Books by Anselmo Guimaraes
O texto apresentado é extremamente relevante para a história do ensino de espanhol no Brasil porq... more O texto apresentado é extremamente relevante para a história do ensino de espanhol no Brasil porque discute questões de conjuntura mais ampla com relação à história da radiodifusão e à história do ensino de línguas
no Brasil além de apresentar aspectos relevantes do ensino de espanhol, como a relação entre formação de professores, políticas linguísticas públicas, produção de material didático e o uso do rádio.

História do ensino de no Colégio Pedro II, 2021
O ensino de espanhol na educação básica brasileira, oficialmente, remonta ao Colégio Pedro II. Di... more O ensino de espanhol na educação básica brasileira, oficialmente, remonta ao Colégio Pedro II. Dizemos oficialmente porque, como será apresentado neste livro, algumas escolas ofereceram o ensino dessa língua em seus quadros anteriormente, mas a oferta pelo Colégio Pedro II é verdadeiramente reconhecida como a data inicial e possui um caráter simbólico muito forte, uma vez que se tratava de uma escola pública que servia de modelo nacional e a inclusão da língua representava um gesto a favor da união americana.
Dentre as línguas estrangeiras oferecidas no colégio, o espanhol foi a última a ser implementada, após concurso, em 1919. Desde a sua fundação, em 2 de dezembro de 1837, a escola vinha oferecendo regularmente inglês e francês, além de, eventualmente, alemão e italiano. Também estiveram presentes as línguas clássicas: o latim e o grego. O espanhol, além de ter sido a última língua a surgir nos bancos escolares do Colégio Pedro II, teve sua estreia marcada não por um interesse real do reconhecimento da sua importância, mas, como já dito, tratou-se de um gesto político. Sua permanência inicial foi bastante breve, contudo retornou algum tempo depois como disciplina obrigatória com caráter de lei.
Atualmente, por conta da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), a situação do ensino de línguas estrangeiras no Brasil, desconsiderando o inglês, é, no mínimo, deprimente.
Na contramão da situação brasileira, no Colégio Pedro II, o espanhol ainda goza de prestígio, sendo a segunda língua ofertada para metade dos alunos dos Anos Finais do Ensino Fundamental e a única para uma boa parcela dos estudantes do Ensino Médio. Nesse sentido, o Departamento de Espanhol foi fundado em fins de 2014 e vem se desenvolvendo velozmente, demonstrando-se, assim, sua força e importância na instituição.
Este livro pretende repensar criticamente a situação do ensino de espanhol no Colégio Pedro II (e no Brasil, muitas vezes) ao longo de um espaço de um século (1920-2020); lembremos que o primeiro concurso para professor de espanhol no Colégio Pedro II ocorreu em 1919, mas as aulas só tiveram início em 1920. A visão crítica que propomos nos permite uma revisão histórica para refletir sobre o que temos hoje e o que planejar para o futuro. Para esse longo trabalho, que durou mais de cinco anos, contamos, em sua maioria, com professores e ex-professores de espanhol do colégio. Além disso, contamos com um professor também do colégio, mas do Departamento de História, e um único autor totalmente externo à instituição, mas em cujas pesquisas uma visão histórica do ensino de espanhol (e, consequentemente, o Colégio Pedro II) está fortemente presente.
O livro se divide em três partes. A primeira delas se intitula “Repensando o Colégio Pedro II e o ensino de espanhol”; essa parte busca apresentar algumas informações históricas sobre o colégio, em “Para além da poeira dos séculos – uma breve história crítica do Colégio Pedro II”, de Eduardo Borges de Carvalho Nogueira, e o papel da educação linguística em espanhol no nosso país, em “O espanhol no Colégio Pedro II: uma história de pioneirismos e de resistências”, de Dayala Vargens e Viviane Antunes.
A segunda parte, denominada “Um século de ensino de espanhol no Colégio Pedro II (apesar da descontinuidade)”, apresenta, detalhadamente, como se deu (e ainda se dá) o trabalho com a língua espanhola no Colégio. Para tanto, realizamos uma divisão da oferta de espanhol na instituição em sete fases, com um capítulo para cada uma delas. O primeiro capítulo, “A institucionalização do ensino da língua espanhola no Colégio Pedro II”, de Anselmo Guimarães, trata do início do ensino de espanhol no Pedro II, como um gesto de agradecimento ao governo uruguaio, período que durou de 1920 a 1925. Em seguida, “O ensino de espanhol no Colégio Pedro II de 1942 a 1961 – A obrigatoriedade do ensino de espanhol em nível nacional”, de José Ricardo Dordron de Pinho, Maristela da Silva Pinto e Viviane Mendonça de Menezes Guimarães, discute o período de quase 20 anos em que todo o país devia oferecer espanhol no Ensino Secundário, seguindo o que determinava a Reforma Capanema. O capítulo seguinte, “O ensino de espanhol no Colégio Pedro II de 1961 a 1984 – Um período de permanência e de exclusão”, de José Ricardo Dordron de Pinho, Rachel Monnier Ferreira e Fernanda Panaro, trata da fase sobre a qual se tem menos informação; nem sequer foi possível descobrir se o espanhol esteve presente em todo o período. Optamos por delimitá-lo dessa maneira por ele corresponder, inicialmente, ao momento da promulgação da 1ª LDB, quando o espanhol deixou de ser obrigatório, mas continuou sendo oferecido no colégio, e o momento em que passou a ser oferecido em atividades extraclasse, tema tratado no capítulo seguinte.
