao endereço [Link]
Terminal
content_copy
1 cd DisciplinasApp
2 python [Link] runserver 8080
A execução dos comandos, no console do Miniconda, pode ser observada a seguir.
Como podemos observar na estrutura criada pelo Django, temos o diretório DisciplinasApp,
com o arquivo [Link], para inicialização e gerenciamento do servidor, e um arquivo
padrão de banco de dados SQLite. Dentro do primeiro diretório, temos outro com o mesmo
nome, definindo um pacote no formato Python, onde podemos destacar o arquivo [Link],
responsável pelas rotas do aplicativo.
1 - DisciplinasApp
2 - db.sqlite3
3 - [Link]
4 - DisciplinasApp
5 - __pycache__
6 - __init.py__
7 - [Link]
8 - [Link]
9 - [Link]
10 - [Link]
video_library
Clientes Zeep para SOAP
Neste vídeo, veremos os principais aspectos em relação ao cliente SOAP.
Provedor SOAP
Com o aplicativo criado, vamos interromper sua execução, com o uso de CTRL+C no
console do Miniconda, e adicionar o arquivo [Link] no diretório DisciplinasApp
interno, o mesmo de [Link], utilizando o código da listagem seguinte.
Python
content_copy
1 class DisciplinasRepo:
2 def __init__(self):
3 [Link] = {
4 "Webservices":
5 ["Conceitos de Web services",
6 "Utilizando SOAP em Java",
7 "Utilizando REST em Java"],
8 "Programação Servidor com Java":
9 ["Webserver Tomcat",
10 "App Server GlassFish",
11 "Servlet e JSP"],
12 "JPA e JEE":
13 ["Tecnologia JPA",
14 "Enterprise Java Beans",
Python
content_copy
Aqui temos um código bem mais complexo, no qual definimos nosso web service SOAP. A
classe DisciplinasService, derivada de ServiceBase, contém a implementação dos serviços,
por meio de métodos anotados como RPC.
A anotação RPC deve indicar os tipos dos parâmetros de entrada, na ordem em que
aparecem no método associado, e o tipo do retorno, na cláusula _returns. Para o método
getTemas, não temos parâmetros na chamada SOAP, e retornamos uma lista (Iterable) de
texto (Unicode), enquanto getModulosTema tem um parâmetro de texto na requisição.
Podemos observar que o método getTema tem apenas um parâmetro ctx, que receberá o
contexto de execução, sem parâmetros de requisição, e retorna as chaves do repositório,
com o uso de uma estrutura for e yield. O mesmo comportamento ocorre para
getModulosTema, mas agora com o parâmetro adicional tema, fornecido como Unicode a
partir da requisição, retornando os módulos associados no dicionário.
Falta apenas definir a rota de acesso ao serviço, no arquivo [Link], que deverá ficar como o
que é apresentado na listagem seguinte.
Python
content_copy
Tudo que fizemos foi importar o componente disciplinas_ws, e associá-lo, por meio do
método path, ao caminho disciplinasws. Executando o projeto, poderemos verificar o
descritor WSDL, que é gerado de forma automática pelo spyne, com a utilização de um
navegador e acesso ao endereço [Link]
Cliente SOAP
Para facilitar a criação do cliente, vamos inicialmente instalar a biblioteca zeep, que permite
inferir nos métodos do web service a partir de seu descritor WSDL. O comando para instalar
a biblioteca é apresentado a seguir.
Terminal
content_copy
1 pip install zeep
Python
content_copy
Como nosso passo final, vamos criar um sistema web padrão, com acesso ao nosso
serviço via cliente zeep, aproveitando a estrutura fornecida pelo Django.
Python
content_copy
1 TEMPLATES = [
2 {
3 'BACKEND': '[Link]
4 'DIRS': ['templates'],
5 'APP_DIRS': True,
6 'OPTIONS': {
7 'context_processors': [
8 '[Link].context_processors.debug",
9 '[Link].context_processors.request',
10 '[Link].context_processors.auth',
11 '[Link].context_processors.messages
12 ],
13 },
14 }
Python
content_copy
HTML
content_copy
1 <!DOCTYPE html>
2 <html lang="pt-br">
3 <body>
4 <h1>Temas</h1>
5 <ul>
6 {% for t in temas %}
7 <li>{{ t }}</li>
8 {% endfor %}
9 </ul>
10 </body>
11 </html>
Temos um arquivo HTML comum, com algumas partes que serão substituídas pelo Django,
no qual a estrutura for repetirá o trecho li para cada tema t do conjunto temas, fornecido
pelo contexto. Internamente a cada tag li, será colocada a descrição do tema, por meio do
valor de t.
