
Eva Gonçalves
Eva Gonçalves has a Ph.D. in Sociology from Iscte - Instituto Universitário de Lisboa, and is currently an integrated researcher in CIES - Centro de Investigação e Estudos de Sociologia and an Invited Teacher in Iscte. She is currently working on several projects in CIES. Published articles, books and book chapters in the field of Sociology of Education, but is also interested in research about Culture, Methodology and Religion.
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Books by Eva Gonçalves
Neste estudo, centramo-nos no equacionamento destas questões sobre o tema do currículo, que se constitui de certa forma como paradigmático nas mudanças verificadas na regulação do sistema, ao passar de um paradigma do currículo uniforme e prescritivo para um paradigma da flexibilização ou gestão curricular contextualizada, colocando no centro o trabalho das escolas e dos professores. A introdução deste paradigma pelas políticas educativas determinou às escolas a elaboração de um projeto curricular.
O presente estudo foi desenvolvido no âmbito do Projeto Curriculum Monitor, que se centra no desenvolvimento de modelos de análise e avaliação curricular, e do Projeto ESCXEL, uma rede de trabalho colaborativo entre municípios, escolas e um centro de investigação. Pretende-se, assim, perceber: i) De que forma as escolas concebem e mobilizam o projeto curricular como documento estratégico? ii) Como é que a participação em rede pode ajudar a melhorar as práticas de gestão curricular e tornar os profissionais mais reflexivos sobre essas práticas?
Privilegiou-se uma metodologia qualitativa, através da análise de conteúdo aos Projetos Curriculares e a técnica do focus group aplicada a três unidades orgânicas.
Os principais resultados demonstram que a natureza prescritiva da produção deste tipo de documentos, articulada com a pouca tradição de autonomia na condução do ensino por parte das escolas, e ainda o hábito predominante de trabalho docente em lógica individual/departamental, configuram explicações para uma escassa valia estratégica dos Projetos Curriculares como instrumentos de gestão curricular. Ainda assim, identificaram-se nos discursos algumas práticas de contextualização curricular que podem ser potenciadas com a participação em rede.
sistema educativo Português, sobretudo desde a década de oitenta do século passado. A
regulação partilhada entre Estado e comunidades locais, embora mantendo o Estado uma
forte centralização de poderes, deu origem a uma redistribuição das responsabilidades
tendo sido reconhecidos novos papéis a desempenhar por professores e pais: de parceiros
nos processos de gestão da escola e turmas e, ainda, de acionistas e de clientes por parte
das famílias. Na sequência desses novos papéis, aos professores pede-se que aceitem
novos elementos no interior das escolas com poder de decisão e aos encarregados de
educação que assumam responsabilidades que nunca haviam sido suas. Passados alguns
anos, importa analisar como os atores escolares e familiares se estão a apropriar dos seus
novos papéis em diferentes contextos familiares e educativos, análise que será conduzida
em três diferentes escalas. O trabalho começa por identificar as orientações nacionais para
a relação escola-família comparando o sistema educativo Português com outros sistemas
Europeus e traçando a evolução da relação possível entre professores e famílias desde
1835 até 2013 (escala macro). A partir das orientações nacionais procura-se identificar
como professores e famílias se apropriam dos seus novos papéis ao nível estratégico
(escala meso) e ao nível das turmas, entre diretores de turma e encarregados de educação
(escala micro). O sistema educativo nacional é um dos mais abertos à participação das
famílias, mas esta ainda é incipiente devido a limitações quer das escolas quer das famílias.
organization, in a context of (de)centralization and school autonomy. The reflection about recent trends in educational
policies points to a role transformation of some school and civil society actors in education, as they
set their framework of constraints and possibilities.
In this context, schools have to assume certain responsibilities, namely to relate and build themselves with the
surrounding community, both in identifying and sharing common goals or values and in strategically mobilizing
resources to address needs or enhance opportunities offered by local contexts. Families, local community
institutions and other actors interested in education are in turn called to have a more active role in education,
either by informal contacts, representation in school boards or participation in specific programs and projects.
Projects involving networks and partnerships between schools and/or other educational actors are becoming
more common nowadays, trying to address some particular issues such as the promotion of educational success,
the reduction of school-leavers or draw attention to questions as environment or volunteering. A certain
number of these emerge by the initiative of schools, university researchers, local actors or civil society organizations
and work with relative autonomy.
Collaborative networks are being conceptualized as a new tool of school administration and organization
based on horizontal relationships in order to achieve common goals, sometimes framed by social network
analysis, namely in association to social capital concept, or as communities.
Within this context, some salient questions arise, such as: How are networks/ partnerships in education built,
by whom, how do they work and for what purpose(s)? Do they constitute a regulatory instance in educational
systems? Does the participation in networks and partnerships have positive effect on learning and results?
