Papers by Bárbara Buril

Critical Horizons, 2023
This article establishes a dialogue between the philosopher AxelHonneth and the feminist scholars... more This article establishes a dialogue between the philosopher AxelHonneth and the feminist scholars Silvia Federici and NancyFraser. The aim is to emphasize the limits of Honneth’sphilosophical reflections on the normative dimension of thefamily developed inFreedom’s Right. First, I present his ideas onhow a normative expectation of social freedom permeatesfamilial relations. According to him, after women entered thelabour market, a normative notion of symmetrical participation inthe family was produced. I aim to defend here that, whethernormative or not, this idea of family is not only limited but alsofalse, since it does not consider the dilemmas of socialreproduction whose consequences contradict social freedom.Next, I develop Federici’s and Fraser’s analyses of how familieshave always faced conflicts concerning the requirements of socialreproduction and have produced diverse forms of subjugationthat go against the very idea of the family as an unquestionedsphere of freedom. It is necessary to analyse how familiesproduce new forms of subjugation to transform familial relationsinto truly possible ways of being socially free–and this requiresmaking visible somefigures who structure the family, such asnannies, friends and grandparents.

Sapere Aude, 2018
Os diagnósticos das patologias das liberdades jurídica e moral, elaborados pelo filósofo frankfur... more Os diagnósticos das patologias das liberdades jurídica e moral, elaborados pelo filósofo frankfurtiano Axel Honneth em O direito da liberdade, são abordados neste artigo segundo as suas complexidades sintomatológicas, mas também em suas incompletudes etiológicas (causais), a fim de mostrar que o déficit etiológico nestes diagnósticos está relacionado ao uso da reconstrução normativa como método pelo filósofo. Na primeira parte, defenderemos como os limites na concepção de liberdade jurídica são responsáveis pelo surgimento da incapacidade de estabelecer relações sociais afetivas (I). Em seguida, observaremos como, segundo Honneth, a concepção de liberdade moral é capaz de promover sofrimentos como rigidez e engessamento (II). Nestas duas seções, mostraremos como Honneth desenvolve uma etiologia limitada em ambos os diagnósticos. Por último, desenvolveremos a concepção de liberdade social proposta por Honneth (III), sem deixar de apontar como a crítica das patologias sociais se desmo...

Ethic@: an International Journal for Moral Philosophy, 2021
This paper departs from the assumption that the critique of neoliberalism should not restrict its... more This paper departs from the assumption that the critique of neoliberalism should not restrict itself to a criticism of an economic project. Another possible criticism of neoliberalism consists of a critique of how this specific form of life forms subjects. In this paper, we argue that a critique of a form of life is only justified in a reasonable way if it starts from the experiences of suffering produced by this form of life. As we will show, we must criticise neoliberalism not because it is inadequate for solving problems, since for a specific portion of the world population it has been extremely effective, but because it causes suffering. Suffering, unlike mere unsolved problems, represents sufficient grounds for highlighting the existence of a normative problem in a form of life. According to Max Horkheimer, the first step of a critical project committed to the transformation of a form of life are the crises of the present, which are not fully understood through the theoretical ...

Este artigo busca apresentar e problematizar as fragilidades das reflexoes sobre reconhecimento i... more Este artigo busca apresentar e problematizar as fragilidades das reflexoes sobre reconhecimento ideologico empreendidas pelo filosofo Axel Honneth, sendo a principal delas a negacao da esfera privada como um espaco permeado por relacoes de poder. Inicialmente, sera retomado o percurso teorico desenvolvido por Honneth para conceber a ideia de reconhecimento ideologico. Em seguida, serao apresentadas criticas especificas direcionadas a essas reflexoes. A meu ver, a critica mais pertinente e contundente e aquela que aponta a despolitizacao do privado tanto em Luta por reconhecimento como em Reconhecimento como ideologia . De fato, ao negar que a esfera privada tambem e permeada por relacoes de poder, Honneth torna invisiveis experiencias de reconhecimento constituidas no âmbito privado capazes de provocar sujeicao, dominacao, coacao e submissao, por exemplo. Abordar a esfera privada em sua complexidade politica seria, portanto, o caminho a ser percorrido por uma teoria critica cujo obj...

