AprendendoProgramarProgramandoC - 2ed
AprendendoProgramarProgramandoC - 2ed
a
Programar
Programando
na
Linguagem
Jaime Evaristo
Professor Adjunto
Instituto de Computação
Universidade Federal de Alagoas
Prefácio
Este é o terceiro livro que tive a felicidade de escrever com o objetivo de facilitar
o processo ensino/aprendizagem do desenvolvimento de programas de computadores. O
primeiro deles foi baseado na linguagem Pascal, [Evaristo, J, 1996], e o segundo foi
calcado numa linguagem algorítmica desenvolvida pelo professor Sérgio Crespo, da
Universidade Vale do Rio dos Sinos, que, além de estabelecer sua sintaxe, desenvolveu
um interpretador (denominado ILA) para execução dos algoritmos escritos na referida
linguagem, [Evaristo, J e Crespo, S, 2000]. Tanto a linguagem Pascal, desenvolvida por
Niklaus Wirth, quanto o ILA foram concebidos com o objetivo específico de facilitar o
ensino de programação.
É bem razoável se pensar que Dennis Ritchie ao projetar a linguagem C não a
imaginou sendo utilizada para facilitar o ensino de programação, tendo a concebido para
ser usada por programadores razoavelmente experientes. Esta concepção de linguagem
para programadores faz com que a aprendizagem de C exija, normalmente, a
aprendizagem anterior de alguma outra linguagem de programação com sintaxes mais
simples e menos recursos de programação.
Ao escrever este livro tentei (e tenho uma forte impressão que consegui) vencer
um grande desafio: escrever um livro para aprendizagem inicial de programação
utilizando a linguagem C e que também pudesse ser utilizado com o objetivo específico
da aprendizagem inicial da própria linguagem C. Para atingir o primeiro objetivo, todos
os conceitos básicos de programação são sempre discutidos a partir de exemplos, muitos
algoritmos (para problemas matemáticos e para questões gerais) são desenvolvidos, tudo
isto feito no sentido crescente de dificuldade, tendo sempre presente a preocupação com a
interligação entre os assuntos abordados. Além disto, várias questões práticas de
programação são abordadas, como, por exemplo, determinação do número de palavras de
um texto, totalização das colunas de uma tabela, determinação de medidas estatísticas
(média aritmética, mediana, moda, desvio padrão) de uma série de dados, determinação
de dígitos verificadores de matrículas, pesquisa seqüencial e binária, ordenação de vetores
e de arquivos. Para atingir o segundo objetivo, vários recursos adicionais da linguagem
são apresentados, inclusive uma discussão introdutória de ponteiros e uma apresentação
da recursividade (para não entrar em conflito com o primeiro o objetivo, estes recursos
adicionais não são muito utilizados nas soluções dos exemplos).
O conteúdo do livro está dividido em dez capítulos. O primeiro, intitulado
Introdução à Programação, contém assuntos gerais sobre computação que todo
programador deve conhecer. Nele é apresentada a organização básica de um computador
e são discutidos assuntos como linguagem de máquina, código ASCII, resolução de
problemas utilizando algoritmos, programas fonte, linguagens de alto nível, sistemas de
computação, entre outros.
O segundo capítulo, Introdução à Linguagem C, introduz o importante conceito
geral de variáveis, discute que expressões aritméticas e lógicas o sistema é capaz de
avaliar, apresenta a estrutura de programas em C, mostrando como dados podem ser
fornecidos durante a execução de um programa, como resultados da execução do
ii
programa podem ser mostrados ao usuário e como resultados podem ser gerados pela
própria execução do programa. Neste capítulo já são apresentados os primeiros
programas em C, inclusive programas de aplicação prática como um programa para
gerenciar saques de um caixa eletrônico.
O terceiro capítulo trata das Estruturas de seleção que a linguagem C
disponibiliza para tomadas de decisão em relação à execução ou não de uma seqüência de
instruções enquanto o capítulo quatro discute as Estruturas de repetição que permitem
que seqüências de instruções tenham sua execução repetida. Juntamente com o segundo
capítulo, estes dois capítulos e a compreensão dos exemplos neles apresentados são
fundamentais para o desenvolvimento da aprendizagem de qualquer linguagem de
programação.
O capítulo cinco trata de Funções e ponteiros O estudo das funções é
fundamental para o estudo da linguagem C, pois, como o leitor verá, um programa em C é
um conjunto de funções; a utilização de ponteiros constitui a grande vantagem de C sobre
outras linguagens. Este capítulo também apresenta o importante conceito de
recursividade, recurso que é bastante utilizado em programas de maior complexidade.
Por sua vez, o sexto capítulo apresenta os Vetores que permitem que programas
manipulem quantidades grandes de dados, todos armazenados na memória do
computador, possibilitando o tratamento de tabelas de dupla entrada muito comuns em
estatísticas. Já o capítulo sete, Pesquisa e ordenação, discute estes dois importantes
problemas de computação, apresentando a pesquisa binária para a busca e alguns
algoritmos clássicos para ordenação, como o SelectSorti, BubbleSort e InsertSort.
O capítulo oito estuda as Cadeias de caracteres (strings), discutindo os recursos
que a linguagem oferece para manipulação de textos, enquanto que o capítulo 9,
Estruturas e arquivos, tratam substancialmente da manipulação de arquivos, mostrando
como dados e resultados de processamento podem ser armazenados permanentemente em
discos. O capítulo 10, por seu turno, mostra, de forma introdutória, como a linguagem C
trata a Alocação dinâmica de memória.
Para enfrentar o desafio acima exposto, contei com a ajuda de várias pessoas. Na
verdade, inúmeras pessoas pois ao longo destes dez anos em que lecionei a primeira
disciplina de programação do curso de Ciência da Computação da Universidade Federal
de Alagoas sempre contei com a efetiva participação de todos os alunos e de todos os
colegas do Departamento de Tecnologia da Informação da universidade citada. No caso
deste último livro, recebi ajuda efetiva do Prof. Aílton Cruz e dos alunos Cristiano
Correia Silva Filho, Anderson Pontes Vieira, Rodrigo Albuquerque de Magalhães,
Rosimeire Lima da Silva, Solon Levi Rodrigues da Silva, Ulisses Silva Melo, Glauber
Vinicius Ventura de Melo Ferreira, Thiago Porfífrio de Vasconcelos, Katiane Cintia Melo
Silva, Márcio Robério de Costa Ferro, Sóstenes Leite da Silva Lucena, André Ferreira de
Alécio Gomes, Carlos Albuquerque de Araújo Cordeiro, Cidorvan dos Santos Leite,
Carlos Henrique Correia de Amorim, Nilvan Tavares Salviano, Júlio César de Oliveira
Alves, Romero Medeiros Souto Maior, Clisthenes Freira da Cruz Duarte, Deive Fabian
Valerio Gomes, Demian Nabero Borba, Vitorio Aragão Casaroli, Wallace Franco de
Azevedo Nogueira e Rodrigo de Barros Paes.
iii
Felizmente, os desafios que a vida nos oferece não são apenas desafios
acadêmicos/científicos/profissionais. Há a luta diuturna em busca da felicidade. Para
enfrentar esta peleja, a participação da minha esposa, Salete, e das minhas filhas, Jaiane,
Katiane e Aninha no meu dia a dia tem sido fundamental.
Há um novo desfio a enfrentar: a consolidação deste livro. Para isto conto com a
ajuda do leitor, através do envio de quaisquer críticas, sugestões, comentários e outras
soluções dos exemplos e das questões para [email protected]. Desde já, agradeço
penhoradamente.
iv
Prefácio da segunda edição
Nesta segunda edição, além de revisões gramaticais e de ortografia visando a
minimização de erros, reordenei os capítulos da edição anterior, colocando o estudo da
pesquisa e da ordenação logo após o estudo dos vetores e incluí seções apresentando
exemplos específicos. O primeiro deles tratando de uma questão de Matemática, ainda sem
solução, a Conjectura de Goldbach, o segundo um programa para acompanhamento do
placar de um jogo de voleibol e o terceiro para transforma o computador numa urna
eletrônica. Esses destaques se justificam pelo fato de o primeiro abordar um aspecto da
história da Ciência, o segundo ser uma questão não trivial (para o nível inicial de
programação) e aparecer (os seus efeitos) com relativa freqüência em transmissões
televisivas e o terceiro, além do apelo óbvio, necessita de soluções não triviais para algumas
questões.
Reiterando os agradecimentos a todos que contribuíram para a publicação da
primeira edição, gostaríamos de registrar a participação dos alunos do curso de Ciência da
Computação da Universidade Federal de Alagoas ingressantes no ano de 2006, destacando,
sem demérito para os demais, Anderson Augusto de Oliveira Moura,, Anderson Gustavo
Siqueira, Baltazar Tavares Vanderlei, Débora Cristina de Oliveira, Douglas Veras e Silva,
João Pedro Pontes Lima Matias, Lucas Monteiro Braz da Silva, Marcelo Anderson Batista
dos Santos, Marcelo Medeiros Arruda, Michel Alves dos Santos, Natalia de Melo Franco,
Pedro Bispo da Silva Santos, Rafael Ferreira Leite de Mello, Ronaldo Lisboa da Silva Júnior,
Társis Wanderley Toledo.
Pedindo permissão aos leitores, não posso perder a oportunidade de registrar a
chegada do Mateus que veio para dar alegria a todos os seus, em particular a mim, à Salete, à
Jaiane, à Aninha, ao Júnior e, principalmente, à Katiane que tanto lutou pela sua vinda. Junto
com Rodrigo, estamos todos esperando para muito breve a chegada do Vitor.
Em Maceió,
Março de 2007.
v
Sumário
1 INTRODUÇÃO À PROGRAMAÇÃO.......................................................................................1
1.1 ORGANIZAÇÃO BÁSICA DE UM COMPUTADOR ..........................................................................1
1.2 LINGUAGEM DE MÁQUINA ........................................................................................................1
1.3 PROGRAMAS DE COMPUTADORES.............................................................................................3
1.4 LÓGICA DE PROGRAMAÇÃO .....................................................................................................4
1.5 RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS ....................................................................................................4
1.6 PROCESSADOR DE UM ALGORITMO...........................................................................................8
1.7 LINGUAGENS DE ALTO NÍVEL .................................................................................................14
1.8 SINTAXE E SEMÂNTICA DE UMA INSTRUÇÃO ..........................................................................15
1.9 SISTEMAS DE COMPUTAÇÃO ...................................................................................................16
1.10 EXERCÍCIOS PROPOSTOS.......................................................................................................17
2. INTRODUÇÃO À LINGUAGEM C .......................................................................................19
2.1 VARIÁVEIS SIMPLES ...............................................................................................................19
2.2 CONSTANTES .........................................................................................................................21
2.3 EXPRESSÕES ARITMÉTICAS ....................................................................................................22
2.4 RELAÇÕES..............................................................................................................................23
2.5 EXPRESSÕES LÓGICAS ............................................................................................................23
2.6 ESTRUTURA DE UM PROGRAMA EM C.....................................................................................24
2.7 ENTRADA DOS DADOS DE ENTRADA .......................................................................................25
2.8 SAÍDA DE DADOS....................................................................................................................28
2.10 EXEMPLOS PARTE I..............................................................................................................37
2.11 FUNÇÕES DE BIBLIOTECA .....................................................................................................40
2.12 EXERCÍCIOS PROPOSTOS.......................................................................................................42
3 ESTRUTURAS DE SELEÇÃO.................................................................................................44
3.1 O QUE É UMA ESTRUTURA DE SELEÇÃO ..................................................................................44
3.2 O COMANDO IF.......................................................................................................................44
3.3 O COMANDO IF ELSE...............................................................................................................46
3.4 O OPERADOR CONDICIONAL TERNÁRIO ..................................................................................47
3.5 EXEMPLOS PARTE III .............................................................................................................47
3.6 O COMANDO SWITCH .............................................................................................................55
3.7 EXERCÍCIOS PROPOSTOS.........................................................................................................58
4. ESTRUTURAS DE REPETIÇÃO ...........................................................................................60
4.1 PARA QUE SERVEM AS ESTRUTURAS DE REPETIÇÃO ...............................................................60
4.2 O COMANDO FOR ...................................................................................................................61
4.3 O COMANDO WHILE ................................................................................................................64
4.4 O COMANDO DO WHILE...........................................................................................................69
4.5 O COMANDO BREAK EM ESTRUTURAS DE REPETIÇÃO..............................................................71
4.6 EXEMPLOS PARTE III .............................................................................................................72
4.7 EXERCÍCIOS PROPOSTOS.........................................................................................................79
5. FUNÇÕES E PONTEIROS......................................................................................................82
5.1 O QUE SÃO FUNÇÕES ..............................................................................................................82
5.2 PARA QUE SERVEM FUNÇÕES .................................................................................................84
5.3 PASSAGEM DE PARÂMETROS ..................................................................................................86
5.4 PONTEIROS.............................................................................................................................90
5.5 PASSAGEM DE PARÂMETROS POR REFERÊNCIA NO TURBO C 2.01 ..........................................91
5.6 UMA URNA ELETRÔNICA ........................................................................................................92
5.7 RECURSIVIDADE ....................................................................................................................94
5.8 USANDO FUNÇÕES DE OUTROS ARQUIVOS ..............................................................................98
5.9 "TIPOS" DE VARIÁVEIS .........................................................................................................100
5.10 UMA APLICAÇÃO À HISTÓRIA DA MATEMÁTICA ................................................................102
5.11 EXERCÍCIOS PROPOSTOS.....................................................................................................103
6 VETORES.................................................................................................................................105
6.1 O QUE SÃO VETORES ............................................................................................................105
6.2 DECLARAÇÃO DE UM VETOR UNIDIMENSIONAL......................................................................105
6.3 VETORES E PONTEIROS.........................................................................................................106
6.4 LENDO E ESCREVENDO UM VETOR .......................................................................................107
6.5 EXEMPLOS PARTE IV ...........................................................................................................108
6.6 VETORES MULTIDIMENSIONAIS ............................................................................................113
6.7 EXEMPLOS PARTE V ............................................................................................................116
6.8 UMA APLICAÇÃO ESPORTIVA ...............................................................................................118
6.9 EXERCÍCIOS PROPOSTOS.......................................................................................................120
7 PESQUISA E ORDENAÇÃO .................................................................................................125
7.1 INTRODUÇÃO .......................................................................................................................125
7.2 PESQUISA SEQÜENCIAL ........................................................................................................125
7.3 PESQUISA BINÁRIA ...............................................................................................................126
7.4 ORDENAÇÃO ........................................................................................................................127
7.5 EXERCÍCIOS PROPOSTOS.......................................................................................................130
8 CADEIAS DE CARACTERES (STRINGS)...........................................................................131
8.1 INTRODUÇÃO .......................................................................................................................131
8.2 FUNÇÕES DE BIBLIOTECA PARA MANIPULAÇÃO DE CADEIAS DE CARACTERES .....................133
8.3 EXEMPLOS PARTE VI ...........................................................................................................135
8.4 EXERCÍCIOS PROPOSTOS.......................................................................................................140
9 ESTRUTURAS E ARQUIVOS ...............................................................................................142
9.1 O QUE SÃO ESTRUTURAS ......................................................................................................142
9.2 O QUE SÃO ARQUIVOS ..........................................................................................................144
9.3 ARQUIVOS DE REGISTROS ....................................................................................................144
9.4 ARQUIVO TEXTO ..................................................................................................................156
9.5 EXERCÍCIOS PROPOSTOS.......................................................................................................161
10 ALOCAÇÃO DINÂMICA DE MEMÓRIA ........................................................................162
10.1 O QUE É ALOCAÇÃO DINÂMICA ..........................................................................................162
10.2 ARMAZENANDO DINAMICAMENTE UM POLINÔMIO .............................................................164
10.3 LISTAS ...............................................................................................................................165
10.4 EXERCÍCIOS PROPOSTOS.....................................................................................................167
RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS PROPOSTOS ...................................................................168
vii
CAPÍTULO 1 ...............................................................................................................................168
CAPÍTULO 2 ...............................................................................................................................170
CAPÍTULO 3 ...............................................................................................................................174
CAPÍTULO 4 ...............................................................................................................................179
CAPÍTULO 5 ...............................................................................................................................186
CAPÍTULO 6 ...............................................................................................................................189
CAPÍTULO 7 ...............................................................................................................................204
CAPÍTULO 8 ...............................................................................................................................205
CAPÍTULO 9 ...............................................................................................................................215
CAPÍTULO 10 .............................................................................................................................226
BIBLIOGRAFIA.........................................................................................................................228
ÍNDICE REMISSIVO.................................................................................................................229
viii
1 Introdução à Programação
1.1 Organização básica de um computador
Um computador é constituído de quatro unidades básicas: unidade de entrada,
unidade de saída, unidade de processamento central e memória. Como indica sua
denominação, uma unidade de entrada é um dispositivo que permite que o usuário
interaja com o computador, fornecendo-lhe dados e informações que serão processadas,
sendo o teclado o seu exemplo mais trivial. Uma unidade de saída, por seu turno, serve
para que sejam fornecidos ao usuário do computador os resultados do processamento
realizado. O monitor de vídeo e uma impressora são exemplos de unidades de saída. A
unidade central de processamento é responsável por todo o processamento requerido,
sendo muito conhecida por cpu, acrossemia de central processing unit. Já a memória
armazena dados e informações que serão utilizados no processamento, armazenamento
temporário, pois quando o computador é desligado tudo que está armazenado na memória
deixa de sê-lo (dizemos que toda a memória é "apagada").
Linguagens de comunicação
Evidentemente, há a necessidade de que as unidades que compõem um computador
se comuniquem umas com as outra. Por exemplo, um dado fornecido pelo teclado deve
ser armazenado na memória; para a cpu realizar uma operação aritmética ela vai buscar
valores que estão armazenados na memória, e assim por diante. Para que haja
comunicação entre as unidades do computador é necessário que se estabeleça uma
linguagem.
Os seres humanos se comunicam basicamente através de duas linguagens: a
linguagem escrita e a fala. Uma comunicação através de uma linguagem escrita é
constituída de parágrafos, os quais contêm períodos, que contêm frases, que são
constituídas de palavras, sendo cada uma das palavras formadas por letras e esta
seqüência termina aí. Assim, uma letra é um ente indivisível da linguagem escrita e, em
função disto, é chamada símbolo básico desta linguagem. Este exemplo foi apresentado
para que se justifique a afirmação de que toda linguagem requer a existência de símbolos
básicos como - e para mais um exemplo - os fonemas para a linguagem falada.
fato de que através de fenômenos físicos é muito fácil obter dois estados distintos e não
confundíveis, como passar corrente elétrica/não passar corrente elétrica, estar
magnetizado/não estar magnetizado, etc., podendo cada um destes estados ser um dos
símbolos. Assim a linguagem utilizada para comunicação interna num computador,
chamada linguagem de máquina, possui apenas dois símbolos. Cada um destes símbolos
é denominado bit (binary digit) e eles são representados por 0 (zero) e 1 (um). Esta forma
de representar os bit's justifica a sua denominação: binary digit, que significa dígito
binário (além disto, bit em inglês significa fragmento). Portanto, as palavras da
linguagem de máquina são seqüências de bits, ou seja, seqüências de dígitos zero e um.
O código ASCII
Para que haja a possibilidade da comunicação do homem com o computador, é
necessário que as palavras da linguagem escrita sejam traduzidas para a linguagem de
máquina e vice-versa. Para que isto seja possível, é necessário que se estabeleça qual a
seqüência de bit's que corresponde a cada caractere usado na linguagem escrita. Ou seja, é
necessário que se estabeleça uma codificação em seqüência de bit's para cada um dos
caracteres. Uma codificação muito utilizada é o código ASCII (American Standard Code
for Information Interchange ou Código Padrão Americano para Intercâmbio de
Informações), estabelecido pelo ANSI (American National Standards Institute). Nesta
codificação, cada caractere é representado por uma seqüência de oito bits (normalmente,
um conjunto de oito bit's é chamado byte). Só para exemplificar (será visto ao longo do
livro que, em geral, não há necessidade de que se conheçam os códigos dos caracteres),
apresentamos a tabela abaixo com os códigos ASCII de alguns caracteres.
Tabela 1 Códigos ASCII de alguns caracteres
Caractere Código ASCII
Espaço em branco 00100000
! 00100001
" 00100010
... ...
0 00110000
1 00110001
... ...
A 01000001
B 01000010
... ...
Z 01011010
... ...
A 01100001
... . ..
Observe a necessidade de se haver codificado o espaço em branco (este
"caractere" é utilizado para separar nossas palavras) e de se haver codificado
2
Capítulo 1 Introdução à Programação
3
Capítulo 1 Introdução à Programação
4
Capítulo 1 Introdução à Programação
com esta característica. Existem algumas técnicas que podem ser utilizadas para a
resolução de problemas. No exemplo anterior, para se definir qual seria a primeira
instrução, como existem apenas três possibilidades, verifica-se o que aconteceria ao se
escolher determinada instrução. Foi o que, de passagem, foi feito acima: se o homem
atravessasse primeiro o milho, a raposa devoraria as galinhas; se o homem atravessasse
primeiro a raposa, as galinhas comeriam o milho. Neste caso, podemos dizer que foi
utilizada a técnica da exaustão: como o número de alternativas era pequeno, analisamos
todas elas, uma a uma.
Esta técnica pode ser utilizada também na solução do seguinte problema: dispõe-se
de três esferas idênticas na forma, sendo duas delas de mesmo peso e a terceira de peso
maior. A questão é descobrir qual a esfera de peso diferente, realizando-se apenas uma
pesagem numa balança de dois pratos. Para isto chamemos de A e B as esferas de mesmo
peso e de C a de maior peso. Se optarmos por colocar duas esferas num dos pratos e a
outra esfera no outro, temos as seguintes possibilidades:
a) (A+B, C).
b) (A+C, B).
c) (B+C, A).
No primeiro caso, pode acontecer qualquer coisa: a balança pode ficar equilibrada,
se Peso(C) = Peso(A+B); ficar inclinada para o lado esquerdo, se Peso(C) > Peso(A+B)
ou ficar inclinada para o lado direito se Peso(C) < Peso(A+B). Observe que nada pode
distinguir a esfera C. Nos dois últimos casos, a balança se inclinará para a esquerda, mas,
outra vez, nada distingue a esfera C. Por exaustão, resta então escolhermos duas esferas e
colocarmos cada uma delas num dos pratos da balança. Temos então as seguintes
possibilidades:
a) (A, B).
b) (A, C).
c) (B, C).
No primeiro caso, a balança ficará equilibrada, o que indica que a mais pesada é
aquela não escolhida; nos outros dois casos, a balança se inclinará para a direita,
indicando que a esfera mais pesada é aquela que ocupa o prato respectivo. Temos então o
seguinte algoritmo:
1. Escolha duas esferas.
2. Coloque cada uma das esferas escolhidas num dos pratos da balança.
3. Se a balança ficar equilibrada, forneça como resposta a esfera não escolhida;
caso contrário, forneça como resposta a esfera do prato que está num nível mais baixo.
Uma outra técnica de resolução de problemas consiste em se tentar resolver casos
particulares da questão ou resolver a questão para dados menores do que os dados que
foram fixados. Para exemplificar, consideremos o seguinte problema: como obter
exatamente 4 litros de água dispondo de dois recipientes com capacidades de 3 litros e 5
5
Capítulo 1 Introdução à Programação
6
Capítulo 1 Introdução à Programação
7
Capítulo 1 Introdução à Programação
1. Faça i = 0.
2. Faça Soma = 0.
3. Repita n vezes as instruções 3.1 e 3.2.
3.1. Substitua i por i + 1.
3.2. Substitua Soma por Soma + ai.
Conhecendo este algoritmo, é fácil então resolver a questão de se calcular o
produto de n números nas mesmas condições, e aí vemos como utilizar uma solução
conhecida para resolver um problema. Deve-se inicializar uma referência Produto com 1
e, numa repetição, multiplicar os números como foi feito no caso da soma:
1. Faça i = 0.
2. Faça Produto = 1.
3. Repita n vezes as instruções 3.1 e 3.2.
3.1. Substitua i por i + 1.
3.2. Substitua Produto por Produto x ai.
8
Capítulo 1 Introdução à Programação
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Capítulo 1 Introdução à Programação
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Capítulo 1 Introdução à Programação
1. x = 120, y = 84.
2. D(120) = {1, 2, 3, 4, 5, 6, 8, 10, 12, 15, 20, 24, 30, 40, 60, 120}.
3. D(84) = {1, 2, 3, 4, 6, 7, 12, 14, 21, 28, 42, 84}.
4. I = {1, 2, 3, 4, 6, 12}.
5. M = 12.
Observe que o algoritmo anterior determina o menor divisor de um inteiro não
determinando todos os divisores, como necessário neste exemplo. Observe também que
estamos supondo que o nosso processador é capaz de determinar a interseção de dois
conjuntos.
A matemática fornece uma outra forma de se calcular o mdc de dois inteiros:
determina-se a decomposição em fatores primos dos dois inteiros e o mdc é o produto dos
fatores primos comuns as duas decomposições com as menores multiplicidades.
Para o exemplo dado acima teríamos:
120 2 84 2
60 2 42 2
30 2 21 3
15 3 7 7
5 5 1
1 1
o que nos dá 120 = 23x3x5 e 84 = 22x3x7 e, portanto, mdc(120, 84) = 22x3 = 12.
Vale observar que escrever este algoritmo na linguagem informal que estamos
utilizando é bastante complicado.
Na há dúvida que o primeiro algoritmo para o cálculo do mdc apresentado é de
compreensão bastante simples. Porém, comentaremos posteriormente que ele é
computacionalmente bastante ineficiente no sentido de que sua execução pode,
dependendo dos valores de x e y, demandar um tempo acima do razoável.
Por incrível que possa parecer, um dos algoritmos mais eficientes para o cálculo do
máximo divisor comum de dois números foi desenvolvido pelo matemático grego
Euclides duzentos anos Antes de Cristo. O algoritmo de Euclides nos é apresentado nas
séries intermediárias do ensino fundamental através de um esquema como o diagrama do
exemplo abaixo, cujo objetivo é determinar (de novo!) o máximo divisor comum de 120 e
84.
1 2 3
120 84 36 12
36 12 0
O esquema funciona da seguinte forma: divide-se 120 por 84 obtendo-se resto 36; a
partir daí, repetem-se divisões até que o resto seja zero, sendo o dividendo da divisão
atual o divisor da divisão anterior e o divisor da divisão atual o resto da divisão anterior.
O último divisor é o máximo divisor procurado. Como se pode ver, estas instruções
escritas desta forma não são nada compreensíveis, o que faz com elas sejam transmitidas
oralmente nas salas do ensino fundamental. No capítulo 4 (quatro), teremos a
oportunidade de discutir este algoritmo com detalhes e veremos que ele é um algoritmo
bastante interessante no desenvolvimento da lógica de programação.
12
Capítulo 1 Introdução à Programação
13
Capítulo 1 Introdução à Programação
A M
5 5
3
8 8
11 11
10
14
Capítulo 1 Introdução à Programação
O que é sintaxe
Dissemos que um programa escrito em linguagem de alto nível é traduzido para a
linguagem de máquina por um compilador ou cada instrução é traduzida por um
interpretador. É natural se admitir que, para que o compilador consiga traduzir uma
instrução escrita com caracteres de algum idioma para instruções escritas como
seqüências de zeros e uns, é necessário que cada instrução seja escrita de acordo com
regras preestabelecidas. Estas regras são chamadas sintaxe da instrução e quando não são
obedecidas dizemos que existe erro de sintaxe.
Se o programa fonte contém algum erro de sintaxe, o compilador não o traduz para
a linguagem de máquina (isto é, o compilador não compila o programa) e indica qual o
tipo de erro cometido e a instrução onde este erro aconteceu. Se o programa fonte for
interpretado, ele é executado até a instrução que contém erro de sintaxe, quando então é
interrompida a sua execução e o erro é indicado.
O que é semântica
Naturalmente, cada instrução tem uma finalidade específica. Ou seja, a execução
de uma instrução resulta na realização de alguma ação, digamos parcial, e é a seqüência
das ações parciais que redunda na realização da tarefa para a qual o programa foi escrito.
A ação resultante da execução de uma instrução é chamada semântica da instrução.
Infelizmente, um programa pode não conter erros de sintaxe (e, portanto, pode ser
executado), mas a sua execução não fornecer como saída o resultado esperado para
alguma entrada. Neste caso, dizemos que o programa contém erros de lógica que, ao
contrário dos erros de sintaxe que são detectados pelo compilador ou pelo interpretador,
são, às vezes, de difícil detecção.