Does it contribute to transform educational practices? What kind of networks worldwide perform for better
schooling? What is the role of strategic planning in education?
This Conference aimed to share experiences and scientific studies of networks and partnerships in education,
appealing to the participation of professionals and researchers in the field. Presenters were encouraged to
submit papers that offer reflection on practical experiences, new research or theoretical contributions, in the
three following areas:
1) School/Families partnerships;
2) School Networks;
3) School/Local Community Partnerships and Strategic Planning
With this publication, it is our aim to disseminate interesting ideas that could stimulate the debate in this area
of Education, articulating research and professional expertise.
All papers included in this e-book were presented during the Conference, and were subjected to a process of
peer-review before being published in these Proceedings (with the exception of papers by Susana Batista, Eva
Gonçalves and Rui Santos and by Joyce Epstein).
O processo de globalização das economias e das sociedades, a adesão à União Europeia e as modificações ao nível das estruturas familiares transformaram o discurso político e social relativamente à escola e à forma como ela deve servir a sociedade. Dos sistemas educativos pretende-se que respondam cada vez mais à necessidade de se integrarem nas dinâmicas locais e de sustentarem os processos de diferenciação social e cultural, o que exige uma maior proximidade das escolas às suas comunidades (constituídas pelas autarquias, empresas, instituições variadas, famílias dos alunos, etc) por forma a aumentar a comunicação e a concertação de objectivos e de estratégias. Também os níveis de escolarização mais elevados dos pais e o cada vez maior acesso a um grande número de informações, faz com que a população de uma forma em geral esteja mais atenta ao que se passa nas escolas.
O insucesso escolar dos alunos deixou de poder ser explicado unicamente pela diferenciação de classes como nas teorias da reprodução social e muitos estudos apontam para fortes estratégias de escolarização junto das classes sociais mais desfavorecidas. Outros estudos indicam que a maior proximidade entre famílias e escola e um maior envolvimento parental nos percursos escolares dos filhos, aumenta as probabilidades de sucesso por parte dos alunos.
Por influência desses autores e tentando perceber se uma maior disponibilidade de capital social dos alunos e um maior envolvimento parental dos seus pais facilita o sucesso escolar, procurámos saber se as Escolas Integradas possibilitam a obtenção de níveis mais elevados do que as Escolas Segmentadas (onde os alunos frequentam sucessivos espaços físicos e desfrutam de ambientes organizacionais diferenciados, tendo de estabelecer, assim tal como os seus encarregados de educação, novos contactos com novos professores) tal como era preconizado nos objectivos da criação das primeiras. E, ainda, perceber se um maior envolvimento parental cria maiores possibilidades de sucesso escolar.
Através dos dados recolhidos, percebemos que não existem diferenças estatisticamente significativas, na maior parte dos indicadores estudados, entre os dois tipos de escolas. Talvez porque no nosso país essas escolas são ainda relativamente recentes (1993), muitas vezes ainda em processo de reconstrução das infra-estruturas necessárias e também porque em muitas ainda não existem projectos educativos únicos que promovam o sucesso da aprendizagem desde o pré-escolar até ao 9.º ano. Continuando a existir projectos educativos por ciclo de escolaridade, muitas vezes escritos sem intervenção significativa da comunidade onde se incluem as famílias dos alunos, empresas, entre outros. Por outro lado, descobrimos que, nos dois tipos de escolas, um maior envolvimento parental cria probabilidades mais elevadas de sucesso escolar, sobretudo quando as expectativas das famílias dos alunos e dos próprios são também elevadas (desejo de completar o ensino superior)."
Papers by Eva Gonçalves
Neste estudo, centramo-nos no equacionamento destas questões sobre o tema do currículo, que se constitui de certa forma como paradigmático nas mudanças verificadas na regulação do sistema, ao passar de um paradigma do currículo uniforme e prescritivo para um paradigma da flexibilização ou gestão curricular contextualizada, colocando no centro o trabalho das escolas e dos professores. A introdução deste paradigma pelas políticas educativas determinou às escolas a elaboração de um projeto curricular.
O presente estudo foi desenvolvido no âmbito do Projeto Curriculum Monitor, que se centra no desenvolvimento de modelos de análise e avaliação curricular, e do Projeto ESCXEL, uma rede de trabalho colaborativo entre municípios, escolas e um centro de investigação. Pretende-se, assim, perceber: i) De que forma as escolas concebem e mobilizam o projeto curricular como documento estratégico? ii) Como é que a participação em rede pode ajudar a melhorar as práticas de gestão curricular e tornar os profissionais mais reflexivos sobre essas práticas?
Privilegiou-se uma metodologia qualitativa, através da análise de conteúdo aos Projetos Curriculares e a técnica do focus group aplicada a três unidades orgânicas.
