Papers by Emiliana T O R T E L O T I Freitas
Anais do(a) Anais do Congresso Brasileiro Interdisciplinar em Ciência e Tecnologia, 2022
Teaching Documents by Emiliana T O R T E L O T I Freitas

Caderno pedagógico , 2018
O presente trabalho nasceu da decisão de repensar a minha trajetória de professora de Língua
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Portuguesa devido ao desejo de não me render ao fracasso e ao adoecimento diante de tantas
adversidades, desinteresse, violência verbal e física, apatia e todos os outros problemas
enfrentados em muitas salas de aula hoje, não apenas por mim, mas por outros professores.
Isto posto, este estudo de caso, tendo como objetivo encontrar novas práticas pedagógicas
para a sala de aula de Língua Portuguesa que visassem à construção de um ambiente propício
à aprendizagem, vinculou-se a uma rede de pesquisa constituída pelo macroprojeto “Ensino
de Língua Portuguesa, da formação docente à sala de aula – 2ª etapa” (MIRANDA, 2014,
FAPEMIG - CHE APQ 02548/14). Em desenvolvimento no PROFLETRAS/UFJF e com
quatro estudos já concluídos (BRASIL, 2015; ISHIKAWA, 2015; SOUZA, 2016;
FRANKLIM, 2016), tal macroprojeto, metodologicamente definido pela Pesquisa-ação
(MORIN, 2004), tem como objetivo a construção de um AMBIENTE DE APRENDIZAGEM
na sala de aula de Língua Portuguesa, mediante o uso de novas tecnologias de ensino
baseadas no propósito de uma educação linguística e cidadã.
Assim, ouvidas as vozes discentes e docentes nessa rede de pesquisa, categorias interventivas
vem-se definindo e passando a parametrizar as metas de reconfiguração das salas de aula dos
pesquisadores-participantes do PROFLETRAS, sendo equacionadas em número de quatro (4)
neste estudo:
1. O Protagonismo discente (COSTA E VIEIRA, 2006), como um fundamento de
toda ação pedagógica voltada para a aprendizagem do aluno;
2. A Autoria docente, como uma estratégia de recuperação da Autoridade do
professor e de constituição de seu processo de profissionalização (AQUINO,
1998, 1999; NÓVOA, 2007);3. A Rede de Colaboração entre os discentes e entre os docentes (NÓVOA, 2007),
fundamental para a construção de um ambiente de aprendizagem orientado por
uma ética cidadã;
4. A Modelagem, que envolve, nos termos de Tomasello (2003) e Miranda (2006) a
aprendizagem não só com o Outro, mas, mais substancialmente, através do Outro.
Tomando tais categorias como eixo, minha ação interventiva definiu-se como não pontual,
ou seja, pelo foco no processo de construção cotidiana da aprendizagem nas minhas aulas de
Língua Portuguesa. A cada dia cabia-me, de modo autoral, buscar espaço para o
protagonismo de meus alunos nas aulas de escrita, leitura, oralidade e reflexão linguística,
suscitando a colaboração e propiciando modelos de práticas sociais de linguagem cidadãs.
Neste viés, outra preocupação foi que este estudo mantivesse um diálogo crítico com o
documento parametrizador do ensino de LP em meu Estado – CBC, Currículo Básico do Rio
de Janeiro (SEEDUC-RJ, 2012) – e com o livro didático adotado.
O projeto foi desenvolvido em uma turma de 8º ano do ensino fundamental II da rede
municipal de ensino da Escola Municipal Álvaro Augusto da Fonseca Lontra, localizada no
interior do Rio de Janeiro, na cidade de Miracema. Marcada por profundo reflexo da violência
social que define suas vidas, a turma, inicialmente composta por 26 alunos, permaneceu
apenas com 21 matriculados em um processo de evasão e perda que incluiu até a morte de um
destes jovens.
Nos termos expostos e sustentadas por uma concepção de linguagem como prática social, as
ações estratégicas que fizeram parte de todo o processo interventivo em minha sala de aula
estarão descritas neste Caderno Pedagógico e foram divididas em três (3) projetos:
PROJETOS OBJETO DE APRENDIZAGEM CENTRAL
PROJETO 1: Sarau Coração de Estudante:
construindo um ambiente de aprendizagem com
poesia e música
Gêneros de oralidade e oralização: poesia, música,
roda de conversa, sarau
PROJETO 2: A língua e a ciência:
desvendando textos expositivos
Gêneros de escrita: artigo de divulgação científica e
relatório
PROJETO 3: Trabalhando valores e o gênero
oral assembleia de classe
Gênero oral: assembleia de classe;
Gênero escrito: ata de assembleia de classe.
Neste Caderno, os projetos propostos estarão detalhados em suas ações, trazendo também as
respostas e reflexões dos alunos, as minhas reflexões e os indicadores de avanços e recuos.
Registram-se também exemplos de produções de alunos, documentações em foto e vídeo,
trechos dos diários de bordo dos alunos e da pesquisadora-participante.