Dando continuidade à segunda parte do livro, o capítulo “O ensino de espanhol no Colégio Pedro II (1985 a 1988): disputas e resistência na busca por um espaço de legitimidade”, de Maria Cecília do Nascimento Bevilaqua, trata do período em que o espanhol foi oferecido no colégio em um novo contexto, como atividade extraclasse: o chamado Clube de Espanhol; essa atividade se realizou pela atitude de uma professora de outro departamento formada em espanhol. A mesma autora, em “Um olhar sobre o ensino de espanhol no Colégio Pedro II (1991-1995): reflexões sobre conhecimento, currículo e sociedade”, discute a retomada do Clube de Espanhol, mas, dessa vez, as atividades do Clube foram realizadas após concurso público com o objetivo de contratar professores para tal fim.
Os dois últimos capítulos, “A inclusão do espanhol no currículo de 1996 a 2013: um período em franca ebulição”, de Isabela Maria de Abreu, Luziana de Magalhães Catta Preta e Patrícia Carvalho de Onofre, e “O Espanhol como Departamento no Colégio Pedro II”, de Amanda Lilian Aguiar de Barros Mesquita, Daniele Gomes Cabral, Elen Fernandes dos Santos e Liliene Maria Hanovich Novaes da Silva, tratam da inclusão efetiva do espanhol no currículo.
A diferença é que o primeiro desses capítulos remonta ao momento em que tal inclusão se deu, ainda no Departamento de Línguas Estrangeiras Neolatinas, e o segundo corresponde ao momento em que alcançamos plena autonomia, com o desmembramento do departamento anterior e a consequente criação do Departamento de Espanhol, com todos os benefícios dessa independência.
Por fim, a terceira parte, cujo título é “Sobre o ensino de espanhol anterior ao Colégio Pedro II e o ensino da literatura hispânica no CPII”, conta com dois capítulos. O primeiro, “O ensino de espanhol no Brasil anterior ao Colégio Pedro II (1821-1919)”, de Anselmo Guimarães, traz informações relativas à oferta de espanhol em escolas brasileiras antes de sua inclusão no Colégio Pedro II. Em “Literatura, dependência cultural e espanhol Língua Estrangeira no Colégio Pedro II”, de Antonio Andrade, discute-se o ensino da literatura de povos hispânicos no referido colégio em momentos em que não havia qualquer vinculação com a língua.
José Ricardo Dordron de Pinho (Organizador)

Editora Appris, 2019
Desde 1920 são publicados livros didáticos de espanhol no Brasil. Porém, pouca atenção tem-se dad... more Desde 1920 são publicados livros didáticos de espanhol no Brasil. Porém, pouca atenção tem-se dado, do ponto de vista histórico, para esse objeto tão singular.
Esta obra objetivou trazer um panorama histórico acerca dos livros didáticos de espanhol publicados no Brasil entre os anos de 1920 a 1961, levando-se em consideração a abrangência da legislação educacional para a produção dessas obras com vistas a compreender se houve proximidades e distanciamentos ao prescrito nas normas legais.
O entendimento é de que cada livro foi elaborado levando-se em consideração:
1) atender os objetivos mercadológicos das editoras
2) atender aos objetivos educacionais de acordo com a visão de cada autor sobre o ensino de línguas, e
3) fugir das prescrições legais naquilo que não se coadunasse com o mercado e com o entendimento educacional pessoal do professor-autor.
Foi utilizado diversas fontes documentais: a legislação educacional; textos de jornais; programas de ensino; livros didáticos de espanhol; relatório de governantes, entre outras. Os resultados encontrados indicam que os autores e as editoras usaram táticas para fugir das prescrições legais das autoridades competentes.

O livro didático de espanhol na escola brasileira, 2018
Este texto apresenta resultado de pesquisas concluídas (FREITAS, 2011; 2012, 2013; GUIMARÃES, 20... more Este texto apresenta resultado de pesquisas concluídas (FREITAS, 2011; 2012, 2013; GUIMARÃES, 2014) e em curso (GUIMARÃES, 2015) nas quais se realizam levantamentos dos livros didáticos de língua espanhola produzidos no Brasil dirigidos ao que hoje se denomina Educação Básica. Dessa forma, este capitulo não traz um trabalho de análise linguística ou de educação linguística, e sim uma exposição sobre os livros didáticos de espanhol publicados no país para dar subsídios a outras pesquisas e, principalmente, trazer ao conhecimento determinados dados empíricos que são pouco conhecidos sobre esse tema. Como marco cronológico inicial considerou-se o ano de 1919, quando a língua espanhol foi incluída como optativa no Colégio Pedro II. Como marco final foi selecionado o ano de 1990, quando o ensino de espanhol no Brasil iniciou um processo de significativa expansão, especialmente por motivos de ordem político-econômica.
