Papers by Jose Antonio Martins

Journal of Business Ethics, 2012
The research team measured the enterprise web accessibility levels of the Forbes 250 largest ente... more The research team measured the enterprise web accessibility levels of the Forbes 250 largest enterprises using the fully automatic accessibility evaluation tool Sortsite, and presented the compliance of the evaluated websites to WCAG 1.0, WCAG 2.0 and Section 508 accessibility levels. Given the recent attention to organizational leaders having ethical duties towards their dedicated employees, we propose that 'societal citizenship behaviour' concerns ethical duties of organizational leaders towards society in general and in particular to those who have less means to assert their needs. In effect, we found enterprise website accessibility levels to be in need of significant improvement. An interpretation of a positive path forward to better enterprise website accessibility levels is put forth based on a focus-group interaction and using BNML-a novel Business Narrative Modelling Language.
Ao longo da História da Idade Média muitas são as vertentes de estudo que o investigador se pode ... more Ao longo da História da Idade Média muitas são as vertentes de estudo que o investigador se pode debruçar, não só ao nível dos conteúdos, como também nas respectivas periodizações.
Umas das temáticas menos abordadas, relaciona-se com a problemática do lazer infanto-juvenil, onde as brincadeiras e os brinquedos constituem o centro deste breve estudo.

Escreveu Ataíde de Oliveira, em 1902, o seguinte sobre D. Francisco Gomes do Avelar: - «Estamos a... more Escreveu Ataíde de Oliveira, em 1902, o seguinte sobre D. Francisco Gomes do Avelar: - «Estamos acostumados a ouvir falar com o máximo elogio do venerando prelado bracarense, Frei Bartolomeu dos Mártires, que na sua vida episcopal foi o verdadeiro apóstolo da caridade evangélica, mas é certo que D. Francisco Gomes foi o pai dos pobres e também o mestre dos seus diocesanos.
Em Frei Bartolomeu dos Mártires a religião de Jesus Cristo manifesta-se especialmente sob o ponto de vista da esmola, mas com D. Francisco Gomes a religião do Bom Jesus é a poderosa alavanca que imprime força, vida e amor em todas as manifestações da vida humana.
Em Frei Bartolomeu dos Mártires vê-se claramente quanto a religião protege os pobres e os miseráveis, mas em D. Francisco Gomes a religião não é somente a poesia do Coração, mas a cadeia de ouro, que prendendo os homens ao trono Eterno, os liga também entre si e ao Estado, fomentando todos os desenvolvimentos sociais e dando força e luz a todos os esforços do homem contra a natureza bruta…
D. Francisco Gomes não se limitou a pregar doutrinas divinas, foi mais longe porque também pregou as doutrinas humanas.».
A terminar, apenas acrescentamos uma frase que lhe é atribuída que, no nosso entendimento, corrobora todo o seu pensamento e a obra que hoje admiramos e que se consubstancia, segundo as palavras do Bispo de Milão, S. Carlos Borromeu, «modelo de bispos e espelho de virtudes cristãs», referindo-se a Bartolomeu do Vale (que tomou o nome de D. Frei Bartolomeu dos Mártires) e do próprio S. Carlos Borromeu (Bispo de Milão, fundador dos Seminários diocesanos), os quais, D. Francisco Gomes do Avelar, tentou, assim comprovam as suas obras e escritos, de ter seguido os respectivos exemplos, tendo feito jus à História da Igreja, de salvar a honra do convento.

Resumo: Entre os séculos XV e XVI, Portugal teve uma maior interligação entre portugueses e as co... more Resumo: Entre os séculos XV e XVI, Portugal teve uma maior interligação entre portugueses e as comunidades estrangeiras, nomeadamente com os italianos, estando associadas a várias atividades nomeadamente, marítimas e económicas, onde o conhecimento de outras áreas e culturas oferecidas pelos Descobrimentos Portugueses, tornaram Lisboa, a capital do mundo de então. Neste âmbito são conhecidas as atividades dos italianos que a partir de 1518 fundaram, na cidade de Lisboa, uma igreja, tendo como patrono Nossa Senhora do Loreto. Também o reino do Algarve conheceu esse desenvolvimento socioeconómico e vilas como Albufeira, Castro Marim, Faro, Tavira e Lagos, através dos seus portos, exportavam milhares de arrobas de atum salgado de peixe para os principais portos da Europa, destacando-se como mediadores desse comércio de exportação, Milaneses, Genoveses, Sicilianos e Venezianos, muitos dos quais usufruíram vários privilégios, tanto no reinado de D. Manuel I como no reinado de D. João III. Muitas dessas comunidades de italianos, atendendo ao comércio de exportação, estabeleceram-se na área mais a sul do País, destacando-se a vila de Lagos, onde em 1518, se fundou um convento em honra de Nossa Senhora do Loreto e que para tal teve a intervenção do bispo do Algarve, D. Fernando Coutinho (1502-1538), o qual depois de estar construído o convento, o doou a D. Manuel I, que por sua vez o entregou aos Frades Franciscanos. Atendendo às condições do local da edificação deste convento, seria o mesmo abandonado e a comunidade dos frades franciscanos iria construir um novo, numa zona alta da vila. Tendo sido o mesmo reedificado, abandonaram a anterior invocação, não porque o antigo convento deixasse de existir (permanecendo apenas como capela), mas por vontade dos frades franciscanos. O novo, passou a chamar-se de convento de São Francisco ou Convento dos Capuchos, tendo sido iniciado em 1560, sendo bispo do Algarve, D. João de Melo e Castro (1549-1564). O convento de Nossa Senhora do Loreto manteve-se no local de origem, apenas como capela e abandonado à insalubridade do local e ao culto dos seus fiéis. Quanto à imagem de Nossa Senhora do Loreto nada se sabe, pois esta também acabaria por desaparecer e com ela os seus mais de quarenta anos de existência.

D. Fernando Martins Mascarenhas -Um bispo na construção da identidade do Algarve dos finais do século XVI e inícios do século XVII. , 2011
A construção da identidade do Algarve, alicerçada nos desígnios do cristianismo nacional, associa... more A construção da identidade do Algarve, alicerçada nos desígnios do cristianismo nacional, associa-se, desde logo, à reconquista da região no ano de 1249 e nos finais da segunda metade do século XIII, os reis de Portugal associam esta área aos seus desígnios de edificação de uma nação, completando o desiderato de um País inteiro, embora com sensibilidades geográficas muito diferentes, não só no espaço nacional, como na espacialidade regional.
Entre um Portugal do norte e do centro, e uma região extrema a sul-o Algarve. encontramos uma região singular no contexto nacional, tanto ao nível da governação como ao nível do seu desenvolvimento. Entre cristãos conquistadores e muçulmanos conquistados; entre culturas diversificadas num mosaico de interesses particulares e concelhios, esta região possuiu a particularidade, nos momentos mais decisivos da sua sobrevivência socioeconómica de aglutinar interesses colectivos, exemplificando, com a respectiva presença em Cortes e a resposta positiva, dos monarcas, aos sucessivos pedidos por parte das gentes algarvias.
Neste contexto e na construção de uma identidade secular, algumas personalidades se destacaram nesse contributo de uma região menos assimétrica geograficamente, mas sobretudo na projecção e concretização de desígnios, que muitas vezes, não sendo os seus, por naturalidade, os assumiram de corpo inteiro.

