Papers by Lucas Antonio da Silva
Revista do Museu de Arqueologia e Etnologia, 2023
Este estudo analisa a prática do descarte de resíduos de peixe na comunidade da Barra do João Ped... more Este estudo analisa a prática do descarte de resíduos de peixe na comunidade da Barra do João Pedro, Rio Grande do Sul. A partir da abordagem da etnografia arqueológica – etnoarqueologia –, isto é, da observação e participação nas práticas cotidianas dos pescadores, pretende-se demonstrar o caráter associativo e orgânico do descarte de resíduos. A narrativa decorrente dessa experiência junto da comunidade será acompanhada de uma reflexão teórica sobre o papel do rio como um agenciador de relações na prática do descarte dos resíduos.
Journal of Historical Archaeology and Anthropological Sciences, 2023
This proposal aims to reflect on the fisherman's way of life in the extreme South Brazil. For dec... more This proposal aims to reflect on the fisherman's way of life in the extreme South Brazil. For decades the socio-anthropology of fishing has cemented the “caiçara” of the southeastern coast and the Amazonian riverine as the identities of the Brazilian fisherman. The different environments, territories and materialities point to a distinct fisherman's way of life for the South Brazilian coast - between Santa Marta Cape/SC and Chuí/RS. To this end, an environmental characterization will be presented accompanied by a review of the production of fishing socio-anthropology and, finally, the ethnographic works will provide the data for the interpretation of the fisherman's way of life in the extreme south of Brazil.
Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi, 2023
Resumo: A proposta central do texto é discutir a previsibilidade e a importância da pesca dos bag... more Resumo: A proposta central do texto é discutir a previsibilidade e a importância da pesca dos bagres enquanto espécies transversais presentes nos cerritos e sambaquis do Rio Grande do Sul. Para tanto, serão combinados dados históricos, etnográficos e arqueológicos, buscando evidenciar a relevância da pesca cotidiana, fundamentada nos prognósticos e ações de curto prazo, em contraponto aos 'grandes' calendários sazonais, característicos de algumas espécies do litoral brasileiro e apontados como pescas estruturantes das comunidades costeiras.
A proposta central do artigo é trazer algumas reflexões sobre a relação dos sambaquieiros com as ... more A proposta central do artigo é trazer algumas reflexões sobre a relação dos sambaquieiros com as águas. Partindo da delimitação desses grupos enquanto eminentemente pescadores, serão apresentados estudos que demonstram a importância das águas como um elemento agenciador do modo de vida pescador. Nesse sentido, a argumentação seguirá na evidenciação da importância dos “aquatórios”, da visibilidade e da navegação e, por fim, a do grande volume de peixes e outros seres aquáticos presentes nos sítios arqueológicos.
RESUMO O presente artigo propõe uma discussão sobre conhecimento e território como práticas de en... more RESUMO O presente artigo propõe uma discussão sobre conhecimento e território como práticas de engajamento centrais para o desenvolvimento da pesca. A partir da literatura socioantropológica, antropológica e arqueológica buscamos entender a relação entre os saberes e os lugares, destacando as experiências de navegação, mestrança e marcação como o modo de construção dos territórios em paisagens vivenciadas e significadas. Trata-se, então, de um percurso teórico sobre essas categorias. Encerramos nossa reflexão propondo que pescadores possam ser entendidos através da relação constante e dialética entre conhecimento e território, e que essa articulação se manifesta no mover-se, mais especificamente por meio da navegação.
Resumo: A presente proposta tem por objetivo refletir sobre o modo de vida pescador no extremo su... more Resumo: A presente proposta tem por objetivo refletir sobre o modo de vida pescador no extremo sul do Brasil. Durante décadas, a socioantropologia da pesca cimentou o caiçara do litoral sudeste e o ribeirinho amazônico como as identidades do pescador brasileiro. Os diferentes ambientes, territórios e materialidades apontam para um modo de vida pescador distinto para a costa sul-brasileira-entre o Cabo de Santa Marta, Santa Catarina, e o Chuí, Rio Grande do Sul. Para tanto, será apresentada uma caracterização ambiental acompanhada de uma revisão da produção da socioantropologia pesqueira e, por fim, os trabalhos etnográficos fornecerão os dados para a interpretação do modo de vida pescador no extremo sul do Brasil.