O último passo será uma nova alteração em [Link], para definir a nova rota web,
apontando para a função index.
Python
content_copy
1 from [Link] import disciplinas_ws
2 from [Link] import index
3 from [Link] import admin
4 from [Link] import path
5
6 urlpatterns = [
7 path('admin/', [Link]),
8 path('disciplinasws/', disciplinas_ws),
9 path('web/', index)
10 ]
Com relação à exibição dos módulos de cada tema, vamos modificar o arquivo [Link], de
acordo com a listagem seguinte.
Python
content_copy
1 from zeep import Client
2 from [Link] import render
3 from [Link] import Form,ChoiceField
4
5 class ModulosForm(Form):
6 tema = ChoiceField(label='Tema', choices=[])
7
8 def index(request):
9 cliente = Client('[Link]
10 temas = [Link]()
11 context = {
12 'temas': temas
13 }
14 return render(request, '[Link]', context=context)
GET
Este modo retorna o formulário para a seleção do tema.
POST
Este modo retorna a lista de módulos a partir do tema selecionado.
Agora precisamos das páginas HTML, que serão colocadas no diretório templates, a
começar por modulos_form.html, cujo código é apresentado a seguir.
HTML
content_copy
1 <!DOCTYPE html>
2 <html lang="pt-br">
3 <body>
4 <h1>Selecione o Tema</h1>
5 <form method="POST">
6 {% csrf_token %}
7 {{ form }}
8 <input type="submit" value="Exibir">
9 </form>
10 </body>
11 </html>
Temos uma página bastante simples, onde o formulário tem seus componentes de entrada
gerados a partir da referência ao valor de form, fornecido a partir do contexto. Temos ainda
uma instrução csrf token, que inclui um token no formulário para evitar ataques do tipo
CSRF, ou Cross-Site Request Forgery.
Com relação à segunda página, com o nome modulos_lista.html, seu código é apresentado
na listagem seguinte.
HTML
content_copy
1 <!DOCTYPE html>
2 <html lang="pt-br">
3 <body>
4 <h1>Módulos de {{ tema }}</h1>
5 <ul>
6 {% for m in modulos %}
7 <li>{{ m }}</li>
8 {% endfor %}
9 </ul>
10 </body></html>
Temos uma codificação muito semelhante à que foi utilizada para a listagem de temas,
neste caso usando a estrutura for para os módulos, além da recuperação do tema em si
para a exibição no título da página.
Ainda falta acrescentar a rota web/modulo, apontando para a nova função de tratamento,
no arquivo [Link].
Python
content_copy
video_library
Web service SOAP com Python
Neste vídeo, assista ao exemplo da construção de um provedor SOAP com Django e Spyne,
seguido de uma linha de criação de um cliente de linha de comando com o zeep e a WSDL
do serviço.
Questão 1
Atenção!
Antes de iniciar, veja na seção "Preparação" se você possui instalado o PostgreSQL e sua
ferramenta de administração PgAdmin. Download disponível em
[Link]
Inicialmente, vamos criar um banco de dados no PostgreSQL, por meio do PgAdmin, com o
nome curso. A opção para criação de banco pode ser observada na imagem seguinte.
Criação de banco de dados no PostgreSQL
Na janela que será aberta, basta digitar o nome do banco, que no caso é curso, aceitando o
usuário postgres como owner, e clicar em Save.
Com o banco criado e selecionado, vamos abrir a ferramenta para digitação dos comandos
SQL, por meio do menu Tools, opção Query Tool, como pode ser observado a seguir.
SQL
content_copy
Após a execução dos comandos, teremos duas tabelas, TEMA e MODULO, com
identificador e nome para cada entidade, e o relacionamento entre módulos e temas por
meio de uma chave estrangeira (FOREIGN KEY). Após definir a estrutura de nosso banco de
dados, vamos inserir alguns valores nas tabelas, onde o código seguinte contém uma
sugestão de valores, com base nos dados usados em exemplos anteriores.
SQL
content_copy
Após executar as inserções, a partir do editor do Query Tool, podemos dar início à
codificação da camada Model, no ambiente do Python, em nosso próximo passo.