Journal of Geophysical Research, 1998
Aerosol particles were coliected aboard two Brazilian Bandeirante EMB 110 planes, and the Univers... more Aerosol particles were coliected aboard two Brazilian Bandeirante EMB 110 planes, and the University of Washington Convair C-131A aircraft during the Smoke, Clouds, and Radiation-Brazil (SCAR-B) field project in the Amazon Basin in August and September 1995. Aerosols were collected on Nuclepore and Teflon filters. Aerosol size distribution was measured with a MOUDI cascade impactor. Sampling was performed mostly over areas heavily influenced by biomass burning smoke. Particle-induced X ray emission (PIXE) was used to measure concentrations of up to 20 elements (A1, Si, P, S, C1, K, Ca, Ti, V, Cr, Mn, Fe, Ni, Cu, Zn, Br, Rb, Sr, Zr, and Pb). Black carbon (BC) and gravimetric mass analysis were also performed. Instrumental neutron activation analysis (INAA) determined the concentrations of about 15 elements on the Teflon filters. Electron probe X ray microanalysis (EPMA) was used to analyze individual aerosol particles. The average aerosol mass concentration was 105/•g m -3, with a maximum of 297/•g m -3. Black carbon (BC) averaged 5.49/•g m -3, or 1-7% of the aerosol mass load. Five aerosol components were revealed by absolute principal factor analysis: (1) a biomass burning component (responsible for 54% of the aerosol mass and associated with BC, K, C1, Zn, I, S, Br, Rb, aerosol mass concentration, and other elements); (2) a soil dust aerosol component (15.6% of the aerosol mass); (3) a natural biogenic component (18.7% of the aerosol mass and associated with P, K, S, Ca, Sr, Mg, Mn, Cu and Zn); (4) a second soil dust (5.7% of the aerosol mass and enriched in Si, Ti, and Fe); and (5) a NaC1 aerosol component (5.9% of the aerosol mass with Na, C1, Br, and iodine). Electron microscopy analysis of individual aerosol particles confirmed these five aerosol types. Organic material dominated the aerosol mass and the number concentration of airborne particles. Aerosol size distributions show that the fine mode accounts for 78% of the aerosol mass, centered at 0.33/xm aerodynamic diameter. The coarse mode accounts for 22% of the mass, centered at about 3.2/•m. Black carbon size distributions show a consistent picture, with a mass median diameter centered at about 0.175-0.33/•m aerodynamic diameter. This study suggests that for modeling the optical properties of aerosol in the Amazon Basin, it is essential to use a model that includes the optical and physical properties of at least two aerosol components other than the biomass burning aerosol, namely, natural biogenic aerosol and soil dust. per year [Crutzen and Andreae, 1990]. In terms of total particulate matter (TPM), emissions are around 104 Tg (1 tera-lInstituto gram = 10 •2 g) per year [Levine, 1990]. For particulate matter in the fine mode (FPM, d•, < 2.0 /xm), emissions are estimated as 49 Tg yr-t, which accounts for about 7% of the global emissions of fine-mode aerosol. For elemental carbon, the emission of 19 Tg yr-t could account for a high fraction (86%) of the total anthropogenic emissions [Levine, 1990]. These emissions could have regionally significant direct radiative forcing [Hobbs et al., 1997; Holben et al., 1996]. The emissions of gases during biomass burning affect the global concentrations of many gases, including CO, CO2, CH4, CH3C1, N20, COS [Crutzen et al., 1979]. Much less studied are the effects of aerosol emissions. The composition and size distribution of aerosol particles were measured in smoke from forest fires in Rondonia, Brazil where large emissions of potassium, sulfur, silicon, zinc, and organic matter were reported [Artaxo et al., 1993a]. Elemental carbon associated with potassium was identified as a tracer for biomass burning plumes in remote oceanic areas [Andreae, 1983]. The fluxes of trace elements emitted by biomass burning can be significant on a global scale [Echalar et al., 1995]. Many aerosol particles emitted in tropical biomass burning are cloud condensation nuclei (CCN) and can therefore affect the concentrations and sizes of cloud droplets [Hobbs and Radke, 1969; Rogers et al., 1992; 31,837 31,838 ARTAXO ET AL.' AEROSOL SOURCE APPORTIONMENT IN AMAZONIA ARTAXO ET AL.: AEROSOL SOURCE APPORTIONMENT IN AMAZONIA 31,839 1052-1058, 1997. Andreae, M. O., et al., Biomass burning emissions and associated haze layers over Amazonia. J. Geophys. Res., 93, 1509-1527, 1984. Artaxo, P., and H. C. Hansson, Size distribution and trace element concentration of atmospheric aerosols from the Amazon Basin, in Aerosols: Science, Industry, Health and Environment, edited by S. Masuda and K. Takahashi, pp. 1042-1045, Elsevier, New York, 1990. Artaxo, P., and H.-C. Hansson, Size distribution of biogenic aerosol particles from the Amazon Basin, Atmos. Environ., 29(3), 393-402, 1995. Artaxo, P., and W. Maenhaut, Trace element concentrations and size distribution of biogenic aerosols from the Amazon Basin during the wet season, Nucl. Instrum. Methods Phys. Res., Sec. B, 49, 366-371, 1990. Artaxo, P., and C. Orsini, The emission of aerosol by plants revealed by three receptor models, in Aerosols: Formation and Reactivity, edited by G. Israel, pp. 148-151, Pergamon, New York, 1986. Artaxo, P., and C. Orsini, PIXE and receptor models applied to remote aerosol source apportionment in Brazil, Nucl. Instrum. Methods Phys. Res., Sec. B, 22, 259-263, 1987. Artaxo, P., H. Storms, F. Bruynseels, R. Van Grieken, and W. Maenhaut, Composition and sources of aerosols from the Amazon Basin, J. Geophys. Res., 93, 1605-1615, 1988. Artaxo, P., W. Maenhaut, H. Storms, and R. Van Grieken, Aerosol characteristics and sources for the Amazon Basin during the wet season, J. Geophys. Res., 95, 16,971-16,985, 1990. Artaxo, P., M. Yamasoe, J. V. Martins, S. Kocinas, S. Carvalho, and W. Maenhaut, Case study of atmospheric measurements in Brazil: Aerosol emissions from Amazon Basin biomass burning, in Fire in the Environment: The Ecological, Atmospheric, and Climatic Importance of Vegetation Fires, edited by P. J. Crutzen and J.-G. Goldammer, pp. 139-158, John Wiley, New York, 1993a. Artaxo, P., F. Gerab, and M. L. C. Rabello, Elemental composition of aerosol particles from two background monitoring stations in the Amazon Basin, Nucl. Instrum. Methods Phys. Res., Sec. B, 75, 277-281, 1993b. Artaxo, P., F. Gerab, M. A. Yamasoe, and J. V. Martins, Fine mode aerosol composition in three long-term atmospheric monitoring sampling stations in the Amazon Basin, J. Geophys. Res., 99, 22,857-22,868, 1994.