Tekoporá. Latin América Review of Environmental Humanities and Territorial Studies, 2020
O presente texto é fruto de uma etnografia arqueológica conduzida desde o ano de 2010, na comunid... more O presente texto é fruto de uma etnografia arqueológica conduzida desde o ano de 2010, na comunidade de pescadores da Barra do João Pedro, Rio Grande do Sul. Através de uma observação participante engajada, na qual experimentei diversas práticas de pesca, observei a importância do ambiente para a vida da comunidade e para a construção de minhas narrativas. A partir disso, proponho no presente texto, uma imersão no ambiente e nas percepções que vivenciei ao longo dos deslocamentos realizados com os pescadores. Para tanto, utilizei uma narrativa etnográfica detalhada do ambiente em seu emaranhamento, destacando os lugares, as histórias contadas e os seres envolvidos nos fenômenos observados.
Na presente proposta desenvolvemos uma reflexão acerca das epidemias e doenças que marcaram a his... more Na presente proposta desenvolvemos uma reflexão acerca das epidemias e doenças que marcaram a história da humanidade. Através de uma abordagem de interlocução entre a arqueologia e a história, propusemos uma narrativa processual que abarcasse as epidemias, suas origens, dispersão e impactos nas transformações sociais: contamos contágios.

As reflexões arqueológicas das últimas décadas têm substanciado uma maturação da disciplina. Faze... more As reflexões arqueológicas das últimas décadas têm substanciado uma maturação da disciplina. Fazer Arqueologia no final do primeiro quartel do século XXI é mais sobre problematizar as relações materiais entre humanos e não-humanos (em seus diferentes arranjos) do que construir narrativas sobre tempos que possam ser considerados “antigos” o suficiente. Diante disso e da atual Pandemia de COVID-19, resolvemos propor uma reflexão sobre como o conhecimento arqueológico pode se articular a um momento tão particular. Considerando a peculiaridade da materialidade quase inacessível de um vírus e a nossa sujeição a uma lógica global que se propõe a colocar a humanidade em um estado de torpor diante do mundo sensível, alertamos para o perigo de cedermos ao medo e à ignorância e começarmos a combater os corpos e não a doença. Assim, cabe à Arqueologia, no que diz respeito ao enfrentamento à doença, facilitar nossa reaproximação à vida sensível.

Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi. Ciências Humanas, 2020
O presente artigo apresenta o processo de ocupação sambaquieiro na barreira da Itapeva, contextua... more O presente artigo apresenta o processo de ocupação sambaquieiro na barreira da Itapeva, contextualizando os sítios e os seus construtores na cronologia, bem como as escolhas para inserção em uma paisagem marcada pela dinâmica das transformações paleoambientais. A implantação do Sambaqui do Recreio sobre uma planície costeira em formação demonstra uma escolha cultural calcada em um modo de vida milenar que já se desenvolvia na costa sul/sudeste brasileira há quase dois mil anos. Se, por um lado, as escavações permitiram a identificação dos peixes e instrumentos de pesca na pré-história, por outro, caracterizaram a necessidade da compreensão das estratégias e dos conhecimentos tradicionais associados, alcançados apenas através de abordagem etnográfica. Os dados ictioarqueológicos sugerem uma etapa inicial de ocupação focada em espécies cuja disponibilidade possui maior previsibilidade, como tainhas (Mugil sp.) e papa-terras (Menticirrhus sp.). A partir da instalação definitiva dos sítios, as estratégias de pesca passam a um padrão mais generalista. O aproveitamento das lagoas e dos banhados fica evidente pela presença de espécies como tainhas (Mugil sp.), jundiás (Rhamdia sp.), bagres (Genidens sp.), carás (Cichlidae), corvinas (Micropogonias furnieri) e pescadas (Cynoscion sp.). Em linhas gerais, cada espécie parece indicar estratégias de pesca diferentes.
