Rev. Filos., Aurora, Curitiba, v. 31, n. 53, p. 442-460, maio/ago. 2019, 2019
Se è nel tempo e attraverso il movimento che partecipiamo alla vita, la morte ci nega per sempre ... more Se è nel tempo e attraverso il movimento che partecipiamo alla vita, la morte ci nega per sempre questa possibilità. Nei sistemi viventi il tempo funge da organizzatore della situazione vitale dell’organismo. Il metabolismo e le funzioni vitali si compiono infatti attraverso lo scandire preciso e incalzante di ritmi biologici (tempo delle reazioni molecolari, il battito cardiaco, la respirazione). Con la morte si verifica il disgregamento della nozione di tempo. Non si tratta più del tempo della vita che unisce, che coordina, che costruisce, che organizza. Il tempo della morte è un tempo che distrugge, che disgrega, che disorienta, che sfilaccia l’unità della nostra esistenza nei frammenti non più ricomponibili di un puzzle. Ma la morte non è un fatto solo individuale, osserva lo psichiatra Eugène Minkowski in Le temps vécu (1933). La morte, infatti, pone anche fine a tutte le relazioni di affetto, parentela e amicizia che ci hanno accompagnato durante la vita. Nell’articolo mostro come, a partire dalla riflessione di Minkowski, si possa parlare della morte da una duplice prospettiva di tempo vissuto: la morte come evento che impone una riflessione sulla finitudine umana, e come esperienza del vissuto individuale (morte nel tempo vissuto), oppure della morte patologica, la quale implica la morte del vissuto, ossia del contatto vitale costitutivo dell`esistenza umana.
Parolechiave: Eugène Minkowski. Schizofrenia. Morte patologica.
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-Editoriale
Elena Pagni (UFJF)
Artigos:
- Merleau-Ponty, no coração da práxis.
Claudinei Aparecido de Freitas da Silva (UNIOESTE)
-A prática da vida nãorequer nenhuma redução! Interseções fenomenológicas entre teoria e práxis.
Giovanni Jan Giubilato (UFLA)
-A questão social e a liberdade individual: sociedade civil e emancipação integral nos estudos do jovem Karl Marx.
Gianni Fresu (UFU)
- O filósofo dentro e fora do ordinário: Hume, Stanley Cavell e a instabilidade das conclusões céticas.
Andrea Cachel (UEL/UFRGS)
- Consciência, eu, ipiseidade: cadernos de anotações.
Alexandre de Oliveira Torres Carrasco (UNIFESP)
- Covid-19 no Brasil e diagnóstico do presente: análise do discurso e biopolítica.
Daniel Verginelli Galantin (PUC-PR/PNPD) e Thiago Fortes Ribas (UFRJ)
Simanke R.T., Pagni E. (2021) Exploring the Philosophical Background and Scientific Foundations of Naturalist Approaches to Meaning and Symbolism. In: Pagni E., Theisen Simanke R. (eds) Biosemiotics and Evolution. Interdisciplinary Evolution Research, vol 6. Springer, Cham. https://doi.org/10.1007/978-3-030-85265-8_2
Tomemos o fragmento 53 de Heráclito: Pólemos pánton mèn patér esti, pánton dè basileús kaì toùs mèn theoùs édeixe, toùs dè ánthrópous, toùs mèn doúlous epoíese, toùs dè eleuthérous (“A guerra é a origem de todas as coisas e de todas ela é soberana, e a uns ela apresenta-os como deuses, a outros, como homens; de uns ela faz escravos, de outros, homens livres”) . Pólemos, a “guerra”, é o princípio do embate, do contraste, da oposição, da luta na direção de novas construções. Períodos de crise, são também momentos de renovação, como assinalara Husserl.
O ano de 2020 vem se construindo como um ano difícil, de muitos embates e dificuldades, apontando para crises as mais diversas. Tempos de crise são, também, tempos de criação, de poíesis, de produção. A Fenomenologia tem muito a contribuir nas discussões contemporâneas. Dermot Moran – no Editor´s Introduction ao The Phenomenological Reader – apresenta a Fenomenologia como uma “forma de ver e como movimento (...). No início do século XXI, continua a oferecer uma alternativa vibrante e desafiadora aos relatos naturalistas contemporâneos de consciência e significado” .
Em meio a “crises”, novas parcerias e novas perspectivas podem surgir. E é aqui que nos encontramos, na esperança de novos diálogos e novas criações. E nada mais esperançoso do que saber que, em meio a todas essas crises, surge o segundo número do Phenomenology, Humanities and Sciences, ao lado de um novo journal, ligado a toda uma tradição de investigações fenomenológicas em psicologia, teologia e filosofia, que é o Duquesne Studies in Phenomenology .