Journal of Geophysical Research, 1998

Journal of The Atmospheric Sciences, 2005
The Chesapeake Lighthouse Aircraft Measurements for Satellites (CLAMS) experiment took place from... more The Chesapeake Lighthouse Aircraft Measurements for Satellites (CLAMS) experiment took place from 10 July to 2 August 2001 in a combined ocean-land region that included the Chesapeake Lighthouse [Clouds and the Earth's Radiant Energy System (CERES) Ocean Validation Experiment (COVE)] and the Wallops Flight Facility (WFF), both along coastal Virginia. This experiment was designed mainly for validating instruments and algorithms aboard the Terra satellite platform, including the Moderate Resolution Imaging Spectroradiometer (MODIS). Over the ocean, MODIS retrieved aerosol optical depths (AODs) at seven wavelengths and an estimate of the aerosol size distribution. Over the land, MODIS retrieved AOD at three wavelengths plus qualitative estimates of the aerosol size. Temporally coincident measurements of aerosol properties were made with a variety of sun photometers from ground sites and airborne sites just above the surface. The set of sun photometers provided unprecedented spectral coverage from visible (VIS) to the solar near-infrared (NIR) and infrared (IR) wavelengths. In this study, AOD and aerosol size retrieved from MODIS is compared with similar measurements from the sun photometers. Over the nearby ocean, the MODIS AOD in the VIS and NIR correlated well with sun-photometer measurements, nearly fitting a one-to-one line on a scatterplot. As one moves from ocean to land, there is a pronounced discontinuity of the MODIS AOD, where MODIS compares poorly to the sun-photometer measurements. Especially in the blue wavelength, MODIS AOD is too high in clean aerosol conditions and too low under larger aerosol loadings. Using the Second Simulation of the Satellite Signal in the Solar Spectrum (6S) radiative code to perform atmospheric correction, the authors find inconsistency in the surface albedo assumptions used by the MODIS lookup tables. It is demonstrated how the high bias at low aerosol loadings can be corrected. By using updated urban/industrial aerosol climatology for the MODIS lookup table over land, it is shown that the low bias for larger aerosol loadings can also be corrected. Understanding and improving MODIS retrievals over the East Coast may point to strategies for correction in other locations, thus improving the global quality of MODIS. Improvements in regional aerosol detection could also lead to the use of MODIS for monitoring air pollution.

Geophysical Research Letters, 2002
1] A cloud masking algorithm based on the spatial variability of reflectances at the top of the a... more 1] A cloud masking algorithm based on the spatial variability of reflectances at the top of the atmosphere in visible wavelengths was developed for the retrieval of aerosol properties by MODIS. It is shown that the spatial pattern of cloud reflectance as observed from space, is very different from that of aerosols. Clouds show a very high spatial variability in the scale of hundred meters to few kilometers, whereas aerosols in general are very homogeneous. The concept of spatial variability of reflectances at the top of the atmosphere is mainly applicable over the ocean where the surface background is sufficiently homogeneous for the separation between aerosols and clouds. Aerosol retrievals require a particular cloud masking approach since a conservative mask will screen out strong aerosol episodes and a less conservative mask could allow for cloud contamination that tremendously affect the retrieved aerosol optical properties (e.g. aerosol optical depth and effective radii). A detailed study on the effect of cloud contamination on aerosol retrievals is performed and parameters are established determining the threshold value for the MODIS aerosol cloud mask (3X3-STD) over the ocean. The 3X3-STD algorithm discussed in this paper is the operational cloud mask used for MODIS aerosol retrievals over the ocean.

1] The MODerate resolution Imaging Spectroradiometer (MODIS) algorithm for determining aerosol ch... more 1] The MODerate resolution Imaging Spectroradiometer (MODIS) algorithm for determining aerosol characteristics over ocean is performing within expected accuracy. A twomonth data set of MODIS retrievals co-located with observations from the AErosol RObotic NETwork (AERONET) ground-based sunphotometer network provides the necessary validation. Spectral radiation measured by MODIS (in the range 550 -2100 nm) is used to retrieve the aerosol optical thickness, effective particle radius and ratio between the submicron and micron size particles. MODIS-retrieved aerosol optical thickness at 660 nm and 870 nm fall within the expected uncertainty, with the ensemble average at 660 nm differing by only 2% from the AERONET observations and having virtually no offset. Roughly seventy percent of MODIS retrievals of aerosol effective radius for optical thickness greater than 0.15 agree with AERONET retrievals to within ±0.10 mm.
Journal of Geophysical Research, 1998

Journal of The Atmospheric Sciences, 2005
The MODerate resolution Imaging Spectroradiometer (MODIS) aboard both NASA's Terra and Aqua satel... more The MODerate resolution Imaging Spectroradiometer (MODIS) aboard both NASA's Terra and Aqua satellites is making near global daily observations of the earth in a wide spectral range (0.41 to 15 µm). These measurements are used to derive spectral aerosol optical thickness and aerosol size parameters over both land and ocean. The aerosol products available over land include aerosol optical thickness at three visible wavelengths, a measure of the fraction of aerosol optical thickness attributed to the fine mode and several derived parameters including reflected spectral solar flux at top of atmosphere. Over ocean, the aerosol optical thickness is provided in seven wavelengths from 0.47 µm to 2.13 µm. In addition, quantitative aerosol size information includes effective radius of the aerosol and quantitative fraction of optical thickness attributed to the fine mode. Spectral irradiance contributed by the aerosol, mass concentration and number of cloud condensation nuclei round out the list of available aerosol products over the ocean. The spectral optical thickness and effective radius of the aerosol over the ocean are validated by comparison with two years of AERONET data gleaned from 132 AERONET stations. 8000 MODIS aerosol retrievals co-located with AERONET measurements confirm that one-standard deviation of MODIS optical thickness retrievals fall within the predicted uncertainty of Δτ=±0.03±0.05τ over ocean and Δτ=±0.05±0.15τ over land. 271 MODIS aerosol retrievals colocated with AERONET inversions at island and coastal sites suggest that one-standard deviation of MODIS effective radius retrievals falls within Δr_eff = ±0.11 µm. The accuracy of the MODIS retrievals suggests that the product can be used to help narrow the uncertainties associated with aerosol radiative forcing of global climate.

Journal of Geophysical Research, 1998
Black carbon mass absorption efficiencies of smoke particles were measured for various types of b... more Black carbon mass absorption efficiencies of smoke particles were measured for various types of biomass fires during the Smoke, Clouds, and Radiation-Brazil (SCAR-B) experiment using thermal evolution measurements for black carbon and optical absorption methods. The obtained results range between 5.2 and 19.3 m 2 g-1 with an average value of 12.1 + 4.0 m 2 g-1. Particle size distributions and optical properties were also measured to provide a full set of physical parameters for modeling calculations. Mie theory was used to model the optical properties of the particles assuming both internal and external mixtures coupling the modeling calculations with the experimental results obtained during the campaign. For internal mixing, a particle model with a layered structure consisting of an absorbing black carbon core, surrounded by a nonabsorbing shell, was assumed. Also, for internal mixing, a discrete dipole approximation code was used to simulate packed soot clusters commonly found in electron microscopy photographs of filters collected during the experiment. The modeled results for layered spheres and packed clusters explain black carbon mass absorption coefficients up to values of about 25 m 2 g-l, but measurements show even higher values which were correlated with the chemical composition and characteristics of the structure of the particles. Unrealistic high values of black carbon absorption efficiencies were linked to high concentrations of K, which influence the volatilization of black carbon (BC) at lower temperatures than usual, possibly causing artifacts in the determination of BC by thermal technique. The modeling results are compared with nephelometer and light absorption measurements. Paper number 98JD02593. 0148-0227/98/98 JD-02593509.00
Science, 2004
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Books by Jose Antonio Martins

Luz-Lagos- Monographic Study, 2005
The monographic study related to the small town of Luz, is presented
as an historical investigati... more The monographic study related to the small town of Luz, is presented
as an historical investigation dating from its most remote origins
(documentally proven) to the present moment, where the daily life of
the people continues in much the same way.