Oficina do Historiador, 2020
A pesca e o pescador são categorias construídas a partir de diferentes contextos históricos. A ha... more A pesca e o pescador são categorias construídas a partir de diferentes contextos históricos. A haliêutica (a arte da pesca), reúne diferentes pescadores, tralhas, fainas e saberes locais que conferem coesão social. Em linhas gerais, o que se propõe é compreender a formação das comunidades pesqueiras através dos elementos de coesão referidas, nestas comunidades a pesca é organizada por meio do conhecimento e território, sendo este central para a delimitação das práticas e das identidades que surgem a partir delas. O pescador se constitui enquanto tal, a partir das inúmeras relações que estabelece com seu território, com os seres e conhecimentos adquiridos nessa convivência.
Apresentação do dossiê especial sobre comunidades pesqueiras. Revista Cadernos do LEPAARQ
RESUMO O objetivo do presente artigo é propor uma reflexão sobre a pesca no registro arqueológico... more RESUMO O objetivo do presente artigo é propor uma reflexão sobre a pesca no registro arqueológico, por meio das associações entre pescadores e materiais observados em uma comunidade pescadora da Barra do João Pedro, em meio ao rosário de lagoas, do litoral norte do Rio Grande do Sul. A partir das contribuições da socioantropologia da pesca, da Arqueologia dos sambaquis e da etnoarqueologia buscar-se-á os fundamentos para tal proposição. Observando que a materialidade se encontra no centro dessas argumentações, os anzóis, redes e pescadores serão o eixo para desvelar essa associação entre corpos e artepescas.
RESUMO O presente artigo nasce de um trabalho de Arqueologia do presente, desenvolvido desde o an... more RESUMO O presente artigo nasce de um trabalho de Arqueologia do presente, desenvolvido desde o ano de 2010 com pescadores. A partir da experiência vivida ao longo dos últimos oito anos, delimitou-se como objetivo central compreender a água como um material que articula as relações entre pescadores, materiais de pesca e demais seres. Para tanto, a proposta se desenvolve na caracterização da água como um material e, portanto, algo passível de estudo pela Arqueologia. Através das experiências vivenciadas, sob a tutela dos pescadores, caracterizei as qualidades materiais da água buscando a compreensão de seus aspectos constitutivos em associação com os demais materiais sólidos. Por fim, fundado nessas características, proponho a ideia de uma "Arqueologia com os pés na água", sendo esta, centrada na percepção dos fenômenos materiais a partir do material fluído.
O estudo dos materiais é um campo vasto, que concentra diversas áreas do
conhecimento. Esse carát... more O estudo dos materiais é um campo vasto, que concentra diversas áreas do
conhecimento. Esse caráter plural, sobretudo a partir da década de 1980,
configurou a este campo um status de disciplina independente. Nele, a
Arqueologia ganha destaque, especialmente por se tratar da ciência que se
dedica com maior atenção ao estudo dos materiais em seus mais diversos
contextos e tempos. A etnoarqueologia, por sua vez, considerada um
campo da Arqueologia, busca, através da etnografia, a compreensão das
dinâmicas materiais das populações atuais. Nesse sentido, pretende-se,
com este trabalho, compreender os fluxos de vida e as relações dos
materiais na pesca artesanal, mais especificamente em uma comunidade de
pescadores, do litoral do Rio Grande do Sul. Para isso, utilizar-se-á três
exemplos de artefatos: o espinhel, a rede e a gaiola de pesca.

