Papers by Nilton Carvalho

Revista Matrizes, 2024
Este artigo retoma dados empíricos coletados em oficinas de escuta musical para analisar aspectos... more Este artigo retoma dados empíricos coletados em oficinas de escuta musical para analisar aspectos comunicacionais de produções musicais híbridas de artistas do Sul global. As falas dos participantes das oficinas abrem um pressuposto para considerar a mistura de ritmos, instrumentação, timbres e corpos como produção de saberes situados acerca de diferentes culturas. Assim, as atividades nas oficinas representam outras dinâmicas de comunidade e novas modalidades de povoar a experiência da fruição musical. Nomadismo (Deleuze e
Guattari) e fronteiras culturais (Lotman) foram os conceitos teóricos usados para compreender a produção de alguns artistas e a fruição partilhada de suas obras nas oficinas. O objetivo é analisar como essa experiência comunicacional possibilita rearticulações de subjetividades
em um sentido de alteridade, levando em conta perspectivas latino-americanas e decoloniais.
Revista Famecos, 2024
As dinâmicas da cultura possibilitam a identificação de processos comunicacionais que tendem à di... more As dinâmicas da cultura possibilitam a identificação de processos comunicacionais que tendem à diversidade, às semioses e aos encontros dialógicos. A música pop e a música popular são exemplos dessa processualidade. Pela Semiótica da Cultura de Iuri Lotman, o presente trabalho busca compreender como as linguagens da música pop e da música popular atualizam a cultura midiática e a sua memória, enquanto elementos diferenciais. Em outra etapa, o olhar empírico sobre os artistas BCUC, BaianaSystem e Tom Zé e os movimentos tropicalismo e manguebeat estabelece diálogo com as teorias da diferença na elaboração de uma cartografia. Ao final, o percurso teórico e conceitual construído visa oferecer um método para compreender as diferenciações na cultura midiática contemporânea.

Estudos em Jornalismo e Mídia, 2023
The meanings produced in media representations traverse symbolic and imaginary territories. In th... more The meanings produced in media representations traverse symbolic and imaginary territories. In the current scenario of authoritarianism, job insecurity and post-truth, it is necessary to retake more plural practices and media representation is an important arena. This article seeks a reconfiguration of representational perspectives capable of giving answers to our time. Thinking of media culture as a semiosphere (LOTMAN, 1996), a locus of diverse semioses, the conceptual and theoretical basis parts from Stuart Hall (2003) and his understanding of the practices of representation in the media to propose a dislocation of large assumptions towards a creative thinking about signs (DELEUZE, 2006) and language experiments, on the Giorgio Agamben (2017) terms, to reposition representation on new ethical and political bases. With the
cartographic method applied to communication, this work identifies an initial corpus that goes through two factors: journalism and pop culture.

Revista Terceira Margem, 2023
O texto formula uma hipótese exploratória: a guitarra elétrica pode ser entendida como um vetor d... more O texto formula uma hipótese exploratória: a guitarra elétrica pode ser entendida como um vetor de traduções e inversões culturais, uma espécie de espaço material simbólico onde distintas culturas em convívio se dinamizam. Mais do que mero instrumento musical, trata-se de um laboratório expressivo da interculturalidade, uma instância de mediação (entre tempos históricos, matrizes culturais e povos distintos). É um dispositivo tradutório, supomos. Problematizamos esse pressuposto dentro dos marcos teóricos da semiótica da cultura, da etnomusicologia e da arqueologia das mídias. Mais restritamente, interessa-nos dar destaque, na zona de confluências entre Comunicação e Antropologia, à noção de contracolonialidade, tal como formulada por Antônio "Nego" Bispo (2015, 2019, 2020), em alguns de seus escritos mais recentes. Casos empíricos específicos são analisados no intuito de refinar o argumento, tornando-o mais plausível.