From a name with a triple etymological derivative, the parish should
be called Vila da Luz. In medieval times, it was designated “Nossa Senhora da Luz”; nowadays
it is called “Praia da Luz”. These last two names possess two
points for analysis, in space as well as time.
“Nossa Senhora da Luz” as its name would indicate, has to do with a
saint which in medieval hagiography possessed a historic characterization to the daily life of the inhabitants of Luz. The church parish functioned as a privileged extension of the “service of God” which Zurara characterized so well in his chronicles. At this time, people lived and moved according to the directives of the church. Furthermore, people were predestined to serve liturgical aims on penalty of excommunication and all which that implies.
This cultural force was even stronger in the coastal settlements.
Nossa Senhora da Luz became the patron saint of the parish and the
fisherman followed the directives emanating from the personages of
the lower clergy, designated by the Bishopric of the then Kingdom of
the Algarve. In this way, the parish was called “the parish of Nossa Senhora da Luz”.
Why “Nossa Senhora da Luz”?
Why not another hagiographic
title?
In search of the reasons which form the basis for this choice, we
were not able to obtain verification, but we can mention that the etymological meaning of the name of the Patron Saint is associated with the Virgin Mary and her cult from the Middle Ages.
From the 12th century on, we find many places associated with the
cult of Mary, the fishing villages being the places with the most religious
influence, namely on the coastal zones of the Algarve.
As far as the name “Praia da Luz” is concerned- its characterization
presents less difficulty for our analysis.
“Praia da Luz”, presents a double characteristic: Beach of a locality
and place where the fishing boats concentrated after labour.
We think that the denomination attributed has to do with the large
number of swimmers who began to flock to Luz from the beginning of
the 20th century and by word of mouth the name became established.
On the other hand, the concentration of fishermen (and their wealth) at
the beach of Luz, endowed the settlement with the denomination
which still exists in the cultural-mental sphere of the population of
Lagos and Luz.
Concluding these explanations about the name, it must be established
as “Vila da Luz”. “The Place”, “the Village” (of fishermen), the small town of Luz, has known moments of social-economic development throughout its history, and its sense of social-political orientation has been synonimous with the collection of riches and by stopping any eventual tendencies towards isolation of its population in times of crisis.
To characterize the small town of Luz in contemporary terms is,
above all, to initiate a theme of historic investigation never before
done in the Algarve, namely in the Western Algarve and especially in
the Lagos area. Its origins are ancient, although documentation begins in the Seiscentista era (1673).
One of the factors which leads to a more remote history has to do
with the construction of forts and fortifications in its peripheral territory.
In effect, through iconographic consultation, we can verify that
its origen is much further back in time.
One of the most interersting periods in its history is connected to the
Portuguese Discoveries, namely the Henry the Navigator phase and
the construction of military fortifications creating obstacles against
the attacks of the Moors in this area of the Western Algarve. Invested
as they later were, overall in the 18th century, with political roots, with
the famous naval battles along the bay of Lagos.
From the 20th century on, the studies relating to local history became
a connecting link between those who study history-science and the
auxiliary sciences of History.
The studies relating to the monographic aspects of the settlements
studied, would contribute to the local populations being more conscious
of their historical roots and to the search of a cultural angle of those
who settled (temporarily or not) in the small town of Luz, of the council
of Lagos.

As Mais Antigas Receitas de Batata Doce dos séculos XVIII e XIX, 2019
O estudo sobre a batata doce, desde a sua origem, introdução na Europa e especialmente em Portuga... more O estudo sobre a batata doce, desde a sua origem, introdução na Europa e especialmente em Portugal, tem tido desde alguns anos a atenção de vários especialistas, quer no domínio académico quer no domínio do receituário colocado à disposição do público através da preparação das receitas conhecidas, sobretudo as que durante o século XX foram criadas e inventadas ao sabor da imaginação dos apaixonados, sobretudo da batata doce.
Conhecidos os receituários do século XVIII, sobretudo ao nível da Doçaria Conventual e o conjunto de receituários do século XIX, pouco (ou quase nada) se conhecia sobre as receitas mais antigas de batata doce, embora as mesmas tenham sido impressas em publicações que se esgotaram rapidamente e que presentemente apenas são acessíveis a especialistas, O acesso ao conjunto das receitas oriundas dos séculos XVIII (escassas e XIX (neste estudo reproduzimos 17 num conjunto de dezoito receitas)) apenas estão acessíveis em Arquivos ou Centros de Documentação especializados. Por outro lado, os receituários impressos encontram-se esgotados e dificilmente os encontramos em Arquivos ou Bibliotecas da especialidade. Acresce salientar que no conjunto das receitas agora publicadas, em número de 18 receitas, uma insere-se numa publicação datada de 1884 e quatro numa publicação impressa no ano de 1884.
Numa abordagem síntese sobre as receitas encontradas para os anos de 1841 e de 1884, salientamos que a datada de 1884 tem o título de Batatas com leite e que a mesma se encontra inserida numa pequena publicação que mais se assemelha a um livro de bolso (apresentando as dimensões de 13 cm x 8 cm), bem diferente das dimensões dos livros que consultámos sobre gastronomia e doçaria do século XIX. Esta pequena publicação (de acesso restrito e que em 2017 não nos foi possível observar atendendo à sua indisponibilidade de consulta) apresenta uma característica interessante para designar uma outra variedade de batata que não a dita vulgar e mesmo a já conhecida e divulgada no século XIX, a batata doce. Na realidade, na única receita que integra o conjunto das dezoito receitas agora dadas à estampa neste estudo, têm como ingrediente principal a denominada batata chinesa, originária da América do Sul, apresentando a mesma aparência da batata doce, com uma consistência macia e gosto adocicado, tomando o nome sui generis de batata yacon (Smallanthus sonchifolius). Contudo, a sua coloração é acastanhada e o seu interior muito amarelado com semelhanças à pêra. Não apresenta, pois, as características notórias da batata doce bem conhecidas do público especializado e do consumidor, em geral.
Considerando as semelhanças das propriedades da dita batata chinesa, que para o autor (anónimo) do livro intitulado:- O Cozinheiro Completo ou o Mestre dos Cozinheiros, Nova Arte de Cozinheiro, Copeiro, Confeiteiro e Licorista, Lisboa, Livraria Editora de J.J. Bordalo, 1884, seriam muito semelhantes às das batatas doces, incluímos nesta 2ªedição, esta receita que nos parece dever ser incluída no conjunto das restantes.
Nesta nova incursão nos Centros de Documentação nacionais, tivemos o ensejo de encontrar um livro, também de outro autor anónimo, intitulado:- Novo Manual do Cozinheiro ou Arte da Cozinha, impresso em 1841 e que nos oferece três novas receitas, as quais, pelas suas características também merecem serem incluídas no conjunto das receitas de batata doce datadas para o século XIX.