Este Caderno traz ainda, como anexo, um documento dissertativo que apresenta as bases
teóricas, documentais e metodológicas desta pesquisa, assim como a análise dos resultados
alcançados.
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Portuguesa devido ao desejo de não me render ao fracasso e ao adoecimento diante de tantas
adversidades, desinteresse, violência verbal e física, apatia e todos os outros problemas
enfrentados em muitas salas de aula hoje, não apenas por mim, mas por outros professores.
Isto posto, este estudo de caso, tendo como objetivo encontrar novas práticas pedagógicas
para a sala de aula de Língua Portuguesa que visassem à construção de um ambiente propício
à aprendizagem, vinculou-se a uma rede de pesquisa constituída pelo macroprojeto “Ensino
de Língua Portuguesa, da formação docente à sala de aula – 2ª etapa” (MIRANDA, 2014,
FAPEMIG - CHE APQ 02548/14). Em desenvolvimento no PROFLETRAS/UFJF e com
quatro estudos já concluídos (BRASIL, 2015; ISHIKAWA, 2015; SOUZA, 2016;
FRANKLIM, 2016), tal macroprojeto, metodologicamente definido pela Pesquisa-ação
(MORIN, 2004), tem como objetivo a construção de um AMBIENTE DE APRENDIZAGEM
na sala de aula de Língua Portuguesa, mediante o uso de novas tecnologias de ensino
baseadas no propósito de uma educação linguística e cidadã.
Assim, ouvidas as vozes discentes e docentes nessa rede de pesquisa, categorias interventivas
vem-se definindo e passando a parametrizar as metas de reconfiguração das salas de aula dos
pesquisadores-participantes do PROFLETRAS, sendo equacionadas em número de quatro (4)
neste estudo:
1. O Protagonismo discente (COSTA E VIEIRA, 2006), como um fundamento de
toda ação pedagógica voltada para a aprendizagem do aluno;
2. A Autoria docente, como uma estratégia de recuperação da Autoridade do
professor e de constituição de seu processo de profissionalização (AQUINO,
1998, 1999; NÓVOA, 2007);3. A Rede de Colaboração entre os discentes e entre os docentes (NÓVOA, 2007),
fundamental para a construção de um ambiente de aprendizagem orientado por
uma ética cidadã;
4. A Modelagem, que envolve, nos termos de Tomasello (2003) e Miranda (2006) a
aprendizagem não só com o Outro, mas, mais substancialmente, através do Outro.
Tomando tais categorias como eixo, minha ação interventiva definiu-se como não pontual,
ou seja, pelo foco no processo de construção cotidiana da aprendizagem nas minhas aulas de
Língua Portuguesa. A cada dia cabia-me, de modo autoral, buscar espaço para o
protagonismo de meus alunos nas aulas de escrita, leitura, oralidade e reflexão linguística,
suscitando a colaboração e propiciando modelos de práticas sociais de linguagem cidadãs.
Neste viés, outra preocupação foi que este estudo mantivesse um diálogo crítico com o
documento parametrizador do ensino de LP em meu Estado – CBC, Currículo Básico do Rio
de Janeiro (SEEDUC-RJ, 2012) – e com o livro didático adotado.
O projeto foi desenvolvido em uma turma de 8º ano do ensino fundamental II da rede
municipal de ensino da Escola Municipal Álvaro Augusto da Fonseca Lontra, localizada no
interior do Rio de Janeiro, na cidade de Miracema. Marcada por profundo reflexo da violência
social que define suas vidas, a turma, inicialmente composta por 26 alunos, permaneceu
apenas com 21 matriculados em um processo de evasão e perda que incluiu até a morte de um
destes jovens.
Nos termos expostos e sustentadas por uma concepção de linguagem como prática social, as
ações estratégicas que fizeram parte de todo o processo interventivo em minha sala de aula
estarão descritas neste Caderno Pedagógico e foram divididas em três (3) projetos:
PROJETOS OBJETO DE APRENDIZAGEM CENTRAL
PROJETO 1: Sarau Coração de Estudante:
construindo um ambiente de aprendizagem com
poesia e música
Gêneros de oralidade e oralização: poesia, música,
roda de conversa, sarau
PROJETO 2: A língua e a ciência:
desvendando textos expositivos
Gêneros de escrita: artigo de divulgação científica e
relatório
PROJETO 3: Trabalhando valores e o gênero
oral assembleia de classe
Gênero oral: assembleia de classe;
Gênero escrito: ata de assembleia de classe.
Neste Caderno, os projetos propostos estarão detalhados em suas ações, trazendo também as
respostas e reflexões dos alunos, as minhas reflexões e os indicadores de avanços e recuos.
Registram-se também exemplos de produções de alunos, documentações em foto e vídeo,
trechos dos diários de bordo dos alunos e da pesquisadora-participante.