Contemporânea Revista de Comunicação e Cultura, 2017
O movimento punk inglês produziu rompimentos com o rock mainstream da indústria fonográfica, mas ... more O movimento punk inglês produziu rompimentos com o rock mainstream da indústria fonográfica, mas após algum tempo, sua estética se estabeleceu como fórmula cristalizada. No álbum Sandinista! (1980), a banda inglesa The Clash se afasta dessa rigidez musical ao movimentar-se para as fronteiras, em contato com outras culturas e seus agenciamentos textuais. Essa mudança é um aspecto fundamental na construção da linguagem híbrida do disco que difere dos moldes identitários do punk rock. Com base nos Estudos Culturais e na Semiótica da Cultura, este artigo visa demonstrar como o grupo propôs uma arte de fronteira musical e política com o chamado Terceiro Mundo, usando textos (dub, jazz, soul, hip hop, calypso) geradores de uma semiótica que difere do regime significante (DELEUZE; GUATTARI, 1995) do punk britânico.
RESUMO: O movimento punk inglês produziu rompimentos com o rock mainstream da indústria fonográfi... more RESUMO: O movimento punk inglês produziu rompimentos com o rock mainstream da indústria fonográfica, mas após algum tempo sua estética se estabeleceu como fórmula crista-lizada. No álbum Sandinista! (1980), a banda inglesa The Clash se afasta dessa rigidez musical ao movimentar-se para as fronteiras, em contato com outras culturas e seus agenciamentos textuais. Essa mudança é um aspecto fundamental na construção da lin-guagem híbrida do disco que difere dos moldes identitários do punk rock. Com base nos Estudos Culturais e na Semiótica da Cultura, este artigo visa demonstrar como o grupo propôs uma arte de fronteira musical e política com o chamado Terceiro Mundo, usando textos (dub, jazz, soul, hip hop, calypso) geradores de uma semiótica que difere dos regimes do punk britânico.
Galáxia, 2022
A organização da música pop recorre ao termo world music para
classificar produções não aderentes... more A organização da música pop recorre ao termo world music para
classificar produções não aderentes ao núcleo Europa/Estados Unidos. Este trabalho propõe três eixos de discussão sobre o uso do world music: a) revisar textos sobre o tema; b) identificar desigualdades narrativas históricas, de âmbito global, que o permeiam; c) análise empírica das obras de três artistas com base na Semiótica da Cultura e contribuições de linhas pós-estruturalista e decolonial para repensar o world music e sua função de forma estética.
Revista Contemporânea, 2022
Este artigo analisa a experiência comunicacional de ofi cinas de escuta musical. As músicas
usada... more Este artigo analisa a experiência comunicacional de ofi cinas de escuta musical. As músicas
usadas nas atividades valorizam entremeios semióticos, culturais e estéticas do Sul
Global. O caminho teórico-metodológico propõe abordar os regimes da música pop ao
demostrar os critérios de escolha de algumas obras híbridas, posicionadas em fronteiras
culturais; levar essas produções musicais às ofi cinas; identifi car os saberes e perspectivas
culturais acionados nos processos comunicacionais da escuta; e propor uma análise
semiótica que aproxima dados empíricos das ofi cinas e a enunciação das obras. O objetivo
deste trabalho é considerar som e escuta como experiência comunicacional de
diferenças e alteridade, capaz de atualizar a memória midiática e os regimes da música
pop nas mídias.
Intexto , 2022
O presente texto busca processos de diferenciação a partir das margens da música pop.... more O presente texto busca processos de diferenciação a partir das margens da música pop. Tomamos Walter Benjamin como ponto de partida metodológico, seu percurso errante (flânerie) pela moderna metrópole, para propor uma abertura às diferenças sonoras. O caminho nos conduz à experiência de si, menos mediada por regimes midiáticos dominantes, pois aescuta musical aqui se aproxima do experimento proposto por Giorgio Agamben, que se afirma enquanto singularidade. Identifica-se então, na sonoridade de algumas obras, a possibilidade de uma escuta radicalmente aberta que desloca os paradigmas de reconhecimento da música pop nas mídias. O resultado é uma experiência comunicacional de fruição permeada por diferenças e alteridades, que revisa as desigualdades narrativas no cenário da globalização.