Na edição de 2017, incluímos na Bibliografia deste estudo a menção a esta obra, como uma das referências bibliográficas sobre receitas antigas associadas à batata doce. Tal como a mencionada e datada de 1884, não tivemos oportunidade de a consultar em virtude do seu acesso estar reservado e não disponível durante a organização da bibliografia para este trabalho. Havendo a possibilidade de a consultar para esta nova edição, foi-nos possível observar que o autor fez a distinção entre duas variedades de batatas:-as patatas e a batata. Se as patatas devem ser identificadas como as batatas que não são ou apresentam propriedades apelidadas como “açucarada, e he (…) apetecível por delicada”, isto é, uma clara referência a uma variedade do tipo das batatas doces, se não as próprias, no que respeita à batata, o autor refere-se á mesma do seguinte modo:-“Batatas. A batata tão similhante á patata, he menos farinhosa, porém mais açucarada, e he também mais apetecível por delicada. Prepara-se como as alcachofras, cortada em rodas delgadinhas, e frige-se como as patatas.” Consultada a referida obra impressa, constatámos que existem receitas que podendo ser confeccionadas com batatas, tanto como fritas, assadas ou mesmo em torresmos, entendemos que as quatro receitas em que a dita batata possa aparecer (como constatámos), devem ser incluídas no conjunto do receituário das mais antigas receitas de batata doce do século XIX. Com a publicação deste conjunto especifico de receitas que abrangem a batata doce, entendemos que as que doravante serão conhecidas do público em geral, integram a primazia de terem sido as primeiras que em Portugal se editaram, mesmo com influências estrangeiras, mas todas impressas nos séculos XVIII e XIX. Ao limitarmos o período de estudo do receituário associado à batata doce não o fazemos por questões cronológicas, nem mesmo porque assim nos foi predeterminado. A escolha por estas balizas cronológicas foi simplesmente determinada pela situação da não existência de receitas para os séculos precedentes, atendendo que a aceitação da batata, em geral por parte da população europeia foi muito tardia, tendo a mesma sido designada por bastarda nos séculos XVI-XVII por parte da população inglesa, para além de lhe ter sido atribuída vários atributos, tais como desenxabida, flatulenta, indigesta, debilitante e malsã, adequada apenas ao sustento de animais, de acordo com a opinião de alguns médicos da época. De entre os estudos que foram realizados ao nível da origem, introdução e propriedades da batata, em geral e batata doce em particular, no âmbito da historiografia europeia, merece destaque a obra de Readliffe N. Salaman, The History and Social Influence of the Potato2, assim como será justo referir que para o caso português, merecem destaque as publicações da Professora Doutora Isabel Drumond Braga, muitas, aliás, referenciadas na Bibliografia desta estudo e que nos acompanharam na realização desta investigação. Ao longo destas páginas, pretendemos dar a conhecer o estado actual dos conhecimentos sobre a batata doce e sobretudo as receitas mais antigas editadas em Portugal. Através da transcrição deste conjunto de dezoito receitas associadas a um conjunto de anotações onde se explicam o significado de determinadas expressões, palavras e medidas da época, pensamos que o publico poderá, se assim entender, preparar várias iguarias que hoje se repetem no imaginário e na recriação de tantas outras tendo como matriz essencial as tradicionais, mais do que isto, as verdadeiras receitas de batata doce. Outra novidade nesta segunda edição é a inclusão no Apêndice Documental deste estudo, da reprodução da primeira imagem da batata, a qual se encontra inserida na obra de John Gerarde, com o título The Herball of General History of Plants. Gathered by John Gerarde of London Master in Chirurgerie impressa em Londres por John Norton no ano de 1597 e que existente na seção de rare books da Weston Library-Universidade de Oxford.
Na primeira edição reproduzimos uma imagem, também da planta da batata, mas essa referia-se à batata proveniente do Estado da Virgínia, tendo o seu nome associado ao citado Estado norte americano. A que damos a conhecimento público nesta 2ª edição não se encontra vinculada a nenhuma localidade específica, sendo apenas apresentada como Potatus or Potatoes.
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Papers by Jose Antonio Martins
Umas das temáticas menos abordadas, relaciona-se com a problemática do lazer infanto-juvenil, onde as brincadeiras e os brinquedos constituem o centro deste breve estudo.
Em Frei Bartolomeu dos Mártires a religião de Jesus Cristo manifesta-se especialmente sob o ponto de vista da esmola, mas com D. Francisco Gomes a religião do Bom Jesus é a poderosa alavanca que imprime força, vida e amor em todas as manifestações da vida humana.
Em Frei Bartolomeu dos Mártires vê-se claramente quanto a religião protege os pobres e os miseráveis, mas em D. Francisco Gomes a religião não é somente a poesia do Coração, mas a cadeia de ouro, que prendendo os homens ao trono Eterno, os liga também entre si e ao Estado, fomentando todos os desenvolvimentos sociais e dando força e luz a todos os esforços do homem contra a natureza bruta…
D. Francisco Gomes não se limitou a pregar doutrinas divinas, foi mais longe porque também pregou as doutrinas humanas.».
A terminar, apenas acrescentamos uma frase que lhe é atribuída que, no nosso entendimento, corrobora todo o seu pensamento e a obra que hoje admiramos e que se consubstancia, segundo as palavras do Bispo de Milão, S. Carlos Borromeu, «modelo de bispos e espelho de virtudes cristãs», referindo-se a Bartolomeu do Vale (que tomou o nome de D. Frei Bartolomeu dos Mártires) e do próprio S. Carlos Borromeu (Bispo de Milão, fundador dos Seminários diocesanos), os quais, D. Francisco Gomes do Avelar, tentou, assim comprovam as suas obras e escritos, de ter seguido os respectivos exemplos, tendo feito jus à História da Igreja, de salvar a honra do convento.
Entre um Portugal do norte e do centro, e uma região extrema a sul-o Algarve. encontramos uma região singular no contexto nacional, tanto ao nível da governação como ao nível do seu desenvolvimento. Entre cristãos conquistadores e muçulmanos conquistados; entre culturas diversificadas num mosaico de interesses particulares e concelhios, esta região possuiu a particularidade, nos momentos mais decisivos da sua sobrevivência socioeconómica de aglutinar interesses colectivos, exemplificando, com a respectiva presença em Cortes e a resposta positiva, dos monarcas, aos sucessivos pedidos por parte das gentes algarvias.
Neste contexto e na construção de uma identidade secular, algumas personalidades se destacaram nesse contributo de uma região menos assimétrica geograficamente, mas sobretudo na projecção e concretização de desígnios, que muitas vezes, não sendo os seus, por naturalidade, os assumiram de corpo inteiro.
Books by Jose Antonio Martins
as an historical investigation dating from its most remote origins
(documentally proven) to the present moment, where the daily life of
the people continues in much the same way.
From a name with a triple etymological derivative, the parish should
be called Vila da Luz. In medieval times, it was designated “Nossa Senhora da Luz”; nowadays
it is called “Praia da Luz”. These last two names possess two
points for analysis, in space as well as time.
“Nossa Senhora da Luz” as its name would indicate, has to do with a
saint which in medieval hagiography possessed a historic characterization to the daily life of the inhabitants of Luz. The church parish functioned as a privileged extension of the “service of God” which Zurara characterized so well in his chronicles. At this time, people lived and moved according to the directives of the church. Furthermore, people were predestined to serve liturgical aims on penalty of excommunication and all which that implies.
This cultural force was even stronger in the coastal settlements.
Nossa Senhora da Luz became the patron saint of the parish and the
fisherman followed the directives emanating from the personages of
the lower clergy, designated by the Bishopric of the then Kingdom of
the Algarve. In this way, the parish was called “the parish of Nossa Senhora da Luz”.
Why “Nossa Senhora da Luz”?
Why not another hagiographic
title?