A partir das reflexoes do filosofo frankfurtiano Axel Honneth sobre a autorrealizacao organizada,... more A partir das reflexoes do filosofo frankfurtiano Axel Honneth sobre a autorrealizacao organizada, este artigo se volta as causas (etiologia) identificadas por Honneth para a patologia do individualismo em questao. Antes de detalhar as causas apontadas pelo filosofo, enfatiza-se como a autorrealizacao organizada e uma especie de “ponto fora da curva” nos diagnosticos de patologias sociais elaborados por Honneth, pois, ao contrario das outras enfermidades, a analise desta vai alem de uma descricao sintomatologica. Em seguida, desenvolvem-se os argumentos de Honneth sobre a etiologia desta patologia do individualismo. Primeiramente, apresentam-se os argumentos que o filosofo utiliza para explicar e problematizar o surgimento do individualismo na modernidade (1). Em seguida, mostra-se como o individualismo ascende como ideal de vida com o programa neoliberal (2). Na terceira secao, enfatiza-se como a emergencia de um individualismo na esteira da modernidade e interpretada de modo hetero...

Kínesis - Revista de Estudos dos Pós-Graduandos em Filosofia, 2018
A partir das reflexões sobre o fenômeno da alienação desenvolvidas pela filósofa Rahel Jaeggi em ... more A partir das reflexões sobre o fenômeno da alienação desenvolvidas pela filósofa Rahel Jaeggi em Entfremdung, este artigo põe em paralelo outros conceitos possíveis para que a noção de apropriação desenvolvida pela teórica crítica possa ser ampliada. Na obra em questão, Jaeggi traz a apropriação com a intenção de “livrar” a Teoria Crítica de um assentamento normativo robusto e essencialista, perdido, para ela, em um “dever ser” vazio. A apropriação se mostra, então, como o único critério normativo de sua teoria da alienação. Não se trata de uma interpretação nova, no entanto. Charles Taylor e Harry Frankfurt desenvolvem ideias paralelas à de apropriação, como é possível identificar no conceito de articulação, presente na teoria da agência humana de Taylor, e nas noções de volições de primeira e segunda ordem, encontradas na teoria da pessoa de Frankfurt. Neste percurso comparativo, surge uma questão fundamental: a alienação seria uma patologia social e a apropriação, uma terapia, ou...
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Princípios: Revista de Filosofia (UFRN), 2016
Partindo da obra Alienação, da filósofa Rahel Jaeggi, este artigo aponta para um problema que par... more Partindo da obra Alienação, da filósofa Rahel Jaeggi, este artigo aponta para um problema que parece embasar a maior parte das críticas internas aos projetos filosóficos da teoria crítica: um déficit sociológico. No diagnóstico da alienação, a filósofa parece justamente negligenciar o aspecto social do que ela mesma considera como uma crítica social de um conceito cujo potencial seria o de apontar fissuras causadas por uma normatividade aparentemente livre de contradições. Assim, o artigo, na primeira parte, se voltará para uma retomada do conceito seguindo a interpretação de Rahel Jaeggi e identificando como o projeto de uma filosofia social falha em suas próprias pretensões. Na segunda parte, este trabalho buscará defender, através de dois casos de alienação específicos trazidos pela filósofa, que não há uma explicação etiológica para os sofrimentos analisados. Em suma, o artigo sintetiza uma inquietação que a obra Alienação não responde: por que as pessoas estão alienadas de si m...

This paper departs from the assumption that the critique of neoliberalism should not restrict its... more This paper departs from the assumption that the critique of neoliberalism should not restrict itself to a criticism of an economic project. Another possible criticism of neoliberalism consists of a critique of how this specific form of life forms subjects.In this paper, we argue that a critique of a form of life is only justified in a reasonable way if it starts from the experiences of suffering produced by this form of life. As we will show, we must criticise neoliberalism not because it is inadequate for solving problems, since for a specific portion of the world population it has been extremely effective, but because it causes suffering. Suffering, unlike mere unsolved problems, represents sufficient grounds for highlighting the existence of a normative problem in a form of life. According to Max Horkheimer, the first step of a critical project committed to the transformation of a form of life are the crises of the present, which are not fully understood through the theoretical tools of “problem solving” or “learning processes”, as Rahel Jaeggi resorts to in her critical theory of society.
O que constitui hoje nossa aversão ao 'homem'? Pois nós sofremos do homem, não há dúvida." Friedr... more O que constitui hoje nossa aversão ao 'homem'? Pois nós sofremos do homem, não há dúvida." Friedrich Nietzsche, em Genealogia da moral "Gente quer comer Gente que ser feliz Gente quer respirar ar pelo nariz Não, meu nego, não traia nunca Essa força não Essa força que mora em seu coração." Caetano Veloso, em Gente
Em um filme sobre Jacques Derrida, o entrevistador pergunta ao filósofo franco-magrebino: “Se você ... more Em um filme sobre Jacques Derrida, o entrevistador pergunta ao filósofo franco-magrebino: “Se você pudesse ver um documentário sobre um filósofo, sobre Heidegger, Kant ou Hegel, o que você gostaria de ver nele?”. Responde Derrida: “Que eles falem de suas vidas sexuais… Quer uma resposta rápida? A vida sexual deles”. A pergunta que passa por trás dos grandes sistemas filosóficos: o que eles dizem sobre a vida íntima de seus criadores?