Revista Passagens, 2022
Resumo: Este trabalho compreende o som como elemento de um campo de enunciação. A partir das obra... more Resumo: Este trabalho compreende o som como elemento de um campo de enunciação. A partir das obras de M.I.A. e Joe Strummer, observa-se como a sonoridade está vinculada, antes de tudo, a um campo existencial. O enunciado, assim, antecede uma semiótica fundada em questões globais e políticas de nosso tempo. A análise semiótica aproxima a teoria da enunciação de Mikhail Bakhtin (2003) ao conceito ontológico de novos territórios existenciais, de Félix Guattari (2006), para entender a música tanto como participante de uma esfera dialógica de afetos, semioses e intertextualidade, como vinculada a existências e singularidades. Ao final, a escuta musical será repensada como experiência comunicacional que dá acesso a realidades, para além dos paradigmas da música pop.

Revista ECO-Pós
Este artigo visa compreender como gêneros de música pop expandem suas fronteiras através de proce... more Este artigo visa compreender como gêneros de música pop expandem suas fronteiras através de processos de diferenciação, principalmente na atualização de sua diversidade timbrística. O timbre é uma qualidade sonora que opera afetivamente, forçando diferentes corpos sonoros a se misturarem entre si. Afecções desta ordem podem ocorrer, por exemplo, nas canções de artistas que arranjam seus instrumentos musicais e demais equipamentos de forma atípica. Observamos a relação entre estes agentes a partir da Teoria das Materialidades da Comunicação. Além disso, entrelaçamos a Semiótica da Cultura com as Teorias do Afeto para compreender as processualidades dos encontros culturais e semânticos fronteiriços, acionados nas afecções dos timbres. Como exemplo prático, observamos o caso do pós-punk com a banda brasileira Rakta, e do world music com o conjunto congolês KOKOKO!, de modo a contribuir no entendimento das dimensões políticas do timbre. O artigo ainda pretende repensar as relações polít...

Comunicação & Informação, 2021
The post-genre notion: theoretical-methodological proposal for studies of experimentalism and hyb... more The post-genre notion: theoretical-methodological proposal for studies of experimentalism and hybridization in pop music La noción post-género: propuesta teórico-metodológica para estudios de experimentalismo e hibridación en la música pop Herom Vargas 1 Nilton Carvalho 2 Resumo Na música pop e sua circulação globalizada consolidou-se uma comunicação institucionalizada em formas culturais reconhecíveis. Os gêneros musicais constituem assim, dentro de um complexo sensorial midiático, as noções e percepções maiores sobre a produção musical. Propõe-se aqui observar as hibridizações e os experimentalismos-espaços semióticos "entre" as categorias midiáticas-como processos comunicacionais de diferenciação que privilegiam imprevisibilidade artística e atualizações políticas. Para tanto, sugerimos uma revisão epistemológica centrada nos processos menores percebidos no som, a partir da noção de pós-gênero, cujo caminho teóricometodológico baseado na semiótica, no pós-estruturalismo e no decolonialismo questiona as desigualdades narrativas que marcam a música pop nas mídias.

Revista Lusófona de Estudos Culturais
A trajetória artística do DJ Dolores (codinome de Hélder Aragão) ganhou força durante o movimento... more A trajetória artística do DJ Dolores (codinome de Hélder Aragão) ganhou força durante o movimento manguebeat, na década de 1990, no Recife, capital do estado de Pernambuco, no nordeste do Brasil. Além de trabalhar com produção multimídia, na música sua obra é composta por álbuns experimentais de música eletrônica e também trilhas sonoras para filmes, peças de teatro e espetáculos de dança. Este artigo analisa a diversidade cultural e as misturas organizadas pelo DJ que deslocam as fronteiras dos gêneros musicais hegemônicos articulados pela indústria fonográfica. Ao contrário, Dolores valoriza textos subterrâneos na memória da música pop das mídias, como ritmos de tradições regionais (embolada, coco, maracatu e frevo). A partir dos hibridismos presentes nos álbuns Contraditório? (2002) e Frevotron (2015), respectivamente primeiro e último disco, são identificadas políticas de alteridade e diferença na linguagem, assim como textos culturais e memória, na simbiose entre, de um lado, D...