O livro trata da história do ensino de espanhol no Brasil, refletindo sobre a gênese de sua insti... more O livro trata da história do ensino de espanhol no Brasil, refletindo sobre a gênese de sua institucionalização em 1870 até 1961, a fim de identificar as finalidades impostas pela sociedade às instituições de educação formal e suas implicações políticas, pedagógicas e culturais. Para tanto foram avaliados os conteúdos de ensino, livros didáticos publicados, concursos, legislação educacional e indicações metodológicas. Este livro é de interesse de todos que se dedicam às pesquisas em história da educação e mais especificamente em história das disciplinas escolares.
Artigos by Anselmo Guimaraes

Resumo: Este artigo aborda a fundação da Associação Brasileira de Professores de Espanhol (APES) ... more Resumo: Este artigo aborda a fundação da Associação Brasileira de Professores de Espanhol (APES) em 1959 e seu impacto no ensino de espanhol no Brasil. O estudo analisa, com base em documentos jornalísticos da época, como as atividades da APES contribuíram para a educação na disciplina. Utilizando uma metodologia de análise histórica e documental, o artigo contextualiza a fundação da APES no cenário educacional brasileiro dos anos 1950. O referencial teórico apoia-se no Ciclo de Políticas (Ball, 1994) e nos conceitos de André Chervel (1990) sobre a história das disciplinas escolares. A inclusão do espanhol no currículo escolar, oficializada em 1919 e consolidada na década de 1940 pela Reforma Capanema, enfrentou vários desafios. A fundação da APES foi um marco significativo, promovendo o ensino de espanhol. Os resultados mostram que a APES foi importante para a implementação de políticas educacionais, adaptando diretrizes culturais às necessidades dos professores de espanhol.
Cadernos de História da Educação, 2018
Este estudo é o resultado da investigação do processo de institucionalização do ensino de espanho... more Este estudo é o resultado da investigação do processo de institucionalização do ensino de espanhol na educação militar brasileira, de 1905 a 1920, buscando delinear as finalidades políticas e culturais. O objetivo foi investigar as justificativas para a entrada do espanhol no ensino militar, no período de 1905, quando o idioma foi inserido oficialmente no currículo militar, mediante Decreto nº 5.698 e, finalizou em 1920, após reformularem os regulamentos militares e o ensino de espanhol deixar de ser oferecido no âmbito militar. Para tanto, foram utilizados a legislação educacional e textos jornalísticos, bem como pressupostos teóricos da história das disciplinas escolares.
Este artigo reflete sobre a institucionalização do ensino da língua espanhola no Brasil, mediante... more Este artigo reflete sobre a institucionalização do ensino da língua espanhola no Brasil, mediante a sua inserção nos currículos dos estabelecimentos de instrução comercial. Para tanto, fizemos uma análise da legislação educacional, de relatórios oficiais e de textos publicados em periódicos da época, entre 1905 e 1931. O recorte foi escolhido tendo em vista o Decreto n. 1.339, de 9 de janeiro de 1905, pelo qual
a língua espanhola entrou pela primeira vez nos currículos formais brasileiros, e o Decreto n. 20.158, de 30 de junho de 1931, que (re)organizou o ensino comercial e suprimiu o ensino da língua espanhola dos seus currículos. Seu objetivo é identificar e analisar as finalidades políticas, pedagógicas e culturais do seu ensino em âmbito comercial.
This article has investigated the contributions of " Americanism " to the creation of the Spanish... more This article has investigated the contributions of " Americanism " to the creation of the Spanish Language subject in the Brazilian secondary education, the immediate aims of the institutionalization of Spanish as a school subject and the difficulties of such process in Brazil from 1917 to 1926. The study has been based on the theoretical-methodological assumptions of cultural history and especially on the history of school subjects in the dialogue with André Chervel (1990). The analysis has evidenced that despite the introduction of the Spanish Language teaching as an exchange of kindness with the Government of Uruguay that has not aggregated any other aim to the teaching process.

Anais do III Seminário Internacional de Estudos Sobre Discurso e Argumentação, 2016
RESUMO Este artigo objetivou apresentar fatos históricos sobre o ensino da língua espanhola no sé... more RESUMO Este artigo objetivou apresentar fatos históricos sobre o ensino da língua espanhola no século XIX, dando-lhes visibilidade, permitindo buscar evidências de uma constituição de identidade do idioma e futuras discussões sobre políticas linguísticas no Brasil naquele século. O estudo fundamentou-se nos pressupostos teóricos-metodológicos da história cultural e, sobretudo, da história das disciplinas escolares no diálogo com André Chervel (1990). A análise de anúncios de jornais evidenciou que houve a disciplinarização do ensino da língua espanhola no século XIX, mas ainda é um campo inexplorado necessitando de pesquisas de outros tipos de fontes que permitam uma análise mais aprofundada das finalidades políticas, pedagógicas e culturais impostas pela sociedade da época.
ABSTRACT This article aimed to present historical facts about the teaching of the spanish language in the XIX century, giving them visibility, allowing search for evidence of a constitution the language identity and future discussions on language policies in Brazil in that century. The study was based on theoretical and methodological principles of cultural history and especially the history of school subjects in dialogue with André Chervel (1990). The newspaper advertisements analysis showed that there was the disciplining of the spanish language teaching in the XIX century, but it is still an unexplored field requiring research other sources to enable further analysis of the political, educational and cultural purposes imposed by society of the time.