Terminal
content_copy
Python
content_copy
Inicialmente temos uma classe Base, no modelo declarativo, definindo a estrutura básica
para o mapeamento dos metadados necessários. A partir dela, derivamos as classes Tema
e Modulo, com a especificação da tabela associada a cada uma no atributo especial
__tablename__.
Os atributos são definidos por meio da classe Column, escolhendo o tipo do campo na
tabela, como Integer ou String, além de possibilitar a marcação como chave primária
(primary_key) e a especificação de chaves estrangeiras (ForeignKey). Temos ainda as
declarações relationship, aqui utilizadas para configurar o relacionamento do tipo um-para-
muitos, com um atributo do tipo Tema na classe Modulo e uma lista de objetos do tipo
Modulo na classe Tema.
Precisamos de um driver de conexão com o PostgreSQL, que será instalado por meio do
comando apresentado a seguir.
Terminal
content_copy
Agora é necessário definir uma conexão com o PostgreSQL, utilizando o driver que
acabamos de instalar. Vamos criar o arquivo [Link], com o conteúdo apresentado a
seguir.
Python
content_copy
Com base no método create_engine, definimos uma conexão com nosso banco de dados,
por meio de uma string de conexão, especificando o tipo de banco (postgresql), usuário
(postgres), senha (admin123), endereço do servidor ([Link]) e instância (curso). A partir
desse objeto de conexão, denominado postgresql_engine, podem ser definidos elementos
Session, para que sejam efetuadas as diversas operações sobre o banco de dados.
Agora vamos criar o arquivo [Link], com as classes de gerência para módulos e temas, de
acordo com a listagem apresentada a seguir.
Python
content_copy
1 # -*- coding: utf-8 -*-
2 from sqlalchemy import select
3 from cursodb import postgresql_engine
4 from entidades import Tema, Modulo
5 from [Link] import Session
6
7 session = Session(postgresql_engine)
8
9 class TemaDAO:
10 def obterTodos(self):
11 stmt = select(Tema)
12 return [Link](stmt)
13 def obter(self,tema_id):
14 tema = [Link](Tema, tema_id)
Note que temos um objeto session, relacionado à conexão com o PostgreSQL, utilizado
para as consultas, via método scalars, acréscimo de registro (add), remoção (delete), e
confirmação das alterações (commit).
As consultas são baseadas em chamadas declarativas, via elementos select e where, como
no método obterTodosTema, onde ocorre o retorno de todos os módulos para um tema
específico, com base na condição de igualdade entre o atributo tema_id e o parâmetro de
mesmo nome, enquanto nos métodos obterTodos, em ambas as classes, ocorre a seleção
de todas as entidades, sem restrições. As classes de gerência seguem o padrão DAO (data
access object), concentrando as operações de persistência para determinada entidade em
cada uma delas. Note que as classes TemaDAO e ModuloDAO apresentam métodos muito
similares para consulta, exclusão e inclusão, apenas com a modificação do tipo de entidade
e campo identificador.
Para a inclusão, basta utilizar add, com a passagem de uma entidade, seguido da
confirmação por meio de commit. Já para a exclusão, precisamos obter a entidade a partir
do identificador, com a utilização do método get, remover do banco por meio do delete, e
confirmar via commit.
Nossa camada Model está completa, e já podemos implementar o web service RESTful.
video_library
Criação da camada Model
Neste vídeo, assista ao processo de criação da camada Model, desde a definição da base
no PostgreSQL até a codificação no Python, utilizando a biblioteca SQL Alchemy.
Para a criação de web services RESTful, utilizaremos o Flask, uma alternativa mais simples
que o Django para a criação de servidores. Sua instalação é feita por meio do comando
seguinte.
Terminal
content_copy
Python
content_copy
No método get_temas, respondemos à rota tema no modo GET, ocorrendo uma conversão
das entidades recuperadas via obterTodos para uma lista de dicionários, de forma a
permitir o uso do método jsonify para a construção da resposta no formato JSON, com o
conjunto de temas presentes na tabela. Temos o mesmo tipo de operação no método
get_tema, agora recebendo o valor de tema_id na rota parametrizada, assim como em
get_modulos, acessado por meio da rota modulo, também parametrizada, que retorna
todos os módulos de um tema específico.