Revista Lusófona de Estudos Culturais
A trajetória artística do DJ Dolores (codinome de Hélder Aragão) ganhou força durante o movimento... more A trajetória artística do DJ Dolores (codinome de Hélder Aragão) ganhou força durante o movimento manguebeat, na década de 1990, no Recife, capital do estado de Pernambuco, no nordeste do Brasil. Além de trabalhar com produção multimídia, na música sua obra é composta por álbuns experimentais de música eletrônica e também trilhas sonoras para filmes, peças de teatro e espetáculos de dança. Este artigo analisa a diversidade cultural e as misturas organizadas pelo DJ que deslocam as fronteiras dos gêneros musicais hegemônicos articulados pela indústria fonográfica. Ao contrário, Dolores valoriza textos subterrâneos na memória da música pop das mídias, como ritmos de tradições regionais (embolada, coco, maracatu e frevo). A partir dos hibridismos presentes nos álbuns Contraditório? (2002) e Frevotron (2015), respectivamente primeiro e último disco, são identificadas políticas de alteridade e diferença na linguagem, assim como textos culturais e memória, na simbiose entre, de um lado, D...

Revista Eco-Pós, 2020
Este artigo visa compreender como gêneros de música pop expandem suas fronteiras através de proce... more Este artigo visa compreender como gêneros de música pop expandem suas fronteiras através de processos de diferenciação, principalmente na atualização de sua diversidade timbrística. O timbre é uma qualidade sonora que opera afetivamente, forçando diferentes corpos sonoros a se
misturarem entre si. Afecções desta ordem podem ocorrer, por exemplo, nas canções de artistas que arranjam seus instrumentos musicais e demais equipamentos de forma atípica. Observamos a relação entre estes agentes a partir da Teoria das Materialidades da Comunicação. Além disso, entrelaçamos a Semiótica da Cultura com as Teorias do Afeto para compreender as processualidades dos encontros culturais e semânticos fronteiriços, acionados nas afecções dos timbres. Como exemplo prático, observamos o caso do pós-punk com a banda brasileira Rakta, e do world music com o conjunto congolês KOKOKO!, de modo a contribuir no entendimento das dimensões políticas do timbre. O artigo ainda pretende repensar as relações políticas e os
enfrentamentos sonoros provocados no contexto do Sul Global.
Hermès, 2020
La critique élaborée ici porte sur trois sujets : a) il
y a des récits qui nous viennent dans la ... more La critique élaborée ici porte sur trois sujets : a) il
y a des récits qui nous viennent dans la temporalité et
qui portent des relations inégales entre le Nord et le Sud
globaux ; b) la world music n’a pas une forme esthétique
définie pour fonctionner comme un genre musical, mais
fonctionne comme un signifiant ou écriture (un gramme)
pour contenir des singularités dans un champ homogène ;
et c) l’analyse sémiotique d’oeuvres des artistes Bantu
Continua Uhuru Consciousness (BCUC) et M.I.A. pour
identifier les éléments sonores de différentes frontières
culturelles et le sens politique de la révision narrative qu’ils
assument.
Artigo, 2019
O artigo analisa peças musicais de DJs experimentais a partir de duas categorias relacionadas à s... more O artigo analisa peças musicais de DJs experimentais a partir de duas categorias relacionadas à semiótica da cultura: semiosfera e suas fronteias; e memória da cultura, desenvolvidas pelo semioticista russo I. Lotman. São discutidas as características da música eletrônica de
pista, seus subgêneros e as diferenças colocadas em experimentações produzidas por esses DJs. O corpus de análise é formado por composições de três artistas: DJ Tudo, Psilosamples e Dandara. A argumentação e a análise demonstram a efetividade dessas duas categorias para o entendimento das dinâmicas produtiva e criativa desse tipo de trabalho que destoa do mainstream da música pop eletrônica.