This study investigated the process of institutionalization of Spanish Language Teaching in Brazi... more This study investigated the process of institutionalization of Spanish Language Teaching in Brazilian higher business education, through the analysis of educational legislation, as well as reports and other published texts in newspapers in the period 1905-1931.A snippet of information was chosen taking into view two legal standards. Initially, Decree No. 1.339 of January 9th, 1905, whereby the Spanish Language first enter the Brazilian formal curriculum. To conclude, Decree No. 20.158 of June 30th, 1931, this organized commercial teaching and suppressed the teaching of the Spanish language of their curriculum. This work has made an approach of the purposes of the institutional implementation of Spanish Language teaching in business education in Brazil and their educational structure and cultural.

Scientia Plena, Nov 2011
This study aims to analyze the process of institutionalizing the teaching of Spanish in Brazil th... more This study aims to analyze the process of institutionalizing the teaching of Spanish in Brazil through educational legislation, from 1919 to 2005. The period of crop to be studied was chosen based upon two important events: the first is the exam to select the first professor of Spanish at the Colegio Pedro II, Antenor Nascentes, and the second is the approval of Law 11.161 of August the 5th 2005, which established the obligation of offering Spanish in high school and optional for the school from 5th to 8th grades (currently the 6th to 9th grade). We will analyze the educational, political and cultural proposal of the establishment of Spanish teaching in public education in Brazil. Thus, the motivations for the implantation of Spanish teaching in Colégio Pedro II, the reform of Capanema in the 1940s, the LDB's of 1961, 1971 and 1996, and the new "Spanish Law", as it is being called the Law 11.161/2005 that makes
mandatory the offer of Spanish language in high schools, will be analyzed in this work.
Keywords: Spanish Teaching; Law 11.161/2005; Public Instruction; School Discipline

Colóquio Internacional "Educação e Contemporaneidade", 2014
Desde la publicación de la Ley nº 11.161, de 5 de agosto 2005, varios estudios comenzaron a serpr... more Desde la publicación de la Ley nº 11.161, de 5 de agosto 2005, varios estudios comenzaron a serproducidos a partir de muchos enfoques acerca de la enseñanza del español en Brasil. Pero no hayninguna investigación para identificar la dificultad de implantación de la lengua española en los programasde estudio oficiales de Brasil, cabe preguntarse: ¿por qué Brasil no tuve ningún interés en incluir en sussistemas educativos la lengua de Cervantes hasta principios del siglo XX? El Inglés y el francés fueron incluidos en 1809, poco después de la llegada de la familia real a Brasil. Hicimos una búsqueda en la literatura sobre las relaciones entre Portugal y España, así como se analizaron textos legislativos y de periódicos, para permitir inferencias acerca de las influencias negativas y acercamiento entre las lenguas portuguesa y castellana, que interfirieron en la implantación de la lengua de Castilla en los planes de estudio de Brasil.

Colóquio Internacional "Educação e Contemporaneidade", 2014
A cadeira de espanhol foi instituída em 1919, após a solicitação formal do governo do Uruguai, qu... more A cadeira de espanhol foi instituída em 1919, após a solicitação formal do governo do Uruguai, que abriu, em 1917, uma cadeira de português em seu ensino secundário. Pela primeira vez no Brasil, a língua espanhola entra nos currículos da educação secundária, tendo sido anunciada a criação da cadeira desde 1917 pelo Ministério da Justiça e Negócios Interiores. Por conseguinte, havia uma expectativa por parte de alguns pretendentes e pedidos de nomeação ao Ministro da Justiça Urbano Santos. Para se esquivar desses pedidos, que poderiam trazer alguns transtornos políticos, o Ministro resolveu abrir concurso para a cadeira de espanhol. Este artigo tem o objetivo de investigar os aspectos formais desse primeiro concurso para catedrático de espanhol, as influências da rede de sociabilidade dos candidatos à vaga aberta em 1919 no Colégio Pedro II. Utilizamos como fontes os textos normativos vigentes à época e publicações de jornais.
Revista Tempos e Espaços em Educação, Dec 17, 2014
Este trabajo tiene como objetivo hacer una retrospectiva histórica de la enseñanza de las literat... more Este trabajo tiene como objetivo hacer una retrospectiva histórica de la enseñanza de las literaturas española e hispano-americanas, a través de la legislación educacional brasileña, informes, manuales, compendios y antologías publicados en Brasil. El período de recorte abarca el año de 1870, en el que se instituyó por primera vez en Brasil la enseñanza de la literatura española, hasta el año de 1942, cuando se publicó el Decreto-Ley 4244, que reformuló la enseñanza secundaria. En esta investigación utilicé los presupuestos teóricos asumidos por Chervel (1990), principalmente en lo que se refiere a las finalidades de la enseñanza, llevándose en cuenta su función de carácter pedagógico, político y cultural, mediante la adaptación de esas implicaciones al caso brasileño.
This paper aims to analyze the book Noções de Literatura Nacional, written by Mrs. Cacilda Franci... more This paper aims to analyze the book Noções de Literatura Nacional, written by Mrs. Cacilda Francioni de Souza, a high school teacher. The book was published in 1902 and used in high schools in Rio de Janeiro, by the end of nineteenth century and beginning of twentieth century, in order to verify its importance of national canon formation. It copes with Brazilian literary adopted in several training schools in the country.