A partir das reflexões sobre o fenômeno da alienação desenvolvidas pela filósofa Rahel Jaeggi em ... more A partir das reflexões sobre o fenômeno da alienação desenvolvidas pela filósofa Rahel Jaeggi em "Entfremdung", este artigo põe em paralelo outros conceitos possíveis para que a noção de apropriação desenvolvida pela teórica crítica possa ser ampliada. Na obra em questão, Jaeggi traz a apropriação com a intenção de " livrar " a Teoria Crítica de um assentamento normativo robusto e essencialista, perdido, para ela, em um " dever ser " vazio. A apropriação se mostra, então, como o único critério normativo de sua teoria da alienação. Não se trata de uma interpretação nova, no entanto. Charles Taylor e Harry Frankfurt desenvolvem ideias paralelas à de apropriação, como é possível identificar no conceito de articulação, presente na teoria da agência humana de Taylor, e nas noções de volições de primeira e segunda ordem, encontradas na teoria da pessoa de Frankfurt. Neste percurso comparativo, surge uma questão fundamental: a alienação seria uma patologia social e a apropriação, uma terapia, ou seria mais adequado pensar a alienação como um sofrimento mais corriqueiro do que gostaríamos, porque constitutivo do processo de ser si mesmo, sendo a apropriação, nesse caso, uma forma continuamente processual de lidar consigo mesmo?

Os diagnósticos das patologias das liberdades jurídica e moral, elaborados pelo filósofo frankfur... more Os diagnósticos das patologias das liberdades jurídica e moral, elaborados pelo filósofo frankfurtiano Axel Honneth em O direito da liberdade, são abordados neste artigo segundo as suas complexidades sintomatológicas, mas também em suas incompletudes etiológicas (causais), a fim de mostrar que o déficit etiológico nesses diagnósticos está relacionado ao uso da reconstrução normativa como método pelo filósofo. Na primeira parte, defenderemos como os limites na concepção de liberdade jurídica são responsáveis pelo surgimento da incapacidade de estabelecer relações sociais afetivas (I). Em seguida, observaremos como, segundo Honneth, a concepção de liberdade moral é capaz de promover sofrimentos como rigidez e engessamento (II). Nessas duas seções, mostraremos como Honneth desenvolve uma etiologia limitada em ambos os diagnósticos. Por último, desenvolveremos a concepção de liberdade social proposta por Honneth (III), sem deixar de apontar como a crítica das patologias sociais se desmobiliza dentro de um espectro de pressupostos que apenas vê "desenvolvimentos errados de normas corretas", e não "desenvolvimentos corretos de normas problemáticas" nas esferas de realização individual dos sujeitos, segundo a lógica metodológica da reconstrução normativa (IV). PALAVRAS-CHAVE: Axel Honneth. Patologias sociais. Liberdade. Teoria crítica. Reconstrução normativa.