Lusophone Journal of Cultural Studies, 2018
DJ Dolores' artistic path (codenamed Helder Aragão) arises during the manguebeat movement in the ... more DJ Dolores' artistic path (codenamed Helder Aragão) arises during the manguebeat movement in the 1990s, in Recife, the capital of Pernambuco state, in northeastern Brazil. In addition to working with multimedia production, in music his work consists of experimental albums of electronic music and also soundtracks for films, theatre play and dance performances. This article analyzes the cultural diversity and mixtures organized by the DJ, which shift the boundaries of hegemonic musical genres articulated by the phonographic industry. Rather, Dolores values underground texts in the memory of media pop music, such as regional traditions rhythms (embola-da, coco, maracatu and frevo). As of the hybridisms present on the albums Contraditório? (2002) and Frevotron (2015), respectively first and last discs, otherness and difference policies are identified on the musical language as well as cultural texts and memory, the symbiosis between, on one hand, DJ and technology, and, on the other, tradition and acoustic instrumentation. On the first album, Dolores plays with the Orchestra Santa Massa, which brings together instruments such as rabeca, percussion, wind instruments, electric guitar and the Isaar França's voice. On the last one, the DJ plays with Maestro Spok, frevo saxophonist, one percussionist and a guitarist. Resumo A trajetória artística do DJ Dolores (codinome de Hélder Aragão) ganhou força durante o movimento manguebeat, na década de 1990, no Recife, capital do estado de Pernambuco, no nordeste do Brasil. Além de trabalhar com produção multimídia, na música sua obra é composta por álbuns experimentais de música eletrônica e também trilhas sonoras para filmes, peças de teatro e espetáculos de dança. Este artigo analisa a diversidade cultural e as misturas organi-zadas pelo DJ que deslocam as fronteiras dos gêneros musicais hegemônicos articulados pela indústria fonográfica. Ao contrário, Dolores valoriza textos subterrâneos na memória da música pop das mídias, como ritmos de tradições regionais (embolada, coco, maracatu e frevo). A partir dos hibridismos presentes nos álbuns Contraditório? (2002) e Frevotron (2015), respectivamente primeiro e último disco, são identificadas políticas de alteridade e diferença na linguagem, assim como textos culturais e memória, na simbiose entre, de um lado, DJ e tecnologia, e de outro, tra-dição e instrumentação acústica. No primeiro disco, Dolores toca com a Orchestra Santa Massa, que congrega instrumentos como rabeca, percussões, sopros, guitarra e a voz de Isaar França. No último trabalho, o DJ toca com Maestro Spok, saxofonista de frevo, um percussionista e um guitarrista. Palavras-chave DJ Dolores; memória; música eletrônica; sampling Revista Lusófona de Estudos Culturais
This research deals with the use of sampling and
remix techniques as part of the creative process... more This research deals with the use of sampling and
remix techniques as part of the creative processes
in electronic music that, in certain cases, brings
memories and musical identities. Based on Cultural
Studies, this research investigates the hybridity in
music productions made by four brazilian DJs: KL
Jay (Racionais MC’s), Alfredo Bello (DJ Tudo), Luana
Hansen (DJ and MC) and Rodrigo Gorky (Bonde do
Rolê and Fatnotronic) – whose subjectivities are
noted in sampling using and/or remixing. The ideia is
understand how musical memory provides to the disc
jockey certain elements that articulate hybridities in
the musical language. Thus, the fugitive aspect of these
artists’ identities, that operates on hybrid substances of
their songs, subverts standardization and hegemonic
discourses in media culture.
Resumo O selo Africa Express trabalha com músicos fora do eixo ocidental. Lançado pela gravadora,... more Resumo O selo Africa Express trabalha com músicos fora do eixo ocidental. Lançado pela gravadora, o grupo malinês Songhoy Blues adentrou espaços midiáticos geralmente ocupados por artistas associados à música massiva, e gravou o álbum Music in exile (2015). Pretende-se, a partir dos Estudos Culturais e da Semiótica da Cultura, analisar como a linguagem musical do Songhoy Blues negocia espaço e questiona a memória da música pop nas mídias, inserindo significados diaspóricos inerentes às migrações contemporâneas, uma vez que, segundo Deleuze (2007), o acontecimento possibilita a linguagem. A construção semiótica de Music in exile gera tensões nos enquadramentos discursivos dos gêneros musicais. Outra frente do artigo observa o Africa Express como mediação de alteridade na web frente às novas formas de consumo.