No nosso entendimento, para aprender a programar numa determinada linguagem é
necessário que se aprendam as instruções daquela linguagem (para que se conheça o que
o processador é capaz de fazer), a sintaxe de cada uma destas instruções e as suas
semânticas. Aliado a isto, deve-se ter um bom desenvolvimento de lógica programação
para que se escolham as instruções necessárias e a seqüência segundo a qual estas
instruções devem ser escritas, para que o programa, ao ser executado, execute a tarefa
pretendida. Felizmente ou infelizmente, para cada tarefa que se pretende não existe
apenas uma seqüência de instruções que a realize. Ou seja, dado um problema não existe
apenas um programa que o resolva. Devemos procurar o melhor programa, entendendo-
se como melhor programa um programa que tenha boa legibilidade, cuja execução
demande o menor tempo possível e que necessite, para sua execução, a utilização mínima
da memória.
Existe um conjunto de instruções que é comum a todas as linguagens de alto nível
e cujas semânticas permitem executar a maioria das tarefas. A aprendizagem das
semânticas destas instruções e das suas sintaxes em alguma linguagem de programação
15
Capítulo 1 Introdução à Programação
16
Capítulo 1 Introdução à Programação
17
Capítulo 1 Introdução à Programação
18
2. Introdução à Linguagem C
2.1 Variáveis simples
O que é uma variável
No capítulo 1 foi dito que uma das unidades básicas de um computador é a
memória, cuja finalidade é armazenar dados e informações que serão manipulados pela
unidade central de processamento; naquele capítulo também foi dito que os programas
para serem executados devem estar armazenados na memória. Ou seja, a memória
armazena programas que serão executados e dados que estes programas vão manipular.
Naturalmente, os dados que o programa vai manipular podem ser dados de entrada ou
dados gerados pela execução do programa.
Para que a memória possa armazenar dados e informações, ela é dividida em
partes, chamadas posições de memória. O sistema operacional que gerencia o sistema de
computação pode acessar cada uma destas posições para armazenar tais dados. Para que o
acesso às posições de memória seja possível, a cada uma delas está associada uma
seqüência de bit’s, chamada endereço da posição de memória. Como uma seqüência de
bit's corresponde a um número inteiro escrito no sistema binário, cada endereço pode ser
visto como um inteiro escrito no sistema decimal. Assim temos posições de memória de
endereço 1209 ou 2114, por exemplo.
Uma variável simples (ou simplesmente variável) é uma posição de memória cujo
conteúdo pode ser modificado durante a execução de um programa. A referência a uma
variável no programa é feita através do seu identificador; os valores que podem ser nela
armazenados dependem do seu tipo de dado.
O Identificador
O identificador é uma seqüência de letras, dígitos e caractere para sublinhamento
escolhida pelo programador e (como foi dito acima) será utilizado no programa para se
fazer referência àquela variável (o primeiro caractere do identificador não pode ser um
dígito). Como um programa deve ser legível por outros programadores (e pelo próprio
programador), é uma boa prática se escolher um identificador de uma variável que tenha
alguma relação com a sua finalidade. Se uma variável deve armazenar uma soma, um
identificador muito bom para ela será Soma. Se uma variável vai receber números, ela
poderia ser identificada por Num ou por Numero. Os compiladores da linguagem C fazem
distinção entre letras maiúsculas e minúsculas e, portanto, Numero e numero são dois
identificadores diferentes. Manteremos, de um modo geral, a seguinte convenção ao
longo do texto: quando um identificador possuir mais de um caractere, iniciá-lo-emos por
letra maiúscula e quando o identificador tiver um único caractere, utilizaremos letra
minúscula.
Capítulo 2 Introdução à Linguagem C
Como veremos ao longo do livro, a linguagem C fixa alguns identificadores para a
sintaxe de suas instruções. Estes identificadores não podem ser utilizados nos programas,
sendo conhecidos por palavras reservadas. Algumas das palavras reservadas em C são:
Tabela 2 Palavras reservadas da linguagem C
Auto Double Int struct
Break Else Long switch
Case Enum Register typedef
Char Extern Return union
Const Float Short unsigned
Continue For Signed void
Default Goto Sizeof volatile
Do If Static while
O tipo de dado
O tipo de dado associado a uma variável é o conjunto dos valores que podem ser
nela armazenados. A linguagem C dispõe dos tipos de dados discriminados na tabela a
seguir.
20
Capítulo 2 Introdução à Linguagem C
Declaração de variáveis
Para que o sistema de computação possa reservar as posições de memória que
serão utilizadas pelo programa, associar identificadores aos endereços destas posições de
memória e definir a quantidade de bytes de cada posição de acordo com o tipo de dado
pretendido, um programa escrito em C deve conter a declaração de variáveis, feita
através da seguinte sintaxe:
Tipo de dado Lista de identificadores;
Por exemplo, um programa para determinar a média de uma relação de números
dados pode ter a seguinte declaração:
int Quant;
float Num, Soma, Media;
A ideia é que Quant seja utilizada para armazenar a quantidade de números; Num
para armazenar os números (um de cada vez); Soma para armazenar a soma dos números;
e Media para armazenar a média procurada.
Nas seções 2.7 e 2.9 veremos as instruções em C para o armazenamento em
variáveis de dados de entrada e de dados gerados pela execução do algoritmo. Um valor
armazenado em uma variável é comumente referido como sendo o conteúdo da variável
ou o valor da variável. Também é comum se referir ao identificador da variável como
sendo a própria variável.
2.2 Constantes
Como uma variável, uma constante também é uma posição de memória à qual
devem ser associados um identificador e um tipo de dado. O que caracteriza uma
constante (e daí sua denominação, emprestada da matemática) é o fato de que o conteúdo
de uma constante não pode ser modificado durante a execução do programa. Este
conteúdo é fixado quando da declaração da constante o que deve ser feito de acordo com
a seguinte sintaxe:
const Tipo de Dado Identificador = Valor;
Por exemplo, um programa para processar cálculos químicos poderia ter
uma declaração do tipo
const float NumAvogadro = 6.023E+23;
onde a expressão 6.023E+23 é a forma que os compiladores C utilizam para representar
os valores do tipo float na notação científica, ou seja 6.023E+23 = 6.023 x 1023.
Um programa para cálculos de áreas de figuras planas, perímetros de
polígonos inscritos em circunferências, etc., pode ria ter uma declaração do tipo
const float Pi = 3.1416;
21
Capítulo 2 Introdução à Linguagem C
Esta declaração é desnecessária quando o sistema utilizado é o Turbo C++
3.0, pois esse sistema disponibiliza uma constante pré-definida, identificada por M_PI,
que pode ser utilizada em qualquer parte do programa e cujo "valor" é uma aproximação
do número irracional π.
22
Capítulo 2 Introdução à Linguagem C
Além dos operadores aritméticos usuais, os compiladores C disponibilizam o
operador módulo, indicado por %, que calcula o resto da divisão do primeiro operando
pelo segundo. Por exemplo, 30 % 4 = 2 e 5 % 7 = 5. Este operador atua apenas em
operandos do tipo int, resultando um valor deste mesmo tipo. Por exemplo, se S é uma
variável do tipo float, a expressão S % 5 gerará um erro de compilação. Uma expressão
do tipo 30.0 % 7 também gerará erro de compilação, pelo fato de que um dos operandos
não é inteiro. Este erro é indicado pelo sistema pela mensagem Illegal use of floating
point in function ... (Uso ilegal de de tipo float na função ...), onde as reticências estão
substituindo o identificador da função, como será discutido posteriormente.
2.4 Relações
Os ambientes que implementam a linguagem C realizam comparações entre
valores numéricos, realizadas no sentido usual da matemática. Essas comparações são
chamadas relações e são obtidas através dos operadores relacionais > (maior do que), >=
(maior do que ou igual a), < (menor do que), <= (menor do que ou igual a), == (igual) e
!= (diferente). O resultado da avaliação de uma relação é 1 (um), se a relação for
matematicamente verdadeira, ou 0 (zero), se a relação for matematicamente falsa. Assim,
3 > 5 resulta no valor 0 (zero), enquanto que 7 <= 7 resulta no valor 1 (um). Sendo um
valor 1 (um) ou 0 (zero), o resultado da avaliação de uma relação pode ser armazenado
numa variável do tipo int.
Os operandos de uma relação podem ser expressões aritméticas. Nestes
casos, as expressões aritméticas são avaliadas em primeiro lugar para, em seguida, ser
avaliada a relação. Por exemplo, a relação 3*4 - 5 < 2*3 - 4 resulta no valor 0 (zero), pois
3*4 - 5 = 7 e 2*3 - 4 = 2. Isto significa que os operadores relacionais têm prioridade mais
baixa que os aritméticos.
23
Capítulo 2 Introdução à Linguagem C
recebe o valor 0 (zero) se os valores de R1 e de R2 forem iguais a 0 (zero); uma expressão
lógica do tipo (R1) ^ (R2) só recebe o valor 1 (um) se apenas um dos valores de R1 e R2
for igual a 1. O leitor já deve ter percebido que o operador && age como o conectivo e da
nossa linguagem; o operador || atua como o nosso e/ou e o operador ^ como o conectivo
ou.
A aplicação do operador unário ! simplesmente inverte o valor original da
relação:
Tabela 6 Operador unário !
R1 !R1
1 0
0 1
Considerando que os operadores &&, || e ^ possuem o mesmo grau de
prioridade, se uma expressão sem parênteses possuir mais de uma relação, ela será
avaliada da esquerda para direita. O operador unário ! tem prioridade em relação aos
operadores binários. Assim, ! (5 > 3) || (5 < 3) tem valor 0 (zero), pois ! (5 > 3) é uma
relação falsa e 5 < 3 também é. Considerando que os operadores lógicos têm prioridade
mais baixa que os operadores relacionais, os parênteses nas expressões acima são
desnecessários; porém entendemos que a colocação deles facilita a leitura da expressão.
Os sistemas C 2.01 e C++ 3.0 também disponibilizam os operadores lógicos
& e | cujas aplicações são idênticas às aplicações de && e ||, respectivamente. A diferença
entre & e &&, por exemplo, é a seguinte: se em R1 && R2 o valor de R1 for 0 (zero) o
valor R2 não é mais avaliado, enquanto que em R1 & R2 o valor de R2 é avaliado,
independentemente do valor de R1.
24
Capítulo 2 Introdução à Linguagem C
ativações de funções definidas pelo usuário no próprio programa ou em outros
programas.
Todo programa em C deve conter uma função identificada por main (cuja
tradução é principal), com lista de parâmetros vazia e tipo de dado não obrigatório. Esta
será sempre a primeira função do programa a ser executada. Desta forma, o menor
programa em C é
main()
{
}
Este programa pode ser executado, mas nada realiza, devido ao fato de que ele não
contém nenhuma instrução. Observe que todo o corpo da função deve estar disposto entre
chaves. As chaves são utilizadas em outros pontos de um programa e são chamadas
delimitadores. Os delimitadores, o identificador main e os parênteses, dispostos ao lado
do identificador main, são os únicos elementos obrigatórios de um programa. Como os
compiladores C ignoram espaços em branco, caracteres de tabulação e caracteres de
mudança de linha, não existe um estilo obrigatório de se editar programas em C. Por
exemplo, o programa acima poderia ser escrito de uma das seguintes maneiras.
main
(
)
{
}
ou
main(){}
ou
main(
)
{}
Evidentemente, um programador em C deve procurar escrever seus programas num
estilo que ofereça uma boa legibilidade, o que vai facilitar a sua compreensão por outra
pessoa e a descoberta de possíveis erros de lógica.
26
Capítulo 2 Introdução à Linguagem C
as barras entre as digitações do dia e do mês e deste e do ano. A conclusão se dá com a
digitação da tecla <enter>, como se estivesse digitando um único dado. A digitação das
barras é necessária pelo fato de que elas estão separando os códigos de formatação na
expressão de controle. Se após a digitação do valor da variável Dia for acionada a tecla
<enter>, a execução da função é encerrada e os valores de Mes e Ano não podem ser
digitados.
Se não há nenhum caractere separando os códigos de formatação, a digitação dos
dados pode ser intercalada pela digitação da tecla <enter> ou da <barra de espaços>. É o
caso, por exemplo, do trecho de programa
main()
{
int i;
char c;
scanf("%c %d", &c, &i);
. . .
}
onde as digitações do caractere que se pretende armazenar na variável c e do inteiro a ser
armazenado em i devem ser separadas pelo acionamento da tecla <enter> ou da <barra de
espaço>. É necessário notar que a digitação de um valor de um tipo diferente do tipo da
variável não provoca erro de execução, mas, evidentemente, pode provocar erro de lógica
do programa. Por exemplo, se na execução do comando scanf("%c %d", &c, &i);
digitarmos w<enter>5.9<enter>, o caractere w é armazenado na variável c e o inteiro 5 é
armazenado na variável i. Portanto, se o dado de entrada fosse realmente 5.9, o resultado
do processamento poderia ser fornecido com erros. Se o dado de entrada poderia ser 5.9,
a variável para seu armazenamento deveria ter sido definida com float.
27
Capítulo 2 Introdução à Linguagem C
A instrução #include <stdio.h> que precede a função main() é necessária pelos
seguintes fatos. Como dissemos acima, para se definir uma função é necessário fixar o
tipo de dado que ela retorna, o identificador da função e a lista de parâmetros, com seus
identificadores e seus tipos de dados; este conjunto de elementos é chamado protótipo da
função. Para que a função main() ative uma outra função (seja uma função definida pelo
usuário ou uma função de biblioteca), o seu protótipo deve ser definido antes ou no
interior da função main(). Os protótipos das funções do sistema encontram-se reunidos,
de acordo com objetivos semelhantes, em arquivos chamados arquivos de cabeçalhos
(header files) (o cabeçalho de uma função inclui o seu protótipo, as variáveis declaradas
dentro da função e outras declarações e definições que não são instruções propriamente
ditas). A instrução #include <stdio.h> "anexa" à função main() os protótipos das funções
de biblioteca que executam ações padrões de entrada e de saída (stdio vem de standard
input output, entrada e saída padrão e h é a extensão padrão dos arquivos de cabeçalhos).
A não inclusão de um include provoca erro de compilação no sistema C++ 3.01. Isto não
acontece no C 2.01, porém, há casos em que esta não inclusão gera erros de lógica (a
entrada de dados não é feita do modo que se esperava).
A função printf()
A exibição dos resultados do processamento e de mensagens é feita através da
função pré-definida printf(), cujo protótipo está contido também no arquivo stdio.h. Sua
sintaxe é a seguinte:
printf(Expressão de controle, Lista de argumentos);
onde Expressão de controle contém mensagens que se pretende que sejam exibidas,
códigos de formatação (idênticos aos códigos de conversão da função scanf()) que
indicam como o conteúdo de uma variável deve ser exibido e códigos especiais para a
exibição de alguns caracteres especiais e realização de ações que permitam formatar a
saída do programa. A Lista de argumentos pode conter identificadores de variáveis,
expressões aritméticas ou lógicas e valores constantes. No primeiro caso, o conteúdo da
variável é exibido; no segundo caso, a expressão é avaliada e o seu resultado é exibido;
no terceiro caso o valor constante é exibido. A ordem de exibição dos conteúdos de
variáveis, dos resultados das expressões e dos valores constantes relacionados na lista de
argumentos é dada pela ordem em que estes elementos estão listados; a posição dentro da
mensagem contida na expressão de controle é fixada pela posição do código de
formatação respectivo. Quando, na expressão de controle, um código de formatação é
encontrado o conteúdo da variável, o resultado da expressão ou o valor constante
respectivo (no sentido da ordem da colocação da variável na lista e da colocação do
código de formatação na expressão de controle) é exibido.
28
Capítulo 2 Introdução à Linguagem C
Por exemplo, a função printf() no programa abaixo contém uma expressão de
controle que não possui códigos de formatação. Isto significa que apenas a mensagem
será exibida. Assim, o programa
#include <stdio.h>
main()
{
printf("Estou aprendendo a programar em C");
}
é um programa em C que faz com que seja exibida na tela a mensagem Estou aprendendo
a programar em C.
Já o programa abaixo, contém uma função printf() que possui quatro caracteres de
controle
#include <stdio.h>
main()
{
float a, b, c;
scanf("%f %f %f", &a, &b, &c);
printf("%f , %f e %f %f", a, b , c, (a + b + c)/3);
}
Quando da execução deste programa, o sistema, para execução da função scanf(),
aguarda que sejam digitados três valores numéricos. Quando isto é feito, o sistema
armazena estes três valores nas variáveis a, b e c, respectivamente. Para execução do
último comando, o sistema exibe os valores armazenados nas variáveis a, b e c, em
seguida avalia a expressão (a + b + c)/3 e exibe o seu valor na tela. Assim, o programa
fornece a média aritmética de três números dados.
Como um outro exemplo e considerando que o resultado de uma expressão lógica é
um inteiro, o programa
#include <stdio.h>
main()
{
printf("%d", 5 > 3);
}
exibe na tela o valor 1, pois a relação 5 > 3 é verdadeira.
Nos dois exemplos anteriores, utilizamos expressões, uma aritmética e uma lógica,
como argumentos de uma função printf(). No nosso entendimento, não é uma boa prática
de programação se utilizar expressões como argumentos de uma função printf(). Se o
valor de uma expressão é útil para alguma coisa, ele deve ser armazenado em alguma
variável (veremos isto na próxima seção) e esta deve ser utilizada para o fornecimento de
resultados.
29
Capítulo 2 Introdução à Linguagem C
30
Capítulo 2 Introdução à Linguagem C
o sistema efetua os arredondamentos necessários. Observe também a utilização do ponto
(e não da vírgula) como separador das partes inteiras e fracionárias. Isto é sempre
necessário quando o ambiente de programação que se está utilizando foi desenvolvido
nos Estados Unidos, o que é o mais freqüente.
Alinhando a saída
O programa pode fixar a coluna da tela a partir da qual o conteúdo de uma
variável, ou o valor de uma constante ou o valor de uma expressão será exibido. Isto é
obtido acrescentado-se um inteiro m ao código de formatação. Neste caso, m indicará o
número de colunas que serão utilizadas para exibição do conteúdo da variável ou do valor
da constante. Por exemplo, levando-se em conta que a frase "Estou aprendendo a
programar" contém vinte e oito caracteres, o programa abaixo
#include <stdio.h>
main()
{
printf("%38s", "Estou aprendendo a programar");
}
exibe na tela a frase referida a partir da décima coluna.
Observe que este programa também exemplifica a utilização de uma constante (no
caso, uma cadeia de caracteres) como um argumento da função printf(). Observe também
que referências a constantes do tipo cadeia de caracteres devem ser feitas com a cadeia
escrita entre aspas. As aspas distinguem para o sistema uma cadeia de caracteres
constante de um identificador de variável. O mesmo efeito poderia ser obtido com o
programa
#include <stdio.h>
main()
{
printf(" Estou aprendendo a programar");
}
onde existem dez espaços em branco entre o abre aspas e a letra E.
Para se fixar a coluna a partir da qual e o número de casa decimais com que um
número de ponto flutuante será exibido, deve-se utilizar dois parâmetros separados por
um ponto. Por exemplo, considerando que se exibirmos o número 3.1416 com duas casas
decimais ele ficará com quatro caracteres, o programa
#include <stdio.h>
main()
{
printf("%14.2f", 3.1416);
}
exibirá na tela 3.14 a partir da décima coluna.
31
Capítulo 2 Introdução à Linguagem C
O recurso da exibição de valores utilizando um número pré-definido de colunas
pode ser utilizado para alinhar à direita a saída do programa. Por exemplo, se os
conteúdos das variáveis do tipo float x, y e z são 103.45, 5.3678 e 45.0, a seqüência de
comandos
printf("%13.2f", x);
printf("%13.2f", y);
printf("%13.2f", z);
exibe na tela
103.45
5.37
45.00
Vale observar que é possível obter o mesmo efeito com uma única ativação (ou
chamada) da função printf(), como veremos na seção seguinte:
printf("%13.2f \n %13.2f \n %13.2f ", x, y, z);
32
Capítulo 2 Introdução à Linguagem C
exibirá na tela a frase
Este comando exibirá a palavra paz
da mesma maneira que o comando
printf("Este comando exibirá a palavra paz");
que é muito mais simples.
Porém, quando a constante é um caractere ou um número inteiro, o que será
exibido depende do código de formatação. Por exemplo, o comando
printf("%c", 'A');
exibe o caractere A, enquanto que o comando
printf("%d", 'A');
exibirá o número 65. Por sua vez, o comando
printf("%d", 65);
exibe o número 65, enquanto que o comando
printf("%c", 65);
exibe o caractere A.
Observe que referências a constantes caracteres é feita com o caractere escrito
entre apóstrofos, enquanto que referências a cadeias de caracteres são feitas com as
cadeias escritas entre aspas, como já foi observado antes.
Os códigos especiais
De acordo com a tabela abaixo, os códigos especiais, como foi dito acima,
permitem a exibição de alguns caracteres, como %, \, dentro de uma mensagem e a
realização de ações que permitem a formatação da saída de modo que esta seja elegante e
agradável para o usuário.
Tabela 9 Códigos especiais da função printf()
Código Ação
\n leva o cursor para a próxima linha
\t executa uma tabulação
\b executa um retrocesso
\f leva o cursor para a próxima página
\a emite um sinal sonoro (beep)
\" exibe o caractere "
\\ exibe o caractere \
\% exibe o caractere %
33
Capítulo 2 Introdução à Linguagem C
Uma observação interessante é que o código \a pode ser obtido através do caractere
de código ASCII igual a 7. Assim, a execução dos comandos printf("\a"); e printf("%c",
7); realizam a mesma ação de emissão de um sinal sonoro.
A utilização do código \n permite que a exibição de constantes ou de conteúdos de
variáveis através da função printf() possa ser feita em linhas diferentes. No exemplo dado
na seção anterior sobre o alinhamento da saída dos dados, a saída poderia ser feita com
uma única chamada da função printf(). Repetindo o referido exemplo, se os conteúdos das
variáveis do tipo float x, y e z são 103.45, 5.3678 e 45.0, o comando
printf("%13.2f"/n %13.2f \n %13.2f", x, y, z);
exibe na tela
103.45
5.37
45.00
34
Capítulo 2 Introdução à Linguagem C
incorporar recursos de programação orientada a objetos foi denominada C++ (de forma
semelhante, o comando i = i – 1 pode ser escrito i--;). O incremento de uma variável de
uma unidade também pode ser obtido através do comando ++i e estas expressões podem
figurar em expressões aritméticas. A diferença entre i++ e ++i pode ser entendida no
seguinte exemplo.Aa seqüência de comandos
i = 2;
j = i++;
k = ++i;
realiza as seguintes ações:
i = 2, armazena em i o valor 2;
j = i++, armazena em j o valor 2 e armazena em i o valor 3 (incrementa o valor de
i);
k = ++i, armazena em i o valor 4 (incrementa o valor de i) e armazena o valor 4 na
variável j.
Lendo caracteres
Alem da possibilidade de se dar entrada em caracteres através da função scanf()
com código de conversão "%c", pode-se dar entrada em caracteres utilizando-se as
funções getch() e getche(), cujos cabeçalhos encontram-se no arquivo conio.h. Para a
execução destas funções é necessário que se acione uma tecla; quando isto é feito, o
caractere correspondente é retornado pela função e pode então ser armazenado numa
variável do tipo char através de um comando de atribuição. A diferença entre estas
funções é que na primeira o caractere digitado não aparece na tela de trabalho, o que
acontece com a segunda função. Por exemplo, a execução do programa
#include <stdio.h>
#include <conio.h>
main()
{
36
Capítulo 2 Introdução à Linguagem C
char c;
c = getch();
printf("Voce digitou a letra %c \n", c);
}
digitando-se a letra A deixa a tela de trabalho da seguinte forma
Voce digitou a letra A
enquanto que a execução do programa
#include <stdio.h>
#include <conio.h>
main()
{
char c;
c = getche();
printf("Voce digitou a letra %c \n", c);
}
deixa a tela de trabalho assim:
A
Você digitou a letra A
37
Capítulo 2 Introdução à Linguagem C
2. Agora apresentaremos um programa que recebendo um número inteiro como
entrada fornece o algarismo da casa das unidades deste número, questão discutida no
capítulo 1. Como vimos naquele capítulo, o algarismo procurado é o resto da divisão do
número dado por 10. Temos então o seguinte programa (no capítulo 6 veremos um
programa que necessita da solução desta questão).
/* Programa que determina o algarismo da casa das unidades de um inteiro dado */
#include <stdio.h>
main()
{
int Num, Unidades;
printf("Digite um inteiro");
scanf("%d", &Num);
Unidades = Num % 10;
printf("O algarismo da casa das unidades de %d e' %d ", Num, Unidades);
}
3. Se quiséssemos um programa para inverter um número com dois algarismos (por
exemplo, se a entrada fosse 74, a saída deveria ser 47) poderíamos utilizar o seguinte fato:
se x e y são os algarismos de um número (casa das dezenas e casa das unidades,
respectivamente), então este número é x . 10 + y. Assim, a inversão seria y . 10 + x e
bastaria extrair os dois algarismos do número dado e utilizar a expressão acima. A
extração do algarismo da casa das unidades foi mostrada no exemplo anterior. E o
algarismo da casa das dezenas? Basta ver que ele é o quociente da divisão do número por
10 e este quociente é obtido através do operador / com operandos inteiros. Temos então o
seguinte programa.
/* Programa que inverte um número com dois algarismos */
#include <stdio.h>
main()
{
int Num, Unidades, Dezenas, Invertido;
printf("Digite um inteiro com dois algarismos");
scanf("%d", &Num);
Unidades = Num % 10;
Dezenas = Num/10;
Invertido = Unidades * 10 + Dezenas;
printf("O invertido de %d e' %d ", Num, Invertido);
}
Dificilmente o caro leitor vai escrever um programa com este objetivo (para que
serve inverter um número com dois algarismos?). Esta questão e algumas outras estão
sendo discutidas aqui apenas como exemplos para o desenvolvimento da lógica de
programação e pelo fato de que podem ser trechos de programas maiores.
38
Capítulo 2 Introdução à Linguagem C
4. Imagine agora que queiramos um programa que determine o menor múltiplo de
um inteiro dado maior do que um outro inteiro dado. Por exemplo, se a entrada fosse 13 e
100, a saída deveria ser 104 (104 é o menor múltiplo de 13 que é maior que 100). Como
dividendo = divisor x quociente + resto e resto < divisor,
temos que o valor da expressão
dividendo - resto + divisor
é o múltiplo procurado.
/*Programa que determina o menor múltiplo de um inteiro maior que outro
inteiro*/
#include <stdio.h>
main()
{
int Num, Divisor, MenMultiplo;
printf("Digite o inteiro do qual o número procurado deve ser múltiplo");
scanf("%d", &Divisor);
printf("Digite o inteiro que deve ser menor que o múltiplo \n");
scanf("%d", &Num);
MenMultiplo = Num - Num % Divisor + Divisor;
printf("O menor multiplo de %d maior do que %d e' %d \n", Divisor, Num,
MenMultiplo);
}
5. O programa a seguir, além de ser muito interessante no sentido do
desenvolvimento da lógica de programação, será utilizado (a seqüência de comandos da
função main()) em outros programas. O objetivo dele é permutar os conteúdos de duas
variáveis. Ou seja, suponhamos que, através de comandos de entrada o programa
armazenou nas variáveis x e y os valores 7 e 18 e pretendamos que o programa faça com
que o conteúdo de x passe a ser 18 e o de y passe a ser igual a 7. À primeira vista, bastaria
a seqüência de comandos
x=y
y=x
Ocorre que, quando o segundo comando fosse executado, o primeiro já teria sido e
o conteúdo de x não seria mais o original. No nosso exemplo, teríamos a seguinte situação
x y
17 8
8
8
e a permuta não teria sido feita, além do fato de que o conteúdo original de x teria sido
perdido. Uma alternativa é considerar uma variável auxiliar que "guarde" o conteúdo de x
antes que este seja substituído pelo conteúdo de y. Teríamos assim o seguinte programa.
39
Capítulo 2 Introdução à Linguagem C
/* Programa que permuta os conteúdos de duas variáveis */
#include <stdio.h>
main()
{
float x, y, Aux;
printf("Digite os dois numeros ");
scanf("%f %f", &x, &y);
printf("Entrada x = %0.1f, y = %0.1f \n", x, y);
Aux = x;
x = y;
y = Aux;
printf("Saida x = %0.2f, y = %0.2f \n", x, y);
}
Cabe observar que a permuta dos conteúdos pode ser obtida sem a utilização da
variável Aux. Isto, porém, é deixado para que o leitor descubra a solução, sendo
apresentado como exercício proposto.