Nesta direção, nosso novo número – inteiramente dedicado a manuscritos decorrentes de trabalhos apresentados no II Congresso Internacional de Fenomenologia e Psicologia, ocorrido em 2019, em Curitiba, Paraná, Brasil – principia com o protagonismo da figura de Edmund Husserl, em dois artigos: um debate em torno das relações entre fenomenologia e psicologia, que atravessaram o pensamento husserliano desde suas Investigações Lógicas até seus últimos escritos; e, no exercício da tarefa crítica da fenomenologia husserliana, destacando a denúncia concernente aos contrassensos teóricos da doutrina naturalista.
Em seguida, trazemos uma discussão ética que une dois pensadores tão diversos quanto Lévinas e Merleau-Ponty, em torno da ideia de que o pensamento não detém o segredo e as potencialidades da linguagem, mas que a linguagem é a condição do pensamento. Max Scheler também se faz presente, na apresentação do fenômeno da simpatia, enquanto “lugar” privilegiado para a compreensão das vivências alheias. A dimensão edificante do diálogo interdisciplinar se dá em torno da reflexão de Merleau-Ponty sobre as ciências biológicas, e de como estas se abrem para seu projeto ontológico.
Sartre igualmente é convidado, neste número, a discorrer sobre suas formas de solução ao dualismo, em sua obra O Ser e o Nada, restaurando as bases de sua ontologia. Esta discussão anuncia o debate antropológico porvir, que principia pelas fundamentações implícitas para uma clínica, a partir de seu caráter espiritual, como assinala Edith Stein, colocando o sujeito como um ser desperto, consciente, ativo, livre, indeterminado e capaz de formar a si mesmo. A sequência não poderia prescindir da literatura. Assim, Kierkegaard, Clarice Lispector e Anton Tchecov são convidados ao tema da epifania e do acontecimento na clínica.
Ao final, dois estudos empírico-compreensivos trabalham, por um lado, grupos interventivos com universitários em sofrimento psíquico, pretendendo compreender suas experiências; e, por outro, a acumulação de experiências adquiridas junto ao mundo da vida cotidiana, no contexto de pessoas com diagnóstico de transtorno mental no enfrentamento de sua doença.
Encerramos este número com uma tradução, para o português, do texto de Jan Patócka sobre Heidegger – precedido por um belo ensaio intitulado “Crise e história: o ‘Sócrates de Praga’ lê a Heidegger”, e com uma entrevista (traduzida do francês para o espanhol), de Renaud Barbaras.
investigações com efeito abrem-se para o projeto ontológico do Ser bruto vislumbrado em O visível e o invisível (1964).
-Editoriale
Elena Pagni (UFJF)
Artigos:
- Merleau-Ponty, no coração da práxis.
Claudinei Aparecido de Freitas da Silva (UNIOESTE)
-A prática da vida nãorequer nenhuma redução! Interseções fenomenológicas entre teoria e práxis.
Giovanni Jan Giubilato (UFLA)
-A questão social e a liberdade individual: sociedade civil e emancipação integral nos estudos do jovem Karl Marx.
Gianni Fresu (UFU)
- O filósofo dentro e fora do ordinário: Hume, Stanley Cavell e a instabilidade das conclusões céticas.
Andrea Cachel (UEL/UFRGS)
- Consciência, eu, ipiseidade: cadernos de anotações.
Alexandre de Oliveira Torres Carrasco (UNIFESP)
- Covid-19 no Brasil e diagnóstico do presente: análise do discurso e biopolítica.
Daniel Verginelli Galantin (PUC-PR/PNPD) e Thiago Fortes Ribas (UFRJ)
Simanke R.T., Pagni E. (2021) Exploring the Philosophical Background and Scientific Foundations of Naturalist Approaches to Meaning and Symbolism. In: Pagni E., Theisen Simanke R. (eds) Biosemiotics and Evolution. Interdisciplinary Evolution Research, vol 6. Springer, Cham. https://doi.org/10.1007/978-3-030-85265-8_2
Tomemos o fragmento 53 de Heráclito: Pólemos pánton mèn patér esti, pánton dè basileús kaì toùs mèn theoùs édeixe, toùs dè ánthrópous, toùs mèn doúlous epoíese, toùs dè eleuthérous (“A guerra é a origem de todas as coisas e de todas ela é soberana, e a uns ela apresenta-os como deuses, a outros, como homens; de uns ela faz escravos, de outros, homens livres”) . Pólemos, a “guerra”, é o princípio do embate, do contraste, da oposição, da luta na direção de novas construções. Períodos de crise, são também momentos de renovação, como assinalara Husserl.