Uploads
Papers by Nilton Carvalho
Guattari) e fronteiras culturais (Lotman) foram os conceitos teóricos usados para compreender a produção de alguns artistas e a fruição partilhada de suas obras nas oficinas. O objetivo é analisar como essa experiência comunicacional possibilita rearticulações de subjetividades
em um sentido de alteridade, levando em conta perspectivas latino-americanas e decoloniais.
cartographic method applied to communication, this work identifies an initial corpus that goes through two factors: journalism and pop culture.
classificar produções não aderentes ao núcleo Europa/Estados Unidos. Este trabalho propõe três eixos de discussão sobre o uso do world music: a) revisar textos sobre o tema; b) identificar desigualdades narrativas históricas, de âmbito global, que o permeiam; c) análise empírica das obras de três artistas com base na Semiótica da Cultura e contribuições de linhas pós-estruturalista e decolonial para repensar o world music e sua função de forma estética.
usadas nas atividades valorizam entremeios semióticos, culturais e estéticas do Sul
Global. O caminho teórico-metodológico propõe abordar os regimes da música pop ao
demostrar os critérios de escolha de algumas obras híbridas, posicionadas em fronteiras
culturais; levar essas produções musicais às ofi cinas; identifi car os saberes e perspectivas
culturais acionados nos processos comunicacionais da escuta; e propor uma análise
semiótica que aproxima dados empíricos das ofi cinas e a enunciação das obras. O objetivo
deste trabalho é considerar som e escuta como experiência comunicacional de
diferenças e alteridade, capaz de atualizar a memória midiática e os regimes da música
pop nas mídias.
misturarem entre si. Afecções desta ordem podem ocorrer, por exemplo, nas canções de artistas que arranjam seus instrumentos musicais e demais equipamentos de forma atípica. Observamos a relação entre estes agentes a partir da Teoria das Materialidades da Comunicação. Além disso, entrelaçamos a Semiótica da Cultura com as Teorias do Afeto para compreender as processualidades dos encontros culturais e semânticos fronteiriços, acionados nas afecções dos timbres. Como exemplo prático, observamos o caso do pós-punk com a banda brasileira Rakta, e do world music com o conjunto congolês KOKOKO!, de modo a contribuir no entendimento das dimensões políticas do timbre. O artigo ainda pretende repensar as relações políticas e os
enfrentamentos sonoros provocados no contexto do Sul Global.
y a des récits qui nous viennent dans la temporalité et
qui portent des relations inégales entre le Nord et le Sud
globaux ; b) la world music n’a pas une forme esthétique
définie pour fonctionner comme un genre musical, mais
fonctionne comme un signifiant ou écriture (un gramme)
pour contenir des singularités dans un champ homogène ;
et c) l’analyse sémiotique d’oeuvres des artistes Bantu
Continua Uhuru Consciousness (BCUC) et M.I.A. pour
identifier les éléments sonores de différentes frontières
culturelles et le sens politique de la révision narrative qu’ils
assument.
pista, seus subgêneros e as diferenças colocadas em experimentações produzidas por esses DJs. O corpus de análise é formado por composições de três artistas: DJ Tudo, Psilosamples e Dandara. A argumentação e a análise demonstram a efetividade dessas duas categorias para o entendimento das dinâmicas produtiva e criativa desse tipo de trabalho que destoa do mainstream da música pop eletrônica.
remix techniques as part of the creative processes
in electronic music that, in certain cases, brings
memories and musical identities. Based on Cultural
Studies, this research investigates the hybridity in
music productions made by four brazilian DJs: KL
Jay (Racionais MC’s), Alfredo Bello (DJ Tudo), Luana
Hansen (DJ and MC) and Rodrigo Gorky (Bonde do
Rolê and Fatnotronic) – whose subjectivities are
noted in sampling using and/or remixing. The ideia is
understand how musical memory provides to the disc
jockey certain elements that articulate hybridities in
the musical language. Thus, the fugitive aspect of these
artists’ identities, that operates on hybrid substances of
their songs, subverts standardization and hegemonic
discourses in media culture.