A partir das reflexões do filósofo frankfurtiano Axel Honneth sobre a autorrealização organizada,... more A partir das reflexões do filósofo frankfurtiano Axel Honneth sobre a autorrealização organizada, este artigo se volta às causas (etiologia) identificadas por Honneth para a patologia do individualismo em questão. Antes de detalhar as causas apontadas pelo filósofo, enfatiza-se como a autorrealização organizada é uma espécie de " ponto fora da curva " nos diagnósticos de patologias sociais elaborados por Honneth, pois, ao contrário das outras enfermidades, a análise desta vai além de uma descrição sintomatológica. Em seguida, desenvolvem-se os argumentos de Honneth sobre a etiologia desta patologia do individualismo. Primeiramente, apresentam-se os argumentos que o filósofo utiliza para explicar e problematizar o surgimento do individualismo na modernidade (1). Em seguida, mostra-se como o individualismo ascende como ideal de vida com o programa neoliberal (2). Na terceira seção, enfatiza-se como a emergência de um individualismo na esteira da modernidade é interpretada de modo heterogêneo por diferentes filósofos (3). Por último, para defender que a identificação de uma etiologia não é um processo aleatório, evidencia-se como o pano de fundo sócio-cultural e econômico da autorrealização organizada se assemelha ao da depressão, como argumenta o sociólogo Alain Ehrenberg (4). O que parece ficar claro é que ideais paradoxais de realização individual são responsáveis por sintomas como vazio interno, sentimentos de superficialidade e falta de propósito.

É recorrente o debate em torno da intensidade com que a internet tem ressignificado diversos âmbi... more É recorrente o debate em torno da intensidade com que a internet tem ressignificado diversos âmbitos sociais, do trabalho ao lazer, da organização pessoal à interação social. A concepção clássica de indústria cultural, tal como apresentada por Max Horkheimer e Theodor Adorno na Dialética do Esclarecimento (1940), remete, hoje, para um envolvimento intenso com um sistema conectado que parece resultar de uma atualização mais intensa e radical da caracterização da indústria cultural. Mais recentemente, Rodrigo Duarte (2011) empregou o termo " indústria cultural 2.0 " ou " indústria cultural global " , em uma atualização de sua " versão clássica " , sugerindo como os cinco operadores encontrados na tematização originária de Adorno e Horkheimer permanecem produtivos para analisar os aspectos atuais da indústria cultural. A partir dessa proposta interpretativa, propomos discutir, no presente artigo, como modelos de subjetividade emergidos na internet também podem ser encontrados de maneira emblemática em trabalhos que integram um corpus criativo chamado de net art. Estas criações mais recentes buscam refletir, direta ou indiretamente, sobre as transformações da subjetividade causadas pela rede. Trata-se de discutir, tendo em vista o exemplo emblemático da net art, em que medida as características da indústria cultural clássica, concebida por Adorno e Horkheimer, ainda guardam uma potencial atualidade. Para isso, dividiremos nossa exposição em dois momentos. Primeiramente, seguindo a proposta interpretativa de Rodrigo Duarte (2010; 2011), apresentamos esquematicamente os cinco operadores da indústria cultural encontrados na proposta clássica de Adorno e Horkheimer (I). A partir dessa breve reconstrução, traremos exemplos de criações de net artistas que refletem sobre questões concernentes ao modus operandi da internet e o seu impacto sobre os indivíduos, de maneiras mais enfáticas ou sutis. Nesse sentido, partiremos concomitantemente de reflexões filosóficas e de exemplos da arte para tentarmos compreender um sensorium comum contemporâneo que parece residir nas entrelinhas ou no pano de fundo de um contexto de conexão que perpassa âmbitos sutis da experiência subjetiva (II). Concluímos com a sugestão de que o exemplo da net art, sem negligenciar as recorrentes críticas à abordagem adorniana, pode ser compreendido, sobretudo, a partir do vínculo entre arte e diagnóstico contemporâneo.

Este artigo busca apresentar e problematizar as fragilidades das reflexões sobre reconhecimento i... more Este artigo busca apresentar e problematizar as fragilidades das reflexões sobre reconhecimento ideológico empreendidas pelo filósofo Axel Honneth, sendo a principal delas a negação da esfera privada como um espaço permeado por relações de poder. Inicialmente, será retomado o percurso teórico desenvolvido por Honneth para conceber a ideia de reconhecimento ideológico. Em seguida, serão apresentadas críticas específicas direcionadas a essas reflexões. A meu ver, a crítica mais pertinente e contundente é aquela que aponta a despolitização do privado tanto em Luta por reconhecimento como em Reconhecimento como ideologia. De fato, ao negar que a esfera privada também é permeada por relações de poder, Honneth torna invisíveis experiências de reconhecimento constituídas no âmbito privado capazes de provocar sujeição, dominação, coação e submissão, por exemplo. Abordar a esfera privada em sua complexidade política seria, portanto, o caminho a ser percorrido por uma teoria crítica cujo objetivo é o de iluminar os mais variados matizes das experiências sociais de sofrimento.