Comentário
Segundo o padrão REST, o modo POST está relacionado à inclusão, como pode ser
observado nos métodos add_tema e add_modulo, com a obtenção dos dados por meio do
método get_json de request, geração da instância de entidade necessária, e chamada para
o método incluir do DAO correto. Ao final, temos um retorno vazio, com código 204,
indicando o sucesso da inclusão, e no caso específico do módulo, a rota é parametrizada
com o identificador do tema, ocorrendo uma exceção quando esse identificador não
corresponde aos dados fornecidos para inclusão.
Nosso servidor responde, por padrão, na porta 5000, e um teste simples pode ser feito com
o acesso ao endereço [Link] como pode ser observado na próxima
imagem.
Terminal
content_copy
Python
content_copy
Python
content_copy
Nossa classe Cliente concentra todas as chamadas ao web service, por meio de requests,
como buscar_temas, com retorno de todos os temas, buscar_tema, retornando o tema
identificado por tema_id, e buscar_modulos, que fornece os módulos relacionados ao
tema_id. Como são métodos de consulta, utilizam a função get, e as rotas parametrizadas
são definidas por meio da substituição de tema_id em uma string formatada.
Agora vamos alterar o arquivo [Link], que deverá estar no mesmo diretório de [Link],
para o conteúdo da listagem seguinte.
Python
content_copy
video_library
Bibliotecas requests e JSON
Neste vídeo, apresentaremos os principais assuntos em relação a criação do cliente REST.
Recapitulando conceitos
Web services
Partindo dessa definição, podemos ver que as aplicações que criamos atendem às
funcionalidades nelas mencionadas, ou seja, trata-se de aplicações, agentes de software,
com a função de disponibilizar serviços – os provedores SOAP e REST – e consumir
serviços – os clientes SOAP e REST.
Software
Softwares de sistema
Software de aplicação
Software embutido
Outros
Dentre essas categorias, cabe ressaltar a definição para o software de aplicação: Segundo
Pressman (2016), são programas desenvolvidos para execução em um negócio específico
ou em uma empresa específica. Essa definição cabe bem dentro das aplicações que
desenvolvemos, uma vez que abordamos um tema específico, voltado para a área
acadêmica e no qual manuseamos algumas classes como "Tema" e "Modulo", naturais do
negócio em si.
API
Definição
O provedor da API descreve exatamente qual funcionalidade a API oferecerá.
Disponibilidade
O provedor da API descreve quando e como a funcionalidade estará disponível.
Restrições
O provedor da API pode estabelecer restrições técnicas, legais ou comerciais, como limites
de utilização, entre outras.
Responsabilidades
Um contrato deve ser estabelecido entre o provedor da API e quem dela faz uso, ficando o
último comprometido a seguir as regras de uso estabelecidas pelo provedor.
Unindo conceitos
Os três conceitos apresentados são de suma importância para abordarmos o uso de web
services no mundo real, uma vez que se tratam de conceitos intrinsecamente relacionados,
como podemos perceber nas suas respectivas definições. Logo, é comum, no dia a dia,
confundirmos os conceitos de web services e APIs, por exemplo. Frente a isso, cabe
destacar algumas de suas diferenças:
Podemos dizer que todos os Uma API pode usar outras Uma API, difer
web services são APIs, mas formas de comunicação, além web service, n
nem todas APIs são web das utilizadas pelos web uma rede para
services. services (SOAP, REST e XML-
RPC).
Atenção!
Nesse caso, poderíamos consumir o web service desenvolvido (em SOAP ou REST) tanto a
partir do "server side" – carregando as informações no carregamento da página – quanto a
partir do "client side" – a partir de formulários de pesquisa e filtro de resultados carregando
informações através de AJAX.
Imaginando agora outra situação real e um pouco mais avançada, na qual se aplique a
utilização de web services, temos a arquitetura de microsserviços, uma abordagem de
desenvolvimento de softwares que prega a decomposição de aplicações em uma gama de
serviços, os quais serão disponibilizados por meio de uma interface de APIs.
Em comparação com a abordagem tradicional de desenvolvimento de aplicações,
normalmente monolíticas, ou seja, todos os módulos e funcionalidades em um bloco único,
a abordagem baseada em microsserviços prega que as aplicações sejam desmembradas
em componentes mínimos e independentes que, embora separados, trabalhem juntos para
realizarem as mesmas tarefas. Entre as vantagens da abordagem baseada em
microsserviços, temos:
Compartilhamento
Escalabilidade
Disponibilidade
Com a aplicação não sendo formada por um único bloco, diminui o risco de
indisponibilidade total dela.