Os principais resultados demonstram que a natureza prescritiva da produção deste tipo de documentos, articulada com a pouca tradição de autonomia na condução do ensino por parte das escolas, e ainda o hábito predominante de trabalho docente em lógica individual/departamental, configuram explicações para uma escassa valia estratégica dos Projetos Curriculares como instrumentos de gestão curricular. Ainda assim, identificaram-se nos discursos algumas práticas de contextualização curricular que podem ser potenciadas com a participação em rede.
sistema educativo Português, sobretudo desde a década de oitenta do século passado. A
regulação partilhada entre Estado e comunidades locais, embora mantendo o Estado uma
forte centralização de poderes, deu origem a uma redistribuição das responsabilidades
tendo sido reconhecidos novos papéis a desempenhar por professores e pais: de parceiros
nos processos de gestão da escola e turmas e, ainda, de acionistas e de clientes por parte
das famílias. Na sequência desses novos papéis, aos professores pede-se que aceitem
novos elementos no interior das escolas com poder de decisão e aos encarregados de
educação que assumam responsabilidades que nunca haviam sido suas. Passados alguns
anos, importa analisar como os atores escolares e familiares se estão a apropriar dos seus
novos papéis em diferentes contextos familiares e educativos, análise que será conduzida
em três diferentes escalas. O trabalho começa por identificar as orientações nacionais para
a relação escola-família comparando o sistema educativo Português com outros sistemas
Europeus e traçando a evolução da relação possível entre professores e famílias desde
1835 até 2013 (escala macro). A partir das orientações nacionais procura-se identificar
como professores e famílias se apropriam dos seus novos papéis ao nível estratégico
(escala meso) e ao nível das turmas, entre diretores de turma e encarregados de educação
(escala micro). O sistema educativo nacional é um dos mais abertos à participação das
famílias, mas esta ainda é incipiente devido a limitações quer das escolas quer das famílias.
organization, in a context of (de)centralization and school autonomy. The reflection about recent trends in educational
policies points to a role transformation of some school and civil society actors in education, as they
set their framework of constraints and possibilities.
In this context, schools have to assume certain responsibilities, namely to relate and build themselves with the
surrounding community, both in identifying and sharing common goals or values and in strategically mobilizing
resources to address needs or enhance opportunities offered by local contexts. Families, local community
institutions and other actors interested in education are in turn called to have a more active role in education,
either by informal contacts, representation in school boards or participation in specific programs and projects.
Projects involving networks and partnerships between schools and/or other educational actors are becoming
more common nowadays, trying to address some particular issues such as the promotion of educational success,
the reduction of school-leavers or draw attention to questions as environment or volunteering. A certain
number of these emerge by the initiative of schools, university researchers, local actors or civil society organizations
and work with relative autonomy.
Collaborative networks are being conceptualized as a new tool of school administration and organization
based on horizontal relationships in order to achieve common goals, sometimes framed by social network
analysis, namely in association to social capital concept, or as communities.
Within this context, some salient questions arise, such as: How are networks/ partnerships in education built,
by whom, how do they work and for what purpose(s)? Do they constitute a regulatory instance in educational
systems? Does the participation in networks and partnerships have positive effect on learning and results?
Does it contribute to transform educational practices? What kind of networks worldwide perform for better
schooling? What is the role of strategic planning in education?
This Conference aimed to share experiences and scientific studies of networks and partnerships in education,
appealing to the participation of professionals and researchers in the field. Presenters were encouraged to
submit papers that offer reflection on practical experiences, new research or theoretical contributions, in the
three following areas:
1) School/Families partnerships;
2) School Networks;
3) School/Local Community Partnerships and Strategic Planning
With this publication, it is our aim to disseminate interesting ideas that could stimulate the debate in this area
of Education, articulating research and professional expertise.
All papers included in this e-book were presented during the Conference, and were subjected to a process of
peer-review before being published in these Proceedings (with the exception of papers by Susana Batista, Eva
Gonçalves and Rui Santos and by Joyce Epstein).
O processo de globalização das economias e das sociedades, a adesão à União Europeia e as modificações ao nível das estruturas familiares transformaram o discurso político e social relativamente à escola e à forma como ela deve servir a sociedade. Dos sistemas educativos pretende-se que respondam cada vez mais à necessidade de se integrarem nas dinâmicas locais e de sustentarem os processos de diferenciação social e cultural, o que exige uma maior proximidade das escolas às suas comunidades (constituídas pelas autarquias, empresas, instituições variadas, famílias dos alunos, etc) por forma a aumentar a comunicação e a concertação de objectivos e de estratégias. Também os níveis de escolarização mais elevados dos pais e o cada vez maior acesso a um grande número de informações, faz com que a população de uma forma em geral esteja mais atenta ao que se passa nas escolas.