Este Caderno traz ainda, como anexo, um documento dissertativo que apresenta as bases
teóricas, documentais e metodológicas desta pesquisa, assim como a análise dos resultados
alcançados.
Portuguesa devido ao desejo de não me render ao fracasso e ao adoecimento diante de tantas
adversidades, desinteresse, violência verbal e física, apatia e todos os outros problemas
enfrentados em muitas salas de aula hoje, não apenas por mim, mas por outros professores.
Isto posto, este estudo de caso, tendo como objetivo encontrar novas práticas pedagógicas
para a sala de aula de Língua Portuguesa que visassem à construção de um ambiente propício
à aprendizagem, vinculou-se a uma rede de pesquisa constituída pelo macroprojeto “Ensino
de Língua Portuguesa, da formação docente à sala de aula – 2ª etapa” (MIRANDA, 2014,
FAPEMIG - CHE APQ 02548/14). Em desenvolvimento no PROFLETRAS/UFJF e com
quatro estudos já concluídos (BRASIL, 2015; ISHIKAWA, 2015; SOUZA, 2016;
FRANKLIM, 2016), tal macroprojeto, metodologicamente definido pela Pesquisa-ação
(MORIN, 2004), tem como objetivo a construção de um AMBIENTE DE APRENDIZAGEM
na sala de aula de Língua Portuguesa, mediante o uso de novas tecnologias de ensino
baseadas no propósito de uma educação linguística e cidadã.
Assim, ouvidas as vozes discentes e docentes nessa rede de pesquisa, categorias interventivas
vem-se definindo e passando a parametrizar as metas de reconfiguração das salas de aula dos
pesquisadores-participantes do PROFLETRAS, sendo equacionadas em número de quatro (4)
neste estudo:
1. O Protagonismo discente (COSTA E VIEIRA, 2006), como um fundamento de
toda ação pedagógica voltada para a aprendizagem do aluno;
2. A Autoria docente, como uma estratégia de recuperação da Autoridade do
professor e de constituição de seu processo de profissionalização (AQUINO,
1998, 1999; NÓVOA, 2007);3. A Rede de Colaboração entre os discentes e entre os docentes (NÓVOA, 2007),
fundamental para a construção de um ambiente de aprendizagem orientado por
uma ética cidadã;
4. A Modelagem, que envolve, nos termos de Tomasello (2003) e Miranda (2006) a
aprendizagem não só com o Outro, mas, mais substancialmente, através do Outro.
Tomando tais categorias como eixo, minha ação interventiva definiu-se como não pontual,
ou seja, pelo foco no processo de construção cotidiana da aprendizagem nas minhas aulas de
Língua Portuguesa. A cada dia cabia-me, de modo autoral, buscar espaço para o
protagonismo de meus alunos nas aulas de escrita, leitura, oralidade e reflexão linguística,
suscitando a colaboração e propiciando modelos de práticas sociais de linguagem cidadãs.
Neste viés, outra preocupação foi que este estudo mantivesse um diálogo crítico com o
documento parametrizador do ensino de LP em meu Estado – CBC, Currículo Básico do Rio
de Janeiro (SEEDUC-RJ, 2012) – e com o livro didático adotado.
O projeto foi desenvolvido em uma turma de 8º ano do ensino fundamental II da rede
municipal de ensino da Escola Municipal Álvaro Augusto da Fonseca Lontra, localizada no
interior do Rio de Janeiro, na cidade de Miracema. Marcada por profundo reflexo da violência
social que define suas vidas, a turma, inicialmente composta por 26 alunos, permaneceu
apenas com 21 matriculados em um processo de evasão e perda que incluiu até a morte de um
destes jovens.
Nos termos expostos e sustentadas por uma concepção de linguagem como prática social, as
ações estratégicas que fizeram parte de todo o processo interventivo em minha sala de aula
estarão descritas neste Caderno Pedagógico e foram divididas em três (3) projetos:
PROJETOS OBJETO DE APRENDIZAGEM CENTRAL
PROJETO 1: Sarau Coração de Estudante:
construindo um ambiente de aprendizagem com
poesia e música
Gêneros de oralidade e oralização: poesia, música,
roda de conversa, sarau
PROJETO 2: A língua e a ciência:
desvendando textos expositivos
Gêneros de escrita: artigo de divulgação científica e
relatório
PROJETO 3: Trabalhando valores e o gênero
oral assembleia de classe
Gênero oral: assembleia de classe;
Gênero escrito: ata de assembleia de classe.
Neste Caderno, os projetos propostos estarão detalhados em suas ações, trazendo também as
respostas e reflexões dos alunos, as minhas reflexões e os indicadores de avanços e recuos.
Registram-se também exemplos de produções de alunos, documentações em foto e vídeo,
trechos dos diários de bordo dos alunos e da pesquisadora-participante.
Este Caderno traz ainda, como anexo, um documento dissertativo que apresenta as bases
teóricas, documentais e metodológicas desta pesquisa, assim como a análise dos resultados
alcançados.