40
Capítulo 2 Introdução à Linguagem C
Tabela 12 Algumas funções de biblioteca
Identificador Argumentos O que retorna
fabs(x) double Valor absoluto do argumento x
acos(x) doublé Arco cujo valor do co-seno é o argumento x
asin(x) double Arco cujo valor do seno é o argumento x
atan(x) double Arco cujo valor da tangente é o argumento x
cos(x) double Co-seno do argumento x
log(x) double Logaritmo natural do argumento x
log10(x) double Logaritmo decimal do argumento x
pow(x, y) doublé, double Argumento x elevado ao argumento y
pow10(x) Int 10 elevado ao argumento x
random(x) Int Um número aleatório entre 0 e x - 1
sin(x) double Seno do argumento x
sqrt(x) double Raiz quadrada do argumento x
tan(x) doublé Tangente do argumento x
tolower(x) char Converte o caractere x para minúsculo
toupper(x) char Converte o caractere x para maiúsculo
O protótipo da função random() se encontra no arquivo stdlib.h e os protótipos das
funções tolower() e toupper() estao no arquivo ctype.h. Os protótipos das outras funções
estão no arquivo math.h que, como seu nome indica, contém os protótipos das funções
matemáticas. Para que a função random() seja ativada é necessário que sua ativação seja
precedida pela ativação da função randomize() que ativa o gerador de número aleatório.
Por exemplo, o programa abaixo exibirá um número aleatório entre 0 e 99.
/* programa que exibe, aleatoriamente, um número entre 0 e 99 */
#include <stdio.h>
#include <stdlib.h>
main()
{
int x;
randomize();
x = random(100);
printf("%d \n", x);
}
O exemplo a seguir, além de pretender motivar o próximo capítulo, objetiva
também ressaltar algo mais ou menos óbvio, mas que deve ser destacado: um
programador só é capaz de escrever um programa que resolva um determinado problema
se ele souber resolver o tal problema "na mão", ou seja, com a utilização apenas de lápis e
papel. Trata-se de um programa que calcule a área de um triângulo, dados os
comprimentos dos seus lados. Naturalmente, só é capaz de escrever este programa aquele
que conhecer a fórmula abaixo, que dá a área do triângulo cujos lados têm comprimentos
a, b e c:
41
Capítulo 2 Introdução à Linguagem C
S= p . ( p − a ) . ( p − b) . ( p − c )
onde
a+b+c
p=
2
é o semiperímetro do triângulo. Com isto, temos o seguinte programa.
/*Programa que determina a área de um triângulo de lados de comprimentos
dados*/
#include <stdio.h>
#include <math.h>
main()
{
float x, y, z, Area, SemiPer;
printf("Digite os comprimentos dos lados do triangulo");
scanf("%f %f %f", &x, &y, &z);
SemiPer = (x + y + z)/2;
Area = sqrt(SemiPer * (SemiPer - x) * (SemiPer - y) * (SemiPer - z));
printf("A area do triangulo de lados %f , %f e %f e' igual a %f \n", x, y, z, Area);
}
Se este programa for executado com entrada 3, 4 e 5 temos SemiPer = 6 e
S = 6 . (6 − 3) . (6 − 4) . (6 − 5) = 36
e, como era de se esperar, a área do triângulo cujos lados têm comprimento 3, 4 e 5
unidades de comprimento é igual a 6 unidades de área.
S = 4 . ( 4 − 1 ) . ( 4 − 2 ) . ( 4 − 5 ) = − 24
42
Capítulo 2 Introdução à Linguagem C
2. Escreva programas para
a) Converter uma temperatura dada em graus Farenheit para graus Celsius.
b) Gerar o invertido de um número com três algarismos (exemplo: o invertido
de 498 é 894).
c) Somar duas frações ordinárias, fornecendo o resultado em forma de fração.
d) Determinar o maior múltiplo de um inteiro dado menor do que ou igual a um
outro inteiro dado (exemplo: o maior múltiplo de 7 menor que 50 é 49).
e) Determinar o perímetro de um polígono regular inscrito numa circunferência,
dados o número de lados do polígono e o raio da circunferência.
3. Escreva um programa que permute o conteúdo de duas variáveis sem utilizar
uma variável auxiliar (ver exemplo 5 da seção 2.9).
4. Uma loja vende seus produtos no sistema entrada mais duas prestações, sendo a
entrada maior do que ou igual às duas prestações; estas devem ser iguais, inteiras e as
maiores possíveis. Por exemplo, se o valor da mercadoria for R$ 270,00, a entrada e as
duas prestações são iguais a R$ 90,00; se o valor da mercadoria for R$ 302,75, a entrada
é de R$ 102,75 e as duas prestações são a iguais a R$ 100,00. Escreva um programa que
receba o valor da mercadoria e forneça o valor da entrada e das duas prestações, de
acordo com as regras acima. Observe que uma justificativa para a adoção desta regra é
que ela facilita a confecção e o conseqüente pagamento dos boletos das duas prestações.
5. Um intervalo de tempo pode ser dado em dias, horas, minutos, segundos ou
seqüências "decrescentes" destas unidades (em dias e horas; em horas e minutos; em
horas, minutos e segundos), de acordo com o interesse de quem o está manipulando.
Escreva um programa que converta um intervalo de tempo dado em segundos para horas,
minutos e segundos. Por exemplo, se o tempo dado for 3 850 segundos, o programa deve
fornecer 1 h 4 min 10 s.
6. Escreva um programa que converta um intervalo de tempo dado em minutos
para horas, minutos e segundos. Por exemplo, se o tempo dado for 145.87 min, o
programa deve fornecer 2 h 25 min 52.2 s (vale lembrar que o ponto é o separador da
parte inteira).
7. Um programa para gerenciar os saques de um caixa eletrônico deve possuir
algum mecanismo para decidir o número de notas de cada valor que deve ser
disponibilizado para o cliente que realizou o saque. Um possível critério seria o da
"distribuição ótima" no sentido de que as notas de menor valor disponíveis fossem
distribuídas em número mínimo possível. Por exemplo, se a máquina só dispõe de notas
de R$ 50, de R$ 10, de R$ 5 e de R4 1, para uma quantia solicitada de R$ 87, o programa
deveria indicar uma nota de R$ 50, três notas de R$ 10, uma nota de R$ 5 e duas notas de
R$ 1. Escreva um programa que receba o valor da quantia solicitada e retorne a
distribuição das notas de acordo com o critério da distribuição ótima.
8. De acordo com a Matemática Financeira, o cálculo das prestações para
amortização de um financiamento de valor F em n prestações e a uma taxa de juros i é
dada pela fórmula P = F/an¬i, onde an¬i = ((1 + i)n – 1)/(i . (1 + i)n). Escreva um
programa que determine o valor das prestações para amortização de um financiamento,
dados o valor do financiamento, o número de prestações para amortização e a taxa de
juros.
43
CAPÍTUL
3 Estruturas de Seleção
3.1 O que é uma estrutura de seleção
O último exemplo do capítulo anterior apresentava um programa para calcular a
área de um triângulo, dados os comprimentos dos seus lados. Foi visto que o comando
que calculava a área solicitada só devia ser executado com a certeza anterior de que os
valores dados como entrada poderiam ser comprimentos dos lados de um triângulo. Ou
seja, o tal comando só deveria ser executado se x < y + z e y < x + z e z < x + y, condição
que garante que os valores armazenados nas variáveis x, y e z são comprimentos dos
lados de um triângulo. Assim, em algumas situações, alguns comandos só devem ser
executados se alguma condição for satisfeita.
É muito fácil encontrar situações em que a execução de uma ou mais instruções
deve estar condicionada à satisfabilidade de uma condição. Por exemplo, veremos
algoritmos para ordenar uma relação de números que necessitam colocar em ordem
crescente os conteúdos de duas variáveis. É óbvio que para ordenar em ordem crescente
os conteúdos de duas variáveis x e y, só é necessário se fazer alguma coisa se o conteúdo
de x for maior que o conteúdo de y, ou seja, se x > y.
Há situações também em que há necessidade de que se faça uma escolha entre duas
ou mais seqüências de instruções qual a seqüência deve ser executada. Por exemplo, se
pretendemos verificar se um número n é par podemos determinar o resto da divisão de n
por 2. Se este resto for zero, então o número é par. Se este resto for 1, o número é ímpar.
Vale lembrar que os algoritmos que o viver exige que executemos diuturnamente
são pontuados de escolhas e decisões: se não chover, iremos para a praia, se chover,
iremos para o shopping; se estiver fazendo frio, vista um casaco.
A verificação de que uma condição é satisfeita e, a partir daí, uma determinada
seqüência de comandos deve ser executada é chamada de estrutura de seleção, estrutura
de decisão ou comando de seleção.
3.2 O comando if
O comando if é uma estrutura de decisão que decide se uma seqüência de
comandos será ou não executada. Sua sintaxe é
if (Expressão)
{
seqüência de comandos
}
sendo os delimitadores opcionais se a seqüência de comandos contém um único comando.
A semântica deste comando é muito simples: se o valor da Expressão for diferente
de zero, o sistema executará a seqüência de comandos; caso contrário o sistema não
Capítulo 3 Estruturas de Seleção
45
Capítulo 3 Estruturas de Seleção
46
Capítulo 3 Estruturas de Seleção
#include <stdio.h>
main(){
int x, y; printf("Digite o numero"); scanf("%d", &x);
if (x % 2 == 0) printf("%d e' par \n", x); else
printf("%d e' impar \n", x);
}
ele seria executado da mesma forma, porém a sua legibilidade estaria prejudicada.
47
Capítulo 3 Estruturas de Seleção
h = h2 -h1;
min = min2 - min1;
if ((h < 0) || ((h == 0) && (min < 0)))
puts("Dados invalidos! O segundo instante é anterior ao primeiro");
else
{
if (min < 0)
{
h = h - 1;
min = min + 60;
}
printf( "Entre os instantes %dh %dmin e %dh %dmin passaram-se %dh
%dmin", h1, min1, h2, min2, h, min);
}
}
1. No último exemplo do capítulo 2, apresentamos um programa que calculava a
área de um triângulo, dados os comprimentos dos seus lados. No final dele, mostramos
que o mesmo não fornecia respostas satisfatórias para todas as entradas e comentamos
que o cálculo da área deveria ser precedido da verificação de que os dados de entrada são
de fato comprimentos dos lados de um triângulo. O programa referido, escrito agora de
forma completa e correta, seria o seguinte.
/* Programa para calcular a área de um triângulo*/
#include <stdio.h>
#include <math.h>
main()
{
float x, y, z, Area, SemiP;
printf("Digite os comprimentos dos lados do triangulo");
scanf("%f %f %f", &x, &y, &z);
if ((x < y + z) && (y < x + z) && (z < x + y))
{
SemiP = (x + y + z)/2;
Area = sqrt(SemiP * (SemiP - x) * (SemiP - y) * (SemiP - z));
printf("A area do triangulo de lados %f , %f e %f e' igual a %f \n", x, y, z,
Area);
}
else
printf("Os números %f , %f %f não podem ser comprimentos dos lados de um
triângulo \n", x, y, z);
}
2. Programas que manipulam datas (por exemplo, um programa que determine o
número de dias entre duas datas dadas) contêm trechos que verificam se um ano dado é
48
Capítulo 3 Estruturas de Seleção
bissexto. Sabendo que um ano é bissexto se ele é múltiplo de quatro, teríamos o seguinte
programa.
/*Programa que verifica se um dado ano é bissexto */
#include <stdio.h>
main()
{
int Ano;
printf("Digite o ano");
scanf("%d", &Ano);
if (Ano % 4 == 0)
printf("%d e' bissexto %d \n", Ano);
else
printf("%d não e' bissexto %d \n", Ano);
}
Rigorosamente falando, há anos múltiplos de quatro que não são bissextos. São
aqueles múltiplos de 100 que não são múltiplos de 400. Por exemplo, o ano 2000 foi um
ano bissexto, mas o ano de 2100 não será. Para que o programa detecte estas exceções, a
expressão lógica que controla o comando if deve ser ampliada e talvez seja mais fácil
considerar a condição para que um ano não seja bissexto: não deve ser múltiplo de quatro
ou se for múltiplo de 100 não deve ser múltiplo de 400. Observe que agora optamos por
uma expressão lógica que garantisse o fato de que o ano dado não é bissexto.
/* Programa que verifica se um dado ano é bissexto */
#include <stdio.h>
main()
{
int Ano;
printf("Digite o ano");
scanf("%d", &Ano);
if ((Ano % 4 != 0) || ((Ano % 100 == 0) && (Ano % 400 != 0)))
printf("%d nao e' bissexto \n", Ano);
else
printf("%d e' bissexto \n", Ano);
}
3. O programa para ordenar os conteúdos de duas variáveis, visto na seção 3.2, é
um caso muito particular da questão mais geral da ordenação de uma relação de números
ou de nomes, problema que tem vasta aplicação na vida prática, principalmente na
ordenação de uma lista de nomes (este problema também é conhecido como
classificação). Para a solução geral existem diversos algoritmos com este objetivo. No
capítulo 7 teremos oportunidade de discutir programas baseados em alguns destes
algoritmos. Por enquanto, vejamos um programa que ordene três números dados. Além de
exemplificar o comando if, o programa abaixo mostra como se pode (e se deve) utilizar
raciocínios anteriores para se escrever programas.
49
Capítulo 3 Estruturas de Seleção
Seja então um programa que receba três números inteiros, armazene-os nas
variáveis x, y e z e que ao final da sua execução deixe os conteúdos de x, de y e de z na
ordem crescente. Uma idéia bem interessante é armazenar na variável x o menor dos
números e em seguida ordenar os conteúdos de y e de z, que é exatamente o problema de
ordenar os conteúdos de duas variáveis, que foi referido acima. Obviamente, para se
executar a primeira ação pretendida (armazenar na variável x o menor dos números) só é
necessário se fazer alguma coisa se o valor de x já não for o menor dos números dados, ou
seja, se x > y ou x > z. Nesta hipótese, o menor deles é y ou z e este menor deve ser
permutado com x. Temos então o seguinte programa.
/* Programa para ordenar três números dados*/
#include <stdio.h>
main()
{
float x, y, z, Aux;
printf("Digite os tres numeros");
scanf("%f %f %f", &x, &y, &z);
printf("Numeros dados: %f , %f , %f \n", x, y, z);
if ((x > y) || (x > z)) /* verifica se x não é o menor */
if (y < z) /* neste caso y é o menor */
{
Aux = x; /* troca os conteúdos de x e de y */
x = y;
y = Aux;
}
else /* neste caso z é o menor */
{
Aux = x; /* troca os conteúdos de x e de z */
x = z;
z = Aux;
}
if (y > z) /* verifica se z e y ainda não estão ordenados */
{
Aux = y; /* troca o conteúdo de y e de z */
y = z;
z = Aux;
}
printf("Numeros ordenados: %f , %f , %f \n", x, y, z);
}
Observe que se a expressão lógica do primeiro comando if for verdadeira, o sistema
executará outro comando if. Neste caso, dizemos que os comandos estão aninhados.
Observe também que escrevemos no programa algumas frases explicativas das ações
pretendidas. Estas frases são chamadas comentários e devem ser escritas entre os pares de
caracteres /* e */. Quando o compilador encontra o par de caracteres /* procura um outro
50
Capítulo 3 Estruturas de Seleção
par */ e desconsidera tudo o que vem entre os dois pares. Isto permite que o programador
deixe registrado no próprio programa as observações que ele achar conveniente. Como a
edição dos programas com endentação, a prática de se colocar comentários nos programas
é muito importante. Como os programas discutidos neste livro serão precedidos de
explicações prévias, a utilização de comentários aqui vai se restringir à indicação do
objetivo do programa (como já víamos fazendo).
A ação realizada pela primeira estrutura de decisão do programa acima pode ser
obtida através de outro algoritmo. A idéia é a seguinte: coloca-se na variável x o menor
dos valores inicialmente armazenados nas variáveis x e y. Em seguida, repete-se o
raciocínio com os valores armazenados (agora) em x e em z.
/* Programa para ordenar três números dados (versão 2)*/
#include <stdio.h>
main()
{
float x, y, z, Aux;
printf("Digite os tres numeros");
scanf("%f %f %f", &x, &y, &z);
printf("Numeros dados: %f , %f , %f \n", x, y, z);
if (x > y)
{
Aux = x;
x = y;
y = Aux;
}
if (x > z)
{
Aux = x;
x = z;
z = Aux;
}
if (y > z)
{
Aux = y;
y = z;
z = Aux;
}
printf("Numeros ordenados: %f , %f , %f \n", x, y, z);
}
4. Um outro exemplo que ilustra muito bem a utilização do comando if é um
programa para determinar as raízes de uma equação do segundo grau. Sabemos da
matemática que uma equação ax2 + bx + c = 0 só tem raízes reais se b2 - 4ac < 0. Assim,
um programa para encontrar as raízes reais (deixaremos o caso completo da determinação
das raízes reais e complexas como exercício proposto) poderia ser o seguinte.
51
Capítulo 3 Estruturas de Seleção
52
Capítulo 3 Estruturas de Seleção
53
Capítulo 3 Estruturas de Seleção
Observe que a seqüência associada à opção else é iniciada com um outro comando
if. Alguns autores preferem destacar um fato como este definindo um "novo comando"
denominando-o else if.
7. Um outro exemplo que utiliza comandos de seleção aninhados e em que a
escolha da expressão lógica que controlará o comando if é importante é um programa que
determine o número de dias de um mês (um programa como este seria parte integrante de
um programa que manipulasse datas). Como os meses de trinta dias são quatro e os de
trinta e um dias são sete, usamos os primeiros para o controle do comando de seleção.
/* Programa que determina o número de dias de um mês dado */
#include <stdio.h>
main()
{
int Mes, Ano, NumDias;
printf("Digite o mes");
scanf("%d", &Mes);
if ((Mes == 4 ) || (Mes == 6) || (Mes == 9) || (Mes == 11))
NumDias = 30;
else
if (Mes == 2)
{
printf("Digite o ano");
scanf("%d", &Ano);
if (Ano % 4 != 0)
NumDias = 28;
else
NumDias = 29;
}
else
NumDias = 31;
printf("O mes %d tem %d dias", Mes, NumDias);
}
No capítulo 6 veremos que o programa acima pode ser bastante simplificado.
54
Capítulo 3 Estruturas de Seleção
55
Capítulo 3 Estruturas de Seleção
switch (x)
{
case 1 : printf("Valor de x: %d \n", x);
case 2 : printf("Valor do dobro de %d: %d \n", x, 2*x);
case 3 : printf("Valor do triplo de %d: %d \n", x, 3*x);
case 4 : printf("Valor do quadruplo de %d: %d \n", x, 4*x);
default : printf("Valor digitado: %d \n", x);
}
}
executado para x = 1 executa todas as seqüências vinculadas aos cases fornecendo a
seguinte saída:
Valor de x: 1
Valor do dobro de 1: 2
Valor do triplo de 1: 3
Valor do quadruplo de 1: 4
Valor digitado: 1
Se for executado para x = 3, só as seqüências a partir do case 3 serão executadas e
a saída será:
Valor do triplo de 3: 9
Valor do quadruplo de 3: 12
Valor digitado: 3
e se for executado x = 10 apenas a seqüência vinculada à condição default será a
executada e a saída será:
Valor digitado : 10
Duas observações: a seqüência de instruções vinculada a uma opção case pode ser
vazia, caso em que, evidentemente, nada é executado; se apenas uma seqüência de
comandos deve ser executada, deve-se encerrá-la com um break.
Para exemplificar, vamos reapresentar o exemplo 7 da seção anterior utilizando o
comando switch:
/* Programa para determinar o numero de dias de um mes*/
#include <stdio.h>
main()
{
int Mes, Ano, NumDias;
printf("Digite o mes \n");
scanf("%d", &Mes);
switch (Mes)
{
case 2 :
printf("Digite o ano");
scanf("%d", &Ano);
56
Capítulo 3 Estruturas de Seleção
if (Ano % 4 != 0)
NumDias = 28;
else
NumDias = 29;
break;
case 4 :
case 6 :
case 9 :
case 11 : NumDias = 30; break;
default : NumDias = 31;
}
printf("O mes de numero %d tem %d dias \n", Mes, NumDias);
}
Observe que se o mês de entrada for 2, o programa pede o ano para determinar se
ele é bissexto. Aí, determina o número de dias e a instrução break encerra o comando
switch. Se a entrada for 4, com a seqüência de comandos vinculada ao case 4 é vazia (e,
portanto, não contém break) as seqüências vinculadas aos cases seguintes são executadas
até o break do case 11 (para os meses 4, 6, 9 e 11 o número de dias é igual a 30!). Se a
entrada não for 2, 4, 6, 9 e 11 a opção default será executada e, portanto, o mês terá 31
dias. Evidentemente, fica faltando discutir a possibilidade de uma entrada inválida como,
por exemplo, 13. Isto será discutido num dos capítulos seguintes.
A opção default é opcional: se ela não aparece no comando e o valor da Expressão
for diferente de todos os valores disponíveis, nada é executado e a instrução logo após o
comando switch passa a ser executada.
Um outro exemplo interessante de utilização do comando aqui focado é um
programa que determine o dia da semana de uma data dada. Tomando como base o ano
de 1600 (em 1582 o Papa Gregorio III instituiu mudanças no calendário então vigente) e
sabendo que o dia primeiro deste ano foi um sábado, para se determinar o dia da semana
de uma data dada basta se calcular o número de dias decorridos entre a data dada e o dia
01/01/1600. Como a associação do dia da semana a uma data é periódica, de período 7, o
resto da divisão do número de dias referido acima por 7 indica a relação entre o dia da
semana procurado e o sábado: se o tal resto for 1, o dia da semana é sábado; se o resto for
2 o dia da semana é domingo, e assim sucessivamente.
Para se calcular o número de dias entre uma data dada e 01/01/1600, basta
multiplicar o número de anos por 365, acrescentar a quantidade de anos bissextos e o
número de dias decorridos no ano corrente.
/* Programa para determinar o dia da semana de uma data dada */
#include <stdio.h>
main()
{
int Dia, Mes, Ano, DiasDoAno, Dias31, AnosBiss;
long int Anos, NumDias;
printf("Digite dia, mes e ano \n");
57
Capítulo 3 Estruturas de Seleção
58
Capítulo 3 Estruturas de Seleção
59
4. Estruturas de Repetição
4.1 Para que servem as estruturas de repetição
Um locutor brasileiro ao narrar um jogo de futebol americano nos Estados Unidos
recebe a informação do placar eletrônico sobre a temperatura do estádio medida em graus
Fahrenheit. Naturalmente, ele deve fornecer aos telespectadores brasileiros a temperatura
em graus Celsius. Para isto, o locutor, de posse de um computador, poderia utilizar o
programa abaixo, que foi solicitado no primeiro item do segundo exercício da seção 2.12.
/*Programa que converte uma temperatura dada em graus Fahrenheit para graus
Celsius*/
#include <stdio.h>
main()
{
float Fahrenheit, Celsius;
printf("Digite a temperatura em Fahrenheit");
scanf("%f", &Fahrenheit);
Celsius = 5 * (Fahrenheit - 32)/9;
printf("A temperatura de %.2f Fahrenheit corresponde a %.2f Celsius ",
Fahrenheit, Celsius);
}
Se o placar eletrônico indicasse uma temperatura de 60o F, o narrador executaria o
programa com a entrada 60 e receberia a saída
A temperatura de 60 graus Fahrenheit corresponde a 15.55 graus Celsius
Certamente, seria mais prático a produção da transmissão do evento disponibilizar
para o locutor uma tabela contendo as temperaturas possíveis em graus Fahrenheit e as
correspondentes em graus Celsius. A confecção desta tabela poderia ser feita através de
um programa que contivesse vários comandos que calculassem para cada temperatura em
graus Fahrenheit pretendida a correspondente temperatura em graus Celsius e exibissem
estas temperaturas. Neste caso, não haveria necessidade de comando de entrada; porém,
para cada temperatura em graus Fahrenheit pretendida, haveria, pelo menos, um comando
de atribuição e a chamada da função printf(). Se a faixa de temperatura em graus
Fahrenheit a ser coberta pela tabela fosse de vinte a oitenta graus, teríamos um programa
como o programa abaixo.
/*Programa (muito ruim) que gera uma tabela de conversão de temperaturas em
graus Fahrenheit para graus Celsius */
#include <stdio.h>
main()
{
Capítulo 4 Estruturas de Repetição
int Fahrenheit;
printf("Tabela de conversao graus Fahrenheit/graus Celsius \n");
printf("-------------------------------------------------\n");
printf("\t Fahrenheit \t | \t Celsius\n");
printf("-------------------------------------------------\n");
Fahrenheit = 10;
printf("\t %f \t | \t %f \n", Fahrenheit, 5.0*(Fahrenheit - 32)/9);
Fahrenheit = 11;
printf("\t %f \t | \t %f \n", Fahrenheit, 5.0*(Fahrenheit - 32)/9);
...
/*Mais "uma porção" de comandos! */
Fahrenheit = 80;
printf("\t %f \t | \t %f \n", Fahrenheit, 5.0*(Fahrenheit - 32)/9);
}
Isto seria contornado se pudéssemos repetir a execução dos comandos que
gerariam as temperaturas em graus Fahrenheit e as correspondentes em graus Celsius. A
linguagem C possui os comandos for; while e do while, chamados estruturas de repetição
ou laços, cujas execuções redundam em repetições da execução de uma determinada
seqüência de comandos.
61
Capítulo 4 Estruturas de Repetição
{
int i;
for (i = 1; i <= 10; i = i + 1)
printf("%d ", i);
}
exibe na tela os números 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10. Por seu turno, o programa
#include <stdio.h>
main()
{
int i;
for (i = 10; i >= 0; i = i - 2)
printf("%d ", i);
}
exibe na tela os números 10, 8, 6, 4, 2, 0. Já o programa
#include <stdio.h>
main()
{
int i;
for (i = 1; i <= 10; i = i + 20)
printf("%d ", i);
}
exibe, apenas, o número 1.
A semântica do comando for implica que a seqüência de comandos pode não ser
executada nem uma única vez. Basta que na "primeira" execução do comando for a
expressão que controla a repetição assuma o valor zero. Por exemplo, o programa abaixo
não exibe nenhum valor na tela.
#include <stdio.h>
main()
{
int i;
for (i = 11; i <= 10; i = i + 20)
printf("%d ", i);
}
Com o comando for, a questão da geração de uma tabela de conversão de
temperaturas em graus Fahrenheit para graus Celsius seria simples.
#include <stdio.h>
#include <conio.h>
main()
{
int Fahrenheit;
float Celsius;
62
Capítulo 4 Estruturas de Repetição
clrscr();
printf("Tabela de conversão graus Fahrenheit/graus Celsius \n");
printf("-------------------------------------------------\n");
printf("\t Fahrenheit \t | \t Celsius\n");
printf("-------------------------------------------------\n");
for (Fahrenheit = 20; Fahrenheit <= 80; Fahrenheit = Fahrenheit + 1)
{
Celsius = 5.0*(Fahrenheit - 32)/9;
printf("\t %.2f \t | \t %.2f \n", Fahrenheit, Celsius);
}
}
Na execução do comando for, a variável Fahrenheit é inicializada com o valor 20,
este valor é comparado com 80, a correspondente temperatura em graus Celsius é
calculada e os dois valores são exibidos. Em seguida, o conteúdo de Fahrenheit é
incrementado de uma unidade e tudo se repete até que Fahrenheit atinja o valor 81. Desta
forma, a execução deste programa gera a seguinte tabela
Tabela de conversão graus Fahrenheit/graus Celsius
Fahrenheit Celsius
20 -6.67
21 -5.11
22 -5.56
23 -5.00
... ...
79 26,11
80 26,67
Observe que toda a repetição é controlada pela variável Fahrenheit. Num caso
como este, a variável em foco é chamada variável de controle da estrutura de repetição.
Vale observar também que, ao contrário de outras linguagens (Pascal, por exemplo), a
variável de controle não tem que ser necessariamente do tipo int. Por exemplo, se
quiséssemos que a tabela também fornecesse temperaturas em graus Fahrenheit
fracionárias (meio em meio grau, por exemplo), poderíamos executar o seguinte
programa.
#include <stdio.h>
#include <conio.h>
main()
{
float Celsius, Fahrenheit;
clrscr();
printf("Tabela de conversão graus Fahrenheit/graus Celsius \n");
printf("-------------------------------------------------\n");
printf("\t Fahrenheit \t | \t Celsius\n");
printf("-------------------------------------------------\n");
63
Capítulo 4 Estruturas de Repetição
64
Capítulo 4 Estruturas de Repetição
main()
{
int Num, i, Divisor;
printf("Digite um numero: ");
scanf("%d", &Num);
Divisor = 0;
for (i = 2; i < Num; i = i + 1)
if (Num % i == 0)
Divisor = i;
if (Divisor != 0)
printf("%d é divisor próprio de %d \n", Divisor, Num);
else
printf("%d não tem divisores próprios \n", Num);
}
Um problema com este programa é que ele retorna sempre, se existir, o maior
divisor próprio. Isto significa que se a entrada for um número par, a estrutura de repetição
não é interrompida quando o divisor 2 é encontrado, o que vai prejudicar a performance
do programa. Isto pode ser contornado, pois os compiladores C permitem que uma
variável de controle de um comando for tenha o seu conteúdo alterado dentro do próprio
comando. Com isto, o programa acima ficaria da seguinte forma.