O insucesso escolar dos alunos deixou de poder ser explicado unicamente pela diferenciação de classes como nas teorias da reprodução social e muitos estudos apontam para fortes estratégias de escolarização junto das classes sociais mais desfavorecidas. Outros estudos indicam que a maior proximidade entre famílias e escola e um maior envolvimento parental nos percursos escolares dos filhos, aumenta as probabilidades de sucesso por parte dos alunos.
Por influência desses autores e tentando perceber se uma maior disponibilidade de capital social dos alunos e um maior envolvimento parental dos seus pais facilita o sucesso escolar, procurámos saber se as Escolas Integradas possibilitam a obtenção de níveis mais elevados do que as Escolas Segmentadas (onde os alunos frequentam sucessivos espaços físicos e desfrutam de ambientes organizacionais diferenciados, tendo de estabelecer, assim tal como os seus encarregados de educação, novos contactos com novos professores) tal como era preconizado nos objectivos da criação das primeiras. E, ainda, perceber se um maior envolvimento parental cria maiores possibilidades de sucesso escolar.
Através dos dados recolhidos, percebemos que não existem diferenças estatisticamente significativas, na maior parte dos indicadores estudados, entre os dois tipos de escolas. Talvez porque no nosso país essas escolas são ainda relativamente recentes (1993), muitas vezes ainda em processo de reconstrução das infra-estruturas necessárias e também porque em muitas ainda não existem projectos educativos únicos que promovam o sucesso da aprendizagem desde o pré-escolar até ao 9.º ano. Continuando a existir projectos educativos por ciclo de escolaridade, muitas vezes escritos sem intervenção significativa da comunidade onde se incluem as famílias dos alunos, empresas, entre outros. Por outro lado, descobrimos que, nos dois tipos de escolas, um maior envolvimento parental cria probabilidades mais elevadas de sucesso escolar, sobretudo quando as expectativas das famílias dos alunos e dos próprios são também elevadas (desejo de completar o ensino superior)."
do séc. XX, iniciaram várias mudanças nos sistemas educativos (SE), que se tornaram mais
profundas no final da década de 80. Os processos de redistribuição das responsabilidades
educativas pelos atores locais, decorrentes de novos modos de regulação da educação,
reconfiguraram a relação escola-família ao transformar papéis de professores e pais. Os
estudos sobre a participação das famílias na gestão das escolas assumem particular
importância. Alguns estudos revelam que a ação dos representantes de pais e encarregados
de educação (RPEE) é limitada, devido à fraca adesão das famílias às associações de pais
(AP), falta de investimento na construção de parcerias efetivas e falta de consenso sobre os
papéis a desempenhar. O objetivo é explicar práticas que revelem como escolas e famílias
assumem as novas responsabilidades: Qual a estratégia da escola? Onde difere/aproxima das
orientações do SE? Qual a relação da escola com a AP? Como são aceites/interagem os
RPEE com os elementos do conselho geral? Optou-se por um estudo de casos múltiplos
selecionando seis escolas com contextos organizacionais e socioeconómicos diferenciados.
Em cada uma aplicaram-se entrevistas semi dirigidas a diretores e presidentes de AP,
recolheram-se documentos e realizaram-se observações não participantes nos conselhos
gerais, produtos aos quais se aplicou a análise de conteúdo. Algumas categorias identificadas
foram transformadas em variáveis utilizadas em análises de correspondências múltiplas. Os
resultados apontam para AP e RPEE associados a perfis próximos de uma postura de
stakeholders em escolas com alunos de classes mais favorecidas, enquanto nas escolas de
classes sociais mais desfavorecidas, as suas famílias tendem a atuar de forma mais
“domesticada”.
1 Este trabalho foi financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT), através das bolsas de doutoramento SFRH/BD/80072/2011 e SFRH/BD/72736 /2010.
2 CIES-ISCTE-IUL, Portugal. Contacto: [email protected].
3 CESNOVA – FCSH-UNL, Portugal. Contacto: [email protected].
ENTRE CRISE E EUFORIA – PRÁTICAS E POLÍTICAS EDUCATIVAS NO BRASIL EM PORTUGAL I 600
Neste artigo, centramo-nos na participação parental, ou seja, no modo de atuação coletiva das famílias em estruturas formais na escola. Este conceito distingue-se do de envolvimento parental, próprio de modos de atuação individual (por relação ao próprio educando), quer na vertente casa – ajudar a estudar e a fazer os trabalhos de casa, definir regras e horários de estudo, gerir expectativas de futuro e percurso escolar – quer na vertente escola – no estabelecimento de um diálogo regular com os professores (Davies, Marques & Silva, 1997; Silva, 2007). Interessa-nos a participação, não em modos de atuação coletiva informais, por exemplo na adesão e ajuda em organizações de eventos na escola, mas de caráter formal, isto é, enquanto membros do movimento associativo e representantes em órgãos de decisão da escola (Silva, 2007).