Papers by Anselmo Guimaraes

Costa, membros da banca examinadora, pelas contribuições na realização deste trabalho. Ao Program... more Costa, membros da banca examinadora, pelas contribuições na realização deste trabalho. Ao Programa de Pós-Graduação em Educação (técnicos, terceirizados e professores) pelo acolhimento. Aos colegas do doutorado pelas trocas de experiências. Ao CNPq pela concessão de bolsa de Doutorado Sanduíche no País que permitiu a minha ida ao Rio de Janeiro para pesquisar nos arquivos de instituições como a Biblioteca Nacional e o Arquivo Nacional Ao Núcleo de Documentação e Memória do Colégio Pedro II (NUDOM) pelo acolhimento e apoio durante a pesquisa nos documentos do Colégio Pedro II. Ao Douglas e à Elisabeth (NUDOM) pelo atendimento sempre cordial e prestativo durante a pesquisa no Colégio Pedro II. Ao amigo Andrés Tello pelo apoio. Ao amigo-irmão Josival Lyrio pelas palavras de incentivo e apoio. Não posso deixar de nesse momento registrar um não agradecimento ao Pró-Reitor de Pós-Graduação e Pesquisa pelas tentativas, em 2014, de impedir o meu afastamento para a pesquisa do doutorado como previsto na Resolução 44/2014/CONSU que normatiza os procedimentos para a Licença para pós-graduação stricto sensu. O livro de classe situa-se na articulação entre prescrições impostas, abstratas e gerais dos programas oficiaisquando existeme o discurso singular e concreto, mas por natureza efêmero, de cada professor na sua classe. (Alain Choppin).
Revista de Estudos de Cultura, Sep 10, 2017
Este artigo reflete sobre a institucionalização do ensino da língua espanhola no Brasil, mediante... more Este artigo reflete sobre a institucionalização do ensino da língua espanhola no Brasil, mediante a sua inserção nos currículos dos estabelecimentos de instrução comercial. Para tanto, fizemos uma análise da legislação educacional, de relatórios oficiais e de textos publicados em periódicos da época, entre 1905 e 1931. O recorte foi escolhido tendo em vista o Decreto n. 1.339, de 9 de janeiro de 1905, pelo qual a língua espanhola entrou pela primeira vez nos currículos formais brasileiros, e o Decreto n. 20.158, de 30 de junho de 1931, que (re)organizou o ensino comercial e suprimiu o ensino da língua espanhola dos seus currículos. Seu objetivo é identificar e analisar as finalidades políticas, pedagógicas e culturais do seu ensino em âmbito comercial. Palavras-chave: Ensino de línguas. Instrução comercial. Língua espanhola.
Scientia Plena, Feb 16, 2011
Este trabalho tem como objetivo analisar o livro Noções de Literatura Nacional, da professora de ... more Este trabalho tem como objetivo analisar o livro Noções de Literatura Nacional, da professora de ensino de segundo grau Dona Cacilda Francioni de Souza, publicado em 1902 e adotado em escolas primárias de 2º grau do Rio de Janeiro no final do século XIX e início do XX, no intuito de verificar a sua importância na formação dos cânones nacionais. Trata-se de uma obra de história da literatura brasileira adotada em várias escolas normais do país.
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Books by Anselmo Guimaraes
no Brasil além de apresentar aspectos relevantes do ensino de espanhol, como a relação entre formação de professores, políticas linguísticas públicas, produção de material didático e o uso do rádio.
Dentre as línguas estrangeiras oferecidas no colégio, o espanhol foi a última a ser implementada, após concurso, em 1919. Desde a sua fundação, em 2 de dezembro de 1837, a escola vinha oferecendo regularmente inglês e francês, além de, eventualmente, alemão e italiano. Também estiveram presentes as línguas clássicas: o latim e o grego. O espanhol, além de ter sido a última língua a surgir nos bancos escolares do Colégio Pedro II, teve sua estreia marcada não por um interesse real do reconhecimento da sua importância, mas, como já dito, tratou-se de um gesto político. Sua permanência inicial foi bastante breve, contudo retornou algum tempo depois como disciplina obrigatória com caráter de lei.
Atualmente, por conta da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), a situação do ensino de línguas estrangeiras no Brasil, desconsiderando o inglês, é, no mínimo, deprimente.
Na contramão da situação brasileira, no Colégio Pedro II, o espanhol ainda goza de prestígio, sendo a segunda língua ofertada para metade dos alunos dos Anos Finais do Ensino Fundamental e a única para uma boa parcela dos estudantes do Ensino Médio. Nesse sentido, o Departamento de Espanhol foi fundado em fins de 2014 e vem se desenvolvendo velozmente, demonstrando-se, assim, sua força e importância na instituição.
Este livro pretende repensar criticamente a situação do ensino de espanhol no Colégio Pedro II (e no Brasil, muitas vezes) ao longo de um espaço de um século (1920-2020); lembremos que o primeiro concurso para professor de espanhol no Colégio Pedro II ocorreu em 1919, mas as aulas só tiveram início em 1920. A visão crítica que propomos nos permite uma revisão histórica para refletir sobre o que temos hoje e o que planejar para o futuro. Para esse longo trabalho, que durou mais de cinco anos, contamos, em sua maioria, com professores e ex-professores de espanhol do colégio. Além disso, contamos com um professor também do colégio, mas do Departamento de História, e um único autor totalmente externo à instituição, mas em cujas pesquisas uma visão histórica do ensino de espanhol (e, consequentemente, o Colégio Pedro II) está fortemente presente.