Partindo da obra "Alienação", da filósofa Rahel Jaeggi, este artigo
aponta para um problema que p... more Partindo da obra "Alienação", da filósofa Rahel Jaeggi, este artigo
aponta para um problema que parece embasar a maior parte das críticas internas aos projetos filosóficos da teoria crítica: um déficit sociológico. No diagnóstico da alienação, a filósofa parece justamente negligenciar o aspecto social do que ela mesma considera como uma crítica social de um conceito cujo potencial seria o de apontar fissuras causadas por uma normatividade aparentemente livre de contradições. Assim, o artigo, na primeira parte, se voltará para uma retomada do conceito seguindo a interpretação de Rahel Jaeggi e identificando como o projeto de uma filosofia social falha em suas próprias pretensões. Na segunda parte, este trabalho buscará defender, através de dois casos de alienação específicos trazidos pela filósofa, que não há uma explicação etiológica para os sofrimentos analisados. Em suma, o artigo sintetiza uma inquietação que a obra "Alienação" não responde: por que as pessoas estão alienadas de si mesmas?
Book Reviews by Bárbara Buril
Revista Ártemis, 2022
La traversée est multiforme dans «Un appartement sur Uranus», de Paul Preciado. Dans cet ensemble... more La traversée est multiforme dans «Un appartement sur Uranus», de Paul Preciado. Dans cet ensemble de chroniques, publiées entre 2013 et 2018 dans le journal Libération, le philosophe, commissaire d'exposition et-pourquoi ne pas assumer également cette identité-chroniqueur queer, «ni homme ni femme, mais un dissident du système genre-genre», comme il se définit, il apporte une série de réflexions sur les différentes formes de traversées que subissent nos sociétés capitalistes et son corps trans en mutation.
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Papers by Bárbara Buril
aponta para um problema que parece embasar a maior parte das críticas internas aos projetos filosóficos da teoria crítica: um déficit sociológico. No diagnóstico da alienação, a filósofa parece justamente negligenciar o aspecto social do que ela mesma considera como uma crítica social de um conceito cujo potencial seria o de apontar fissuras causadas por uma normatividade aparentemente livre de contradições. Assim, o artigo, na primeira parte, se voltará para uma retomada do conceito seguindo a interpretação de Rahel Jaeggi e identificando como o projeto de uma filosofia social falha em suas próprias pretensões. Na segunda parte, este trabalho buscará defender, através de dois casos de alienação específicos trazidos pela filósofa, que não há uma explicação etiológica para os sofrimentos analisados. Em suma, o artigo sintetiza uma inquietação que a obra "Alienação" não responde: por que as pessoas estão alienadas de si mesmas?
Book Reviews by Bárbara Buril
aponta para um problema que parece embasar a maior parte das críticas internas aos projetos filosóficos da teoria crítica: um déficit sociológico. No diagnóstico da alienação, a filósofa parece justamente negligenciar o aspecto social do que ela mesma considera como uma crítica social de um conceito cujo potencial seria o de apontar fissuras causadas por uma normatividade aparentemente livre de contradições. Assim, o artigo, na primeira parte, se voltará para uma retomada do conceito seguindo a interpretação de Rahel Jaeggi e identificando como o projeto de uma filosofia social falha em suas próprias pretensões. Na segunda parte, este trabalho buscará defender, através de dois casos de alienação específicos trazidos pela filósofa, que não há uma explicação etiológica para os sofrimentos analisados. Em suma, o artigo sintetiza uma inquietação que a obra "Alienação" não responde: por que as pessoas estão alienadas de si mesmas?
hoje é interpretado como uma guinada conservadora ou restauradora na teoria crítica vinculada à Escola de Frankfurt. Aqueles que recorrem às teorias de Habermas, Honneth ou Forst para pensar sobre crítica econômica, questões de gênero, colonizações e imperialismos contemporâneos pode até não se decepcionar completamente,
mas fatalmente terá que recorrer a outros autores para tornar a pró-
pria análise mais produtiva. Até a publicação de The end of progress pela Columbia University Press, nenhum autor tinha conseguido analisar e criticar tão bem o que soa para muitos comentadores dos trabalhos de Habermas, Honneth ou Forst como problemático: a pouca capacidade crítica de suas críticas sociais.