#include <stdio.h>
main()
{
int Num, i, Divisor;
printf("Digite um número inteiro: ");
scanf("%d", &Num);
Divisor = 0;
for (i = 2; i < Num; i = i + 1)
if (Num % i == 0)
{
Divisor = i;
i = Num;
}
if (Divisor != 0)
printf("%d e' divisor próprio de %d \n", Divisor, Num);
else
printf("%d não tem divisores próprios \n", Num);
}
Nesta versão, quando o primeiro divisor próprio é encontrado, o comando i = Num;
faz com que a execução do comando for seja interrompida. A prática de encerrar um
comando for através da alteração do conteúdo da variável de controle não será aqui
incentivada pelo fato de que isto desestrutura o programa, dificultando sua legibilidade.
Na verdade, a questão central é que o comando for deve ser utilizado quando o número de
65
Capítulo 4 Estruturas de Repetição
66
Capítulo 4 Estruturas de Repetição
67
Capítulo 4 Estruturas de Repetição
Observe que o último comando dos últimos dois programas foi uma chamada da
função getch(). Como já foi dito, a execução desta função requer a digitação de alguma
tecla. Isto faz com a janela do usuário (que exibe o resultado do processamento)
permaneça ativa até que uma tecla seja acionada.
68
Capítulo 4 Estruturas de Repetição
69
Capítulo 4 Estruturas de Repetição
70
Capítulo 4 Estruturas de Repetição
#include <stdio.h>
main()
{
char Resp;
do
Seqüência dec comandos do programa propriamente dito;
printf("Deseja continuar (S/N)?");
scanf("%c", &Resp);
while (toupper(Resp) == 'S');
}
71
Capítulo 4 Estruturas de Repetição
72
Capítulo 4 Estruturas de Repetição
Soma = 0;
for (i = 1; i <= n; i = i + 1)
Soma = Soma + 2*i - 1;
printf("Soma dos %d primeiros números impares: %d \n", n, Soma);
}
Optamos por apresentar a primeira versão pelo fato de que nem sempre a fórmula
para gerar os termos da seqüência que se pretende somar é tão simples ou é muito
conhecida. Por exemplo, o exercício número 2 da seção 4.7 pede para somar os quadrados
dos n primeiros números naturais e, neste caso, embora a fórmula exista, ela não é tão
conhecida.
2. Um dos exemplos da seção anterior apresentava um programa que determinava,
se existisse, um divisor próprio de um inteiro dado. Imaginemos agora que queiramos um
programa que apresente a lista de todos os divisores de um inteiro n dado. Neste caso, o
programa pode percorrer todos os inteiros desde um até a metade de n verificando se cada
um deles é um seu divisor. Temos então o seguinte programa.
#include <stdio.h>
main()
{
int Num, i;
printf("Digite o numero: ");
scanf("%d", &Num);
printf("Divisores próprios de %d: \n", Num);
for (i = 2; i <= Num/2; i = i + 1)
if (Num % i == 0)
printf("%d \n", i);
}
Vale observar que, ao contrário do que foi dito na seção 2.9, os valores de saída
deste programa não estão sendo armazenados. O que acontece é que ainda não temos
condições de armazenar uma quantidade indefinida de elementos. Este problema será
resolvido no capítulo 6.
3. Na seção 1.5 discutimos um algoritmo que determinava o quociente e o resto da
divisão entre dois inteiros positivos dados. Embora os compiladores de C possuam o
operador % que calcula o resto de uma divisão inteira entre dois inteiros positivos, vamos
apresentar, por ser interessante, a implementação do algoritmo referido.
/*Programa que determina o quociente e o resto da divisão entre dois inteiros
positivos*/
#include <stdio.h>
main()
{
int Dividendo, Divisor, Quoc, Resto;
printf("Digite o dividendo e o divisor (diferente de zero!): ");
scanf("%d %d", &Dividendo, &Divisor);
73
Capítulo 4 Estruturas de Repetição
Quoc = 1;
while (Quoc * Divisor <= Dividendo)
Quoc = Quoc + 1;
Quoc = Quoc - 1;
Resto = Dividendo - Quoc * Divisor;
printf("Quociente e resto da divisão de %d por %d: %d e %d\n", Dividendo,
Divisor, Quoc, Resto);
}
4. Em muitos casos há necessidade de que um dos comandos da seqüência que terá
sua execução repetida através de uma estrutura de repetição seja uma outra estrutura de
repetição (num caso deste dizemos que as estruturas estão aninhadas). Para um exemplo,
sejam A = {1, 2, 3, ..., n} e um programa que pretenda exibir o produto cartesiano AxA.
Observe que para cada valor da primeira componente o programa deve gerar todas as
segundas componentes. Devemos ter, portanto, uma estrutura de repetição para gerar as
primeiras componentes e uma outra, vinculada a cada valor da primeira componente, para
gerar as segundas.
/*Programa para gerar um produto cartesiano*/
#include <stdio.h>
main()
{
int n, i, j;
printf("Digite o numero de elementos do conjunto: ");
scanf("%d", &n);
printf("{");
for (i = 1; i <= n; i = i + 1)
for (j = 1; j <= n; j = j + 1)
printf("(%d, %d), ", i, j);
printf("}");
}
5. É interessante observar que a variável de controle da estrutura interna pode
depender da variável de controle da estrutura externa. Por exemplo, se ao invés dos pares
ordenados, quiséssemos os subconjuntos do conjunto A com dois elementos, o programa
não deveria exibir o subconjunto {1, 1}, que possui um só elemento, e deveria exibir
apenas um dos subconjuntos {1, 2} e {2, 1} já que eles são iguais. Isto pode ser obtido
inicializando j com uma unidade maior do que o valor de i.
/*Programa para gerar um conjunto de subconjuntos de um conjunto*/
#include <stdio.h>
main()
{
int n, i, j;
printf("Digite o numero de elementos do conjunto: ");
scanf("%d", &n);
74
Capítulo 4 Estruturas de Repetição
printf("{");
for (i = 1; i <= n; i = i + 1)
for (j = i + 1; j <= n; j = j + 1)
printf("{%d, %d}, ", i, j);
printf("}");
}
6. Seja um programa para o cálculo da média de uma dada quantidade de números.
Na seção 1.5 discutimos um algoritmo para determinar a média de 10.000 números dados.
Na ocasião discutimos que utilizaríamos uma única variável para receber os números
sendo que um valor subseqüente só seria solicitado depois que o anterior fosse
"processado". A diferença agora é que a quantidade de números será um dado de entrada,
o que torna o programa de aplicação mais variada. Como a quantidade de números será
dada, pode-se utilizar uma estrutura for para receber e somar os números.
/*Programa para calcular a media de n numeros, n dado*/
#include <stdio.h>
main()
{
int n, i;
float Num, Soma, Media;
Soma = 0;
printf("Digite o numero de elementos: ");
scanf("%d", &n);
printf("\n Digite os elementos:");
for (i = 1; i <= n; i = i + 1)
{
scanf("%f", &Num);
Soma = Soma + Num;
}
Media = Soma/n;
printf("Media = %f", Media);
}
7. O exemplo acima tem o inconveniente de que sua execução exige que se saiba
anteriormente a quantidade de números e isto não ocorre na maioria dos casos. Vejamos
então um programa para determinar a média de uma relação de números dados, sem que
se conheça previamente a quantidade deles. Neste caso, não devemos utilizar o comando
for, pois não sabemos o número de repetições! Assim, o comando while deve ser
utilizado; porém, uma pergunta deve ser formulada: qual a expressão lógica que
controlará a estrutura? A solução é "acrescentar" à relação um valor sabidamente
diferente dos valores da relação e utilizar este valor para controlar a repetição. Este valor
aqui referido é conhecido como flag. Como dito logo acima, deve-se ter certeza que o flag
não consta da relação. Isto não é complicado, pois ao se escrever um programa se tem
conhecimento de que valores o programa vai manipular e a escolha do flag fica facilitada.
Por exemplo, se o programa vai manipular números positivos pode-se usar -1 para o flag.
75
Capítulo 4 Estruturas de Repetição
Além do flag, o programa necessita de uma variável (no caso Cont de contador) que
determine a quantidade de números da relação, pois este valor será utilizado no cálculo da
média.
/*Programa para calcular a media de uma relacao de numeros*/
#include <stdio.h>
main()
{
int Cont;
float Num, Soma, Media;
Soma = 0;
printf("\n Digite os elementos(-1 para encerrar):");
scanf("%d", &Num);
Cont = 0;
while (Num != -1)
{
Soma = Soma + Num;
Cont = Cont + 1;
scanf("%f", &Num);
}
Media = Soma/Cont;
printf("Media = %f", Media);
}
8. Na seção 1.6 apresentamos o algoritmo de Euclides para a determinação do
máximo divisor comum de dois números dados. Para relembrar, vejamos como calcular o
máximo divisor comum de 204 e 84.
2 2 3
204 84 36 12
36 12 0
O algoritmo é o seguinte: divide-se 204 por 84 obtendo-se resto 36; a partir daí
repete-se divisões até que o resto seja zero, sendo o dividendo da divisão atual o divisor
da divisão anterior e o divisor da divisão atual o resto da divisão anterior. O último
divisor é o máximo divisor procurado.
Escrever este algoritmo numa linguagem de programação é muito simples, pois
uma estrutura de repetição e comandos de atribuição permitem que se obtenha facilmente
a seqüência de divisões desejadas.
/*Programa para determinar o máximo divisor comum de dois números positivos*/
#include <stdio.h>
main()
{
int x, y, a, b, Mdc, Resto;
printf("Digite os dois numeros \n");
76
Capítulo 4 Estruturas de Repetição
x y a b Resto Mdc
68 148 68 148 68
148 68 12
68 12 8
12 8 4
8 4 0
4
9. Um outro algoritmo matemático cuja implementação numa linguagem de
programação apresenta um bom exemplo do uso de estruturas de repetição é o algoritmo
para a determinação do mínimo múltiplo comum (mmc) de dois números dados. Como
indica a própria denominação, o mínimo múltiplo comum de dois números é o menor
número que é divisível pelos dois números. A matemática prova que o mmc de dois
números é o produto dos divisores primos dos dois números, comuns ou não, ambos com
as suas multiplicidades. Para se obter os divisores primos, realiza-se divisões sucessivas
pelos primos que são divisores de pelo menos um dos números.
A tabela seguinte mostra o cálculo do mínimo múltiplo comum dos números 360 e
420, como nos é ensinado no ensino fundamental.
77
Capítulo 4 Estruturas de Repetição
360, 420 2
180, 210 2
90, 105 2
45, 105 3
15, 35 3
5, 35 5
1, 7 7
1, 1 MMC = 2*2*2*3*3*5*7 = 2 520
Observe que, quando um divisor primo é encontrado, repete-se a divisão, com o
quociente no lugar do dividendo, até se obter um número que não é múltiplo daquele
divisor. Aí, incrementa-se o tal divisor. Isto é feito até que ambos os quocientes sejam
iguais a 1. Temos o seguinte programa.
/*Programa para determinar o minimo multiplo comum de dois numeros
positivos*/
#include <stdio.h>
main()
{
int x, y, d, a, b, i, Mmc;
printf("Digite os dois numeros \n");
scanf("%d %d", &x, &y);
a = x;
b = y;
Mmc = 1;
i = 2;
while ((a != 1) || (b != 1))
{
while ((a % i == 0) || (b % i == 0))
{
if (a % i == 0)
a = a/i;
if (b % i == 0)
b = b/i;
Mmc = Mmc * i;
}
i = i + 1;
}
printf("mmc(%d, %d) = %d \n", x, y, Mmc);
}
10. A questão do mínimo múltiplo comum é muito interessante como exemplo para
a aprendizagem de programação pelo fato de que podemos apresentar um outro algoritmo
de compreensão bem mais simples que o anterior. A idéia é a seguinte: x, 2x, 3x, etc. são
múltiplos de x. Para se obter o mínimo múltiplo comum basta que se tome o primeiro
destes números que seja múltiplo também de y.
78
Capítulo 4 Estruturas de Repetição
79
Capítulo 4 Estruturas de Repetição
80
Capítulo 4 Estruturas de Repetição
1 1 1
13. A série harmônica S = 1 + + +...+ +... é divergente. Isto significa que
2 3 n
1 1 1
dado qualquer real k existe n0 tal que 1 + + +...+ > k . Escreva um programa que
2 3 n0
dado um real k determine o menor inteiro n0 tal que S > k. Por exemplo se k = 2, o
1 1 1 1 1
programa deve fornecer n0 = 4, pois 1 + + + = 2 ,083.... e 1 + + = 1,8333....
2 3 4 2 3
14. Dois números inteiros são ditos amigos se a soma dos divisores de cada um
deles (menores que eles) é igual ao outro. Por exemplo, os divisores de 220 são 1, 2, 4, 5,
10, 11, 20, 22, 44, 55 e 110 e 1 + 2 + 4 + 5 + 10 + 11 + 20 + 22 + 44 + 55 + 110 = 284 e
os divisores de 284 são 1, 2, 4, 71 e 142 e 1 + 2 + 4 + 71 + 142 = 220. Escreva um
programa que determine todos os pares de inteiros amigos menores que um inteiro dado.
15. Escreva um programa que escreva todos os subconjuntos com três elementos
do conjunto {1, 2, 3, ..., n}, n dado.
81
5. Funções e Ponteiros
5.1 O que são funções
Como dissemos no capítulo 2, um programa em C pode (e deve) ser escrito como
um conjunto de funções, que são executadas a partir da execução de uma função
denominada main(). Cada função pode conter declarações de variáveis, instruções,
ativações de funções do sistema e de outras funções definidas pelo programador.
Naturalmente, o objetivo de uma função deve ser a realização de alguma "sub-tarefa"
específica da tarefa que o programa pretende realizar. Assim, pode-se escrever funções
para a leitura dos dados de entrada, para a saída do programa, para a determinação da
média de vários elementos, para a troca dos conteúdos de uma variável, para o cálculo do
máximo divisor comum de dois números dados, etc. Normalmente, a realização da "sub-
tarefa" para a qual a função foi escrita é chamada de retorno da função. Este retorno pode
ser a realização de uma ação genérica, como a leitura dos dados de entrada, ou um valor
específico, como o cálculo do máximo divisor comum de dois números dados.
Como foi dito na seção citada, uma função deve ser definida com a seguinte
sintaxe:
Tipo de Dado Identificador da função(Lista de parâmetros)
{
Declaração de variáveis
Seqüência de instruções
}
onde, como também já foi dito, o conjunto Tipo de Dado Identificador da função(Lista de
parâmetros) é chamado protótipo da função. Aí, Tipo de dado é int, char, float, ou um
dos seus "múltiplos", quando a função deve retornar um valor específico e void se a
função deve realizar uma ação genérica sem retornar um valor definido. Por seu turno,
Lista de parâmetros é um conjunto de variáveis utilizadas para a função receber os
valores para os quais a função deve ser executada; estes valores são chamados
argumentos, que, comparando uma função a um programa, constituem os dados de
entrada da função.
Na declaração de variáveis são declaradas as variáveis que as instruções da função
vão manipular internamente. Estas variáveis (e os parâmetros da função) só são
acessáveis pelas instruções da função e, por esta razão, são chamadas variáveis locais (na
seção 5.5 são apresentados maiores detalhes).
Se a função deve retornar um valor, uma de suas instruções deve ter a seguinte
sintaxe:
return (expressão);
sendo os parênteses facultativos. A semântica desta instrução é evidente: a expressão é
avaliada e o seu valor é retornado à função que a ativou. Além disso (e isto agora não é
Capítulo 5 Funções e Ponteiros
83
Capítulo 5 Funções e Ponteiros
Mdc = MaxDivCom(a, b)
e o valor 4 é armazenado na variável Mdc.
Em alguns sistemas, uma função só pode ativar uma outra função que foi definida
previamente (como no exemplo anterior) ou cujo protótipo esteja explicitado como uma
das suas instruções. Por exemplo, o programa aqui referido poderia ter o seguinte
formato:
main()
{
int Mdc, a, b;
int MaxDivCom(int x, int y); /*Protótipo da função que vai ser definida
posteriormente */
printf("Digite os dois inteiros");
scanf("%d %d", &a, &b);
Mdc = MaxDivCom(a, b);
printf("Mdc(%d, %d) = %d \n", a, b, Mdc);
}
84
Capítulo 5 Funções e Ponteiros
Num caso como este, o programa deve possuir uma função para cada uma das
tarefas pretendidas, ficando a cargo da função main() a chamada de uma ou de outra
função de acordo com a tarefa pretendida. Isto permite que vários programadores
desenvolvam o programa (cada um desenvolvendo algumas funções), facilita a realização
de testes de correção do programa (as funções podem ser testadas de forma isolada) e a
manutenção posterior do programa (modificações necessárias no programa podem ficar
restritas a modificações em algumas das funções). Na verdade, a modularização do
programa só traz benefícios e deve ser uma prática de todo programador.
É comum que um programa "multi-tarefa" como o exemplificado acima seja
iniciado com a exposição para o usuário das diversas tarefas que ele é capaz de executar.
Normalmente, este conjunto de tarefas é chamado de menu de opções e pode ser obtido
através de uma função que não retorna nenhum valor. Considerando apenas as tarefas
listadas acima, o menu de opções do programa referido poderia ser construído a partir da
seguinte função.
void Menu()
{
printf("1-Saldo \n 2-Depósito \n 3-Retirada \n 4-Nova conta \n 5-Encerra conta \n
6-Sai do programa);"
}
Neste caso, uma das primeiras instruções da função main() é a ativação da função
Menu() com a simples referência ao seu identificador seguido de parênteses vazios e de
ponto-e-vírgula:
main()
{
Menu();
...
}
Observe que esse exemplo mostra uma função que não retorna um valor (daí ser do
tipo void) e cuja Lista de parâmetros é vazia.
Atualmente, as linguagens visuais (VisualBasic, Delphi e outras) disponibilizam
menus de opções através de interfaces programa/usuário (contendo botões, banners e
outras denominações) e as ativações das funções que executam a tarefa pretendida é feita
através de mouses ou mesmo através de toque manual na tela do computador. Existem
algumas bibliotecas gráficas que permitem que se criem interfaces de programas em C;
porém, o estudo destas bibliotecas não está no escopo deste livro.
Outra aplicação importante de funções se dá quando há necessidade de que o
programa determine a mesma grandeza para valores diferentes. Um exemplo típico desta
necessidade aparece num programa que determine medidas estatísticas, como média
aritmética, mediana, desvio médio, desvio padrão, de uma relação de números. Como o
desvio médio é a média aritmética dos valores absolutos dos desvios em relação à média,
o seu cálculo exigirá a determinação da média aritmética da relação e a média aritmética
dos desvios. Escreveremos então uma função para o cálculo da média de uma relação
85
Capítulo 5 Funções e Ponteiros
qualquer e a utilizaremos para os cálculos das duas médias necessárias. Este exemplo será
visto no capítulo seguinte.
86
Capítulo 5 Funções e Ponteiros
87
Capítulo 5 Funções e Ponteiros
88
Capítulo 5 Funções e Ponteiros
void Menu()
{
puts("1-Modulo \n 2- Forma polar \n 3-Soma \n 4-Produto \n 5-Encerra \n
Digite sua opcao: ");
}
main()
{
float x, y, z, w, t, u;
int Opc;
Menu();
scanf("%d", &Opc);
switch (Opc)
{
case 1:
LeComplexo(x, y);
z = Modulo(x, y);
printf("|%.2f + %.2fi| = %.2f", x, y, z);
break;
case 2:
LeComplexo(x, y);
Polar(x, y, z, w);
printf("%.2f + %.2fi = %.2f(cos%.2f + isen%.2f)", x, y, z, w, w);
break;
case 3:
LeComplexo(x, y);
LeComplexo(z, w);
Soma(x, y, z, w, t, u);
printf("(%.2f + %.2fi) + (%.2f + %.2fi) = %.2f + %.2fi", x, y, z, w, t,
u);
break;
case 4:
LeComplexo(x, y);
LeComplexo(z, w);
Produto(x, y, z, w, t, u);
printf("(%.2f + %.2fi) + (%.2f + %.2fi) = %.2f + %.2fi", x, y, z, w, t,
u);
break;
}
}
Embora o help do Turbo C++ 3.0 afirme que em C a única passagem de parâmetro
é por valor, conseguimos, no Turbo C 2.01, uma forma de passagem de parâmetros por
referência. Para isto utilizaremos ponteiros que, além de permitir esta forma de passagem
de parâmetros, tem outras aplicações importantes em programação em C e em C++.
89
Capítulo 5 Funções e Ponteiros
5.4 Ponteiros
No capítulo 2, foi dito que a cada posição de memória é associado um número
inteiro chamado endereço da posição de memória. Como uma variável é uma posição de
memória, a cada variável é associado um endereço.
Um ponteiro é uma variável capaz de armazenar um endereço de outra variável,
sendo declarado com a seguinte sintaxe:
Tipo de dado *Identificador;
A semântica desta declaração pode ser assim entendida: Identificador é capaz de
armazenar o endereço de uma variável de tipo Tipo de dado. Por exemplo, uma
declaração do tipo
int *p;
indica que p é uma variável capaz de armazenar o endereço de uma variável do tipo int.
Na prática dizemos que p aponta para um inteiro. Assim, ponteiros também são
chamados apontadores. Como ponteiros são variáveis, pode-se atribuir um ponteiro a
outro do mesmo tipo. Por exemplo, são válidas as seguintes instruções:
int *p, *t, i;
p = &i;
t = p;
pois, como dissemos no capítulo 2, o operador de endereço & fornece o endereço da
variável em que ele está operando. Deste modo, p receberá o endereço de i o que também
acontecerá com t quando da execução do comando t = p.
Se os ponteiros apontam para variáveis de tipos diferentes, a atribuição de um
ponteiro a outro requer a utilização de um molde, operador unário capaz de alterar o tipo
de uma variável e que definido através da seguinte sintaxe
(Tipo de Dado)Expressão
A execução desta instrução faz com que o valor de Expressão seja convertido para
o tipo Tipo de dado. Por exemplo, o programa
#include <stdio.h>
main()
{
float f;
char c;
c = 'A';
f = (float)(c + ' ');
printf("%f \n", f);
}
90
Capítulo 5 Funções e Ponteiros
91
Capítulo 5 Funções e Ponteiros
92
Capítulo 5 Funções e Ponteiros
}
else
{
*p = 'n';
printf("\a Vote de novo: ");
sound(1000);
delay(80000);
nosound();
r = 0;
}
return r;
}
/*Função para computar cada voto confirmado para o candidato*/
void ComputaVoto(int *p)
{
*p = *p + 1;
}
/*Função principal*/
main()
{
int Alibaba, Alcapone, Nulos, Brancos, Eleitores, Voto;
char Sim, Cont;
clrscr();
Alibaba = Alcapone = Nulos = Brancos = 0;
do
{
do
{
printf(" 89 - Alibaba \n 93 - Alcapone \n 99 - Branco \n");
printf("Digite seu voto: ");
scanf("%d", &Voto);
switch (Voto)
{
case 89:
if (Confirma("Alibaba", &Sim) == 1)
ComputaVoto(&Alibaba);
break;
case 93:
if (Confirma("Alcapone", &Sim) == 1)
ComputaVoto(&Alcapone);
break;
case 99:
if (Confirma("Brancos", &Sim) == 1)
ComputaVoto(&Brancos);
93
Capítulo 5 Funções e Ponteiros
break;
default:
if (Confirma("Nulo", &Sim) == 1)
ComputaVoto(&Nulos);
break;
}
clrscr();
}
while (Sim != 's');
printf("Outro eleitor (S/N)? ");
fflush(stdin);
scanf("%c", &Cont);
}
while (toupper(Cont) == 'S');
Eleitores = Alibaba + Alcapone + Brancos + Nulos;
printf("Total de eleitores %d \n Alibaba %d \n Alcapone %d \n Brancos %d \n
Nulos %d", Eleitores, Alibaba, Alcapone, Brancos, Nulos);
}
O arquivo de cabeçalhos dos.h contém as funções sound(n), nosound() e delay(n).
A primeira emite um som de freqüência n hertz; a segunda interrompe a emissão de som e
a terceira suspende a execução do programa por n milisegundos.
A razão da chamada da função fflush() é a seguinte. Em alguns sistemas, quando
algum dado de entrada é digitado para execução da função scanf(), os compiladores C não
o armazenam diretamente na posição de memória respectiva, armazenando-o inicialmente
numa região chamada buffer para, ao final da execução da função de leitura, transferir o
conteúdo do buffer para a memória. Se quando da execução de uma função de leitura o
conteúdo do buffer não estiver vazio, é este conteúdo (naturalmente, indesejado) que será
armazenado na variável. A ativação de fflush(stdin) "descarrega" todo o buffer dos dados
digitados no teclado e assim a função de leitura aguardará que o dado realmente
pretendido seja digitado. É prudente, portanto, preceder leituras de caracteres e de cadeias
de caracteres pela chamada de fflush(stdin).
Observe que um ponteiro do tipo char é capaz de “armazenar” uma cadeia de
caracteres. Observe também que utilizamos inicializações sucessivas no comando
Alibaba = Alcapone = Nulos = Brancos = 0. Esta forma de inicializar variáveis também é
válida, mas não será muito utilizada neste livro.
Para concluir (por enquanto) o estudo de ponteiros, vale ressalvar que, sendo
variáveis capazes de receber endereços (portanto, valores do tipo int) pode-se somar e
subtrair ponteiros. No capítulo 7, veremos um exemplo onde isto será útil.
5.7 Recursividade
Algumas funções matemáticas podem ser estabelecidas de tal forma que as suas
definições utilizem, de modo recorrente, a própria função que se está definindo. Um
94
Capítulo 5 Funções e Ponteiros
exemplo trivial (no bom sentido) de um caso como este é a função fatorial. No ensino
médio aprendemos que o fatorial de um número natural n é o produto de todos os
números naturais de 1 até o referido n, ou seja, n! = 1 . 2 . 3 . ... . n. Como mostra o
exemplo abaixo, é muito simples se escrever uma função que calcule o fatorial de n: basta
se inicializar um variável com 1 e, numa estrutura de repetição, calcular os produtos
1 x 2 = 2, 2 x 3 = 6; 6 x 4 = 24; 24 x 5 = 120; ...; etc., até multiplicar todos os naturais até
n.
long int Fatorial(int n)
{
long int Fat;
int i;
Fat = 1;
for (i = 2; i <= n; i = i + 1)
Fat = Fat * i;
return (Fat);
}
Embora o conceito anterior seja de simples compreensão, é matematicamente mais
elegante definir o fatorial de um natural n por
1, se n = 0 ou n = 1
n!=
n . ( n − 1)!, se n > 1
Desta forma, o fatorial de n é definido a partir dos fatoriais dos naturais menores
que ele. Isto significa que para o cálculo do fatorial de um determinado número natural há
necessidade de que se recorra aos fatoriais dos naturais anteriores. Por exemplo,
4! = 4 . 3! = 4 . (3 . 2!) = (4 . 3) . (2 . 1!) = 4 . 3 . 2 . 1 = 24. Uma definição com estas
características é dita uma definição por recorrência ou uma definição recursiva.
Um outro exemplo de uma definição recursiva foi dada no exercício 12 da seção
4.5: a seqüência de Fibbonaci é a seqüência (an) definida por
1, se n = 1 ou n = 2
Fibb(n) =
Fibb( n − 1) + Fibb( n − 2), se n > 2
Observe que o termo de ordem n é definido a partir de termos anteriores. Isto
significa que para o cálculo de um determinado termo há necessidade de que se recorra a
valores de todos os termos anteriores. Por exemplo, para a determinação de a5
necessitamos conhecer a4 e a3; para a determinação destes dois, necessitamos conhecer a2
e a1.