O livro se divide em três partes. A primeira delas se intitula “Repensando o Colégio Pedro II e o ensino de espanhol”; essa parte busca apresentar algumas informações históricas sobre o colégio, em “Para além da poeira dos séculos – uma breve história crítica do Colégio Pedro II”, de Eduardo Borges de Carvalho Nogueira, e o papel da educação linguística em espanhol no nosso país, em “O espanhol no Colégio Pedro II: uma história de pioneirismos e de resistências”, de Dayala Vargens e Viviane Antunes.
A segunda parte, denominada “Um século de ensino de espanhol no Colégio Pedro II (apesar da descontinuidade)”, apresenta, detalhadamente, como se deu (e ainda se dá) o trabalho com a língua espanhola no Colégio. Para tanto, realizamos uma divisão da oferta de espanhol na instituição em sete fases, com um capítulo para cada uma delas. O primeiro capítulo, “A institucionalização do ensino da língua espanhola no Colégio Pedro II”, de Anselmo Guimarães, trata do início do ensino de espanhol no Pedro II, como um gesto de agradecimento ao governo uruguaio, período que durou de 1920 a 1925. Em seguida, “O ensino de espanhol no Colégio Pedro II de 1942 a 1961 – A obrigatoriedade do ensino de espanhol em nível nacional”, de José Ricardo Dordron de Pinho, Maristela da Silva Pinto e Viviane Mendonça de Menezes Guimarães, discute o período de quase 20 anos em que todo o país devia oferecer espanhol no Ensino Secundário, seguindo o que determinava a Reforma Capanema. O capítulo seguinte, “O ensino de espanhol no Colégio Pedro II de 1961 a 1984 – Um período de permanência e de exclusão”, de José Ricardo Dordron de Pinho, Rachel Monnier Ferreira e Fernanda Panaro, trata da fase sobre a qual se tem menos informação; nem sequer foi possível descobrir se o espanhol esteve presente em todo o período. Optamos por delimitá-lo dessa maneira por ele corresponder, inicialmente, ao momento da promulgação da 1ª LDB, quando o espanhol deixou de ser obrigatório, mas continuou sendo oferecido no colégio, e o momento em que passou a ser oferecido em atividades extraclasse, tema tratado no capítulo seguinte.
Dando continuidade à segunda parte do livro, o capítulo “O ensino de espanhol no Colégio Pedro II (1985 a 1988): disputas e resistência na busca por um espaço de legitimidade”, de Maria Cecília do Nascimento Bevilaqua, trata do período em que o espanhol foi oferecido no colégio em um novo contexto, como atividade extraclasse: o chamado Clube de Espanhol; essa atividade se realizou pela atitude de uma professora de outro departamento formada em espanhol. A mesma autora, em “Um olhar sobre o ensino de espanhol no Colégio Pedro II (1991-1995): reflexões sobre conhecimento, currículo e sociedade”, discute a retomada do Clube de Espanhol, mas, dessa vez, as atividades do Clube foram realizadas após concurso público com o objetivo de contratar professores para tal fim.
Os dois últimos capítulos, “A inclusão do espanhol no currículo de 1996 a 2013: um período em franca ebulição”, de Isabela Maria de Abreu, Luziana de Magalhães Catta Preta e Patrícia Carvalho de Onofre, e “O Espanhol como Departamento no Colégio Pedro II”, de Amanda Lilian Aguiar de Barros Mesquita, Daniele Gomes Cabral, Elen Fernandes dos Santos e Liliene Maria Hanovich Novaes da Silva, tratam da inclusão efetiva do espanhol no currículo.
A diferença é que o primeiro desses capítulos remonta ao momento em que tal inclusão se deu, ainda no Departamento de Línguas Estrangeiras Neolatinas, e o segundo corresponde ao momento em que alcançamos plena autonomia, com o desmembramento do departamento anterior e a consequente criação do Departamento de Espanhol, com todos os benefícios dessa independência.
Por fim, a terceira parte, cujo título é “Sobre o ensino de espanhol anterior ao Colégio Pedro II e o ensino da literatura hispânica no CPII”, conta com dois capítulos. O primeiro, “O ensino de espanhol no Brasil anterior ao Colégio Pedro II (1821-1919)”, de Anselmo Guimarães, traz informações relativas à oferta de espanhol em escolas brasileiras antes de sua inclusão no Colégio Pedro II. Em “Literatura, dependência cultural e espanhol Língua Estrangeira no Colégio Pedro II”, de Antonio Andrade, discute-se o ensino da literatura de povos hispânicos no referido colégio em momentos em que não havia qualquer vinculação com a língua.
José Ricardo Dordron de Pinho (Organizador)
Esta obra objetivou trazer um panorama histórico acerca dos livros didáticos de espanhol publicados no Brasil entre os anos de 1920 a 1961, levando-se em consideração a abrangência da legislação educacional para a produção dessas obras com vistas a compreender se houve proximidades e distanciamentos ao prescrito nas normas legais.