In search of the reasons which form the basis for this choice, we
were not able to obtain verification, but we can mention that the etymological meaning of the name of the Patron Saint is associated with the Virgin Mary and her cult from the Middle Ages.
From the 12th century on, we find many places associated with the
cult of Mary, the fishing villages being the places with the most religious
influence, namely on the coastal zones of the Algarve.
As far as the name “Praia da Luz” is concerned- its characterization
presents less difficulty for our analysis.
“Praia da Luz”, presents a double characteristic: Beach of a locality
and place where the fishing boats concentrated after labour.
We think that the denomination attributed has to do with the large
number of swimmers who began to flock to Luz from the beginning of
the 20th century and by word of mouth the name became established.
On the other hand, the concentration of fishermen (and their wealth) at
the beach of Luz, endowed the settlement with the denomination
which still exists in the cultural-mental sphere of the population of
Lagos and Luz.
Concluding these explanations about the name, it must be established
as “Vila da Luz”. “The Place”, “the Village” (of fishermen), the small town of Luz, has known moments of social-economic development throughout its history, and its sense of social-political orientation has been synonimous with the collection of riches and by stopping any eventual tendencies towards isolation of its population in times of crisis.
To characterize the small town of Luz in contemporary terms is,
above all, to initiate a theme of historic investigation never before
done in the Algarve, namely in the Western Algarve and especially in
the Lagos area. Its origins are ancient, although documentation begins in the Seiscentista era (1673).
One of the factors which leads to a more remote history has to do
with the construction of forts and fortifications in its peripheral territory.
In effect, through iconographic consultation, we can verify that
its origen is much further back in time.
One of the most interersting periods in its history is connected to the
Portuguese Discoveries, namely the Henry the Navigator phase and
the construction of military fortifications creating obstacles against
the attacks of the Moors in this area of the Western Algarve. Invested
as they later were, overall in the 18th century, with political roots, with
the famous naval battles along the bay of Lagos.
From the 20th century on, the studies relating to local history became
a connecting link between those who study history-science and the
auxiliary sciences of History.
The studies relating to the monographic aspects of the settlements
studied, would contribute to the local populations being more conscious
of their historical roots and to the search of a cultural angle of those
who settled (temporarily or not) in the small town of Luz, of the council
of Lagos.
Conhecidos os receituários do século XVIII, sobretudo ao nível da Doçaria Conventual e o conjunto de receituários do século XIX, pouco (ou quase nada) se conhecia sobre as receitas mais antigas de batata doce, embora as mesmas tenham sido impressas em publicações que se esgotaram rapidamente e que presentemente apenas são acessíveis a especialistas, O acesso ao conjunto das receitas oriundas dos séculos XVIII (escassas e XIX (neste estudo reproduzimos 17 num conjunto de dezoito receitas)) apenas estão acessíveis em Arquivos ou Centros de Documentação especializados. Por outro lado, os receituários impressos encontram-se esgotados e dificilmente os encontramos em Arquivos ou Bibliotecas da especialidade. Acresce salientar que no conjunto das receitas agora publicadas, em número de 18 receitas, uma insere-se numa publicação datada de 1884 e quatro numa publicação impressa no ano de 1884.
Numa abordagem síntese sobre as receitas encontradas para os anos de 1841 e de 1884, salientamos que a datada de 1884 tem o título de Batatas com leite e que a mesma se encontra inserida numa pequena publicação que mais se assemelha a um livro de bolso (apresentando as dimensões de 13 cm x 8 cm), bem diferente das dimensões dos livros que consultámos sobre gastronomia e doçaria do século XIX. Esta pequena publicação (de acesso restrito e que em 2017 não nos foi possível observar atendendo à sua indisponibilidade de consulta) apresenta uma característica interessante para designar uma outra variedade de batata que não a dita vulgar e mesmo a já conhecida e divulgada no século XIX, a batata doce. Na realidade, na única receita que integra o conjunto das dezoito receitas agora dadas à estampa neste estudo, têm como ingrediente principal a denominada batata chinesa, originária da América do Sul, apresentando a mesma aparência da batata doce, com uma consistência macia e gosto adocicado, tomando o nome sui generis de batata yacon (Smallanthus sonchifolius). Contudo, a sua coloração é acastanhada e o seu interior muito amarelado com semelhanças à pêra. Não apresenta, pois, as características notórias da batata doce bem conhecidas do público especializado e do consumidor, em geral.
Considerando as semelhanças das propriedades da dita batata chinesa, que para o autor (anónimo) do livro intitulado:- O Cozinheiro Completo ou o Mestre dos Cozinheiros, Nova Arte de Cozinheiro, Copeiro, Confeiteiro e Licorista, Lisboa, Livraria Editora de J.J. Bordalo, 1884, seriam muito semelhantes às das batatas doces, incluímos nesta 2ªedição, esta receita que nos parece dever ser incluída no conjunto das restantes.
Nesta nova incursão nos Centros de Documentação nacionais, tivemos o ensejo de encontrar um livro, também de outro autor anónimo, intitulado:- Novo Manual do Cozinheiro ou Arte da Cozinha, impresso em 1841 e que nos oferece três novas receitas, as quais, pelas suas características também merecem serem incluídas no conjunto das receitas de batata doce datadas para o século XIX.
Na edição de 2017, incluímos na Bibliografia deste estudo a menção a esta obra, como uma das referências bibliográficas sobre receitas antigas associadas à batata doce. Tal como a mencionada e datada de 1884, não tivemos oportunidade de a consultar em virtude do seu acesso estar reservado e não disponível durante a organização da bibliografia para este trabalho. Havendo a possibilidade de a consultar para esta nova edição, foi-nos possível observar que o autor fez a distinção entre duas variedades de batatas:-as patatas e a batata. Se as patatas devem ser identificadas como as batatas que não são ou apresentam propriedades apelidadas como “açucarada, e he (…) apetecível por delicada”, isto é, uma clara referência a uma variedade do tipo das batatas doces, se não as próprias, no que respeita à batata, o autor refere-se á mesma do seguinte modo:-“Batatas. A batata tão similhante á patata, he menos farinhosa, porém mais açucarada, e he também mais apetecível por delicada. Prepara-se como as alcachofras, cortada em rodas delgadinhas, e frige-se como as patatas.” Consultada a referida obra impressa, constatámos que existem receitas que podendo ser confeccionadas com batatas, tanto como fritas, assadas ou mesmo em torresmos, entendemos que as quatro receitas em que a dita batata possa aparecer (como constatámos), devem ser incluídas no conjunto do receituário das mais antigas receitas de batata doce do século XIX. Com a publicação deste conjunto especifico de receitas que abrangem a batata doce, entendemos que as que doravante serão conhecidas do público em geral, integram a primazia de terem sido as primeiras que em Portugal se editaram, mesmo com influências estrangeiras, mas todas impressas nos séculos XVIII e XIX. Ao limitarmos o período de estudo do receituário associado à batata doce não o fazemos por questões cronológicas, nem mesmo porque assim nos foi predeterminado. A escolha por estas balizas cronológicas foi simplesmente determinada pela situação da não existência de receitas para os séculos precedentes, atendendo que a aceitação da batata, em geral por parte da população europeia foi muito tardia, tendo a mesma sido designada por bastarda nos séculos XVI-XVII por parte da população inglesa, para além de lhe ter sido atribuída vários atributos, tais como desenxabida, flatulenta, indigesta, debilitante e malsã, adequada apenas ao sustento de animais, de acordo com a opinião de alguns médicos da época. De entre os estudos que foram realizados ao nível da origem, introdução e propriedades da batata, em geral e batata doce em particular, no âmbito da historiografia europeia, merece destaque a obra de Readliffe N. Salaman, The History and Social Influence of the Potato2, assim como será justo referir que para o caso português, merecem destaque as publicações da Professora Doutora Isabel Drumond Braga, muitas, aliás, referenciadas na Bibliografia desta estudo e que nos acompanharam na realização desta investigação. Ao longo destas páginas, pretendemos dar a conhecer o estado actual dos conhecimentos sobre a batata doce e sobretudo as receitas mais antigas editadas em Portugal. Através da transcrição deste conjunto de dezoito receitas associadas a um conjunto de anotações onde se explicam o significado de determinadas expressões, palavras e medidas da época, pensamos que o publico poderá, se assim entender, preparar várias iguarias que hoje se repetem no imaginário e na recriação de tantas outras tendo como matriz essencial as tradicionais, mais do que isto, as verdadeiras receitas de batata doce. Outra novidade nesta segunda edição é a inclusão no Apêndice Documental deste estudo, da reprodução da primeira imagem da batata, a qual se encontra inserida na obra de John Gerarde, com o título The Herball of General History of Plants. Gathered by John Gerarde of London Master in Chirurgerie impressa em Londres por John Norton no ano de 1597 e que existente na seção de rare books da Weston Library-Universidade de Oxford.