Naturalmente, uma definição recursiva deve conter uma condição que interrompa a
recorrência. Esta condição é chamada condição de escape. No caso do fatorial a condição
de escape é n = 0 ou n = 1; na seqüência de Fibbonaci, a condição de escape é n = 1 ou
n = 2. A expressão que realiza propriamente a recorrência pode ser chamada expressão de
recorrência
95
Capítulo 5 Funções e Ponteiros
Fat(5) n
5*Fat(4) 5
Fat(5) n Fat(4) n
5*Fat(4) 5 4*Fat(3) 3
96
Capítulo 5 Funções e Ponteiros
Fat(5) n Fat(4) n
5*Fat(4) 5 4*6 = 24 3
Fat(5) n
5*24 = 120 5
Embora a utilização da recursividade apresente a vantagem de programas mais
simples, ela tem o inconveniente de sacrificar a eficiência do programa. Isto ocorre
devido à necessidade de chamadas sucessivas da função e das operações de
empilhamento e desempilhamento, o que demanda um tempo maior de computação e uma
maior necessidade de uso de memória. Esta observação faz com que a solução não
recursiva (chamada solução iterativa) seja preferível. No capítulo 7 apresentaremos um
exemplo de uma função recursiva que é tão eficiente quanto a função iterativa.
Um outro exemplo interessante de recursividade é a implementação do jogo
conhecido como Torre de Hanói, jogo que consiste em três torres chamadas origem,
destino e auxiliar e um conjunto de n discos de diâmetros diferentes, colocados na torre
origem, na ordem decrescente dos seus diâmetros. O objetivo do jogo é, movendo um
único disco de cada vez e não podendo colocar um disco sobre outro de diâmetro menor,
transportar todos os discos para pilha destino, podendo usar a torre auxiliar como
passagem intermediária dos discos.
Indicando torre 1 → torre 2 o movimento do disco que no momento está parte
superior da torre 1 para a torre 2, teríamos a seguinte solução para o caso n = 2:
1. origem → auxiliar
2. origem → destino
3. auxiliar → destino
Para n = 3, a solução seria:
1. origem → destino
2. origem → auxiliar
3. destino → auxiliar
4. origem → destino
5. auxiliar → origem
6. auxiliar → destino
7. origem → destino
Observe que os três movimentos iniciais transferem dois discos da torre origem
para a torre auxiliar, utilizando a torre destino como auxiliar; o quarto movimento
transfere o maior dos discos da origem para destino e os últimos movimentos transferem
os dois discos que estão na auxiliar para destino utilizando origem como torre auxiliar.
Assim, a operação Move(3, origem, auxiliar, destino) - move três discos da origem
para destino usando auxiliar como torre auxiliar - pode ser decomposta em três etapas:
97
Capítulo 5 Funções e Ponteiros
1) Move(2, origem, destino, auxiliar) - move dois discos de origem para auxiliar
usando destino como auxiliar;
2) Move um disco de origem para destino
3) Move(2, auxiliar, origem, destino) - move dois discos de auxiliar para destino
usando origem como auxiliar.
O interessante é que é fácil mostrar que este raciocínio se generaliza para n discos,
de modo que a operação Move(n, a, b, c) pode ser obtida com as seguintes operações:
1) Move(n-1, a, c, b)
2) Move um disco de a para c
3) Move(n-1, b, a, c)
O mais interessante ainda é que isto pode ser implementado em C, através do
seguinte programa:
/* Programa que implementa o jogo Torre de Hanoi*/
#include <stdio.h>
void MoveDisco(char t1[10], char t2[10])
{
printf("%s --> %s \n", t1, t2);
}
main()
{
int n;
printf("Digite o numero de discos \n");
scanf("%d", &n);
Hanoi(n, "origem", "auxiliar", "destino");
}
99
Capítulo 5 Funções e Ponteiros
Variáveis estáticas
Como uma variável local deixa de existir quando se encerra a execução da função,
o último valor nela armazenado é perdido. Pode ocorrer que o último valor armazenado
numa variável local seja necessário para uma chamada subseqüente da função. Após a
execução de uma função, o último valor armazenado numa variável local pode ser
preservado para ser utilizado numa chamada posterior da função através do modificador
de variável static. No Turbo C 2.01 e no Turbo C++ 3.0, uma variável local static deve
ser inicializada por um valor constante ou o endereço de uma variável global, quando da
sua declaração. Neste caso, considerando que receberá endereços, uma variável static
deve ser definida como um ponteiro.
Por exemplo, o programa abaixo utiliza uma variável estática para guardar o valor
de Termo em cada ativação da função GeraPA() para, com este valor, obter o valor do
termo seguinte.
#include <stdio.h>
#include <conio.h>
100
Capítulo 5 Funções e Ponteiros
int a1;
int GeraPA(int r)
{
static int *Termo = &a1;
*Termo = *Termo + r;
return (*Termo);
}
main()
{
int i, Razao;
clrscr();
printf("Digite o primeiro termo e a razÆo: ");
scanf("%d %d", &a1, &Razao);
printf("Progressao Aritmetica de primeiro termo %d e razao %d: \n%d ", a1,
Razao, a1);
for (i = 1; i <= 9; i = i + 1)
printf("%d ", GeraPA(Razao));
}
Naturalmente, concordo com o leitor que está pensando que existem programas
para geração de progressões aritméticas bem mais simples.
Uma outra aplicação de variáveis estáticas pode ser obtida numa função que
determine a decomposição em fatores primos de um inteiro dado, exercício proposto no
capítulo anterior. Um algoritmo para determinar a decomposição em fatores primos de
um inteiro é efetuar divisões sucessivas pelos primos divisores, sendo o número de
divisões pelo primo realizadas a sua multiplicidade. Por exemplo, para se obter a
decomposição de 1.400 teríamos
1.400 2
700 2
350 2
175 5
35 5
7 7
1 1400 = 23x52x7
As funções abaixo, a primeira iterativa e a segunda recursiva, retornam a
decomposição de um inteiro passado para o parâmetro n.
void DecompFatores(int n)
{
int d, m;
d = 2;
while (n > 1)
{
101
Capítulo 5 Funções e Ponteiros
m = 0;
while (n % d == 0)
{
m++;
n = n / d;
}
if (m > 0)
printf("\t%d\t%d\n", d, m);
d++;
}
}
void DecompFatoresRec(int n)
{
static int d = 2;
int m = 0;
if (n > 1)
{
while (n % d == 0)
{
m++;
n = n / d;
}
if (m > 0)
printf("\t%d\t%d\n", d, m);
d++;
DecompFatoresRec(n);
}
}
Observe que, como d foi definida como estática, o seu valor da ultima execução da
função, obtido através do comando d++, é preservado permitindo que um novo divisor
primo seja procurado.
O valor de uma variável estática é preservado para uma próxima execução da
função pelo fato de que, na verdade, ela não é destruída quando se encerra a execução da
função, como se ela fosse uma variável global. A diferença entre variável local estática e
variável global é que a primeira continua só podendo ser acessada pela função onde ela
foi definida.
102
Capítulo 5 Funções e Ponteiros
veracidade desta afirmação, conhecida hoje como Conjectura de Goldbach, já tenha sido
verificada para todos os números pares menores do que 4x1014, ainda não se conseguiu
prová-la integralmente, apesar dos esforços já despendidos por muitos matemáticos.
O programa abaixo, permite a verificação da Conjectura de GoldBach para
qualquer número par menor que 32.767.
#include <math.h>
int Primo(int n)
{
int d = 2;
float r = sqrt(n);
while (n%d != 0 && d <= r)
d++;
if (d <= r)
return 0;
else
return 1;
}
main()
{
int x, y, z;
printf("Digite um inteiro par ");
scanf("%d", &x);
Goldbach(x, &y, &z);
printf("Primos cuja soma é igual a %d: %d e %d \n", x, y, z);
}
103
Capítulo 5 Funções e Ponteiros
104
6 Vetores
6.1 O que são vetores
No exemplo 6 da seção 4.6 discutimos uma função para a determinação da média
de uma relação de números dados. Para tal, utilizamos uma variável simples para receber
os números, sendo que cada vez que um número, a partir do segundo, era recebido o
anterior era "perdido". Ou seja, a relação de números não era armazenada. Imagine que a
relação fosse uma relação de notas escolares e além da média se quisesse também saber a
quantidade de alunos que obtiveram nota acima da média ou uma outra medida estatística
(desvio médio, por exemplo) que dependesse da média. Neste caso, haveria a necessidade
de que a relação fosse redigitada o que, além da duplicidade do trabalho, facilitaria os
erros de digitação. É importante então que exista uma "variável" capaz de armazenar
vários valores simultaneamente de tal forma que se possa acessar cada um deles
independentemente de se acessar os demais.
Um outro exemplo é o caso do exemplo 2 da seção 4.6. Lá queríamos a relação dos
divisores de um inteiro dado e estes divisores eram apenas exibidos, não sendo
armazenados, como recomendado na seção 2.9. Até aquele momento, a dificuldade de se
armazenar os divisores residia no fato de que não se sabe a priori o número de divisores
de um inteiro dado e, portanto, não saberíamos quantas variáveis deveríamos declarar.
Um vetor é um conjunto de variáveis de um mesmo tipo de dado as quais são
acessadas e referenciadas através da aposição de índices ao identificador do vetor.
106
Capítulo 6 Vetores
107
Capítulo 6 Vetores
scanf("%d", &v[i]);
while (v[i] != -1)
{
i = i + 1;
scanf("%d", &v[i]);
}
return (i);
}
Observe a dupla finalidade da variável i: ela serve para indexar as componentes e
para determinar a quantidade de elementos da relação.
Para se exibir uma relação de dados armazenados num vetor, basta uma função
com dois parâmetros: um para receber o vetor onde a relação está armazenada e o outro
para receber a quantidade de elementos da relação. Esta quantidade está armazenada em
alguma variável: ela foi um dado de entrada ou foi determinada na ocasião do
armazenamento da relação.
void ExibeRelacao(int *v, int t)
{
int i;
for (i = 0; i < t; i++)
printf("%d ", v[i]);
printf("\n");
}
108
Capítulo 6 Vetores
scanf("%f", &v[i]);
}
return (i);
}
/*Função para determinar a média de uma relação de números*/
float Media(float *v, int t)
{
int i;
float Soma;
Soma = 0;
for (i = 0; i < t; i++)
Soma = Soma + v[i];
return (Soma/t);
}
main()
{
int i, Quant, NotasBoas;
float *p, Med;
Quant = ArmazenaNotas(p);
Med = Media(p, Quant);
NotasBoas = 0;
for (i = 0; i < Quant; i = i + 1)
if (p[i] > Med)
NotasBoas = NotasBoas + 1;
printf("Media das notas: %f \n", Med);
printf("Notas maiores que a media: %d", NotasBoas);
}
2. Imagine que quiséssemos o desvio médio das notas do exemplo anterior. Esta
medida estatística é assim definida: o desvio de um elemento em relação à média
aritmética é a diferença entre o elemento e a média aritmética da relação; o desvio médio
é a média aritmética dos valores absolutos dos desvios.
Podemos então, como fizemos acima, escrever uma função para calcular a média
da relação de notas, armazenar os valores absolutos dos desvios em um vetor e utilizar a
função que calcula a média para calcular a média destes valores absolutos.
float DesvioMedio(float *v, int t)
{
int i;
float *d;
float Med;
Med = Media(v, t);
for (i = 0; i < t; i++)
d[i] = abs(v[i] - Med);
return(Media(d, t));
109
Capítulo 6 Vetores
}
Observe que este exemplo ilustra outra vantagem do uso de funções: a mesma
função Media foi utilizada para determinação de médias de relações diferentes.
3. Imaginemos agora que queiramos uma função que retorne o maior valor de uma
relação armazenada em um vetor. Uma possível solução é supor que o maior valor
procurado é o primeiro elemento do vetor e, em seguida, percorrer o vetor comparando
cada componente com o valor que, até o momento, é o maior, substituindo o valor deste
maior elemento quando se encontra uma componente maior que ele.
float MaiorElemento(float *v, int t)
{
int i;
float Maior;
Maior = v[0];
for (i = 1; i < t; i = i + 1)
if (v[i] > Maior)
Maior = v[i];
return(Maior);
}
Observe que a função acima retorna o maior elemento armazenado no vetor, mas
não retorna a posição deste maior elemento, o que em muitas situações é indispensável.
Para isto é necessário um parâmetro com passagem por referência, como visto no capítulo
anterior. Este parâmetro recebe o valor zero e em seguida o valor da posição onde foi
encontrada uma componente maior do que Maior.
float MaiorElemento(float *v, int t, int *pos)
{
int i;
float Maior;
Maior = v[0];
*pos = 0;
for (i = 1; i < t; i = i + 1)
if (v[i] > Maior)
{
Maior = v[i];
*pos = i;
}
return(Maior);
}
Uma chamada desta função vai requerer, além do vetor p onde está armazenada a
relação, duas variáveis, digamos Maior e Pos; nestas condições a ativação da função será
feita através do comando
Maior = MaiorElemento(p, Quant, &Pos);
110
Capítulo 6 Vetores
111
Capítulo 6 Vetores
112
Capítulo 6 Vetores
main()
{
int NumItens, *Itens, *Quant;
float *Valor;
char S = 'n';
do
{
clrscr();
NumItens = Pedido(Itens, Quant, Valor);
if (NumItens != 0)
ExibePedido(Itens, Quant, Valor, NumItens);
puts("Outro pedido (S/N)?");
fflush(stdin);
scanf("%c", &S);
}
while (toupper(S) != 'N');
}
113
Capítulo 6 Vetores
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Capítulo 6 Vetores
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Capítulo 6 Vetores
{
int i, j;
for (i = 0; i < m; i = i + 1)
{
for (j = 0; j < n; j = j + 1)
printf("%.1f ", Mat[i][j]);
printf("\n");
}
}
116
Capítulo 6 Vetores
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Capítulo 6 Vetores
118
Capítulo 6 Vetores
#include <stdio.h>
#include <conio.h>
#include <math.h>
void MostraPlacar(char *time1, char *time2, int pontos1, int pontos2)
{
printf("%20s %2d x %2d %-20s\n",time1,pontos1,pontos2,time2);
}
void main()
{
char *Nome[2];
int Equipe1[200], Equipe2[200];
int Set, Mudanca, Saque, Ponto, Dif;
clrscr();
puts("Digite os nomes dos paises:");
gets(Nome[0]);
flushall();
gets(Nome[1]);
puts("Digite a quantidade de pontos do set (15/21):");
scanf("%d",&Set);
Mudanca = Set/3;
Equipe1[0] = 0;
Equipe2[0] = 0;
119
Capítulo 6 Vetores
Saque = 0;
clrscr();
do
{
/* Exibe o placar atual */
puts("Placar atual:");
MostraPlacar(Nome[0], Nome[1], Equipe1[Saque], Equipe2[Saque]);
if (Saque != 0)
VerificaMudanca(Equipe1[Saque], Equipe2[Saque], Mudanca);
Saque++;
puts("Digite a equipe que marcou ponto (1/2):" );
scanf("%d",&Ponto);
if (Ponto==1)
{
Equipe1[Saque] = Equipe1[Saque-1]+1;
Equipe2[Saque] = Equipe2[Saque-1];
}
else
{
Equipe1[Saque] = Equipe1[Saque-1];
Equipe2[Saque] = Equipe2[Saque-1]+1;
}
Dif = abs(Equipe1[Saque] - Equipe2[Saque]);
clrscr();
}
while(((Equipe1[Saque]<Set) && (Equipe2[Saque] < Set)) || (Dif < 2) );
FimdeSet(Nome[0],Nome[1],Equipe1[Saque],Equipe2[Saque]);
getch();
}
120
Capítulo 6 Vetores
de valor par. Por exemplo, se o vetor dado for v = {3, 5, 6, 8, 1, 4, 2, 3, 7} a função deve
gerar os vetores u = {3, 5, 1, 3, 7} e w = {6, 8, 4, 2}.
5. Um vetor do Rn é uma n-upla de números reais v = {x1, x2, ..., xn}, sendo cada xi
chamado de componente. A norma de um vetor v = {x1, x2, ..., xn} é definida por
x12 + x22 + ... + xn2 . Escreva uma função que receba um vetor do Rn, n dado, e forneça
sua norma.
6. O produto escalar de dois vetores do Rn é a soma dos produtos das componentes
correspondentes. Isto e, se u = {x1, x2, ..., xn} e v = {y1, y2, ..., yn}, o produto escalar é
x1.y1 + x2.y2 ... + xn.yn. Escreva uma função que receba dois vetores do Rn, n dado, e
forneça o produto escalar deles.
7. A amplitude de uma relação de números reais é a diferença entre o maior e o
menor valores da relação. Por exemplo, a amplitude da relação 5, 7, 15, 2, 23 21, 3, 6 é
23 - 2 = 21. Escreva uma função que receba uma relação de números e forneça sua
amplitude.
8. O desvio padrão de uma relação de números reais é a raiz quadrada da média
aritmética dos quadrados dos desvios (ver exemplo 2, seção 6.4). Escreva uma função que
receba uma relação de números reais e forneça o seu desvio padrão.
9. Escreva uma função que forneça as componentes distintas de um vetor dado. Por
exemplo, se o vetor dado for v = {3, 2, 1, 3, 4, 1, 5, 5, 2} a função deve fornecer
v = {3, 2, 1, 4, 5}.
10. No capítulo 2 foi pedida uma função para extrair o algarismo da casa das
unidades de um inteiro dado. Aparentemente esta questão não tem interesse prático.
Vejamos um problema cuja solução depende deste problema. Algumas empresas que
realizam sorteios de prêmios entre seus clientes o fazem através dos sorteios da loteria
federal, sendo ganhador o número formado pelos algarismos das casas das unidades dos
números sorteados no cinco prêmios da referida loteria. Por exemplo, se o sorteio da
loteria federal deu como resultado os números 23451, 00234, 11236, 01235 e 23452, o
prêmio da tal empresa seria dado ao cliente que possuísse o bilhete de número 14652.
Escreva uma função que receba os números sorteados pela loteria federal e forneça o
número que ganhará o prêmio de acordo com as regras acima.
11. Escreva uma função que insira um valor dado num vetor numa posição dada.
Por exemplo, se o vetor for v = {3, 8, 5, 9, 12, 3}, o valor dado for 10 e a posição dada for
4, a função deve fornecer v = {3, 8, 5, 10, 9, 12, 3}.
12. Escreva uma função que insira um valor dado num vetor ordenado de modo
que o vetor continue ordenado. Por exemplo, se o vetor dado for v = {2, 5, 7, 10, 12, 13}
e o valor dado for 6, a função deve fornecer o vetor v = {2, 5, 6, 7, 10, 12, 13}.
13. Escreva uma função que delete uma componente de ordem dada de um vetor
dado. Por exemplo, se o vetor dado for v = {2, 5, 7, 10, 12, 13} e a componente a ser
deletada for a de ordem 4, programa deve fornecer o vetor v = {2, 5, 7, 12, 13}.
14. Escreva uma função que, dadas duas relações de números, cada uma delas com
números distintos, forneça os números que aparecem nas duas listas. Por exemplo, se as
relações forem u = {9, 32, 45, 21, 56, 67, 42, 55} e w = {24, 42, 32, 12, 45, 11, 67, 66,
78}, a função deve fornecer o vetor v = {32, 45, 67, 42}.
121
Capítulo 6 Vetores
15. Escreva uma função que, dado um vetor ordenado, forneça a maior diferença
entre duas componentes consecutivas, fornecendo também as ordens das componentes
que geraram esta maior diferença. Por exemplo, se o vetor dado for v = {3, 5, 9, 16, 17,
20, 26, 31}, a função deve fornecer como maior diferença o valor 7 (16 - 9) e as ordens 4
e 3.
16. Uma avaliação escolar consiste de 50 questões objetivas, cada uma delas com 5
opções, v = {1, 2, 3, 4 e 5}, sendo apenas uma delas verdadeira. Escreva uma função que
receba a seqüência de respostas corretas, o gabarito, e corrija um cartão-resposta dado.
17. Escreva uma função que forneça o valor numérico de um polinômio P(x) dado,
para um valor de x dado. Por exemplo, se o polinômio dado for P(x) = x3 + 2x - 1 e o
valor de x dado for 2, a função deve fornecer P(2) = 23 + 2x2 - 1 = 11.
18. O(s) valor(es) de maior freqüência de uma relação de valores numéricos é(são)
chamado(s) moda da relação. Escreva uma função que receba uma relação de notas
escolares maiores do que zero e menores do que ou iguais a 10, com uma casa decimal, e
forneça a(s) moda(s) desta relação. Por exemplo, se a relação de notas for v = {8,0; 3,5,
4,5; 8,0; 6,0; 4,5; 6,0; 3,5; 2,5; 6,0; 9,0} a função deve fornecer o valor 6,0 (freqüência 3).
19. Escreva uma função que receba um número inteiro n e forneça o número
formado pelos algarismos de n escritos na ordem inversa. Por exemplo, se o número dado
for 3876, a função deve fornecer 6783.
20. A matemática prova que a conversão de um número do sistema decimal para o
sistema binário pode ser feita através de divisões sucessivas do número e dos quocientes
sucessivamente obtidos por 2, sendo então o número binário dado pela seqüência iniciada
por 1 e seguida pelos restos obtidos nas divisões sucessivas, na ordem inversa em que são
obtidos. Por exemplo, para se converter 22 do sistema decimal para o sistema binário
temos: 22 % 2 = 0; 11 % 2 = 1; 5 % 2 = 1; 2 % 2 = 0 e, portanto, 22 = (10110)2. Escreva
uma função que converta um número positivo dado no sistema decimal de numeração
para o sistema binário, usando o algoritmo acima.
21. O exercício 10 da seção 4.5 solicitava uma função que determinasse a
decomposição em fatores primos, fornecendo os fatores primitivos e suas respectivas
multiplicidades. Na ocasião os fatores primos e suas multiplicidades eram apenas
exibidos não sendo armazenados. Modifique a função referida para que os fatores primos
e as suas multiplicidades sejam armazenados, antes de serem exibidos.
22. A Universidade Federal de Alagoas adota o sistema de verificação de
aprendizagem listado no exemplo 5 da seção 3.4, com o adendo de que terá direito a uma
reavaliação um aluno que obtiver uma nota inferior a 7,0 em algum bimestre. Neste caso,
a nota obtida na reavaliação substitui a menor das notas bimestrais obtidas. Escreva uma
função que, recebendo as notas das avaliações bimestrais e, se for o caso, a nota da
reavaliação e, se for o caso, a nota da prova final, forneça a média final de um aluno da
UFAL e a sua condição em relação à aprovação.
23. Escreva uma função que forneça a transposta de uma matriz dada.
24. Um dos métodos para a se estudar as soluções de um sistema linear de n
equações a n incógnitas aplica operações elementares sobre as linhas da matriz dos
coeficientes, sendo a permuta de duas linhas uma destas operações elementares. Escreva
uma função que permute as posições de duas linhas de uma matriz dadas.
122
Capítulo 6 Vetores
25. Uma matriz quadrada é dita triangular se os elementos situados acima de sua
diagonal principal são todos nulos. Escreva uma função que receba uma matriz quadrada
e verifique se ela é triangular.
26. O exemplo 4 deste capítulo apresentou uma função para armazenar uma matriz
simétrica. Este exercício quer algo contrário: escreva uma função que verifique se uma
matriz dada é simétrica.
27. Escreva uma função que determine o produto de duas matrizes.
28. Escreva uma função que determine as médias de cada uma das linhas de uma
3 7 4 6
matriz. Por exemplo, se a matriz dada for 5 4 5 4 a função deve fornecer a
2 6 5 1
3 7 4 6 5,0
matriz 5 4 5 4 4 ,5 .
2 6 5 1 3,5
29. Escreva um programa que determine o menor valor de cada uma das linhas de
uma matriz dada, fornecendo o índice da coluna que contém este menor valor. Por
3 7 4 6
exemplo, se a matriz dada for 5 2 5 4 , a função deve fornecer uma tabela do tipo
2 6 5 1
Linha Menor valor Coluna
1 3 1
2 2 2
3 1 4
Uma função como esta poderia receber os preços de diversos produtos praticados
por vários supermercados e forneceria, para cada produto, o menor preço e o
supermercado que pratica este melhor preço.
30. No exemplo 4 da seção anterior vimos como armazenar uma matriz simétrica.
Na prática, uma matriz deste tipo ocorre, por exemplo, numa tabela de distâncias entre
cidades, como a seguinte tabela, que dá as distâncias aéreas, em km, entre as capitais dos
estados nordestinos (Aracaju, Fortaleza, João Pessoa, Maceió, Natal, Recife, Salvador,
São Luís, Teresina).
123
Capítulo 6 Vetores
A F JP M N R S SL T
A 0 812 438 210 550 398 267 1218 1272
F 812 0 562 730 444 640 1018 640 432
JP 418 562 0 284 144 110 758 1208 987
M 210 730 294 0 423 191 464 1220 1126
N 550 414 144 423 0 252 852 1064 843
R 398 640 118 191 252 0 654 1197 935
S 267 1018 758 464 852 654 0 1319 1000
SL 1218 640 1208 1220 1064 1197 1319 0 320
T 1272 432 987 1126 843 935 1000 320 0
Imagine que uma companhia de transporte aéreo estabeleça que uma viagem entre
duas cidades que distem mais de 400 Km deve ter uma escala. Escreva um programa que
armazene uma tabela das distâncias aéreas entre n cidades e, dadas duas cidades,
determine, se for o caso, a cidade em que deve se realizar uma escala para que o percurso
seja o menor possível. Por exemplo, nas condições estabelecidas, a viagem entre Maceió
e São Luís deve ter uma escala em Fortaleza (o percurso Maceió/Fortaleza/São Luís é de
1370 Km; o percurso, por exemplo, Maceió/Recife/São Luís é de 1388 Km).
31. (Problema não trivial) Utilizando uma função recursiva, escreva um programa
que gere as combinações dos números 1, 2, ..., n com taxa k, n e k dados. Por exemplo, se
n = 5 e k = 3, o programa deve gerar as combinações
1, 2, 3
1, 2, 4
1, 2, 5
1, 3, 4
1, 3, 5
1, 4, 5
2, 3, 4
2, 3, 5
3, 4, 5
124
7 Pesquisa e Ordenação
7.1 Introdução
Neste capítulo, discutiremos dois problemas clássicos de computação. O primeiro
deles, chamado pesquisa, busca ou consulta, consiste em se verificar se um dado valor
está armazenado num vetor (ou num campo de um registro de um arquivo, como veremos
no capítulo 9).
São vários os exemplos de pesquisas em computação. Uma busca por páginas da
internet que contenham um determinado assunto; uma busca no Registro Nacional de
Veículos Automotores (RENAVAM) na tentativa de se encontrar o nome do proprietário
do veículo de uma placa dada; uma busca nos registros da Receita Federal a respeito de
um CPF dado.
O segundo problema clássico a ser discutido é conhecido como ordenação ou
classificação e foi introduzido no capítulo 3. Este problema consiste em se colocar numa
ordem preestabelecida uma relação de valores. No capítulo referido, mostramos como
ordenar uma relação contendo três valores. Neste capítulo, apresentaremos algoritmos
para ordenar uma lista com qualquer número de valores. A ordenação de uma relação é
realizada para que a leitura dos resultados seja facilitada ou para que, como veremos
abaixo, pesquisas sejam realizadas com mais eficiência. Um exemplo prático da
necessidade da ordenação ocorre na confecção da lista dos aprovados num concurso
vestibular. Algumas universidades divulgam esta lista com os nomes dos aprovados em
ordem alfabética e outras em ordem de classificação. Tanto num caso como no outro há
necessidade de ordenação.
else
return i + 1;
}
126
Capítulo 7 Pesquisa e Ordenação
perceber a recursividade basta ver que a mesma pesquisa se repete, sendo que, em cada
repetição, o vetor pesquisado tem alterado a posição da sua última componente ou da sua
primeira componente.
int PesqBinRec(int *v, int i, int t, int x)
{
int Central;
Central = (i + t)/2;
if (v[Central] == x)
return (Central + 1);
else
if (t < i)
return (-1);
else
if (x < v[Central])
PesqBinRec(v, i, Central - 1, x);
else
PesqBinRec(v, Central + 1, t, x);
}
7.4 Ordenação
O SelecSort
O algoritmo SelectSort consiste em se selecionar, sucessivamente, o maior
elemento, o segundo maior elemento, o terceiro maior elemento, etc., e, após cada
seleção, armazenar o valor selecionado num vetor auxiliar na posição que mantém o tal
vetor auxiliar ordenado. Por exemplo, se se pretende a ordenação em ordem crescente, o
"primeiro maior valor" é armazenado na última posição do vetor auxiliar; o "segundo
maior valor" é armazenado na penúltima posição do vetor auxiliar e assim
sucessivamente. Para que se obtenha o "segundo maior valor" do vetor, excluímos o
"primeiro maior valor" atribuindo a esta componente um valor sabidamente menor do que
todos os valores armazenados no vetor. Por exemplo, se os valores do vetor são positivos
pode-se atribuir -1 a cada componente já selecionada e já armazenada no vetor auxiliar.