O entendimento é de que cada livro foi elaborado levando-se em consideração:
1) atender os objetivos mercadológicos das editoras
2) atender aos objetivos educacionais de acordo com a visão de cada autor sobre o ensino de línguas, e
3) fugir das prescrições legais naquilo que não se coadunasse com o mercado e com o entendimento educacional pessoal do professor-autor.
Foi utilizado diversas fontes documentais: a legislação educacional; textos de jornais; programas de ensino; livros didáticos de espanhol; relatório de governantes, entre outras. Os resultados encontrados indicam que os autores e as editoras usaram táticas para fugir das prescrições legais das autoridades competentes.
Artigos by Anselmo Guimaraes
a língua espanhola entrou pela primeira vez nos currículos formais brasileiros, e o Decreto n. 20.158, de 30 de junho de 1931, que (re)organizou o ensino comercial e suprimiu o ensino da língua espanhola dos seus currículos. Seu objetivo é identificar e analisar as finalidades políticas, pedagógicas e culturais do seu ensino em âmbito comercial.
ABSTRACT This article aimed to present historical facts about the teaching of the spanish language in the XIX century, giving them visibility, allowing search for evidence of a constitution the language identity and future discussions on language policies in Brazil in that century. The study was based on theoretical and methodological principles of cultural history and especially the history of school subjects in dialogue with André Chervel (1990). The newspaper advertisements analysis showed that there was the disciplining of the spanish language teaching in the XIX century, but it is still an unexplored field requiring research other sources to enable further analysis of the political, educational and cultural purposes imposed by society of the time.
mandatory the offer of Spanish language in high schools, will be analyzed in this work.
Keywords: Spanish Teaching; Law 11.161/2005; Public Instruction; School Discipline
Papers by Anselmo Guimaraes
no Brasil além de apresentar aspectos relevantes do ensino de espanhol, como a relação entre formação de professores, políticas linguísticas públicas, produção de material didático e o uso do rádio.
Dentre as línguas estrangeiras oferecidas no colégio, o espanhol foi a última a ser implementada, após concurso, em 1919. Desde a sua fundação, em 2 de dezembro de 1837, a escola vinha oferecendo regularmente inglês e francês, além de, eventualmente, alemão e italiano. Também estiveram presentes as línguas clássicas: o latim e o grego. O espanhol, além de ter sido a última língua a surgir nos bancos escolares do Colégio Pedro II, teve sua estreia marcada não por um interesse real do reconhecimento da sua importância, mas, como já dito, tratou-se de um gesto político. Sua permanência inicial foi bastante breve, contudo retornou algum tempo depois como disciplina obrigatória com caráter de lei.
Atualmente, por conta da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), a situação do ensino de línguas estrangeiras no Brasil, desconsiderando o inglês, é, no mínimo, deprimente.
Na contramão da situação brasileira, no Colégio Pedro II, o espanhol ainda goza de prestígio, sendo a segunda língua ofertada para metade dos alunos dos Anos Finais do Ensino Fundamental e a única para uma boa parcela dos estudantes do Ensino Médio. Nesse sentido, o Departamento de Espanhol foi fundado em fins de 2014 e vem se desenvolvendo velozmente, demonstrando-se, assim, sua força e importância na instituição.
Este livro pretende repensar criticamente a situação do ensino de espanhol no Colégio Pedro II (e no Brasil, muitas vezes) ao longo de um espaço de um século (1920-2020); lembremos que o primeiro concurso para professor de espanhol no Colégio Pedro II ocorreu em 1919, mas as aulas só tiveram início em 1920. A visão crítica que propomos nos permite uma revisão histórica para refletir sobre o que temos hoje e o que planejar para o futuro. Para esse longo trabalho, que durou mais de cinco anos, contamos, em sua maioria, com professores e ex-professores de espanhol do colégio. Além disso, contamos com um professor também do colégio, mas do Departamento de História, e um único autor totalmente externo à instituição, mas em cujas pesquisas uma visão histórica do ensino de espanhol (e, consequentemente, o Colégio Pedro II) está fortemente presente.
O livro se divide em três partes. A primeira delas se intitula “Repensando o Colégio Pedro II e o ensino de espanhol”; essa parte busca apresentar algumas informações históricas sobre o colégio, em “Para além da poeira dos séculos – uma breve história crítica do Colégio Pedro II”, de Eduardo Borges de Carvalho Nogueira, e o papel da educação linguística em espanhol no nosso país, em “O espanhol no Colégio Pedro II: uma história de pioneirismos e de resistências”, de Dayala Vargens e Viviane Antunes.