APIs de pagamento
A maioria das redes sociais fornecem APIs públicas para o consumo de suas informações,
além da realização de outras ações, como login baseado nas credenciais da rede social,
publicações e compartilhamentos.
APIs de localização
Questão 1
Como REST é uma arquitetura simples, que preza pela leveza, não é
E possível consumir dados complexos, dados que estejam, por exemplo,
armazenados em mais de duas diferentes tabelas de bancos de dados.
Questão 2
Por ser uma arquitetura mais simples, quando comparada ao SOAP, por
C exemplo, é possível, ao utilizarmos REST, definirmos novos métodos no
lado cliente, mesmo que esses não existam no provedor.
Atualmente os web services constituem um dos melhores exemplos de API, pois permitem
a definição de conjuntos de serviços, com base em formatos de texto interoperáveis,
enquanto sustentam complexos sistemas, ocultos do ambiente exterior. Logo, podem ser
considerados como interfaces para programação de aplicativos, já que as chamadas
disponibilizadas ativarão diversos processos internos para a conclusão das operações
relacionadas.
Aumentando a produtividade
Python
content_copy
1 def index(request):
2 clienteREST = Cliente()
3 temas = clienteREST.buscar_temas()
4 context = {
5 'temas': [x['tema_nome'] for x in temas]
6 }
Agora vamos construir uma API no estilo REST, com base no Flask, semelhante aos
exemplos que foram implementados anteriormente, onde a inversão de controle é utilizada
na definição de rotas, por meio de anotações, também conhecidas como decorações.
Como as ferramentas já foram instaladas em passos anteriores, vamos criar o diretório
tarefasAPI, e iniciar a codificação de nosso projeto imediatamente, com todos os arquivos
sendo gerados nesse diretório.
Python
content_copy
1 from sqlalchemy import Column
2 from sqlalchemy import String
3 from [Link] import declarative_base
4
5 Base = declarative_base()
6 class Tarefa(Base):
Utilizamos o SQL Alchemy para definir uma entidade Tarefa, com persistência em uma
tabela de mesmo nome, composta pelas colunas codigo, titulo e descricao, todas do tipo
texto, sendo utilizado o codigo como chave primária. A adoção do modelo declarativo torna
muito simples e intuitivo o mapeamento objeto-relacional, como já vimos em exemplos
anteriores.
Para utilizar o PostgreSQL, vamos criar o arquivo [Link], semelhante ao que foi criado
para o exemplo de cursos, mas agora com a criação da tabela, caso ainda não exista. A
listagem com o código modificado é apresentada a seguir.
Python
content_copy
Já podemos completar nossa camada Model, com a criação do arquivo [Link], onde
será utilizado o código da listagem seguinte.
Python
content_copy
A classe TarefaDAO utiliza o objeto do tipo Session, inicializado com base na engine
associada ao PostgreSQL, para todas as tarefas de consulta e persistência. Por exemplo,
para a consulta de todas as tarefas (obterTodos), utilizamos scalars, com base em uma
chamada select, enquanto para a consulta pela chave primária (obter), efetuamos uma
chamada para get, com a passagem do código fornecido por meio do parâmetro.
Com relação às operações de persistência, temos a inclusão baseada no método add,
exclusão efetuada via delete e alteração por meio de merge. Em todos os casos é
necessário confirmar a operação por meio de uma chamada para commit.
Já podemos definir nossa API do tipo REST, com base no Flask, criando o arquivo
[Link], onde será utilizado o código da listagem seguinte.
Python
content_copy
Em termos práticos, temos apenas funções comuns, com anotações indicando a rota e o
método HTTP utilizado, o que permitirá a inversão de controle pelo framework Flask.
Nosso repositório é baseado em uma tabela do PostgreSQL, acessada por meio do DAO,
sendo definidas as funções obterTarefas, para retorno das tarefas em uma lista,
incluirTarefa, para adicionar uma tarefa a partir dos dados da requisição, e excluirTarefa,
para remoção a partir do código.
Para incluir uma tarefa, por meio do método add_tarefa, que responde no modo POST,
obtemos a informação via get_json, transformamos em um objeto do tipo Tarefa, e
acionamos o método de inclusão do DAO.