Para exemplificar o método, vamos ordenar o vetor v = {5, 2, 7, 1, 8}. Basta
percorrer o vetor 5 vezes selecionando sucessivamente 8, 7, 5, 2 e 1 e realizando as
seguintes atribuições:
1. Aux = { , , , , 8}
v = {5, 2, 7, 1, -1}
2. Aux = { , , , 7, 8}
v = {5, 2, -1, 1, -1}
3. Aux = { , , 5, 7, 8}
v = {-1, 2, -1, 1, -1}
127
Capítulo 7 Pesquisa e Ordenação
4. Aux = { , 2, 5, 7, 8}
v = {-1, -1, -1, 1, -1}
5. Aux = {1, 2, 5, 7, 8}
v = {-1, -1, -1, -1, -1},
Para finalizar, basta armazenar nas componentes de v as componentes de Aux.
void MaiorElemento(int *v, int t, int *m, int *p)
{
int i, Pos;
*m = v[0];
Pos = 0;
for (i = 1; i < t; i = i + 1)
if (v[i] > *m)
{
*m= v[i];
Pos = i;
}
*p = Pos;
}
void SelectSort(int *v, int t)
{
int i, Pos, Aux[500];
for(i = 0; i < t; i = i + 1)
{
MaiorElemento(v, t, &Aux[t - 1 - i], &Pos);
v[Pos] = -1;
}
for (i = 0; i < t; i = i + 1)
v[i] = Aux[i];
}
Observe que, como o parâmetro m é passado por referência, a função
MaiorElemento() já armazena no vetor Aux os maiores elementos de v nas suas posições
definitivas.
Há uma outra versão do SelectSort que prescinde de um vetor auxiliar. Se o vetor
contém k componentes, esta versão consiste em se comparar a maior dentre as k - 1
primeiras componentes com a componente de ordem k, permutando-se suas posições se
aquela maior componente for menor do que esta última. Esta operação coloca o maior
elemento na última posição do vetor, como desejado. Este raciocínio é repetido no vetor
das k - 1 primeiras componentes e assim sucessivamente.
void SelectSortVersao2(int *v, int t)
{
int Pos, k, m;
k = t - 1;
128
Capítulo 7 Pesquisa e Ordenação
while (k > 0)
{
MaiorElemento(v, k, &m, &Pos);
if (v[k] < v[Pos])
{
v[Pos] = v[k];
v[k] = m;
}
k--;
}
}
O BubbleSort
O algoritmo BubbleSort consiste em se percorrer o vetor a ser ordenado várias
vezes, comparando-se cada elemento com o seguinte, permutando suas posições se eles
não estiverem na ordem pretendida. Assim, cada vez que o vetor é percorrido, o maior
(ou o menor) elemento ainda não ordenado, é colocado na sua posição de ordenação
definitiva. Naturalmente, o vetor será percorrido até que não haja mais trocas a se fazer,
quando então ele estará ordenado. Por exemplo, se o vetor a ser ordenado em ordem
crescente for v = {5, 1, 9, 3, 7, 2}, teríamos as seguintes configurações para v, de acordo
com a ordem de percurso:
Percurso v
0 {5, 1, 9, 3, 7, 2}
1 {1, 5, 9, 3, 7, 2}
{1, 5, 3, 9, 7, 2}
{1, 5, 3, 7, 9, 2}
{1, 5, 3, 7, 2, 9}
2 {1, 3, 5, 7, 2, 9}
{1, 3, 5, 2, 7, 9}
3 {1, 3, 2, 5, 7, 9}
4 {1, 2, 3, 5, 7, 9}
A seguinte função implementa o algoritmo descrito acima.
void BubbleSort(int *v, int t)
{
int j, s, Aux;
do
{
s = 1;
t = t - 1;
for (j = 0; j < t; j = j + 1)
129
Capítulo 7 Pesquisa e Ordenação
130
8 Cadeias de Caracteres (Strings)
8.1 Introdução
Como já sabemos uma declaração do tipo
char Cad[10];
define um conjunto de dez posições de memória, cada uma delas de um byte, capazes de
armazenar variáveis do tipo char. Como dissemos de passagem no capítulo anterior, um
vetor cujas componentes são do tipo char constitui uma cadeia de caracteres ou,
emprestado do inglês, uma string.
Além da quantidade de bytes, o que diferencia a declaração acima da declaração
int v[10];
é que, enquanto o vetor v não pode ser referenciado globalmente com um comando do
tipo scanf("%v", v) ou printf("%v", v) os compiladores C contêm recursos para referência
a uma string como se ela fosse uma variável simples.
Desta forma, com a declaração acima, podemos ter um programa como o seguinte:
#include <stdio.h>
main()
{
char Cad[10];
printf("Digite uma palavra");
scanf("%s", Cad);
printf("A palavra digitada foi: %s ", Cad);
}
Vale lembrar que, de acordo com o capítulo 2, "%s" tanto é o código de conversão
da função scanf() para armazenamento de uma cadeia de caracteres como é o código de
formatação da função printf() para exibição de uma string. Vale também observar a não
colocação do operador de endereço & em scanf("%s", Cad). Para compreender este fato
basta lembrar que um vetor é um ponteiro. Ainda vale observar que a tentativa de se
armazenar em Cad uma cadeia com mais de 10 caracteres não é recusada pelo sistema,
mas podem ocorrer armazenamentos indesejados. Para que o tamanho da cadeia não fique
limitado, deve-se declarar a cadeia como um ponteiro: char *Cad;.
Também é possível se fazer atribuições explícitas a uma string, quando ela foi
declarada como um ponteiro. Por exemplo, poderíamos "sofisticar" o programa acima,
escrevendo-o:
#include <stdio.h>
main()
{
char *Cad, *Str = "Digite uma palavra";
printf("%s", Str);
Capítulo 8 Cadeias de Caracteres (Strings)
scanf("%s", Cad);
printf("A palavra digitada foi: %s\n", Cad);
}
A referência explícita a uma string é possível pelo fato de que o sistema coloca no
final da cadeia o caractere nulo, indicado por '\0', tanto numa atribuição (como
Str = "Digite uma palavra";) como numa entrada através da função scanf(). É este
caractere nulo que indica ao sistema o final da string para que ele possa processá-la de
acordo com o pretendido, como exibi-la através da função printf(), por exemplo.
É necessário lembrar que a aposição automática do caractere nulo no final da string
força se definir n numa declaração do tipo
char Cad[n];
uma unidade maior do que o número de caracteres da cadeia que se pretende armazenar
em Cad.
Neste formato de declaração, pode-se inicializar uma string quando da sua
declaração, colocando o valor inicial pretendido entre chaves, que não são necessárias no
Turbo C++ 3.0.
#include <stdio.h>
main()
{
char *Cad, Str[20] = {"Digite uma palavra"};
printf("%s", Str);
scanf("%s", Cad);
printf("A palavra digitada foi: %s\n", Cad);
}
Agora o sistema verifica o número de caracteres da cadeia que se pretende
armazenar, recusando, em nível de compilação, se este número for maior do que n.
O armazenamento de uma cadeia de caracteres através da função scanf() tem uma
limitação em função de que esta função considera também (além da digitação de <enter>)
o espaço em branco como finalizador da string. Isto implica que uma cadeia de caracteres
que possua um espaço em branco (o nome de uma pessoa, por exemplo) não possa ser
completamente armazenada.
Para estes casos, deve-se utilizar a função gets() cujo protótipo está no arquivo
stdio.h e armazena no argumento com o qual foi ativado uma cadeia de caracteres
digitada no teclado. Assim para se armazenar uma frase ou o nome completo de uma
pessoa, o programa acima deveria ser modificado para o seguinte programa:
#include <stdio.h>
main()
{
char *Cad;
printf("Digite a frase");
gets(Cad);
132
Capítulo 8 Cadeias de Caracteres (Strings)
133
Capítulo 8 Cadeias de Caracteres (Strings)
retorna 14, que é a diferença entre os códigos ASCII de 'o' (111) e o de 'a' (97).
Naturalmente, se as cadeias são iguais, a função retorna 0 (zero).
c) Convertendo maiúsculas para minúsculas e vice-versa.
A conversão das letras de uma string de minúsculas para maiúsculas é feita através
da função de protótipo
char *strupr(char *s);
enquanto que a conversão inversa é feita através da função
char *strlwr(char *s);
podendo o parâmetro ser uma constante.
d) Concatenando uma string a outra.
A concatenação de uma cadeia de caracteres a uma outra cadeia é feita através da
função
char *strcat(char *s1, char *ss);
que retorna a cadeia s1 acrescida dos caracteres de s2, que pode ser uma constante. Por
exemplo, a seqüência de instruções
char *Str;
Str = "Computa";
strcat(Str, "dor");
armazena em Str a cadeia "Computador".
e) Fazendo cópia de uma string.
Se s1 e s2 foram definidas como strings não se pode fazer uma atribuição do tipo
s1 = s2. Se pretendemos armazenar o conteúdo de s2 em s1 devemos utilizar a função
char *strcpy(char *s1, char *s2);
que faz uma cópia do conteúdo de s2 em s1, podendo s2 ser uma constante.
f) Copiando parte de uma string.
Pode-se copiar os n primeiros caracteres de uma string através da função
char *strncpy(char *s1, char *s2, int n);
que armazena em s1 os n primeiros caracteres de s2, podendo este segundo parâmetro ser
uma constante. É necessário observar que o caractere nulo não é armazenado, devendo
isto ser feito pelo programa.
g) Verificando se uma string é subcadeia de outra string.
Para se verificar se uma dada cadeia de caracteres está contida em outra cadeia,
utiliza-se a função
char *strstr(char *s1, char *s2);
134
Capítulo 8 Cadeias de Caracteres (Strings)
que retorna um ponteiro para a primeira posição a partir da qual s2 ocorre em s1,
retornando NULL se s2 não está contida em s1. Por exemplo, a execução do programa
#include <stdio.h>
#include <string.h>
main(void)
{
char *Str1 = "Logica de Programacao", *Str2 = "grama", *p;
p = strstr(Str1, Str2);
if (p != NULL)
printf("A \"ultima\" substring de %s que contem %s e: %s.\n", Str1, Str2, p);
else
printf("%s nao esta contida em %s", Str2, Str1);
}
exibe na tela a afirmação:
A "ultima" substring de Logica de Programacao que contem grama e gramacao.
h) Convertendo uma string em números
Como veremos em exemplos a seguir, muitas vezes é preferível que um dado de
entrada seja um vetor de caracteres, mesmo que a função necessite realizar operações
matemáticas com ele. A conversão de uma subcadeia de dígitos para os tipos int, long ou
float, respectivamente, é feita através das funções
int atoi(char *s);
long atol(char *s);
double atof(char *s);
cujos protótipos estão no arquivo stdlib.h. Estas funções retornam o número (no formato
respectivo) correspondente à primeira (da esquerda para direita) subcadeia de s que pode
ser convertida , retornando 0 (zero) se o primeiro caractere de s não for um dígito ou um
dos caracteres + e – (se o primeiro caractere for + ou -, para que haja alguma conversão o
segundo deve ser um dígito).
135
Capítulo 8 Cadeias de Caracteres (Strings)
int i, Comp;
char *Aux;
Comp = strlen(s);
if (p + n <= Comp)
{
i = p;
while (i <= Comp - n)
{
s[i] = s[i + n];
i = i + 1;
}
}
else
s[p] = '\0';
}
2. A próxima função insere uma cadeia s1 numa cadeia s2 a partir de uma posição p
dada.
void Insere(char *s1, char *s2, int p)
{
int i, c1, c2;
char a[20];
c1 = strlen(s1);
c2 = strlen(s2);
for (i = 0; i < c1 + c2 ; i++)
if (i < p)
a[i] = s1[i];
else
if (i < p + c2)
a[i] = s2[i - p];
else
a[i] = s1[i - c2];
a[i] = '\0';
strcpy(s1, a);
}
3. A função strstr() comentada acima verifica se uma string s1 está contida numa
string s2 mas não retorna a posição a partir da qual s2 ocorre em s1. A função abaixo
resolve esta questão através da diferença dos comprimentos de s1 e da cadeia que a
chamada strstr(s1, s2) retorna.
int Pos(char *s1, char *s2)
{
char *Aux;
Aux = strstr(s1, s2);
136
Capítulo 8 Cadeias de Caracteres (Strings)
if (Aux != NULL)
return(strlen(s1) - strlen(Aux));
else
return (-1);
}
4. Com a função strncpy() pode-se copiar os n primeiros caracteres de uma string.
A função abaixo armazena na string passada para s2 a substring composta por n
caracteres da cadeia s1 a partir de da posição p.
void Copia(char *s1, char *s2, int n, int p)
{
int i;
for (i = 0; i < n ; i = i + 1)
s2[i] = s1[i + p];
s2[n] = ‘\0’;
}
5. A próxima função converte uma data dada no formato americano mm/dd/aaaa
para o formato brasileiro dd/mm/aaaa. O algoritmo utilizado foi o seguinte:
1. Com a função strncpy() extrai-se a subcadeia mm/.
2. Com a função DeletaCaracteres() definida no exemplo 1 acima deleta-se a
subcadeia mm/ da data mm/dd/aaaa.
3. Com a função InsereCadeia() definida no exemplo 2 acima insere-se mm/ em
dd/aaaa na terceira posição.
void ConverteData(char *s)
{
char Aux[12];
strncpy(Aux, s, 3);
Aux[3] = '\0';
DeletaCaracteres(s, 3, 0);
Insere(s, Aux, 3);
}
6. Um programa que manipule datas deve possuir uma função que verifique se a
data dada era válida. Isto não ocorreria se o valor do mês fosse maior que 12 ou que, por
exemplo, se o mês fosse junho e o dia fosse 31.
int VerificaData(char s[11])
{
int i, d, m, a, Verifica;
char Dia[3], Mes[3], Ano[5];
Copia(s, Dia, 2, 0);
Copia(s, Mes, 2, 3);
Copia(s, Ano, 4, 6);
d = atoi(Dia);
m = atoi(Mes);
137
Capítulo 8 Cadeias de Caracteres (Strings)
a = atoi(Ano);
Verifica = 1;
if ((m <= 12) && (m >= 1) && (d >= 1) && (d <= 31))
switch(m)
{
case 2:
if (((a % 4 == 0) && (a % 100 != 0)) || (a % 400 == 0))
if (d > 29)
Verifica = 0;
else;
else
if (d > 28)
Verifica = 0;
break;
case 4: case 6: case 9: case 11:
if (d > 30)
Verifica = 0;
break;
}
else
Verifica = 0;
return(Verifica);
}
Vale observar que os comandos Verifica = 0 poderiam ser substituídos por
return(0). Neste caso, o último comando seria return(1).
7. Os compiladores C ignoram espaços em branco digitados num programa. Uma
maneira de se tornar isto possível é, antes da compilação, eliminar todos os espaços em
branco "supérfluos", ou seja, deixar duas palavras sempre separadas por um único espaço
em branco. A função abaixo, utilizando a função DeletaCaracteres(), realiza tal ação.
void ExcluiBrancosSuperfluos(char *s)
{
int i, NumBrancos;
i = 0;
while (s[i] != '\0')
{
NumBrancos = 0;
while (s[i] == ' ')
{
NumBrancos = NumBrancos + 1;
i = i + 1;
}
if (NumBrancos > 1)
{
138
Capítulo 8 Cadeias de Caracteres (Strings)
i = i - NumBrancos;
DeletaCaracteres(s, NumBrancos - 1, i);
}
i = i + 1;
}
}
8. A questão a seguir é bem interessante. Trata-se de um programa que determine o
dígito verificador de um número de uma conta corrente, de um número de matrícula de
um estudante de uma escola, etc. O dígito verificador serve para a prevenção de possíveis
erros de digitação. Por exemplo, se a matrícula 30245-7 fosse digitada erroneamente
como 39245-7, o erro seria detectado, pois o dígito verificador da conta 39245 seria 6 e
não 7. Existem vários métodos para a determinação do dígito verificador. Um deles é
dado pelo seguinte algoritmo:
1. Multiplica-se os números correspondentes aos dígitos da conta, da direita para
esquerda, por 2, por 3, etc..
2. Soma-se os produtos obtidos no item 1.
3. Determina-se o resto da divisão da soma obtida no item 2 por 11.
4. Subtrai-se de 11 o resto obtido no item 3
5. Se o valor obtido no item 4 for 10 ou 11 o dígito verificado é igual a zero; senão,
o dígito é o valor obtido no item referido.
Por exemplo, se o número da conta for 30245, temos
1. 5x2 = 10, 4x3 = 12, 2x4 = 8, 0x5 = 0, 3x6 = 18
2. 10 + 12 + 8 + 0 + 18 = 48
3. Resto(48, 11) = 4
4. 11 - 4 = 7
5. Dígito verificador = 7.
A função abaixo implementa esse algoritmo. Observe que foi utilizado molde para
converter caracteres em inteiros e vice-versa.
int ArmazenaDigitos(char *s, int *v)
{
int i, Comp;
Comp = strlen(s);
for (i = 0; i < Comp; i = i + 1)
v[i] = (int) (s[i] - '0');
return(i);
}
139
Capítulo 8 Cadeias de Caracteres (Strings)
t = ArmazenaDigitos(s, v);
Digito = 0;
j = 2;
for (i = t - 1; i >= 0; i = i - 1, j = j + 1)
Digito = Digito + v[i]*j;
Digito = Digito % 11;
Digito = 11 - Digito;
if ((Digito == 10) || (Digito == 11))
Digito = 0;
c = (char) Digito + '0';
return (c);
}
140
Capítulo 8 Cadeias de Caracteres (Strings)
141
9 Estruturas e Arquivos
9.1 O que são estruturas
Um vetor é capaz armazenar diversos valores, com a ressalva de que todos sejam
de um mesmo tipo de dado. Um programa que gerencie os recursos humanos de uma
empresa manipula dados de tipos diferentes relativos a cada um dos funcionários. Por
exemplo, para cada funcionário deve-se ter sua matrícula, seu nome, seu endereço, o
cargo que ele ocupa, o número de seus dependentes, o seu salário, a data de admissão, etc.
Observe que, nome, matrícula, endereço, data de admissão e cargo que ele ocupa podem
ser tratados com variáveis do tipo string, porém, como eventualmente haverá necessidade
de se efetuar operações aritméticas com eles, o número de dependentes deve ser tratado
como do tipo int e valor do salário, do tipo float.
A utilização de uma variável simples para cada um destes elementos, implicaria,
como são vários funcionários, a necessidade de vários vetores, o que poderia atrapalhar a
legibilidade e a manutenibilidade do programa, alem de dificultar a possibilidade de
armazenamento dos dados em disco, conforme veremos numa seção posterior.
Uma estrutura é um conjunto de variáveis, denominadas campos ou membros, que
podem ser de tipos diferentes. É comum se associar um identificador a uma estrutura,
chamado etiqueta da estrutura, para que se possa definir uma variável deste tipo.
A definição de uma estrutura é feita com a seguinte sintaxe:
struct TEstrutura
{
Tipo de dado Identificador do campo 1;
Tipo de dado Identificador do campo 2;
. . .
Tipo de dado Identificador do campo n;
};
onde, para cada campo, Tipo de dado pode ser qualquer tipo, até mesmo uma estrutura.
Se esta declaração for feita fora de qualquer função, a estrutura TEstrutura será global e
qualquer função do programa pode declarar uma variável capaz de armazenar valores de
acordo com os tipos de dados dos campos, isto sendo feito a partir de uma declaração do
tipo
struct TEstrutura Identificador;
Por exemplo, para o programa do exemplo acima poderíamos definir as estruturas
struct TEndereco
{
char Rua[40];
char Numero[5];
char Bairro[10];
Capítulo 9 Estruturas e Arquivos
char Cep[9];
};
struct TEstrutura
{
char Matricula[11];
char Nome[40];
struct TEndereco Endereco;
int NumDependentes;
float Salario;
char Cargo[8];
};
e então uma função poderia ter uma variável declarada da seguinte forma:
struct TEstrutura Registro;
Na verdade, ao se definir struct TEstrutura está se definindo um novo tipo de dado
e isto justifica a definição de uma variável, no caso Registro, do tipo de dado struct
TEstrutura. A linguagem C oferece uma outra forma de se definir um novo tipo de dado.
Trata-se da declaração typedef que poderia ser utilizado para se definir a estrutura acima
da seguinte forma:
typedef struct
{
char Matricula[11];
char Nome[40];
struct TEndereco Endereco;
int NumDependentes;
float Salario;
char Cargo[8];
}
TEstrutura;
Neste caso, a declaração de uma variável do tipo TEstrutura seria feita sem a
referência ao tipo struct:
TEstrutura Registro;
A referência a um campo particular da estrutura se faz com a aposição do
identificador da variável estrutura e o identificador do campo separados por um ponto. No
exemplo anterior poderíamos ter comandos do tipo
Registro.Salario = 4500.00;
scanf("%s", Registro.Matricula);
gets((Registro.Endereco).Rua);
sendo os parênteses de (Registro.Endereco).Rua não obrigatórios.
143
Capítulo 9 Estruturas e Arquivos
144
Capítulo 9 Estruturas e Arquivos
Uma grande parte das operações que são feitas em arquivos requer a verificação de
que o registro que se pretende manipular está armazenado no arquivo. Isto exige que os
registros possuam um campo cujos valores sejam distintos entre si, sendo o valor deste
campo um identificador do referido registro. Esta é a função de campos do tipo CPF,
matrículas, placas de veículos, etc.. Um campo identificador dos registros de um arquivo
é chamado chave.
145
Capítulo 9 Estruturas e Arquivos
146
Capítulo 9 Estruturas e Arquivos
147
Capítulo 9 Estruturas e Arquivos
148
Capítulo 9 Estruturas e Arquivos
Uma função com este objetivo é bastante simples, pois a função fopen() retorna NULL se
for ativada no modo "rb" com o arquivo que não existe.
int ExisteArquivo(char s[12])
{
FILE *p;
p = fopen(s, "rb");
if (p == NULL)
return(0);
else
{
fclose(p);
return(1);
}
}
Assim a função CriaArquivo() definida anteriormente deveria ser escrita da
seguinte forma:
FILE *CriaArquivo(char s[12])
{
FILE *p;
p = fopen(s, "rb");
if (p == NULL)
{
p = fopen(s, "wb");
return(p);
}
else
printf("\a Arquivo %s já existe!");
}
149
Capítulo 9 Estruturas e Arquivos
150
Capítulo 9 Estruturas e Arquivos
Para escrever a função acima com a função ftell() bastaria se substituir os comando
fgetpos(p, &Byte) pelo comando Byte = ftell(p).
Considerando que a instrução return() interrompe a execução de uma função, a
função acima poderia prescindir da variável Achou:
int ConsultaRegistro1(char s[12], char s1[12])
{
FILE *p;
struct TRegistro r;
fpos_t Byte;
p = fopen(s1, "rb");
fread(&r, sizeof(r), 1, p);
while (!feof(p))
if (strcmp(s, r.Mat) == 0)
{
fgetpos(p, &Byte);
return(Byte);
}
else
fread(&r, sizeof(r), 1, p);
return (-1);
}
Optamos pela primeira versão pelo fato de que existem linguagens que não
possuem instruções do tipo return() e, nestas linguagens, teríamos de escrever a função
como na versão inicial.
Vale observar que as funções ConsultaRegistro() acima utilizam a pesquisa
seqüencial. Se os registros dos arquivos estiverem ordenados pelo campo Mat
poderíamos ter utilizado a pesquisa binária, que, como estudado no capítulo 7, é bem
mais eficiente.
151
Capítulo 9 Estruturas e Arquivos
152
Capítulo 9 Estruturas e Arquivos
153
Capítulo 9 Estruturas e Arquivos
154
Capítulo 9 Estruturas e Arquivos
155
Capítulo 9 Estruturas e Arquivos
para um arquivo que faz referência ao dispositivo padrão de saída, em geral a tela do
monitor. Ou seja, printf() "grava" a saída na tela, enquanto fprintf() grava a saída no
arquivo associado ao fluxo passado para ela. Por exemplo, os comandos printf("Estou
aprendendo a programar em C") e fprintf(stdout, "Estou aprendendo a programar em
C") executam ações idênticas: exibem na tela a frase Estou aprendendo a programar em
C.
Um outro fluxo pré-definido é stdprn que aponta para um arquivo que gerencia a
relação entre o sistema e a impressora conectada ao computador. Por exemplo, o
programa
#include <stdio.h>
main()
{
int i;
for (i = 0; i < 10; i++)
fprintf(stdprn, "Estou aprendendo a programar em C \n");
}
imprime, através da impressora conectada ao computador, dez vezes a frase Estou
aprendendo a programar em C, uma vez em cada linha.
Um terceiro fluxo pré-definido é stdin que aponta para um arquivo que administra
a relação do sistema com o dispositivo de entrada padrão, em geral o teclado. Isto explica
a chamada de fflush(stdin) comentada no capítulo 5.
#include <stdio.h>
void ExibeArquivoTexto(char *s)
{
FILE *p;
char *Linha, *Fim;
p = fopen(s, "rt");
Fim = fgets(Linha, 80, p);
while (Fim != NULL)
157
Capítulo 9 Estruturas e Arquivos
{
printf("%s", Linha);
Fim = fgets(Linha, 80, p);
}
}
Se este arquivo adicionado da função
main()
{
char *NomeArq;
puts("Digite o nome do arquivo");
scanf("%s", NomeArq);
ExibeArquivoTexto(NomeArq);
}
for gravado com o nome ExibText.c, sua execução para a entrada exibtext.c exibe o seu
próprio conteúdo.
158
Capítulo 9 Estruturas e Arquivos
int Cod;
int Quant;
}TPedido;
TItem Cardapio[100];
TPedido Pedido[100];
/*Função para “separar” os componentes do cardápio*/
void ProcessaItem(char *s, int *Codigo, char *Produto, float *Pr)
{
char a[10];
int c = strlen(s);
*Codigo = atoi(s);
strncpy(Produto, s + 4, c-9);
strncpy(a, s + c - 5, 4);
*Pr = atof(a);
}
/*Funcao para ler o cardápio do arquivo texto*/
int LerCardapio(char *s)
{
FILE *p;
int i = 0;
char *Item, *FimDeLinha;
p = fopen(s, "rt");
FimDeLinha = fgets(Item, 80, p);
while (FimDeLinha != NULL)
{
ProcessaItem(Item, &Cardapio[i].Cod, Cardapio[i].Prod,
&Cardapio[i].Preco);
i++;
FimDeLinha = fgets(Item, 80, p);
}
return i;
}
/*Função para exibir o cardápio*/
void ExibeCardapio(TItem v[100], int t)
{
int i;
printf("COD ESPECIFICACAO PRECO\n");
for (i = 0; i < t; i++)
printf("%d %-20s %.2f\n", v[i].Cod, v[i].Prod, v[i].Preco);
}
159
Capítulo 9 Estruturas e Arquivos
int i, Ind;
printf("COD ESPECIFICACAO QUANT PRECO\n");
for(i=0; i<n; i++)
{
Ind = Pedido[i].Cod - 101;
printf("%3d %-30s %5d R$ %.2f\n",Pedido[i].Cod, Cardapio[Ind].Prod,
Pedido[i].Quant, Cardapio[Ind].Preco*Pedido[i].Quant);
}
}
void main()
{
int i, NumItens;
float Total;
clrscr();
NumItens = LerCardapio("card.txt");
ExibeCardapio(Cardapio, NumItens);
Total = 0;
i = 0;
puts("Digite o codigo do produto desejado (0 para encerrar):");
scanf("%d",&Pedido[i].Cod);
while(Pedido[i].Cod!=0)
{
if( (Pedido[i].Cod>=100) &&(Pedido[i].Cod<=106) )
{
puts("Digite a quantidade:");
scanf("%d",&Pedido[i].Quant);
Total = Total + Pedido[i].Quant * Cardapio[Pedido[i].Cod -
101].Preco;
i++;
}
else
{
puts("Erro! O código informado não está cadastrado!");
getch();
}
puts("Digite o codigo do produto desejado (0 para encerrar):");
scanf("%d",&Pedido[i].Cod);
}
puts("\nTotal dos pedidos:");
ExibePedidos(i);
printf("\nValor total dos pedidos: R$ %.2f", Total);
getch();
}
160
Capítulo 9 Estruturas e Arquivos
161
10 Alocação Dinâmica de Memória
10.1 O que é alocação dinâmica
Até agora, os programas utilizavam a memória do computador estaticamente: todas
as posições de memória eram reservadas para as variáveis no início da execução do
programa ou da função e, mesmo que não estivessem sendo mais utilizadas, continuavam
reservadas para as mesmas variáveis até a conclusão da execução do programa ou da
função. Um vetor global do tipo float com dez mil componentes, por exemplo, “ocupará”
quarenta mil bytes de memória durante toda a execução do programa. Naturalmente, isto
pode, em grandes programas, sobrecarregar ou, até mesmo, esgotar a memória disponível.