A segunda parte, denominada “Um século de ensino de espanhol no Colégio Pedro II (apesar da descontinuidade)”, apresenta, detalhadamente, como se deu (e ainda se dá) o trabalho com a língua espanhola no Colégio. Para tanto, realizamos uma divisão da oferta de espanhol na instituição em sete fases, com um capítulo para cada uma delas. O primeiro capítulo, “A institucionalização do ensino da língua espanhola no Colégio Pedro II”, de Anselmo Guimarães, trata do início do ensino de espanhol no Pedro II, como um gesto de agradecimento ao governo uruguaio, período que durou de 1920 a 1925. Em seguida, “O ensino de espanhol no Colégio Pedro II de 1942 a 1961 – A obrigatoriedade do ensino de espanhol em nível nacional”, de José Ricardo Dordron de Pinho, Maristela da Silva Pinto e Viviane Mendonça de Menezes Guimarães, discute o período de quase 20 anos em que todo o país devia oferecer espanhol no Ensino Secundário, seguindo o que determinava a Reforma Capanema. O capítulo seguinte, “O ensino de espanhol no Colégio Pedro II de 1961 a 1984 – Um período de permanência e de exclusão”, de José Ricardo Dordron de Pinho, Rachel Monnier Ferreira e Fernanda Panaro, trata da fase sobre a qual se tem menos informação; nem sequer foi possível descobrir se o espanhol esteve presente em todo o período. Optamos por delimitá-lo dessa maneira por ele corresponder, inicialmente, ao momento da promulgação da 1ª LDB, quando o espanhol deixou de ser obrigatório, mas continuou sendo oferecido no colégio, e o momento em que passou a ser oferecido em atividades extraclasse, tema tratado no capítulo seguinte.
Dando continuidade à segunda parte do livro, o capítulo “O ensino de espanhol no Colégio Pedro II (1985 a 1988): disputas e resistência na busca por um espaço de legitimidade”, de Maria Cecília do Nascimento Bevilaqua, trata do período em que o espanhol foi oferecido no colégio em um novo contexto, como atividade extraclasse: o chamado Clube de Espanhol; essa atividade se realizou pela atitude de uma professora de outro departamento formada em espanhol. A mesma autora, em “Um olhar sobre o ensino de espanhol no Colégio Pedro II (1991-1995): reflexões sobre conhecimento, currículo e sociedade”, discute a retomada do Clube de Espanhol, mas, dessa vez, as atividades do Clube foram realizadas após concurso público com o objetivo de contratar professores para tal fim.
Os dois últimos capítulos, “A inclusão do espanhol no currículo de 1996 a 2013: um período em franca ebulição”, de Isabela Maria de Abreu, Luziana de Magalhães Catta Preta e Patrícia Carvalho de Onofre, e “O Espanhol como Departamento no Colégio Pedro II”, de Amanda Lilian Aguiar de Barros Mesquita, Daniele Gomes Cabral, Elen Fernandes dos Santos e Liliene Maria Hanovich Novaes da Silva, tratam da inclusão efetiva do espanhol no currículo.
A diferença é que o primeiro desses capítulos remonta ao momento em que tal inclusão se deu, ainda no Departamento de Línguas Estrangeiras Neolatinas, e o segundo corresponde ao momento em que alcançamos plena autonomia, com o desmembramento do departamento anterior e a consequente criação do Departamento de Espanhol, com todos os benefícios dessa independência.
Por fim, a terceira parte, cujo título é “Sobre o ensino de espanhol anterior ao Colégio Pedro II e o ensino da literatura hispânica no CPII”, conta com dois capítulos. O primeiro, “O ensino de espanhol no Brasil anterior ao Colégio Pedro II (1821-1919)”, de Anselmo Guimarães, traz informações relativas à oferta de espanhol em escolas brasileiras antes de sua inclusão no Colégio Pedro II. Em “Literatura, dependência cultural e espanhol Língua Estrangeira no Colégio Pedro II”, de Antonio Andrade, discute-se o ensino da literatura de povos hispânicos no referido colégio em momentos em que não havia qualquer vinculação com a língua.
José Ricardo Dordron de Pinho (Organizador)
Esta obra objetivou trazer um panorama histórico acerca dos livros didáticos de espanhol publicados no Brasil entre os anos de 1920 a 1961, levando-se em consideração a abrangência da legislação educacional para a produção dessas obras com vistas a compreender se houve proximidades e distanciamentos ao prescrito nas normas legais.
O entendimento é de que cada livro foi elaborado levando-se em consideração:
1) atender os objetivos mercadológicos das editoras
2) atender aos objetivos educacionais de acordo com a visão de cada autor sobre o ensino de línguas, e
3) fugir das prescrições legais naquilo que não se coadunasse com o mercado e com o entendimento educacional pessoal do professor-autor.
Foi utilizado diversas fontes documentais: a legislação educacional; textos de jornais; programas de ensino; livros didáticos de espanhol; relatório de governantes, entre outras. Os resultados encontrados indicam que os autores e as editoras usaram táticas para fugir das prescrições legais das autoridades competentes.
a língua espanhola entrou pela primeira vez nos currículos formais brasileiros, e o Decreto n. 20.158, de 30 de junho de 1931, que (re)organizou o ensino comercial e suprimiu o ensino da língua espanhola dos seus currículos. Seu objetivo é identificar e analisar as finalidades políticas, pedagógicas e culturais do seu ensino em âmbito comercial.
ABSTRACT This article aimed to present historical facts about the teaching of the spanish language in the XIX century, giving them visibility, allowing search for evidence of a constitution the language identity and future discussions on language policies in Brazil in that century. The study was based on theoretical and methodological principles of cultural history and especially the history of school subjects in dialogue with André Chervel (1990). The newspaper advertisements analysis showed that there was the disciplining of the spanish language teaching in the XIX century, but it is still an unexplored field requiring research other sources to enable further analysis of the political, educational and cultural purposes imposed by society of the time.
mandatory the offer of Spanish language in high schools, will be analyzed in this work.
Keywords: Spanish Teaching; Law 11.161/2005; Public Instruction; School Discipline