Guattari) e fronteiras culturais (Lotman) foram os conceitos teóricos usados para compreender a produção de alguns artistas e a fruição partilhada de suas obras nas oficinas. O objetivo é analisar como essa experiência comunicacional possibilita rearticulações de subjetividades
em um sentido de alteridade, levando em conta perspectivas latino-americanas e decoloniais.
cartographic method applied to communication, this work identifies an initial corpus that goes through two factors: journalism and pop culture.
classificar produções não aderentes ao núcleo Europa/Estados Unidos. Este trabalho propõe três eixos de discussão sobre o uso do world music: a) revisar textos sobre o tema; b) identificar desigualdades narrativas históricas, de âmbito global, que o permeiam; c) análise empírica das obras de três artistas com base na Semiótica da Cultura e contribuições de linhas pós-estruturalista e decolonial para repensar o world music e sua função de forma estética.
usadas nas atividades valorizam entremeios semióticos, culturais e estéticas do Sul
Global. O caminho teórico-metodológico propõe abordar os regimes da música pop ao
demostrar os critérios de escolha de algumas obras híbridas, posicionadas em fronteiras
culturais; levar essas produções musicais às ofi cinas; identifi car os saberes e perspectivas
culturais acionados nos processos comunicacionais da escuta; e propor uma análise
semiótica que aproxima dados empíricos das ofi cinas e a enunciação das obras. O objetivo
deste trabalho é considerar som e escuta como experiência comunicacional de
diferenças e alteridade, capaz de atualizar a memória midiática e os regimes da música
pop nas mídias.
misturarem entre si. Afecções desta ordem podem ocorrer, por exemplo, nas canções de artistas que arranjam seus instrumentos musicais e demais equipamentos de forma atípica. Observamos a relação entre estes agentes a partir da Teoria das Materialidades da Comunicação. Além disso, entrelaçamos a Semiótica da Cultura com as Teorias do Afeto para compreender as processualidades dos encontros culturais e semânticos fronteiriços, acionados nas afecções dos timbres. Como exemplo prático, observamos o caso do pós-punk com a banda brasileira Rakta, e do world music com o conjunto congolês KOKOKO!, de modo a contribuir no entendimento das dimensões políticas do timbre. O artigo ainda pretende repensar as relações políticas e os
enfrentamentos sonoros provocados no contexto do Sul Global.
y a des récits qui nous viennent dans la temporalité et
qui portent des relations inégales entre le Nord et le Sud
globaux ; b) la world music n’a pas une forme esthétique
définie pour fonctionner comme un genre musical, mais
fonctionne comme un signifiant ou écriture (un gramme)
pour contenir des singularités dans un champ homogène ;
et c) l’analyse sémiotique d’oeuvres des artistes Bantu
Continua Uhuru Consciousness (BCUC) et M.I.A. pour
identifier les éléments sonores de différentes frontières
culturelles et le sens politique de la révision narrative qu’ils
assument.
pista, seus subgêneros e as diferenças colocadas em experimentações produzidas por esses DJs. O corpus de análise é formado por composições de três artistas: DJ Tudo, Psilosamples e Dandara. A argumentação e a análise demonstram a efetividade dessas duas categorias para o entendimento das dinâmicas produtiva e criativa desse tipo de trabalho que destoa do mainstream da música pop eletrônica.
remix techniques as part of the creative processes
in electronic music that, in certain cases, brings
memories and musical identities. Based on Cultural
Studies, this research investigates the hybridity in
music productions made by four brazilian DJs: KL
Jay (Racionais MC’s), Alfredo Bello (DJ Tudo), Luana
Hansen (DJ and MC) and Rodrigo Gorky (Bonde do
Rolê and Fatnotronic) – whose subjectivities are
noted in sampling using and/or remixing. The ideia is
understand how musical memory provides to the disc
jockey certain elements that articulate hybridities in
the musical language. Thus, the fugitive aspect of these
artists’ identities, that operates on hybrid substances of
their songs, subverts standardization and hegemonic
discourses in media culture.
From this idea, this article aims to understand the confronts of the experimentalism
in pop music, analyzing artists as DJ Tudo, Mashrou’ Leila, Tetine and Aíla, which
propose communicational experiences different from the semantic stability of
phonographic genres and also inscribe emerging debates, surpassing the regimes
that capture social life in western societies. The theoretical and methodological
approach uses semiotic analysis to study the dynamics of cultural texts (Lotman,
2004), considering the music materialities, and concepts of nomadism (Deleuze &
Guattari, 1995) to understand an experimental praxis that claims differences beyond
the western logos, which may indicate a post-genre moment in pop music.