Atenção!
Com relação ao método del_tarefa, que utiliza o modo DELETE, a exclusão da tarefa ocorre
com base no código que é fornecido por meio da rota parametrizada. Em ambos os casos
respondemos ao solicitante com o código 204 do protocolo HTTP, indicando sucesso.
Devemos observar que a consulta exige a transformação dos dados recebidos a partir do
DAO em uma lista de dicionários, viabilizando o retorno no formato JSON, com uma
chamada para a função jsonify, tendo a lista transformada como parâmetro.
Já podemos executar nossa API, no console do Miniconda, por meio do comando seguinte,
que deve ser digitado no diretório do projeto.
Terminal
content_copy
Com a simples execução de nosso servidor teremos a criação da tabela tarefa no banco de
dados curso, o que poderá ser verificado por meio do pgAdmin. Devido ao uso do objeto de
metadados, no arquivo [Link], a tabela é criada sempre que não for encontrada no
PostgreSQL.
Ao trabalhar com uma API, não temos uma interface de usuário constituída, mas apenas
um conjunto de serviços disponibilizados para outras plataformas. Para testar as APIs do
tipo REST, sem a criação de um aplicativo cliente, podemos utilizar o Postman ou o plugin
Boomerang, do navegador Chrome, sendo este último escolhido pela praticidade.
Os dados de cada tarefa devem ser fornecidos no formato JSON, como no exemplo da
listagem seguinte, sendo necessário o fornecimento dos valores para todos os atributos da
classe.
JSON
content_copy
1 {
2 "codigo": "A002",
3 "titulo": "Geração de Gráficos",
4 "descricao": "Criar gráficos estatísticos com o Google Charts"
5 }
6
Após inserir algumas tarefas, repetindo o processo anterior com a modificação dos dados
que serão enviados, vamos criar uma requisição para o mesmo endereço, em modo Get, e
corpo vazio. Ao clicar em Send, devemos ter, além do indicador de sucesso, o retorno de
todas as tarefas enviadas, na forma de um vetor JSON.
Consulta de tarefas por meio do Boomerang.
Interoperabilidade
Em meados da década de 1990, com a expansão dos sistemas computacionais,
começaram a ser oferecidas diferentes formas padronizadas para armazenar, recuperar e
processar dados. Com base em conversores de dados, os arquivos de um determinado
fabricante eram convertidos para um determinado formato, de forma que outro fabricante
pudesse ler. Esse processo surgiu da necessidade de compartilhamento de dados entre
aplicativos distintos.
O uso de métodos como PUT e DELETE, além da adoção de JSON para os dados, pode
dificultar testes tradicionais, baseados em formulários HTML, mas existem muitas
soluções viáveis, como o uso do aplicativo Postman, ou de chamadas AJAX a partir de
bibliotecas JQuery. No entanto, a forma mais eficaz para verificar a funcionalidade da
solução é a criação de um aplicativo Python que se comunique com nossa API.
Comentário
Bibliotecas como Axios, no ambiente NodeJS, e Retrofit, para a plataforma Java, permitem
o uso de todos os métodos do HTTP de forma simplificada. No ambiente do Python, as
funções de requests efetuam o acesso via HTTP, enquanto a biblioteca json permite efetuar
o mapeamento dos dados no formato JSON para listas de dicionários.
Vamos iniciar a definição do cliente com a criação do diretório tarefasClient, onde ficarão
todos os arquivos de código-fonte. No diretório tarefasClient incluiremos o arquivo
[Link], com o código apresentado a seguir.
Python
content_copy
1 import requests
2 import json
3
4 class Tarefa:
5 def __init__(self,dados):
6 [Link] = dados['codigo']
7 [Link] = dados['titulo']
8 [Link] = dados['descricao']
9 def json(self):
10 return {'codigo': [Link],
11 'titulo': [Link],
12 'descricao': [Link]}
13
14 class ClienteTarefa:
A primeira classe do arquivo (Tarefa) é apenas um modelo de dados que permitirá trabalhar
de acordo com o paradigma orientado a objetos. Ela apresenta um construtor que recebe
um dicionário e associa os valores aos atributos do objeto, além de um método json, que
retorna os valores dos atributos na forma de um dicionário.