No primeiro caso, há uma degradação na eficiência do programa; no segundo caso a
execução do programa pode ser inviabilizada.
Os compiladores C permitem a alocação dinâmica da memória de tal modo que
posições de memória sejam reservadas para variáveis no instante em que sejam
necessárias e sejam liberadas (as posições de memória) para o sistema nos instantes em
que não estejam sendo utilizadas.
A alocação dinâmica de memória pode ser feita através das funções malloc(),
calloc() e realloc(), cujos protótipos se encontram no arquivo alloc.h e são os seguintes
void *malloc(size_t Tam);
void *calloc(size_t NumItens, size_t Tam);
void *realloc(void *Bloco, size_t Tam);
Aí, size_t é um tipo de dado pré-definido, definido também no arquivo alloc.h,
Tam é o número de bytes que se pretende alocar dinamicamente, NumItens é a quantidade
de itens de Tam bytes que se pretende alocar e Bloco é um ponteiro que contém o
endereço da variável cuja memória se pretende expandir em Tam bytes.
A função malloc() retorna um ponteiro para um bloco de Tam bytes até então
disponível, a função calloc() retorna um ponteiro para um espaço de memória até então
disponível capaz de armazenar NumItens objetos, cada um deles com Tam bytes e a
função realloc() retorna um ponteiro para um bloco de memória com quantidade de bytes
igual à soma algébrica da quantidade de bytes apontada por Bloco e Tam, podendo Tam
ser negativo. Caso a quantidade de bytes pretendida não esteja disponível, as funções
acima retornam NULL.
Como os ponteiros retornados são ambos do tipo void, eles devem ser moldados
para poderem receber endereços de qualquer tipo de variável. Por exemplo, o programa
#include <stdio.h>
#include <alloc.h>
main()
{
int *v, t;
v = (int *)malloc(80);
if (v == NULL)
Capítulo 10 Alocação Dinâmica da Memória
163
Capítulo 10 Alocação Dinâmica da Memória
164
Capítulo 10 Alocação Dinâmica da Memória
int Grau;
Poli = (int *)malloc(2);
Grau = LePolinomio(Poli);
...
}
Observe que optamos por dar entrada nos coeficientes como strings. Esta opção foi
feita para que pudéssemos usar "fim" como flag, já que a utilização de qualquer número
com esta finalidade fica complicada já que qualquer número pode ser um coeficiente de
um polinômio.
10.3 Listas
Para mais um exemplo de alocação dinâmica, apresentaremos um tipo de dado
chamado lista simplesmente encadeada. Este tipo de dado pode ser definido como uma
seqüência de elementos ligados através de ponteiros, com um número máximo de
elementos não fixado a priori. Usualmente, cada elemento da lista é uma estrutura, com
um campo contendo um ponteiro e os demais campos contendo os dados que o programa
vai manipular. Associa-se um ponteiro ao primeiro elemento e o campo do tipo ponteiro
do último elemento da lista tem valor NULL. O ponteiro que aponta para o primeiro
elemento da lista indica o seu início e o valor do ponteiro da última estrutura da lista ser
NULL indicará o seu final.
Para as funções que vamos apresentar (criação de uma lista de inteiros, exibição e
remoção de um elemento desta lista) necessitamos definir a seguinte estrutura:
struct TElemento
{
int Valor;
struct TElemento *p;
};
Observe que na definição de uma estrutura é possível se definir um campo de tipo
idêntico ao da estrutura. Este campo definirá um ponteiro que aponta para o elemento
seguinte da lista e o campo Valor armazenará o inteiro.
Necessitamos também de duas variáveis globais:
struct TElemento *Inicio, *Prox;
a variável Inicio para apontar para o inicio da lista e Prox para apontar para o próximo
elemento. É necessário observar que o ponteiro Inicio aponta para o último elemento que
foi inserido na lista, enquanto que o campo *p do primeiro elemento da lista é igual a
NULL.
Para criar a lista fazemos Inicio receber NULL e, dentro de uma estrutura de
repetição, alocamos memória para o ponteiro Prox, damos entrada em Prox.Valor e
fazemos o campo p de Prox receber Inicio e Inicio receber Prox para que este ponteiro
aponte sempre para o último elemento a dar entrada. Temos a seguinte função:
165
Capítulo 10 Alocação Dinâmica da Memória
void CriaLista()
{
Inicio = NULL;
printf("Digite os numeros (-1 para encerrar)\n");
do
{
Prox = (struct TElemento *)malloc(5);
scanf("%d",&(*Prox).Valor);
if ((*Prox).Valor != -1)
{
(*Prox).p = Inicio;
Inicio = Prox;
}
}
while ((*Prox).Valor != -1);
}
Para exibir a lista (ou realizar nela qualquer processamento), basta percorrê-la
desde seu início (Prox = Inicio) até o seu final ((*Prox).p = NULL).
void ExibeLista()
{
Prox = Inicio;
while (Prox != NULL)
{
printf("%d ", (*Prox).Valor);
Prox = (*Prox).p;
}
printf("\n");
}
Para deletar um elemento da lista é necessário que, quando ele for localizado, se
armazene o ponteiro do elemento anterior a ele e o ponteiro que aponta para ele. Se o
elemento a ser deletado for o primeiro, basta fazer Inicio apontar para o segundo
elemento; se o elemento a ser excluído for outro elemento, basta fazer o ponteiro do
elemento anterior para o elemento seguinte e devolver ao sistema a posição de memória
ocupada pelo elemento a ser excluído.
void Deleta(int n)
{
struct TElemento *Ant;
Prox = Inicio;
Ant = Inicio;
while ((Prox != NULL) && ((*Prox).Valor != n))
{
Ant = Prox;
166
Capítulo 10 Alocação Dinâmica da Memória
Prox = (*Prox).p;
}
if (Prox != NULL)
{
if ((Ant == Inicio) && (Prox == Inicio))
Inicio = (*Prox).p;
else
(*Ant).p = (*Prox).p;
free(Prox);
}
else
printf("Elemento nao esta lista \n");
}
167
Respostas dos exercícios propostos
Capítulo 1
1. Naturalmente, na primeira travessia um índio levaria um branco até a outra
margem e voltaria sozinho. A questão é a segunda: não poderia atravessar um índio e um
branco, pois ao chegar na outra margem haveria dois brancos e um índio; não poderiam
atravessar dois índio, pois o terceiro ficaria com dois brancos. A solução é atravessar dois
brancos e um deles retornar. A terceira travessia só pode ser feita por dois índios, pois já
existem dois brancos na outra margem. A questão é o retorno. A única possibilidade é
retornar um índio e um branco! Temos então o seguinte algoritmo:
1. Atravessem um índio e um branco.
2. Retorne o índio.
3. Atravessem dois brancos.
4. Retorne um branco.
5. Atravessem dois índios.
6. Retornem um índio e um branco.
7. Atravessem dois índios.
8. Retorne um branco.
9. Atravessem dois brancos.
10. Retorne um branco.
11. Atravessem dois brancos.
2. Indicando por 1, 2, 3, 4, ... os discos na ordem crescente dos seus diâmetros,
temos para o caso n = 2:
1. Disco 1 da origem para auxiliar.
2. Disco 2 da origem para o destino.
3. Disco 1 da auxiliar para o destino.
Para o caso n = 3, basta observar que é necessário apenas transportar os dois discos
1 e 2 da origem para auxiliar (que é o caso anterior), transportar o disco três da origem
para o destino e os discos 1 e 2 da torre auxiliar para o destino (que é, novamente, o caso
anterior).
1. Disco 1 da origem para destino.
2. Disco 2 da origem para auxiliar.
3. Disco 1 do destino para auxilia.
4. Disco 3 da origem para destino.
5. Disco 1 da auxiliar para origem.
6. Disco 2 da auxiliar para o destino.
7. Disco 1 da origem para o destino.
3. Indiquemos por P(m, n) = 0 se m e n têm o mesmo peso e P(m, n) > 0 se a esfera
m é mais pesada que a esfera n. Temos então a seguinte proposta:
Respostas dos exercícios propostos
1. Pese as esferas 1 e 2.
2. Se P(1, 2) = 0, pese as esferas 1 e 3.
2.1 Se P(1, 3) > 0 então forneça como resposta: a esfera 3 tem peso menor
que as esferas 1 e 2.
2.2 Se P(3, 1) > 0 então forneça como resposta: a esfera 3 tem peso maior
que as esferas 1 e 2.
3. Se P(1, 2) > 0, pese as esferas 1 e 3.
3.1 Se P(1, 3) = 0 então forneça como resposta: a esfera 2 tem peso menor
que as esferas 1 e 3.
3.2 Se P(1, 3) > 0 então forneça como resposta: a esfera 1 tem peso maior
que as esferas 2 e 3.
3.3 Se P(3, 1) > 0 então forneça como resposta: a esfera 1 tem peso menor
que as esferas 2 e 3.
4. Se P(2, 1) > 0, pese as esferas 2 e 3.
4.1 Se P(2, 3) = 0 então forneça como resposta: a esfera 1 tem peso menor
que as esferas 2 e 3.
4.2 Se P(2, 3) > 0 então forneça como resposta: a esfera 2 tem peso maior
que as esferas 1 e 3.
4.3 Se P(3, 2) > 0 então forneça como resposta: a esfera 2 tem peso menor
que as esferas 1 e 3.
4. Para calcular o produto, utilizamos uma variável P que assume inicialmente o
primeiro valor da relação e, para cada novo elemento, vai tendo o seu valor substituído
pelo produto do seu valor atual pelo novo elemento. A partir daí, a média geométrica é
raiz n-ésima desse produto.
1. Chame de A o primeiro número dado.
2. Chame de N o número de elementos da relação
3. Faça P = A.
4. Repita N - 1 vezes as instruções 4.1 e 4.2.
4.1. Chame de A o próximo número dado.
4.2. Substitua o valor de P por P x A.
5. Calcule M = Raiz(P, N)
6. Forneça M para o valor da média.
5. Basta observar que os dias da semana, sendo em número de 7, repetem-se em
ciclos de 7 dias. Assim, se 01/01/1900 foi uma segunda-feira, o foram também os dias
08/01/1900, 15/01/1900, 22/01/1900, 29/01/1900, 05/02/1900 e assim sucessivamente.
Basta então determinar o número de dias decorridos entre a data dada e o dia 01/01/1900
e calcular o resto da divisão por 7.
1. Determine o número n de dias entre a data dada e 01/01/1900.
2. Calcule o resto r da divisão de n por 7
3. Se r = 1 forneça como resposta segunda-feira.
4. Se r = 2 forneça como resposta terça-feira.
5. Se r = 3 forneça como resposta quarta-feira.
169
Respostas dos exercícios propostos
Capítulo 2
1.a) ((-(-9) + sqrt((-9)*(-9) - 4*3*6))/(2*3)) = ((9 + sqrt(81 – 72))/6) = ((9 +
+ sqrt(9))/6) = ((9 + 3)/6) = (12/6) = 2.
1.b) ((pow(3, 2) == 9) && (acos(0) == 0)) || (4 % 8 == 3) = (1 && 0) || 0 = 0 || 0 =
= 0.
2.a) /*Programa que converte uma temperatura dada em graus Fahrenheit para
graus Celsius */
#include <stdio.h>
main()
{
float Fahrenheit, Celsius;
printf("Digite a temperatura em Fahrenheit");
scanf("%f", &Fahrenheit);
Celsius = 5 * (Fahrenheit - 32)/9;
printf("A temperatura de %.2f Fahrenheit corresponde a %.2f Celsius ",
Fahrenheit, Celsius);
}
2.b) /*Programa que inverte um numero com tres algarismos*/
#include <stdio.h>
main()
{
int Num, Invert, Unid, Dez, Cent;
printf("Digite o numero a inverter ");
scanf("%d", &Num);
Unid = Num % 10;
Dez = (Num % 100)/10;
Cent = Num/100;
Invert = Unid*100 + Dez*10 + Cent;
170
Respostas dos exercícios propostos
171
Respostas dos exercícios propostos
172
Respostas dos exercícios propostos
#include <stdio.h>
main()
{
float Tempo, Segundos;
int Horas, Minutos;
printf("Digite o valor do intervalo de tempo (em minutos): ");
scanf("%f", &Tempo);
Horas = Tempo/60;
Minutos = Tempo - 60*Horas;
Segundos = (Tempo - 60*Horas - Minutos)*60;
printf("O intervalo de tempo de %.2f min equivale a %d h %d min %.2f s \n",
Tempo, Horas, Minutos, Segundos);
}
7. /*Programa para discriminar as notas de um saque num caixa eletrônico*/
#include <stdio.h>
main()
{
int s, Saque, Notas100, Notas50, Notas10, Notas5, Notas1;
printf("Digite o valor do saque: ");
scanf("%d", &Saque);
Notas100 = Saque/100;
s = Saque % 100;
Notas50 = s/50;
s = s % 50;
Notas10 = s/10;
s = s % 10;
Notas5 = s/5;
Notas1 = s % 5;
printf("Valor do saque: %d \n Distribuicao da notas: \n %d de 100 \n %d notas de
50 \n %d notas de 10 \n %d notas de 5 \n %d notas de 1", Saque, Notas100, Notas50,
Notas10, Notas5, Notas1);
}
8. /*Programa para determinar a prestação de um financiamento*/
#include <math.h>
main()
{
float Valor, i, Coef, Pot, Prestacao;
int n;
printf("Digite o valor do financiamento: ");
scanf("%f", &Valor);
printf("Digite o valor da taxa: ");
scanf("%f", &i);
i = i/100;
173
Respostas dos exercícios propostos
Capítulo 3
1. /*Programa que determina o intervalo de tempo decorrido entre dois instantes*/
main()
{
int h1, min1, s1, h2, min2, s2, h, min, s;
puts("Digite o instante inicial (horas, minutos e segundos)");
scanf("%d %d %d", &h1, &min1, &s1);
puts("Digite o instante final (horas, minutos e segundos)");
scanf("%d %d %d", &h2, &min2, &s2);
h = h2 -h1;
min = min2 - min1;
s = s2 - s1;
if ((h < 0) || ((h == 0) && (min < 0)) || ((h == 0) && (min == 0) && (s < 0)))
puts("Dados invalidos! O segundo instante é anterior ao primeiro");
else
{
if (s < 0)
{
min = min - 1;
s = s + 60;
}
if (min < 0)
{
h = h - 1;
min = min + 60;
}
printf( "Entre os instantes %d h %d min %d s e %d h %d min %d s
passaram-se %d h %d min %d s", h1, min1, s1, h2, min2, s2, h, min, s);
}
}
174
Respostas dos exercícios propostos
#include <stdio.h>
main()
{
float Num, ParteFrac;
int Arredondamento;
printf("Digite um numero ");
scanf("%f", &Num);
Arredondamento = Num;
ParteFrac = Num - Arredondamento;
if (ParteFrac >= 0.5)
Arredondamento = Arredondamento + 1;
printf("Aredondando %f obtemos %d ", Num, Arredondamento);
}
3. /*Programa para verificar se um inteiro dado e um quadrado perfeito*/
#include <stdio.h>
#include <math.h>
main()
{
float RaizReal, ParteFrac;
int Num, RaizInteira;
printf("Digite um numero ");
scanf("%d", &Num);
RaizReal = sqrt(Num);
RaizInteira = RaizReal;
ParteFrac = RaizReal - RaizInteira;
if (ParteFrac == 0)
printf("%d eh quadrado perfeito de raiz igual a %d \n", Num, RaizInteira);
else
printf("%d nao eh quadrado perfeito \n ", Num);
}
4. /*Progrma para determinar o maior de tres numeros dados*/
#include <stdio.h>
main()
{
float a, b, c, Maior;
printf("Digite tres numeros");
scanf("%f %f %f", &a, &b, &c);
Maior = a;
if ((b > a) || (c > a))
if (b > c)
Maior = b;
else
Maior = c;
175
Respostas dos exercícios propostos
printf("O maior dos numeros %.2f , %.2f e %.2f e' %.2f \n", a, b, c, Maior);
}
5. /*Programa para classificar um triangulo quanto ao comprimento dos lados*/
#include <stdio.h>
main()
{
float a, b, c;
printf("Digite os comprimentos dos lados: \n");
scanf("%f %f %f", &a, &b, &c);
if ((a < b + c) && (b < a + c) && (c < a +b))
if ((a == b) && (b == c))
printf("O triangulo de lados %0.2f, %0.2f e %0.2f e equilatero", a, b, c);
else
if ((a == b) || (a == c) || (b == c))
printf("O triangulo de lados %0.2f, %0.2f e %0.2f e isosceles", a, b, c);
else
printf("O triangulo de lados %0.2f, %0.2f e %0.2f e escaleno", a, b, c);
else
printf("Os numeros dados nao sao comprimentos dos lados de um triangulo");
}
6. /*Programa para verificar se um triangulo de lados dados e retangulo*/
#include <stdio.h>
main()
{
float a, b, c, Hip, Cat1, Cat2;
printf("Digite os comprimentos dos lados: \n");
scanf("%f %f %f", &a, &b, &c);
Cat1 = b;
Cat2 = c;
if ((a < b + c) && (b < a + c) && (c < a +b))
{
if ((a > b) && (a > c))
Hip = a;
else
if (b > c)
{
Hip = b;
Cat1 = a;
}
else
{
Hip = c;
Cat2 = a;
176
Respostas dos exercícios propostos
}
if (Hip*Hip == Cat1*Cat1 + Cat2*Cat2)
printf("Triangulo retangulo de hipotenusa %0.2f e catetos %0.2f e
%0.2f", Hip, Cat1, Cat2);
else
printf("O triangulo de lados %0.2f, %0.2f e %0.2f nao e retangulo", a,
b, c);
}
else
printf("Os numeros dados nao sao comprimentos dos lados de um
triangulo");
}
7. /*Programa para determinar as raizes de uma equacao do segundo grau*/
#include <stdio.h>
#include <math.h>
main()
{
float a, b, c, Imag, Real, Delta, x1, x2;
printf("Digite os coeficientes \n");
scanf("%f %f %f", &a, &b, &c);
if (a != 0)
{
Real = -b/(2*a);
Delta = b*b - 4*a*c;
if (Delta >= 0)
{
Imag = sqrt(Delta)/(2*a);
x1 = Real + Imag;
x2 = Real - Imag;
printf("As raizes da equacao de coeficientes %.2f, %.2f e %.2f sao
%.2f e %.2f ", a, b, c, x1, x2);
}
else
{
Imag = sqrt(-Delta)/(2*a);
printf("As raizes da equacao de coeficientes %.2f , %.2f e %.2f sao
%.2f + %.2fi e %.2f - %.2fi ", a, b, c, Real, Imag, Real, Imag);
}
}
else
printf("A equacao nao e do segundo grau");
}
8. /* Programa para determinar a idade de uma pessoa em anos, meses e dias*/
#include <stdio.h>
177
Respostas dos exercícios propostos
main()
{
int DiaNasc, MesNasc, AnoNasc, DiaAtual, MesAtual, AnoAtual, Anos, Meses,
Dias;
printf("Digite a data do nascimento \n");
scanf("%d %d %d", &DiaNasc, &MesNasc, &AnoNasc);
printf("Digite a data de hoje \n");
scanf("%d %d %d", &DiaAtual, &MesAtual, &AnoAtual);
Anos = AnoAtual - AnoNasc;
Meses = MesAtual - MesNasc;
Dias = DiaAtual - DiaNasc;
if ((Anos < 0) || ((Anos == 0) && (Meses < 0)) || ((Anos == 0) && (Meses == 0)
&& (Dias < 0)))
printf("Data de nascimento invalida");
else
{
if (Meses < 0)
{
Anos = Anos - 1;
Meses = Meses + 12;
}
if (Dias < 0)
{
if (Meses > 0)
Meses = Meses - 1;
else
Anos = Anos - 1;
switch (MesNasc)
{
case 2 :
if (AnoAtual % 4 == 0)
Dias = Dias + 29;
else
Dias = Dias + 28;
break;
case 4: case 6: case 9: case 11:
Dias = Dias + 30;
break;
default: Dias = Dias + 31;
};
}
printf("Idade = %d ano(s), %d mes(es) e %d dia(s)", Anos, Meses, Dias);
}
}
178
Respostas dos exercícios propostos
Capítulo 4
1. 5
15
45
4
12
36
3
9
27
2
6
18
1
3
9
2. /*Programa para calcular a soma dos quadrados dos n primeiros inteiros
positivos, n dado*/
#include <stdio.h>
main()
{
int n, i, Soma;
printf("Digite o valor de n: \n");
179
Respostas dos exercícios propostos
scanf("%d", &n);
Soma = 0;
for (i = 1; i <= n; i++)
Soma = Soma + i*i;
printf("A soma dos quadrados dos %d primeiros numeros naturais e %d \n", n,
Soma);
}
3.a) /*Programa para calcular a soma dos n primeiros termos de uma sequencia*/
#include <stdio.h>
main()
{
float Soma, Num, Den;
int n, i;
printf("Digite o valor de n: \n");
scanf("%d", &n);
Num = 1;
Den = 2;
Soma = 0.5;
for (i = 1; i < n; i++)
{
Num = Num + 2;
Den = Den + 3;
Soma = Soma + Num/Den;
}
printf("A soma dos %d primeiros numeros da sequencia dada e %f \n", n, Soma);
}
3.b) /*Programa para calcular a soma dos n primeiros termos de uma sequencia*/
#include <stdio.h>
main()
{
float Soma;
int n, i;
printf("Digite o valor de n: \n");
scanf("%d", &n);
Soma = 0;
for (i = 1; i <= n; i++)
if (i % 2 == 1)
Soma = Soma + 1.0/i;
else
Soma = Soma - 1.0/i;
printf("A soma dos %d primeiros numeros da sequencia dada e %f \n", n, Soma);
}
180
Respostas dos exercícios propostos
181
Respostas dos exercícios propostos
6. /*Programa para listar todos so numeros xyzt tais (xy + zt)*(xy + zt) = xyzt*/
#include <stdio.h>
main()
{
int Mil, Cen, i;
printf("Numeros xyzt tais (xy + zt)*(xy + zt) = xyzt");
for (i = 1000; i < 10000; i++)
{
Cen = i % 100;
Mil = i/100;
if ((Cen + Mil)*(Cen + Mil) == i)
printf("%d \n", i);
}
}
7. /*Programa para listar todos os numeros com dois algarismos cujo produto nao
se altera se os algarismos sao invertidos*/
#include <stdio.h>
main()
{
int InvertI, InvertJ, i, j;
printf("Numeros com dois algarismos cujo produto nao se altera os algarismos sao
invertidos");
for (i = 10; i < 100; i++)
{
InvertI = (i % 10)*10 + (i/10);
for (j = 10; j < 100; j++)
{
InvertJ = (j % 10)*10 + (j/10);
if (i*j == InvertI*InvertJ)
printf("%d*%d = %d*%d = %d \n", i, j, InvertI, InvertJ, i*j);
}
}
}
8. /*Programa para determinar o numero de algarismos de um inteiro positivo*/
#include <stdio.h>
#include <math.h>
main()
{
int Num, NumAlg, n;
Num = 1;
while (Num != -1)
{
printf("Digite o numero (-1 p/ encerrar) \n");
182
Respostas dos exercícios propostos
scanf("%d", &Num);
NumAlg = 1;
while (pow10(NumAlg) < Num)
NumAlg = NumAlg + 1;
printf("%d possui %d algarismo(s) \n", Num, NumAlg);
}
}
9. /*Programa para verificar se um inteiro maior que 2 e' um produto de dois
primos*/
#include <stdio.h>
#include <math.h>
main()
{
int Num, Fator1, Fator2, r, i;
Num = 1;
while (Num != -1)
{
printf("Digite o numero (-1 p/ encerrar) \n");
scanf("%d", &Num);
r = sqrt(Num);
Fator1 = 2;
while ((Num % Fator1 != 0) && (Fator1 <= r))
Fator1 = Fator1 + 1;
if (Fator1 > r)
printf("%d é primo\n", Num);
else
{
Fator2 = Num/Fator1;
r = sqrt(Fator2);
i = 2;
while ((Fator2 % i != 0) && (i <= r))
i = i + 1;
if (i <= r)
printf("%d nao e produto de dois primos \n", Num);
else
printf("%d e' produto dos primos %d e %d \n", Num, Fator1,
Fator2);
}
}
}
10. /*Programa para determinar a decomposição em fatores primos de um inteiro*/
#include <stdio.h>
main()
{
183
Respostas dos exercícios propostos
184
Respostas dos exercícios propostos
}
13. /*Programa para determinar o menor inteiro n tal que a soma dos n primeiros
termos da serie harmonica e' maior que um real k dado*/
#include <stdio.h>
main()
{
int i;
float Soma, k;
k = 1;
while (k != -1)
{
printf("Digite o valor de k (-1 p/ encerrar) \n");
scanf("%f", &k);
Soma = 0;
i = 0;
while (Soma <= k)
{
i = i + 1;
Soma = Soma + 1.0/i;
}
printf("O menor inteiro n tal que a soma dos n primeiros termos da serie
harmonica e' maior que %.2f e' %d \n", k, i);
}
}
14. /*Programa para determinar os pares de números amigos menores que um
número dado*/
#include <stdio.h>
long SomaDivisoresMenores(long int n) /* Ver capítulo 5*/
{
int i, s
s = 1;
m = n/2;
for (i = 2; i <= m; i++)
if (n % i == 0)
s = s + i;
return s;
}
main()
{
long int j, x, y;
const long m = 10000;
printf("Amigos menores que %ld \n", m);
for (j = 2; j < m; j++)
185
Respostas dos exercícios propostos
{
x = SomaDivisoresMenores(j);
if (j < x)
if (j == SomaDivisoresMenores(x))
printf("%-10ld %-20ld\n", j, x);
}
}
15. /*Programa que gera subconjuntos com tres elementos*/
#include <stdio.h>
main()
{
int n, i, j, k;
printf("Digite o valor de n: \n");
scanf("%d", &n);
for (i = 1; i <= n - 2; i++)
for (j = i + 1; j <= n - 1; j++)
for (k = j + 1; k <= n; k++)
printf("{%d, %d, %d}\n", i, j, k);
}
Capítulo 5
1. /*Funcao para determinar o k-esimo digito de um numero*/
/*Funcao que retorna o numero de algarismos de um inteiro*/
int NumAlg(int n)
{
int i = 1;
while (pow10(i) < n)
i = i + 1;
return (i);
}
186
Respostas dos exercícios propostos
else
return(-1);
}
2. /*Funcao iterativa para o calculo do fatorial impar*/
long int FatImpar(int n)
{
long int Fat;
int i;
if (n % 2 == 1)
{
Fat = 1;
for (i = 3; i <= n; i = i + 2)
Fat = Fat * i;
return (Fat);
}
else
return(-1);
}
187
Respostas dos exercícios propostos
return(1);
}
main()
{
int Num, j;
long FatPrim;
printf("Digite o inteiro \n");
scanf("%d", &Num);
if (Primo(Num))
{
FatPrim = 2;
for (j = 3; j <= Num; j++)
if (Primo(j))
FatPrim = FatPrim*j;
printf("Fatorial primo de %d e igual a %d \n", Num, FatPrim);
}
else
printf("%d nao e primo \n", Num);
}
4. /*Funcao que retorna a soma dos algarismos de um inteiro dado*/
/*Funcao que retorna o numero de algarismos de um inteiro dado*/
int NumAlg(int n)
{
int i = 1;
while (pow10(i) < n)
i = i + 1;
return (i);
}
int SomaAlgarismos(int n)
{
int i, Potencia, NumAlgarismos, Soma;
NumAlgarismos = NumAlg(n);
Soma = n % 10;
for (i = 1; i < NumAlgarismos; i++)
{
n = n/10;
Soma = Soma + n%10;
}
return (Soma);
}
5. /*Função recursiva para determinar o n-esimo termo da sequencia de
Fibbonaci*/
int FibbRec(int x)
188
Respostas dos exercícios propostos
{
if ((x == 1) || (x == 2))
return(1);
else
return(FibbRec(x - 1) + FibbRec(x - 2));
}
6. /*Função recursiva para gerar uma tabuada de multiplicação*/
void Tabuada(int x)
{
int y;
static a = 1, b = 1;
if (x <= 9)
{
for (y = 2; y <= 9; y++)
{
gotoxy(a, b);
printf("%d x %d = %d", x, y, x*y);
b++;
}
if (x % 5 != 0)
{
a = a + 13;
b = b - 8;
}
else
{
a = 1;
b = 10;
}
Tabuada(x + 1);
}
}
Capítulo 6
1. /*Função que exibe um vetor na ordem inversa*/
void InverteVetor(int *v, int t)
{
int i;
for (i = t - 1; i >= 0; i--)
printf("%d ", v[i]);
}
189
Respostas dos exercícios propostos
190
Respostas dos exercícios propostos
{
int i;
float Norma = 0;
for (i = 0; i < t; i++)
Norma = Norma + v[i]*v[i];
return(sqrt(Norma));
}
6. /Função que determina o produto escalar de dois vetores*/
int ProdutoEscalar(int *v, int *w, int t)
{
int i, ProdEscalar = 0;
for (i = 0; i < t; i++)
ProdEscalar = ProdEscalar + v[i]*w[i];
return(ProdEscalar);
}
7. /*Função que determina a amplitude de uma tabela*/
/*Função que determina a maior componente de um vetor*/
float Maior(float *v, int t)
{
int i;
float m;
m = v[0];
for (i = 1; i < t; i++)
if (v[i] > m)
m = v[i];
return(m);
}
/*Função que determina a menor componente de um vetor*/
float Menor(float *v, int t)
{
int i;
float m;
m = v[0];
for (i = 1; i < t; i++)
if (v[i] < m)
m = v[i];
return(m);
}
191
Respostas dos exercícios propostos
Aux[k] = v2[i];
}
return(k + 1);
}
10. /*Função que realiza um sorteio a partir dos algarismos das unidades dos
números sorteados pela loteria*/
void LeSorteio(int v[5])
{
int i;
for (i = 0; i < 5; i++)
scanf("%d", &v[i]);
}
193
Respostas dos exercícios propostos
void InterseptaVetores(int *v1, int t1, int *v2, int t2, int *v, int *t)
{
int i;
*t = 0;
for (i = 0; i < t1; i++)
if (PesqSequencial(v2, t2, v1[i]) == 1)
{
v[*t] = v1[i];
*t = *t + 1;
}
}
15. /*Função que determina a maior diferença entre duas componentes
consecutivas de um vetor ordenado*/
int Maior(int *v, int t, int *p)
{
int i;
float m;
m = v[0];
*p = 0;
194
Respostas dos exercícios propostos
195
Respostas dos exercícios propostos
m = i;
return (m);
}
196
Respostas dos exercícios propostos
{
Bin[i] = n % 2;
n = n/2;
i = i + 1;
}
for (j = i - 1; j >= 0; j--)
printf("%d", Bin[j]);
printf("\n");
}
21. /*Função para decompor um número inteiro em fatores primos, armazenando
os fatores e suas multiplicidades uma matriz*/
void DecFatPrimos(int n, int Fatores[10][10], int *q)
{
int i, Mult;
i = 2;
*q = 0;
while (n > 1)
{
Mult = 0;
while (n % i == 0)
{
n = n/i;
Mult = Mult + 1;
}
if (Mult > 0)
{
Fatores[*q][0] = i;
Fatores[*q][1] = Mult;
*q = *q + 1;
}
i = i + 1;
}
}