Na primeira edição reproduzimos uma imagem, também da planta da batata, mas essa referia-se à batata proveniente do Estado da Virgínia, tendo o seu nome associado ao citado Estado norte americano. A que damos a conhecimento público nesta 2ª edição não se encontra vinculada a nenhuma localidade específica, sendo apenas apresentada como Potatus or Potatoes.
Umas das temáticas menos abordadas, relaciona-se com a problemática do lazer infanto-juvenil, onde as brincadeiras e os brinquedos constituem o centro deste breve estudo.
Em Frei Bartolomeu dos Mártires a religião de Jesus Cristo manifesta-se especialmente sob o ponto de vista da esmola, mas com D. Francisco Gomes a religião do Bom Jesus é a poderosa alavanca que imprime força, vida e amor em todas as manifestações da vida humana.
Em Frei Bartolomeu dos Mártires vê-se claramente quanto a religião protege os pobres e os miseráveis, mas em D. Francisco Gomes a religião não é somente a poesia do Coração, mas a cadeia de ouro, que prendendo os homens ao trono Eterno, os liga também entre si e ao Estado, fomentando todos os desenvolvimentos sociais e dando força e luz a todos os esforços do homem contra a natureza bruta…
D. Francisco Gomes não se limitou a pregar doutrinas divinas, foi mais longe porque também pregou as doutrinas humanas.».
A terminar, apenas acrescentamos uma frase que lhe é atribuída que, no nosso entendimento, corrobora todo o seu pensamento e a obra que hoje admiramos e que se consubstancia, segundo as palavras do Bispo de Milão, S. Carlos Borromeu, «modelo de bispos e espelho de virtudes cristãs», referindo-se a Bartolomeu do Vale (que tomou o nome de D. Frei Bartolomeu dos Mártires) e do próprio S. Carlos Borromeu (Bispo de Milão, fundador dos Seminários diocesanos), os quais, D. Francisco Gomes do Avelar, tentou, assim comprovam as suas obras e escritos, de ter seguido os respectivos exemplos, tendo feito jus à História da Igreja, de salvar a honra do convento.
Entre um Portugal do norte e do centro, e uma região extrema a sul-o Algarve. encontramos uma região singular no contexto nacional, tanto ao nível da governação como ao nível do seu desenvolvimento. Entre cristãos conquistadores e muçulmanos conquistados; entre culturas diversificadas num mosaico de interesses particulares e concelhios, esta região possuiu a particularidade, nos momentos mais decisivos da sua sobrevivência socioeconómica de aglutinar interesses colectivos, exemplificando, com a respectiva presença em Cortes e a resposta positiva, dos monarcas, aos sucessivos pedidos por parte das gentes algarvias.
Neste contexto e na construção de uma identidade secular, algumas personalidades se destacaram nesse contributo de uma região menos assimétrica geograficamente, mas sobretudo na projecção e concretização de desígnios, que muitas vezes, não sendo os seus, por naturalidade, os assumiram de corpo inteiro.
as an historical investigation dating from its most remote origins
(documentally proven) to the present moment, where the daily life of
the people continues in much the same way.
From a name with a triple etymological derivative, the parish should
be called Vila da Luz. In medieval times, it was designated “Nossa Senhora da Luz”; nowadays
it is called “Praia da Luz”. These last two names possess two
points for analysis, in space as well as time.
“Nossa Senhora da Luz” as its name would indicate, has to do with a
saint which in medieval hagiography possessed a historic characterization to the daily life of the inhabitants of Luz. The church parish functioned as a privileged extension of the “service of God” which Zurara characterized so well in his chronicles. At this time, people lived and moved according to the directives of the church. Furthermore, people were predestined to serve liturgical aims on penalty of excommunication and all which that implies.
This cultural force was even stronger in the coastal settlements.
Nossa Senhora da Luz became the patron saint of the parish and the
fisherman followed the directives emanating from the personages of
the lower clergy, designated by the Bishopric of the then Kingdom of
the Algarve. In this way, the parish was called “the parish of Nossa Senhora da Luz”.
Why “Nossa Senhora da Luz”?
Why not another hagiographic
title?
In search of the reasons which form the basis for this choice, we
were not able to obtain verification, but we can mention that the etymological meaning of the name of the Patron Saint is associated with the Virgin Mary and her cult from the Middle Ages.
From the 12th century on, we find many places associated with the
cult of Mary, the fishing villages being the places with the most religious
influence, namely on the coastal zones of the Algarve.
As far as the name “Praia da Luz” is concerned- its characterization
presents less difficulty for our analysis.
“Praia da Luz”, presents a double characteristic: Beach of a locality
and place where the fishing boats concentrated after labour.
We think that the denomination attributed has to do with the large
number of swimmers who began to flock to Luz from the beginning of
the 20th century and by word of mouth the name became established.
On the other hand, the concentration of fishermen (and their wealth) at
the beach of Luz, endowed the settlement with the denomination
which still exists in the cultural-mental sphere of the population of
Lagos and Luz.
Concluding these explanations about the name, it must be established
as “Vila da Luz”. “The Place”, “the Village” (of fishermen), the small town of Luz, has known moments of social-economic development throughout its history, and its sense of social-political orientation has been synonimous with the collection of riches and by stopping any eventual tendencies towards isolation of its population in times of crisis.
To characterize the small town of Luz in contemporary terms is,
above all, to initiate a theme of historic investigation never before
done in the Algarve, namely in the Western Algarve and especially in
the Lagos area. Its origins are ancient, although documentation begins in the Seiscentista era (1673).
One of the factors which leads to a more remote history has to do
with the construction of forts and fortifications in its peripheral territory.
In effect, through iconographic consultation, we can verify that
its origen is much further back in time.
One of the most interersting periods in its history is connected to the
Portuguese Discoveries, namely the Henry the Navigator phase and
the construction of military fortifications creating obstacles against
the attacks of the Moors in this area of the Western Algarve. Invested
as they later were, overall in the 18th century, with political roots, with
the famous naval battles along the bay of Lagos.