RESUMO O presente artigo tem por objetivo (re)visitar as principais ideias que compõem a Etnoarqu... more RESUMO O presente artigo tem por objetivo (re)visitar as principais ideias que compõem a Etnoarqueologia, seguindo o fluxo dos debates mais recentes a seu respeito. Em linhas gerais, as temáticas perpassam pelas questões metodológicas, epistemológicas, teóricas e políticas, que caracterizam, de forma geral, aquilo que alguns autores chamam de " uma arqueologia do presente ". Nesse sentido, unindo as percepções dos trabalhos de campo às leituras teóricas, buscou-se a construção de um texto aberto e que dialogue com diversas áreas do conhecimento. ABSTRACT The present article aims to (re)visit the main ideas that compose ethnoarchaeology following the flow of the most recent debates. In general terms, the themes go through methodological, epistemological, theoretical and political issues that characterize, in a general way, what some authors call an archeology of the present. In this sense, uniting the perceptions of the fieldwork to the theoretical readings, it is here sought the construction of an open text that dialogues with several areas of knowledge.

Diversas comunidades de pescadores se encontram atualmente distribuídas ao longo do litoral gaúch... more Diversas comunidades de pescadores se encontram atualmente distribuídas ao longo do litoral gaúcho, demonstrando
que a pesca tradicional-artesanal ainda possui grande importância na região. Entretanto, apesar da riqueza histórica e
sociocultural dessas comunidades, praticamente inexistem pesquisas etnoarqueológicas sobre essas populações. Neste
caso, entende-se que a etnoarqueologia é um campo de estudo que possibilita a compreensão da materialidade das
populações vivas. Busca-se, através desta, o estudo da mobilidade, da sazonalidade e do uso dos espaços de pesca
(pesqueiros) nessa comunidade. Para tanto, a sócio-antropologia da pesca fornece o aporte necessário para compreender
a dinâmica sociocultural destes grupos. Diante disso, adota-se a proposta de Antonio Carlos Diegues de que a pesca
é um elemento de coesão social e que, portanto, constrói sociedades. Entende-se, nesse sentido, que a pesca não se
trata apenas de uma questão produtiva, mas também da relação de vida que os pescadores possuem com estes espaços,
sendo estes construídos socialmente através do conhecimento tradicional. Por meio das observações de campo realizadas
até então, foi possível estabelecer um modelo de utilização dos espaços de pesca (pesqueiros) para a região em dois
períodos distintos: a cheia (outono e inverno) e a vazante (primavera e verão).
For at least six thousand years, the Brazilian coast has been explored extensively by different f... more For at least six thousand years, the Brazilian coast has been explored extensively by different fishing communities. This article deals with the fishing-gatherer societies as coastal communities proposing an interface between shell sites archaeology and maritime anthropology.
A pesca no litoral do Rio Grande do Sul é uma atividade desenvolvida desde o início da ocupação d... more A pesca no litoral do Rio Grande do Sul é uma atividade desenvolvida desde o início da ocupação dessa região. Contudo, os registros mais consistentes da pesca, conhecidos por arqueólogos, são os Sambaquis. Estes apresentam uma série de artefatos característicos para a realização dessa atividade, como, por exemplo, anzóis, pesos de rede, etc. A partir da colonização portuguesa, pouco se conhece sobre a pesca no litoral sul riograndense, nem sobre a existência de grupos de pescadores na costa e o desenvolvimento dessas comunidades. Portanto, este estudo tem como objetivo compreender o desenvolvimento da atividade pesqueira no litoral norte do Rio Grande do Sul, assim como evidenciar os principais fatores que levaram ao desenvolvimento das comunidades pesqueiras da região.
Ao longo dos últimos seis mil anos o litoral brasileiro vem sendo explorado intensivamente por po... more Ao longo dos últimos seis mil anos o litoral brasileiro vem sendo explorado intensivamente por populações pescadoras. O presente artigo tem como proposta a compreensão das sociedades pescadoras coletoras dos sambaquis enquanto comunidades costeiras, buscando a interface entre a arqueologia dos sambaquis e os estudos da antropologia marítima no Brasil.