22. /*Função que verifica a aprovação de um aluno da Universidade Federal de
Alagoas*/
float Menor(float v[4], int *b)
{
int i, m;
m = v[0];
*b = 0;
for (i = 1; i < 4; i++)
if (v[i] < m)
{
197
Respostas dos exercícios propostos
m = v[i];
*b = i;
}
return (m);
}
198
Respostas dos exercícios propostos
199
Respostas dos exercícios propostos
if (v[i][j] != 0)
Sim = 0;
else
j = j + 1;
i = i + 1;
}
return (Sim);
}
26. /*Função que verifica se uma matriz é simétrica*/
int VerificaMatrizSimetrica(float v[10][10], int n)
{
int i = 0, j, Sim = 1;
while ((i < n) && (Sim == 1))
{
j = 0;
while((j < n) && (Sim == 1))
if (v[i][j] != v[j][i])
Sim = 0;
else
j = j + 1;
i = i + 1;
}
return (Sim);
}
27. /*Função que multiplica duas matrizes*/
void MultMat(float m1[5][5], float m2[5][5], float m3[5][5], int l1, int c1, int l2, int
c2)
{
int i = 0, j = 0, k = 0;
if (c1 == l2)
{
while (i < l1)
{
m3[i][j] = 0;
while (j < c2 && k < l2)
{
m3[i][j] = m3[i][j] + m1[i][k]*m2[k][j];
k = k +1;
}
k = 0;
j = j + 1;
if (j == c2)
{
200
Respostas dos exercícios propostos
i = i + 1;
j = 0;
}
}
}
}
28. /*Função que determina as médias das linhas de uma matriz, armazenando-as
numa nova coluna da matriz*/
float Media(float v[10], int t)
{
int i;
float Soma = 0.0;
for (i = 0; i < t; i++)
Soma = Soma + v[i];
return(Soma/t);
}
201
Respostas dos exercícios propostos
Esc = i + 1;
}
return(Esc);
}
main()
{
int NumCidades, x, y, Origem, Destino, Esc;
int Distancias[20][20];
clrscr();
printf("Digite o numero de cidades");
scanf("%d", &NumCidades);
LeDistancias(Distancias, NumCidades);
EscreveDistancias(Distancias, NumCidades);
printf("Digite a origem e o destino \n");
scanf("%d %d", &Origem, &Destino);
if (Origem < Destino)
{
x = Origem;
y = Destino;
}
else
{
x = Destino;
y = Origem;
}
if (Distancias[x-1][y-1] > 400)
{
Esc = Escala(Distancias, NumCidades, x, y) + 1;
printf("A viagem de %d para %d deve ter uma escala em %d", Origem,
Destino, Esc);
}
else
if (Distancias[x-1][y-1] == 0)
printf("\aOrigem e destino iguais!");
else
printf("A viagem de %d para % deve ser feita sem escalas");
}
31. /*Função recursiva para a exibição das combinações de n com taxa k, n e k
dados*/
#include <stdio.h>
void Combinacoes(int n, int k, int i, int s, int v[30])
{
int m, j;
if (i < k)
203
Respostas dos exercícios propostos
Capítulo 7
1. /*Fumção que realiza uma pesquisa "pessimista" num vetor*/
int PesquisaPessimista(int *v, int t, int x)
{
int i;
i = 0;
while((v[i] != x) && (v[t - i - 1] != x) && (i < t/2))
i = i + 1;
if (v[i] == x)
return (i);
else
if (v[t - i - 1] == x)
return (t - i - 1);
else
return(-1);
}
2. /*Função que implementa o insertsort*/
/*Função que insere um elemento num vetor ordenado*/
void InsereOrdenado(int v1[500], int *t, int x)
{
int i, j;
i = 0;
while ((v1[i] < x) && (i < *t ))
i = i + 1;
*t = *t + 1;
for (j = *t; j > i; j--)
v1[j] = v1[j - 1];
v1[i] = x;
204
Respostas dos exercícios propostos
}
void InsertSort(int v[500], int t) {
int Aux[500];
int i, j = 1;
Aux[0] = v[0];
for (i = 1; i < t; i++)
InsereOrdenado(Aux, &j, v[i]);
for (i = 0; i < t; i++)
v[i] = Aux[i];
}
Capítulo 8
1. /*Programa que verifica se uma palavra é palídroma*/
#include <stdio.h>
#include <string.h>
char *InverteString(char *s)
{
int i, Comp;
char *St;
Comp = strlen(s);
for (i = 0; i < Comp; i++)
St[i] = s[Comp - 1- i];
St[Comp] = '\0';
return (St);
}
main()
{
char Str[40], Aux[40];
printf("Digite a string\n");
gets(Str);
strcpy(Aux, Str);
strupr(Aux);
if (strcmp(InverteString(Aux), Aux) == 0)
printf("%s e palindroma", Str);
else
printf("%s nao e palindroma", Str);
}
2. /*Programa que determina o número de palavras de um texto dado*/
#include <stdio.h>
#include <string.h>
int ContaPalavras(char s[1000])
205
Respostas dos exercícios propostos
{
int i, Cont = 0, Comp;
Comp = strlen(s);
for (i = 1; i <= Comp; i++)
if ((s[i - 1] != ' ') && (s[i] == ' '|| s[i] == '\0'))
Cont = Cont + 1;
return (Cont);
}
main()
{
int NumPalavras;
char Texto[1000];
printf("Digite o texto\n");
gets(Texto);
NumPalavras = ContaPalavras(Texto);
printf("O texto %s tem %d palavras\n", Texto, NumPalavras);
}
3. /*Programa para converter um número do sistema decimal para o sistema
binário*/
#include <stdio.h>
char *InverteString(char *s)
{
int i, Comp;
char *St;
Comp = strlen(s);
for (i = 0; i < Comp; i++)
St[i] = s[Comp - 1- i];
St[Comp] = '\0';
return (St);
}
char *DecBin(int n)
{
int i, j;
char *Bin;
i = 0;
while (n > 0)
{
if (n % 2 == 1)
Bin[i] = '1';
else
Bin[i] = '0';
n = n/2;
i = i + 1;
206
Respostas dos exercícios propostos
}
Bin[i] ='\0';
Bin = InverteString(Bin);
return(Bin);
}
main()
{
int Num;
char *Binario;
printf("Digite o numero \n");
scanf("%d", &Num);
Binario = DecBin(Num);
printf("%d = (%s)2 \n", Num, Binario);
}
4. /*Programa para converter um número do sistema binário para o sistema
decimal*/
#include <stdio.h>
#include <math.h>
int *BinDec(char *s)
{
int i, Comp, Dec = 0;
Comp = strlen(s);
for (i = 0; i < Comp; i++)
if (s[i] == '1')
Dec = Dec + pow(2, Comp - i - 1);
return (Dec);
}
main()
{
char *Binario;
int Decimal;
printf("Digite o numero do sistema binario");
gets(Binario);
Decimal = BinDec(Binario);
printf("%s no sistema decimal: %d \n", Binario, Decimal);
}
5. /*Função que verifica se uma conta foi digitada corretamente*/
int ArmazenaDigitos(char *s, int *v)
{
int i, Comp;
Comp = strlen(s);
for (i = 0; i < Comp; i = i + 1)
207
Respostas dos exercícios propostos
return(Aux - s1);
else
return (-1);
}
209
Respostas dos exercícios propostos
p = Pos(s1, s2);
if (p != -1)
{
Comp = strlen(s2);
DeletaCaracteres(s1, Comp, p);
InsereCadeia(s1, s3, p);
}
else
printf("Palavra nao encontrada");
return (p);
}
main()
{
char Texto[1000], Str1[1000], Str2[1000];
int i;
printf("Digite o texto: ");
gets(Texto);
printf("Substituir: ");
gets(Str1);
printf("Substituir por: ");
gets(Str2);
printf("Texto original: %s \n", Texto);
i = Substituir(Texto, Str1, Str2);
if (i != -1)
printf("Novo texto: %s \n", Texto);
}
7. /*Programa que converte um nome para o formato ultimo sobrenome/nome*/
#include <stdio.h>
#include <string.h>
char *Copia(char *s, int n, int p)
{
char *Aux;
int Comp;
Comp = strlen(s);
if (p < Comp)
{
Aux = &s[p];
if (p + n < Comp)
Aux[n] = '\0';
else
Aux[strlen(Aux)] = '\0';
return(Aux);
}
210
Respostas dos exercícios propostos
else
return (NULL);
}
main()
{
char Nome[40], Identificacao[40];
int i;
printf("Digite o nome: ");
gets(Nome);
strcpy(Identificacao, UltimoSobrenome(Nome));
strcat(Identificacao, "/");
strcat(Identificacao, PrimeiroNome(Nome));
printf("Identificacao: %s \n", Identificacao);
}
8. /*Programa que converte um nome dado para o formato de referência
bibliográfica*/
211
Respostas dos exercícios propostos
#include <stdio.h>
#include <string.h>
char *Copia(char *s, int n, int p)
{
char *Aux;
int Comp;
Comp = strlen(s);
if (p < Comp)
{
Aux = &s[p];
if (p + n < Comp)
Aux[n] = '\0';
else
Aux[strlen(Aux)] = '\0';
return(Aux);
}
else
return (NULL);
}
/*Funcao que retorna as iniciiais dos nomes e dos sobrenomens, exceto do último
sobrenome*/
char *Iniciais(char *s)
{
int i, k, Comp;
char Aux[40];
Aux[0] = s[0];
212
Respostas dos exercícios propostos
Aux[1] = '.';
Aux[2] = ' ';
Comp = strlen(s);
k = 3;
for (i = 1; i < Comp - 1; i++)
if ((s[i] == ' ') && (s[i+1] != ' '))
{
Aux[k] = s[i+1];
Aux[k+1] = '.';
Aux[k+2] = ' ';
k = k + 3;
}
Aux[k - 3] = '\0';
return (Aux);
}
/*Funcao para verificar se uma string esta contida num outra string*/
int Pos(char *s1, char *s2)
{
char *Aux;
Aux = strstr(s1, s2);
if (Aux != NULL)
/*return(strlen(s1) - strlen(Aux));*/
return(Aux - s1);
else
return (-1);
213
Respostas dos exercícios propostos
/*Funcao para deletar as particulas de, do, dos, da, das, e*/
void DeletaParticulas(char *s, char *Part)
{
int Comp, p;
p = Pos(s, Part);
Comp = strlen(Part);
if ((p != -1) && (s[p-1] == ' ') && (s[p + Comp] == ' '))
DeletaCaracteres(s, Comp, p);
}
main()
{
char Nome[40], Aux[40], Autor[40];
printf("Digite o nome: ");
gets(Nome);
strcpy(Aux, Nome);
DeletaParticulas(Aux, "de");
DeletaParticulas(Aux, "da");
DeletaParticulas(Aux, "das");
DeletaParticulas(Aux, "do");
DeletaParticulas(Aux, "dos");
DeletaParticulas(Aux, "e");
strcpy(Autor, UltimoSobrenome(Aux));
strcat(Autor, ", ");
strcat(Autor, Iniciais(Aux));
printf("Referencia bibliografica: %s \n", Autor);
}
9. /*Função que retorna uma palavra no formato P A L A V R A*/
#include <string.h>
#include <ctype.h>
char *Aviso(char *s)
{
int c, i;
c = strlen(s);
for (i = c; i >= 0; i--)
{
s[2*i] = toupper(s[i]);
s[2*i - 1] = ' ';
}
s[2*i + 1] = '\0';
return s;
}
214
Respostas dos exercícios propostos
Capítulo 9
2. /*Funcao que reune dois arquivos de mesma estrutura (definida em struct
TRegistro)*/
void ReuneArquivos(char s[12], char s1[12], char s2[12])
{
FILE *p, *p1, *p2;
struct TRegistro r;
int Tam;
Tam = sizeof(r);
p1 = fopen(s1, "rb");
p2 = fopen(s2, "rb");
p = fopen(s, "wb");
fread(&r, Tam, 1, p1);
while (!feof(p1))
{
fwrite(&r, Tam, 1, p);
fread(&r, Tam, 1, p1);
}
fread(&r, Tam, 1, p2);
while (!feof(p2))
{
if (ConsultaRegistro(r.Mat, s1) == -1)
fwrite(&r, Tam, 1, p);
fread(&r, Tam, 1, p2);
}
fclose(p);
fclose(p1);
fclose(p2);
}
3. /*Programa que gera, a partir de um arquivo contendo nomes e salarios, um
arquivo com os salarios maiores que 5.000,00*/
#include <stdio.h>
#include <string.h>
struct TRegistro
{
char Nome[40];
float SalBruto;
};
215
Respostas dos exercícios propostos
fsetpos(p, &Byte);
fread(&r, Tam, 1, p);
fclose(p);
p = fopen(s, "ab");
fwrite(&r, Tam, 1, p);
fclose(p);
}
217
Respostas dos exercícios propostos
{
struct TRegistro r;
FILE *p;
long Byte, Tam;
p = fopen(s, "rb");
Tam = sizeof(r);
fseek(p, -Tam, SEEK_END);
fgetpos(p, &Byte);
fsetpos(p, &Byte);
fread(&r, Tam, 1, p);
fclose(p);
p = fopen(s, "ab");
fwrite(&r, Tam, 1, p);
fclose(p);
}
/*Funcao que determina a posicao de inclusao de um novo registro*/
long PosicaoDeInclusao(struct TRegistro Reg, char s[12])
{
struct TRegistro r;
long Tam, Byte, Pos;
FILE *p;
p = fopen(s, "rb");
Byte = 0;
Tam = sizeof(r);
fread(&r, Tam, 1, p);
while ((!feof(p)) && (strcmp(Reg.Mat, r.Mat) > 0))
{
Byte = Byte + Tam;
fread(&r, Tam, 1, p);
}
fclose(p);
return (Byte);
}
/*Funcao que inclui um registro num arquivo ordenado de modo que ele se
mantenha ordenado*/
void IncluiRegistroOrdenado(struct TRegistro Reg, char s[12])
{
struct TRegistro r;
long Tam, Byte, Pos;
FILE *p;
Tam = sizeof(r);
Byte = PosicaoDeInclusao(Reg, s);
CopiaUltimoRegistro(s);
219
Respostas dos exercícios propostos
p = fopen(s, "rb+");
fseek(p, -3*Tam, SEEK_END);
fgetpos(p, &Pos);
while (Pos >= Byte)
{
fsetpos(p, &Pos);
fread(&r, Tam, 1, p);
fgetpos(p, &Pos);
fsetpos(p, &Pos);
fwrite(&r, Tam, 1, p);
fgetpos(p, &Pos);
Pos = Pos - 3*Tam;
}
fsetpos(p, &Byte);
fwrite(&Reg, Tam, 1, p);
fclose(p);
}
220
Respostas dos exercícios propostos
main()
{
struct TRegistro NovoRegistro;
char NomeArq1[12], NomeArq2[12], NomeArq[12];
printf("Digite os nomes dos arquivos a serem reunidos\n");
scanf("%s", NomeArq1);
scanf("%s", NomeArq2);
printf("Digite o nome do novo arquivo");
scanf("%s", NomeArq);
GeraArquivoOrdenado(NomeArq1, NomeArq2, NomeArq);
}
6. /*Programa que gera um arquivo contendo os registros comuns a dois arquivos
de mesma estrutura*/
#include <stdio.h>
#include <string.h>
struct TRegistro
{
char Cpf[12];
char Nome[40];
};
/*Funcao que verifica se um registro com matricula dada pertence ao arquivo*/
int ConsultaRegistro(char s[12], char s1[12])
{
FILE *p;
int Achou = 0;
struct TRegistro r;
fpos_t Byte;
p = fopen(s1, "rb");
fgetpos(p, &Byte);
fread(&r, sizeof(r), 1, p);
while (!feof(p) && !Achou)
if (strcmp(s, r.Cpf) == 0)
Achou = 1;
else
{
fgetpos(p, &Byte);
fread(&r, sizeof(r), 1, p);
}
if (Achou == 0)
return (-1);
else
return(Byte);
}
221
Respostas dos exercícios propostos
main()
{
char NomeArq1[12], NomeArq2[12];
printf("Digite o nome do arquivo \n");
scanf("%s", NomeArq1);
printf("Digite o nome do segundo arquivo");
scanf("%s", NomeArq2);
CruzaArquivos(NomeArq1, NomeArq2, "RegCom");
}
7. /*Funcao que permuta as posições de dois registros de um arquivo*/
int ConsultaRegistro(char s[12], char s1[12])
{
FILE *p;
int Achou = 0;
struct TRegistro r;
fpos_t Byte;
p = fopen(s1, "rb");
fgetpos(p, &Byte);
fread(&r, sizeof(r), 1, p);
while (!feof(p) && !Achou)
if (strcmp(s, r.Mat) == 0)
Achou = 1;
222
Respostas dos exercícios propostos
else
{
fgetpos(p, &Byte);
fread(&r, sizeof(r), 1, p);
}
if (Achou == 0)
return (-1);
else
return(Byte);
}
{
struct TRegistro r;
FILE *p;
long Byte, Tam;
p = fopen(s, "rb");
Tam = sizeof(r);
fseek(p, -Tam, SEEK_END);
fgetpos(p, &Byte);
fsetpos(p, &Byte);
fread(&r, Tam, 1, p);
fclose(p);
p = fopen(s, "ab");
fwrite(&r, Tam, 1, p);
fclose(p);
}
224
Respostas dos exercícios propostos
p = fopen(s, "rb+");
fseek(p, -3*Tam, SEEK_END);
fgetpos(p, &Pos);
while (Pos >= Byte)
{
fsetpos(p, &Pos);
fread(&r, Tam, 1, p);
fgetpos(p, &Pos);
fsetpos(p, &Pos);
fwrite(&r, Tam, 1, p);
fgetpos(p, &Pos);
Pos = Pos - 3*Tam;
}
fsetpos(p, &Byte);
fwrite(&Reg, Tam, 1, p);
fclose(p);
}
p = fopen(s, "rt");
Aux = fopen("Temp.tmp", "wt");
Tamanho = TamanhoArquivo(s);
i = 0;
while (i < Tamanho)
{
fgets(Linha, 80, p);
i = i + strlen(Linha);
Pos1 = Pos(Linha, "/*");
if (Pos1 != -1)
{
Pos2 = Pos(Linha, "*/");
if (Pos2 != -1)
DeletaCaracteres(Linha, Pos2 - Pos1 + 3, Pos1);
}
fwrite(Linha, strlen(Linha), 1, Aux);
}
fclose(p);
fclose(Aux);
remove(s);
rename("Temp.tmp", s);
}
Capítulo 10
1. /*Função que calcula a média aritmética de uma relação de números armazenada
num lista*/
float Media()
{
float Md = 0;
int i = 0;
Prox = Inicio;
while (Prox != NULL)
{
i = i + 1;
Md = Md + (*Prox).Valor;
Prox = (struct TElemento *) (*Prox).p;
}
return(Md/i);
}
2. /*Função que insere um elemento numa lista ordenada*/
226
Respostas dos exercícios propostos
void Insere(int n)
{
struct TElemento *Aux, *Ant;
Aux = Posicao(n);
if (Aux == NULL)
{
Prox = (struct TElemento *)malloc(5);
(*Prox).Valor = n;
(*Ant).p = Prox;
(*Prox).p = NULL;
}
else
if (Ant != Prox)
{
Prox = (struct TElemento *)malloc(5);
(*Prox).Valor = n;
(*Prox).p = (*Ant).p;
(*Ant).p = Prox;
}
else
{
Prox = (struct TElemento *)malloc(5);
(*Prox).Valor = n;
(*Prox).p = Inicio;
Inicio = Prox;
}
}
227
Bibliografia
Dijkstra, E. W., A Discipline of Programiming. Prentice-Hall. New Jersey, 1975.
Evaristo, J. e Crespo, S, Aprendendo a Programar Programando numa Linguagem
Algorítmica Executável (ILA). Editora Book Express, Rio de Janeiro, 2000.
Evaristo, J., Programando com Pascal (Terceira Edição). Editora Book Express, Rio de
Janeiro, 2004
Evaristo, J., Introdução `a Algebra Abstrata. Editora da Universidade Federal de
Alagoas (EDUFAL). Alagoas, 2002.
Hancock, L e Krieger M., Manual de Linguagem C. Editora Campus. Rio de Janeiro,
1985.
Kernighan, B. W. e Ritchie, D. M., C A Linguagem de Programação Padrão ANSI.
Editora Campus. Rio de Janeiro, 1989.
Knuth, D. E., The Art of Computer Programming, volume 2, Seminumerical Algorithms,
Addison-Wesley Publishing Company. USA, 1988.
Kowaltowski, T. & Lucchesi, C., Conceitos Fundamentais e Teoria da Computação.
Anais do II WEI. Minas Gerais, 1994
Mizrahi, V. V., Treinamento em Linguagem C. McGraw-Hill. São Paulo, 1990.
Norton, P., Introdução à Informática. Makron Books. Sãp Paulo, 1996.
Rangel, J. L., Os Programas de Graduação em Linguagens de Programação. Anais do II
WEI. Minas Gerais, 1994.
Schildt, H., C Avançado Guia do Usuário. McGraw-Hill. São Paulo, 1987.
Schildt, H., Linguagem C Guia do Usuário. McGraw-Hill. São Paulo, 1986.
Szwarcfiter, J. L. & Markenzon, Estruturas de Dados e seus Algoritmos. LTC Editora.
Rio de Janeiro, 1994.
Wirth, N., Algorithms & Data Structures. Prentice-Hall. New-Jersey, 1986.
228
Índice Remissivo
A D
algoritmo de Euclides................................77 decomposição em fatores primos ......81, 123
alocação dinâmica da memória ..............163 desvio médio ...........................................110
amplitude.................................................122 desvio padrão...........................................122
apontadores ...............................................91 diagonal principal ...................................118
argumentos ................................................83 dígito verificador.....................................140
arquivo binário ........................................145 divisor próprio ...........................................65
arquivo de registros .................................145 double........................................................20
ativação de uma função .............................84
E
B
endentação.................................................47
binary digit ..................................................2 endereço de uma variável ..........................91
bit 2 estrutura...................................................143
BubbleSort...............................................130 estrutura de decisão ...................................45
busca........................................................126 estrutura de seleção ...................................45
byte ..............................................................2 expressão de recorrência............................96
expressões lógicas .....................................23
C
F
cadeia de caracteres .................................132
campos ....................................................143 fatorial .......................................................96
caractere nulo ..........................................133 FILE ........................................................146
central processing unit ................................1 float ...........................................................20
char............................................................20 fluxo ........................................................146
chave .......................................................146 função atof...............................................136
função atoi...............................................136
C
função atol...............................................136
código ASCII ...............................................2 função calloc ...........................................163
códigos de conversão ................................27 função fclose............................................148
códigos especiais .......................................33 função feof ...............................................149
comando de atribuição ..............................34 função fgetpos..........................................151
comando de seleção...................................45 função fopen ............................................146
comando do while .....................................71 função fread.............................................148
comando for ..............................................62 função free...............................................164
comando if.................................................45 função fseek .............................................153
comando if else .........................................47 função fsetpos ..........................................152
comando switch.........................................56 função ftell...............................................151
comando while ..........................................67 função fwrite............................................147
comentários ...............................................51 função main ...............................................85
compiladores .............................................14 função malloc ..........................................163
componentes de um vetor........................106 função printf ..............................................28
condição de escape ....................................96 função realloc..........................................163
constante....................................................21 função scanf...............................................26
consulta ...................................................126 função strcat ............................................135
função strcmp ..........................................134
229
função strcpy ...........................................135 P
função strlen............................................134
parâmetros .................................................83
função strlwr ...........................................135
passagem de parâmetro por valor ..............88
função strncpy .........................................135
pesquisa ...................................................126
função strstr ............................................135
pesquisa binária .......................................127
função strupr ...........................................135
pesquisa sequencial .................................126
G pilha de memória .......................................97
ponteiro de arquivo..................................146
gets ..........................................................133
ponteiros ....................................................91
H produto escalar ........................................122
programa fonte ..........................................14
hardware ...................................................16
programa objeto........................................14
I protótipo de uma função............................83
identificador ..............................................19 R
InsertSor ..................................................131
recursividade .............................................95
int 20
registro.....................................................145
interpretadores ..........................................14
Resolução de problemas ..............................4
L return .........................................................83
rewind......................................................154
laços ..........................................................62
linguagem de alto nível .............................14 S
linguagem de máquina ................................2
SEEK_CUR .............................................154
long............................................................20
SEEK_END .............................................154
M SEEK_SET...............................................154
SelectSort ................................................128
matriz identidade de ordem n..................118 semânticade um comando..........................15
matriz quadrada ......................................118 seqüência de Fibbonaci.............................81
máximo divisor comum.............................77 série harmônica.........................................82
membros..................................................143 sintaxe de um comando .............................15
memória.......................................................1 sistema binário de numeração.....................3
mínimo múltiplo comum ...........................78 sistema operacional...................................16
modularização de um programa ................86 sizeof........................................................107
módulo ......................................................23 software .....................................................16
molde.........................................................91 solução iterativa.........................................98
multiplicidade............................................81 static ........................................................101
N stdou ........................................................158
stdprn.......................................................158
norma de um vetor...................................122 string .......................................................132
notação científica.......................................21
NULL ........................................................92 T
número primo ............................................68 tipo de dado ...............................................19
O Torres de Hanói .........................................98
traço ........................................................118
operador condicional ternário....................48 typedef .....................................................144
operador de endereço ..........................26, 91
operadores aritméticos...............................22 U
operadores lógicos.....................................23 unidade de entrada.......................................1
operadores relacionais ...............................23
230
unidade de processamento central ..............1 variáveis locais ..................................83, 101
unidade de saída ..........................................1 variáveis simples .......................................19
variável global .........................................101
V
vetores .....................................................106
variáveis automáticas ..............................101 void............................................................86
variáveis dinâmicas .................................101
variáveis estáticas ....................................101
231