From the 20th century on, the studies relating to local history became
a connecting link between those who study history-science and the
auxiliary sciences of History.
The studies relating to the monographic aspects of the settlements
studied, would contribute to the local populations being more conscious
of their historical roots and to the search of a cultural angle of those
who settled (temporarily or not) in the small town of Luz, of the council
of Lagos.
Conhecidos os receituários do século XVIII, sobretudo ao nível da Doçaria Conventual e o conjunto de receituários do século XIX, pouco (ou quase nada) se conhecia sobre as receitas mais antigas de batata doce, embora as mesmas tenham sido impressas em publicações que se esgotaram rapidamente e que presentemente apenas são acessíveis a especialistas, O acesso ao conjunto das receitas oriundas dos séculos XVIII (escassas e XIX (neste estudo reproduzimos 17 num conjunto de dezoito receitas)) apenas estão acessíveis em Arquivos ou Centros de Documentação especializados. Por outro lado, os receituários impressos encontram-se esgotados e dificilmente os encontramos em Arquivos ou Bibliotecas da especialidade. Acresce salientar que no conjunto das receitas agora publicadas, em número de 18 receitas, uma insere-se numa publicação datada de 1884 e quatro numa publicação impressa no ano de 1884.
Numa abordagem síntese sobre as receitas encontradas para os anos de 1841 e de 1884, salientamos que a datada de 1884 tem o título de Batatas com leite e que a mesma se encontra inserida numa pequena publicação que mais se assemelha a um livro de bolso (apresentando as dimensões de 13 cm x 8 cm), bem diferente das dimensões dos livros que consultámos sobre gastronomia e doçaria do século XIX. Esta pequena publicação (de acesso restrito e que em 2017 não nos foi possível observar atendendo à sua indisponibilidade de consulta) apresenta uma característica interessante para designar uma outra variedade de batata que não a dita vulgar e mesmo a já conhecida e divulgada no século XIX, a batata doce. Na realidade, na única receita que integra o conjunto das dezoito receitas agora dadas à estampa neste estudo, têm como ingrediente principal a denominada batata chinesa, originária da América do Sul, apresentando a mesma aparência da batata doce, com uma consistência macia e gosto adocicado, tomando o nome sui generis de batata yacon (Smallanthus sonchifolius). Contudo, a sua coloração é acastanhada e o seu interior muito amarelado com semelhanças à pêra. Não apresenta, pois, as características notórias da batata doce bem conhecidas do público especializado e do consumidor, em geral.
Considerando as semelhanças das propriedades da dita batata chinesa, que para o autor (anónimo) do livro intitulado:- O Cozinheiro Completo ou o Mestre dos Cozinheiros, Nova Arte de Cozinheiro, Copeiro, Confeiteiro e Licorista, Lisboa, Livraria Editora de J.J. Bordalo, 1884, seriam muito semelhantes às das batatas doces, incluímos nesta 2ªedição, esta receita que nos parece dever ser incluída no conjunto das restantes.
Nesta nova incursão nos Centros de Documentação nacionais, tivemos o ensejo de encontrar um livro, também de outro autor anónimo, intitulado:- Novo Manual do Cozinheiro ou Arte da Cozinha, impresso em 1841 e que nos oferece três novas receitas, as quais, pelas suas características também merecem serem incluídas no conjunto das receitas de batata doce datadas para o século XIX.
Na edição de 2017, incluímos na Bibliografia deste estudo a menção a esta obra, como uma das referências bibliográficas sobre receitas antigas associadas à batata doce. Tal como a mencionada e datada de 1884, não tivemos oportunidade de a consultar em virtude do seu acesso estar reservado e não disponível durante a organização da bibliografia para este trabalho. Havendo a possibilidade de a consultar para esta nova edição, foi-nos possível observar que o autor fez a distinção entre duas variedades de batatas:-as patatas e a batata. Se as patatas devem ser identificadas como as batatas que não são ou apresentam propriedades apelidadas como “açucarada, e he (…) apetecível por delicada”, isto é, uma clara referência a uma variedade do tipo das batatas doces, se não as próprias, no que respeita à batata, o autor refere-se á mesma do seguinte modo:-“Batatas. A batata tão similhante á patata, he menos farinhosa, porém mais açucarada, e he também mais apetecível por delicada. Prepara-se como as alcachofras, cortada em rodas delgadinhas, e frige-se como as patatas.” Consultada a referida obra impressa, constatámos que existem receitas que podendo ser confeccionadas com batatas, tanto como fritas, assadas ou mesmo em torresmos, entendemos que as quatro receitas em que a dita batata possa aparecer (como constatámos), devem ser incluídas no conjunto do receituário das mais antigas receitas de batata doce do século XIX. Com a publicação deste conjunto especifico de receitas que abrangem a batata doce, entendemos que as que doravante serão conhecidas do público em geral, integram a primazia de terem sido as primeiras que em Portugal se editaram, mesmo com influências estrangeiras, mas todas impressas nos séculos XVIII e XIX. Ao limitarmos o período de estudo do receituário associado à batata doce não o fazemos por questões cronológicas, nem mesmo porque assim nos foi predeterminado. A escolha por estas balizas cronológicas foi simplesmente determinada pela situação da não existência de receitas para os séculos precedentes, atendendo que a aceitação da batata, em geral por parte da população europeia foi muito tardia, tendo a mesma sido designada por bastarda nos séculos XVI-XVII por parte da população inglesa, para além de lhe ter sido atribuída vários atributos, tais como desenxabida, flatulenta, indigesta, debilitante e malsã, adequada apenas ao sustento de animais, de acordo com a opinião de alguns médicos da época. De entre os estudos que foram realizados ao nível da origem, introdução e propriedades da batata, em geral e batata doce em particular, no âmbito da historiografia europeia, merece destaque a obra de Readliffe N. Salaman, The History and Social Influence of the Potato2, assim como será justo referir que para o caso português, merecem destaque as publicações da Professora Doutora Isabel Drumond Braga, muitas, aliás, referenciadas na Bibliografia desta estudo e que nos acompanharam na realização desta investigação. Ao longo destas páginas, pretendemos dar a conhecer o estado actual dos conhecimentos sobre a batata doce e sobretudo as receitas mais antigas editadas em Portugal. Através da transcrição deste conjunto de dezoito receitas associadas a um conjunto de anotações onde se explicam o significado de determinadas expressões, palavras e medidas da época, pensamos que o publico poderá, se assim entender, preparar várias iguarias que hoje se repetem no imaginário e na recriação de tantas outras tendo como matriz essencial as tradicionais, mais do que isto, as verdadeiras receitas de batata doce. Outra novidade nesta segunda edição é a inclusão no Apêndice Documental deste estudo, da reprodução da primeira imagem da batata, a qual se encontra inserida na obra de John Gerarde, com o título The Herball of General History of Plants. Gathered by John Gerarde of London Master in Chirurgerie impressa em Londres por John Norton no ano de 1597 e que existente na seção de rare books da Weston Library-Universidade de Oxford.
Na primeira edição reproduzimos uma imagem, também da planta da batata, mas essa referia-se à batata proveniente do Estado da Virgínia, tendo o seu nome associado ao citado Estado norte americano. A que damos a conhecimento público nesta 2ª edição não se encontra vinculada a nenhuma localidade específica, sendo apenas apresentada como Potatus or Potatoes.