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conhecimento. Esse caráter plural, sobretudo a partir da década de 1980,
configurou a este campo um status de disciplina independente. Nele, a
Arqueologia ganha destaque, especialmente por se tratar da ciência que se
dedica com maior atenção ao estudo dos materiais em seus mais diversos
contextos e tempos. A etnoarqueologia, por sua vez, considerada um
campo da Arqueologia, busca, através da etnografia, a compreensão das
dinâmicas materiais das populações atuais. Nesse sentido, pretende-se,
com este trabalho, compreender os fluxos de vida e as relações dos
materiais na pesca artesanal, mais especificamente em uma comunidade de
pescadores, do litoral do Rio Grande do Sul. Para isso, utilizar-se-á três
exemplos de artefatos: o espinhel, a rede e a gaiola de pesca.
que a pesca tradicional-artesanal ainda possui grande importância na região. Entretanto, apesar da riqueza histórica e
sociocultural dessas comunidades, praticamente inexistem pesquisas etnoarqueológicas sobre essas populações. Neste
caso, entende-se que a etnoarqueologia é um campo de estudo que possibilita a compreensão da materialidade das
populações vivas. Busca-se, através desta, o estudo da mobilidade, da sazonalidade e do uso dos espaços de pesca
(pesqueiros) nessa comunidade. Para tanto, a sócio-antropologia da pesca fornece o aporte necessário para compreender
a dinâmica sociocultural destes grupos. Diante disso, adota-se a proposta de Antonio Carlos Diegues de que a pesca
é um elemento de coesão social e que, portanto, constrói sociedades. Entende-se, nesse sentido, que a pesca não se
trata apenas de uma questão produtiva, mas também da relação de vida que os pescadores possuem com estes espaços,
sendo estes construídos socialmente através do conhecimento tradicional. Por meio das observações de campo realizadas
até então, foi possível estabelecer um modelo de utilização dos espaços de pesca (pesqueiros) para a região em dois
períodos distintos: a cheia (outono e inverno) e a vazante (primavera e verão).
conhecimento. Esse caráter plural, sobretudo a partir da década de 1980,
configurou a este campo um status de disciplina independente. Nele, a
Arqueologia ganha destaque, especialmente por se tratar da ciência que se
dedica com maior atenção ao estudo dos materiais em seus mais diversos
contextos e tempos. A etnoarqueologia, por sua vez, considerada um
campo da Arqueologia, busca, através da etnografia, a compreensão das
dinâmicas materiais das populações atuais. Nesse sentido, pretende-se,
com este trabalho, compreender os fluxos de vida e as relações dos
materiais na pesca artesanal, mais especificamente em uma comunidade de
pescadores, do litoral do Rio Grande do Sul. Para isso, utilizar-se-á três
exemplos de artefatos: o espinhel, a rede e a gaiola de pesca.
que a pesca tradicional-artesanal ainda possui grande importância na região. Entretanto, apesar da riqueza histórica e
sociocultural dessas comunidades, praticamente inexistem pesquisas etnoarqueológicas sobre essas populações. Neste
caso, entende-se que a etnoarqueologia é um campo de estudo que possibilita a compreensão da materialidade das
populações vivas. Busca-se, através desta, o estudo da mobilidade, da sazonalidade e do uso dos espaços de pesca
(pesqueiros) nessa comunidade. Para tanto, a sócio-antropologia da pesca fornece o aporte necessário para compreender
a dinâmica sociocultural destes grupos. Diante disso, adota-se a proposta de Antonio Carlos Diegues de que a pesca
é um elemento de coesão social e que, portanto, constrói sociedades. Entende-se, nesse sentido, que a pesca não se
trata apenas de uma questão produtiva, mas também da relação de vida que os pescadores possuem com estes espaços,
sendo estes construídos socialmente através do conhecimento tradicional. Por meio das observações de campo realizadas
até então, foi possível estabelecer um modelo de utilização dos espaços de pesca (pesqueiros) para a região em dois
períodos distintos: a cheia (outono e inverno) e a vazante (primavera e verão).
In order to make (contemporary) archaeology great again, we propose a decolonizing approach to emerging presents that benefits people and engages in a mutual learning process. But we want to know where we stand first, so this is a call for ideas and projects that are currently moving this way in Latin America.