O ano de 2020 vem se construindo como um ano difícil, de muitos embates e dificuldades, apontando para crises as mais diversas. Tempos de crise são, também, tempos de criação, de poíesis, de produção. A Fenomenologia tem muito a contribuir nas discussões contemporâneas. Dermot Moran – no Editor´s Introduction ao The Phenomenological Reader – apresenta a Fenomenologia como uma “forma de ver e como movimento (...). No início do século XXI, continua a oferecer uma alternativa vibrante e desafiadora aos relatos naturalistas contemporâneos de consciência e significado” .
Em meio a “crises”, novas parcerias e novas perspectivas podem surgir. E é aqui que nos encontramos, na esperança de novos diálogos e novas criações. E nada mais esperançoso do que saber que, em meio a todas essas crises, surge o segundo número do Phenomenology, Humanities and Sciences, ao lado de um novo journal, ligado a toda uma tradição de investigações fenomenológicas em psicologia, teologia e filosofia, que é o Duquesne Studies in Phenomenology .
Nesta direção, nosso novo número – inteiramente dedicado a manuscritos decorrentes de trabalhos apresentados no II Congresso Internacional de Fenomenologia e Psicologia, ocorrido em 2019, em Curitiba, Paraná, Brasil – principia com o protagonismo da figura de Edmund Husserl, em dois artigos: um debate em torno das relações entre fenomenologia e psicologia, que atravessaram o pensamento husserliano desde suas Investigações Lógicas até seus últimos escritos; e, no exercício da tarefa crítica da fenomenologia husserliana, destacando a denúncia concernente aos contrassensos teóricos da doutrina naturalista.
Em seguida, trazemos uma discussão ética que une dois pensadores tão diversos quanto Lévinas e Merleau-Ponty, em torno da ideia de que o pensamento não detém o segredo e as potencialidades da linguagem, mas que a linguagem é a condição do pensamento. Max Scheler também se faz presente, na apresentação do fenômeno da simpatia, enquanto “lugar” privilegiado para a compreensão das vivências alheias. A dimensão edificante do diálogo interdisciplinar se dá em torno da reflexão de Merleau-Ponty sobre as ciências biológicas, e de como estas se abrem para seu projeto ontológico.
Sartre igualmente é convidado, neste número, a discorrer sobre suas formas de solução ao dualismo, em sua obra O Ser e o Nada, restaurando as bases de sua ontologia. Esta discussão anuncia o debate antropológico porvir, que principia pelas fundamentações implícitas para uma clínica, a partir de seu caráter espiritual, como assinala Edith Stein, colocando o sujeito como um ser desperto, consciente, ativo, livre, indeterminado e capaz de formar a si mesmo. A sequência não poderia prescindir da literatura. Assim, Kierkegaard, Clarice Lispector e Anton Tchecov são convidados ao tema da epifania e do acontecimento na clínica.
Ao final, dois estudos empírico-compreensivos trabalham, por um lado, grupos interventivos com universitários em sofrimento psíquico, pretendendo compreender suas experiências; e, por outro, a acumulação de experiências adquiridas junto ao mundo da vida cotidiana, no contexto de pessoas com diagnóstico de transtorno mental no enfrentamento de sua doença.
Encerramos este número com uma tradução, para o português, do texto de Jan Patócka sobre Heidegger – precedido por um belo ensaio intitulado “Crise e história: o ‘Sócrates de Praga’ lê a Heidegger”, e com uma entrevista (traduzida do francês para o espanhol), de Renaud Barbaras.
investigações com efeito abrem-se para o projeto ontológico do Ser bruto vislumbrado em O visível e o invisível (1964).
Parolechiave: Eugène Minkowski. Schizofrenia. Morte patologica.
Universidad Popular Autónoma del Estado de Puebla (UPAEP) - Mexico
2017, May 9th
significado da reflexão merleau-pontiana sobre o conceito de
Natureza como reavaliação da história do homem no seio da
história da natureza. Ao mesmo tempo, trata-se de abrir o
questionamento acerca da relação entre ontológico e orgânico,
ontologia e ciências da vida. Em função disso, o paper advoga a
instigante tese de que a semiótica completaria, na ciência, o
movimento do pensamento de Merleau-Ponty nos cursos sobre o
conceito de Natureza. Mais detidamente, ela aponta que a
biossemiótica seria um aporte importante para a ideia de um
simbolismo natural, destacada nos referidos cursos do filósofo e
avança a tese da compreensão da vida como um fenômeno de
expressão e comunicação naturais. Como resumo de forma
bastante clara e objetiva: “através da biossemiótica, podemos
repensar a vida como história natural do signo [...] desde a
sinalização celular e a comunicação em sistemas fisiológicos, até à
comunicação entre organismos e entre espécies, ou, se quiser, até
aos processos de signos que são incorporados e necessários à
cognição e cultura humana”. A biossemiótica
seria, pois, a chave para entender a tão procurada encarnação do
espírito pela filosofia de Merleau-Ponty, desde o seu princípio.
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