Em seguida, temos a classe CienteTarefa, que representa o cliente de nossa API, com o
atributo baseURL apontando para o endereço [Link] Os métodos da
classe utilizarão esse atributo como endereço de base nas chamadas efetuadas via
biblioteca requests. Veja a seguir mais informações sobre outros métodos.
obterTarefas
Neste método, efetuamos uma requisição GET para o endereço de base, recebendo os
dados na forma de uma lista de dicionários, e transformamos o conteúdo recebido em uma
lista de objetos do tipo Tarefa, a qual é retornada ao final.
incluirTarefa
Já neste método, o mesmo endereço é utilizado, agora no modo POST, com a passagem de
uma tarefa no formato JSON, o que causará a inclusão da tarefa ao nível do servidor.
excluirTarefa
Neste método, finalmente, o endereço de base é combinado com o código da tarefa, em
uma chamada do tipo DELETE, para que o registro seja removido no servidor.
Para testar nosso cliente, vamos criar o arquivo [Link], com o código da listagem
seguinte.
Python
content_copy
O encapsulamento das chamadas em uma classe permite essa visão simplificada do uso
da API, com a execução dos métodos dando a impressão de simples chamadas locais,
enquanto temos requisições HTTP na comunicação entre o cliente e o servidor. Criando
uma base de clientes para múltiplas APIs, nossos sistemas poderão contar com serviços
diversos, como a consulta de CEP, ou lista de projetos do GitHub, apenas para citar alguns
exemplos, os quais serão incluídos de forma direta, demonstrando o grande nível de reuso
na adoção da metodologia.
Continuando a análise da utilização de nosso cliente REST, para incluir uma tarefa teríamos
um trecho de código similar ao que é apresentado a seguir.
Python
content_copy
1
2 cli = ClienteTarefa()
3 novaTarefa = Tarefa({'codigo':'T001',
4 'titulo':'Apenas Teste',
5 'descricao':'Este e um teste'})
6 [Link](novaTarefa)
Python
content_copy
1 cli = ClienteTarefa()
2 [Link]('T001')
video_library
Criação de API REST e cliente com Python
Neste vídeo, veja a construção de aplicativo cliente-servidor, adotando a arquitetura REST,
com base em Flask, requests e biblioteca JSON.
Questão 1
Por meio do Flask podemos definir uma API REST de forma simples, sem a
necessidade de um servidor, como Apache, JBoss ou Payara. Por meio de anotações, a
implementação de toda a funcionalidade relacionada à exposição de serviços é
delegada para o framework, segundo uma técnica denominada
A interoperabilidade.
B inversão de controle.
C polimorfismo.
D sobrecarga.
E injeção de dependência.
Questão 2
A biblioteca requests permite a criação de clientes para o protocolo HTTP, incluindo
APIs do tipo REST, de forma muito simples, utilizando funções equivalentes aos nomes
dos métodos do protocolo HTTP. Como o corpo da requisição deve ser preenchido
para o envio dos dados?
Considerações finais
Ao longo deste conteúdo, descrevemos os conceitos teóricos relativos aos web services e,
especificamente, ao protocolo SOAP e à arquitetura REST. Além disso, esses conceitos
foram aplicados, de forma prática, na construção de aplicações provedoras e
consumidoras (clientes) de serviços nas tecnologias em questão, permitindo, assim, ao
aluno empregar o conhecimento adquirido.
headset
Podcast
Ouça agora sobre a importância do uso de web services para a troca de dados entre as
aplicações.
Referências
BLOKDYK, G. SOAP Simple Object Access Protocol - The Ultimate Step-By-Step Guide.
Australia: 5StarCooks, 2018.
ELMAN, J.; LAVIN, M. Django Essencial: usando REST, Web sockets e backbone. São Paulo:
Novatec, 2015.
JACOBSON, D.; BRAIL, G.; WOODS, D. APIs: a strategy guide. USA: O’Reilly, 2012.
W3C. W3C working group note 11. W3C ‒ Web services Architecture. Publicado em: fev.
2014. Consultado na Internet em: 10 jan. 2023.
Explore +
Pesquise os diversos padrões definidos pela W3C, incluindo definições arquiteturais para
Web services SOAP (WS-*) no site da W3C.
Verifique o artigo Como criar um aplicativo Web usando o Flask em Python 3, de Abdelhadi
Dyouri, oferecido pela Digital Ocean, que aborda detalhes da implementação com Flask.